setembro 2013

Inácio de Antioquia

Inácio foi discípulo dos apóstolos Pedro e João, e aprendeu com estes mestres competentes a sublime verdade do amor de Deus, que fez dele um dos pilares da Igreja Primitiva. Depois dos apóstolos, foi um dos homens mais notáveis do cristianismo nascente, e seus contem­porâneos e os que viveram nos três séculos seguintes, mencionam-lhe o nome com muita reverência.

Após mais de cinquenta anos no episcopado de Antioquia, aprouve ao Todo-Poderoso chamá-lo a receber sua coroa, através de uma morte que deveria ser uma glória e um modelo para a Igreja. A história de seus labores e virtudes não foi escrita, mas todas as particularidades de sua morte foram registradas por testemunhas oculares e distribuída em várias igrejas. O documento original, escrito em grego, acha-se preservado, e foi publicado por Ruinart, em Paris, no ano de 1690.

A cena de seu martírio começa no ano 107 de nossa era. O imperador Trajano tinha nas mãos o cetro dos césares, e Evaristo sentava-se na cadeira do papa. Relatam os historiadores que Trajano não amava naturalmente o derramamento de sangue, e que possuía um sentimento de humanidade mais nobre que todos os imperadores que o precederam. Era, no entanto, covarde e escravo da opinião pública, e reprimia os próprios sentimentos para favorecer o gosto brutal da plebe. A fim de ganhar popularidade, e sob o pretexto de devoção aos deuses do Império, dava continuidade, de tempos em tempos, às horríveis cenas de perseguição aos inofensivos cristãos, e Inácio foi uma de suas vítimas.

Chegando a Antioquia, Trajano ameaçou com severas punições todos aqueles que não sacrificavam aos deuses. Os labores e as pregações do venerável bispo da cidade fora tão coroado de sucesso, que a Igreja florescera, e deixara de ser uma desprezível comunidade de uns poucos indivíduos. Os pagãos viam com maus olhos este crescimento, e aproveitaram a presença do imperador para pedir sua extinção. “O magnânimo campeão de Jesus Cristo” dizem os Atos de Inácio, “receando que sua igreja se transformasse num cenário de massacre, voluntariamente entregou-se em suas mãos, para que saciassem nele a sua fúria, salvando assim o rebanho”‘.

Inácio foi conduzido à presença do imperador, e acusado de ser o cabeça e promotor do cristianismo na cidade. Trajano, assumindo um tom arrogante e desdenhoso, dirigiu-se ao idoso bispo, que se mantinha destemido perante ele, com estas palavras: “Quem és tu. espírito ímpio e mau, que te atreves não somente a transgredir nossas ordens, mas também a aplicar-te em carregar outros contigo para um fim miserável?” Meigamente, Inácio replicou: “Os espíritos ímpios e perniciosos pertencem ao inferno, nada têm a ver com o cristianismo. Tu não podes chamar-me de ímpio e mau. quando levo no coração o Deus verdadeiro. Os demônios tremem à simples presença dos servos do Deus a quem adoramos. Eu tenho Jesus Cristo, o Senhor universal e celestial, e Rei dos reis. Pelo seu poder, posso pisar todo o poder dos espíritos infernais.” “E quem é que possui e carrega seu Deus no coração?”, indagou Trajano. “Todos os que creem no Senhor Jesus Cristo, e o servem fielmente”, foi a resposta do homem santo. “Então não acreditas que também carregamos dentro de nós os nossos deuses imortais? Não vês como eles nos favorecem com o seu auxílio, e que grande e gloriosa vitória temos obtido sobre os nossos inimigos?” “Vós estais enganados ao chamar de deuses aquelas coisas que adorais”, replicou Inácio, majestosamente. “Eles são espíritos amaldiçoados, são demônios. O Deus verdadeiro é apenas um, e foi Ele quem criou os céus, a terra, e o mar, e tudo o que existe. E apenas um é Jesus Cristo, o Filho primogênito do Deus Altíssimo, e a Ele eu oro humildemente, para levar-me um dia à possessão do seu reino eterno.” “Quem é este Jesus Cristo? Não é Ele que foