março 2010

Amor a Deus

O que acontece quando estamos apaixonados? Queremos estar o tempo todo ao lado de quem amamos, não é? Nossa vontade é a de estarmos ligados a esta pessoa pelo menos 25 horas por dia, não é mesmo? Falando com ela, ouvindo sua voz, dizendo-lhe o quanto apreciamos sua companhia, elogiando suas muitas qualidades, suas atitudes, declarando nossa fidelidade e nosso amor, concordam? É inconcebível viver a vida sem aquela pessoa!

Se temos a capacidade de amar assim a um outro ser humano como nós, falível, imperfeito, que dirá a capacidade que devemos ter de amar ao nosso Deus, que nos criou e a tudo o que existe, que nos amou primeiro e nos ama apesar de nós, que perdoa nossos muitos e reiterados pecados, que enviou Seu Filho amado para passar por sofrimentos indizíveis só para nos salvar, certo? Errado.

Vamos nos examinar um pouco: o que Ele significa para nós o tempo todo, não somente quando temos um problema, uma dificuldade, quando nos falta algo, geralmente de ordem pessoal ou material? Acho que cabe uma pergunta, que talvez choque, mas à qual precisamos dar uma resposta franca: será que amamos realmente a Deus? Será que estamos verdadeiramente apaixonados por Ele? Será que Sua companhia nos é indispensável 25 horas por dia? Será que retribuímos a Ele todo o amor que nos dedica? Provavelmente tenhamos dificuldade de responder afirmativamente, não? Se fosse de outra forma, não deveríamos estar nos comunicando muito mais assiduamente com Ele do que fazemos, e por meio da oração, que é nosso principal instrumento de comunhão com nosso Pai? Então, por que é tão difícil encontrar espaço em nossa agenda para demonstrarmos nosso amor a Deus? Talvez porque não priorizamos adequada e suficientemente nosso relacionamento com Ele.

Fazendo um analogia um tanto pobre, a oração é como se fosse a linha telefônica direta para Deus. Só precisamos dobrar o nosso joelho, quebrantar nosso coração e teclar a palavra certa: “Senhor meu Deus…”

Oração não se faz só quando nos ajoelhamos, em casa ou na igreja, mas também quando estamos no ônibus indo para o trabalho, quando dirigimos nosso carro, quando caminhamos pelas ruas.

Deveríamos orar sempre, principalmente pela manhã. A devocional diária nos prepara para que ajudemos outras pessoas, assim, é importante cultivarmos uma vida devocional especialmente pela manhã.

Daniel, por exemplo, orava três vezes por dia; Paulo nos exorta em 1 Tessalonicenses 5.17: “Orai sem cessar”. Orar deve ser um ato contínuo, se quisermos estar permanentemente ligados a Ele; se nossos pensamentos estão direcionados para Deus, tudo que fizermos contará com a Sua direção. Infelizmente a maioria das pessoas somente se lembra de Deus nos momentos de dificuldade e angústia. Será que Deus precisa permitir uma dificuldade para que nos lembremos dele? Claro que não!!
Nas alegrias, precisamos orar para louvar e agradecer a Deus pelas bênçãos. Nas dificuldades, louvamos a Deus também, pois sem Ele estas dificuldades seriam ainda maiores, e nos colocamos em suas mãos, buscando sua ajuda e auxílio, como o Senhor nos afirma no Salmo 50.15: “invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.” Por isso devemos sepa­rar um lugar e um tempo espe­ci­ais para a comu­nhão com Deus, dando preferência ao horário matutino, pois quando começamos nosso dia em oração recebemos forças espirituais e físicas para desincumbir-nos de nossas responsabilidades.

É muito bom quando o dia é ini­ci­ado com uma ora­ção que fazemos com a mente fresca e “despoluída”, e devemos con­ser­var esse espí­rito de ora­ção durante todo o dia. É muito importante man­ter este hábito saudável de ini­ciar o dia em comu­nhão com Deus. Nada obsta, no entanto, que continuemos orando em todos os horários e locais em que isto seja possível.

A palavra de Deus é pródiga de afirmações sobre esta questão. No Salmo 88.13, o salmista diz: “Mas eu, Senhor, clamo a ti por socorro, e antemanhã já se antecipa diante de ti a minha oração”, reforçando a importância da oração matutina, até mesmo antes do dia nascer. No Salmo 119.47, a declaração de amor: “Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo”. Em Marcos 1.35 Jesus dá o exemplo da oração antes do dia raiar: “Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava”.

Amados amigos, vamos considerar com muita atenção e cuidado que é essencial que:

Comecemos o Dia com o Senhor! Aproveitemos Melhor o Tempo! Não Sejamos Pegos de Surpresa!

Pai de amor, perdoa-nos se ainda estamos aprendendo a Te amar como devemos. Sabemos que não há amor como o Teu, que Tu nos criaste e a tudo que existe, que Tu nos amas apesar de sermos como somos, que Teu amor é tão grande que enviaste Teu Filho amado para padecer por nós e nos salvar. Age em nós para que nosso coração quebrantado se torne cristocêntrico, apesar de vivermos em meio às trevas do mundo. Em nome de Cristo Jesus suplicamos agradecidos. Amém.

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Oração

Que grau de importância ocupa a oração em nossa vida atribulada? Será uma prioridade ao menos diária, ou só buscamos a comunhão com Deus quando sobra tempo? Temos um Compromisso Integral com Deus por meio da oração? Ou, ainda, lembramo-nos Dele só quando o medo nos assalta subitamente, e então balbuciamos apavorados: “Meu Deus!”? A Sua palavra, contrariamente à nossa atitude repetida dia após dia, nos diz:“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.” (Filipenses 4.6), e “Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tiago 4.2-3).

A oração é o elo de ligação que carecemos para receber as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do Pai celestial (Lucas 11.5-13).

Se déssemos o devido valor a nosso relacionamento com Deus, se realmente O amássemos como Ele merece, se nosso Compromisso com ele fosse Integral, por tudo o que Ele tem feito por nós (e que normalmente não reconhecemos), estaríamos buscando-O o tempo todo, pois Ele ocuparia nossos corações e pensamentos as 24 horas do dia, e faríamos então o que o apóstolo Paulo em I Tessalonicenses 5.17 exorta: “Orai sem cessar”.

No entanto, os cuidados do mundo nos absorvem exageradamente. Não estamos aqui sugerindo que não se deva trabalhar, ter o tempo do lazer, gozar férias, cuidar dos afazeres diários, mas sim que precisamos em tudo priorizar nossa vida com Deus. Porém, se não disponibilizarmos pelo menos um tempo diário e um local para orar, criando um espaço apropriado em nossa agenda lotada, e dando a este momento o valor que merece, será muito difícil pretendermos ter e sermos fiéis à comunhão com Deus. Outro problema que nos acomete é que tendemos a nos ver e a viver como se fôssemos o centro da vida, e não Deus. E isto se reflete poderosamente nas orações que fazemos. Dizemos: meu Deus, minha oração, meus problemas, minhas petições, meu tempo, minhas circunstâncias, sempre priorizando a nós próprios.

Se fosse feito um filme sobre a história da humanidade, e fôssemos convidados a atuar nesta película, que papel desempenharíamos? Vamos imaginar um roteiro. Tomada 1: Deus cria o mundo. Onde estávamos? Tomada 2: as pessoas se rebelam contra Deus (Ele é o personagem principal), e Ele decide inundar a terra, como única alternativa para acabar com os desmandos da humanidade. Tomada 3: muito tempo depois, Deus escolhe um homem de 99 anos chamado Abrão e o transforma em pai de uma nação. Tivemos alguma participação nisto? Tomada 4: mais tarde, escolhidos por Deus, aparecem José, Moisés e muitas outras pessoas sobre as quais o filme também não é. Onde estávamos mesmo? Tomada 5: em seguida, Deus envia juízes e profetas porque as pessoas são incapazes de atendê-lo naquilo que lhes pede de mais importante: a obediência. Tomada 6: o clímax do filme. Deus, por Seu amor e Sua graça, apesar de nós, envia ao mundo Seu Filho unigênito, muito amado, como única alternativa para nos salvar. Ao longo de Seu ministério, o Filho nos ensina principalmente a amar como Deus deseja que amemos. A seguir o Filho morre, depois ressuscita e volta para junto de Deus. Qual foi a nossa participação? Tomada 7: embora o filme ainda esteja inconcluso, a cena final mostra a sala do trono de Deus, onde todos os seres adoram a Deus, pois só Ele é digno de ser louvado. Como é possível que nós pretendamos ser os personagens principais da película? Nossa aparição no filme dura apenas frações de segundo na escala do tempo de Deus, e acontece em algum lugar entre o momento que Cristo ascende aos céus (livro de Atos) e a parte em que todos estarão adorando a Deus na sala do trono (Apocalipse). Como podemos ser tão pretensiosos? É preciso que deixemos de pensar só em nós! Por conta de nosso pensar antropocêntrico, nossas orações costumam ser bastante egocêntricas. Muitos de suas orações compõem-se de listas intermináveis de pedidos pessoais, como se Deus fosse o gênio da garrafa, e ainda estivesse à disposição para atender um número ilimitado de petições e não apenas as três tradicionais da história infantil. Pedidos pessoais são perfeitamente lícitos, porém precisamos entender que devem ser sempre justos, de acordo com nossas necessidades, e em geral não devem ser prioridades em nossas orações, que devem antes de mais nada louvar e adorar a Deus, e reconhecer a Sua soberania em nossas vidas. Como afirma Tiago, não recebemos porque pedimos mal.

Outros acham que pela repetição exaustiva, estaremos tendo mais chance de obter resposta às orações. Mas Cristo, em Mateus 6.7, ensina: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.Deus não se sensibiliza com a verborragia humana, mas sim com aquilo que vai em nosso coração, que Ele conhece e sonda. Se em nosso coração temos fé, humildade e total submissão à Sua vontade, podemos pretender ter comunhão com Ele.

Muitas vezes ficamos em dúvida sobre o que pedir. No entanto, se pedirmos ao Espírito Santo que nos oriente, Ele colocará em nosso coração aquilo que está de acordo com a vontade de Deus, e este é outro pré-requisito indispensável para que a oração seja respondida.

Além disso, a oração deve ser feita em nome de Jesus. O próprio Jesus expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (João 14.13,14). Assim, nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor. Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos, somente se buscarmos em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6.33).

Cada dia de nossas vidas é diferente do outro. Já repararam que num dia a luz nunca é igual à de outro? E que o céu adquire a cada dia aspecto que não se repete? E assim é com o canto dos pássaros, com o ar que respiramos, com o vento, com os sons que ouvimos, com a cor da vegetação. A maravilhosa criatividade de Deus faz cada dia único. Da mesma forma, nossas circunstâncias são também únicas a cada dia. Até mesmo nossos problemas, nosso humor, nossa disposição, nossas necessidades variam de um dia para o outro. Por isso nossas orações não podem ser repetitivas, mas devem espelhar aquela circunstância, aquele momento único de nossas vidas e de nossa comunhão com o Pai.

Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lucas 18.1-7) onde o evangelista no verso 1 registra: “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: E a instrução de Jesus em Mateus 7.7-8, reitera: “Pedi… buscai… batei”, insistindo quanto à perseverança na oração.

Senhor Deus, sabemos que oramos pouco e mal. Fortalece-nos para que não nos deixemos sufocar pelas coisas do mundo, buscando-Te com mais consistência, consciência e assiduidade, porque quando cuidamos das Tuas coisas, Tu cuidas das nossas. No nome santo de Jesus. Amém.

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Poluição

A poluição é um dos maiores problemas mundiais da atualidade. Em suas diversas formas – atmosférica, hídrica, do solo, sonora, térmica, luminosa, visual – ameaça cada vez mais a própria existência da vida na terra, comprometendo a saúde das pessoas e a integridade dos ecossistemas. Podemos dizer que a poluição é a ação irresponsável do homem cavando seu próprio túmulo!

Mas a ação deletéria do gênero humano contra si próprio não pára por aí: provavelmente o pior de todos os tipos de poluição que existem é a espiritual. Veículada pela TV, pelos jornais, revistas, cinema, internet, ela potencialmente nos atinge a todos, mas de forma mais perniciosa aos mais jovens, com suas personalidades ainda em formação. Empregando poderosamente o sexo como instrumento, a poluição espiritual está no cerne de muitas das séries televisivas, disseminando vulgaridade, permissividade e rompimento de quaisquer limites de ordem moral, afrontando tudo o que a Palavra de Deus estabelece.

Em Levítico 18.2-24, Deus faz uma relação exaustiva de todos os tipos de pecados sexuais que proíbe. Em seguida, no verso 25, Ele revela uma verdade chocante porém atual: E a terra se contaminou; e eu visitei nela a sua iniqüidade, e ela vomitou os seus moradores.” Deus vê o pecado sexual de uma nação como uma poluição da terra em que aquela população vive! Nos dias que correm há preocupação, debates e campanhas sobre a poluição material em suas diversas formas. Ser “verde” virou sinal de status, e é uma das marcas do politicamente correto.

No entanto, neste mundo consumista, materialista, esquece-se de propósito a poluição com a qual realmente deveríamos estar mais preocupados: a poluição espiritual provocada pelos pecados sexuais, a cobiça, a inveja, a idolatria (qualquer coisa que amemos mais do que a Deus), a astrologia e outros aspectos das religiões da chamada Nova Era. Afinal, é preciso vender!

E Deus não deixa dúvidas sobre os resultados inevitáveis dessa poluição espiritual da terra:  “… e eu visitei nela a sua iniqüidade, e a terra vomitou os seus moradores… Porque todas estas abominações fizeram os homens desta terra que nela estavam antes de vós; e a terra se contaminou. Não suceda que a terra vos vomite, havendo-a contaminado, como vomitou o povo que nela estava antes de vós.” (Levítico 18.25b,27-28).

Como cristãos precisamos ter plena consciência desta situação crítica, e tomar medidas para evitar que esta poluição que afeta o âmago de nosso ser e contamina nossos filhos, seja vigorosamente combatida, denunciando-a onde quer que possamos ser ouvidos.

Não há dúvida de que este plano se implementa pela ação poderosa de satanás, que obviamente está por trás de todo o mal. E isto fica claro nas declarações recentes de Anton LaVey, o fundador da Igreja de Satanás nos EUA, afirmando que o satanismo recomenda em sua Bíblia Satânica a indulgência entusiástica nas seguintes áreas principais: cobiça, orgulho, inveja, raiva, glutonaria, indolência(preguiça) e lascívia.

Por certo este agir maligno tem grande responsabilidade pelo fato de a Palavra de Deus ter sido tão relegada a segundo plano em certos meios e por isso, embora ouvida, tão pouco tem sido obedecida.

Afinal, é muito mais fácil usar o controle remoto para ligar a TV do que abrir a Bíblia, estudá-la e pô-la em prática, como nós, como verdadeiros cristãos, devemos fazê-lo.

Pai, que o Senhor nos fortaleça, inspire e proteja para que sejamos sempre fiéis à Palavra que nos revelaste. Oramos agradecidos e contritos em nome de Cristo Jesus. Amém.

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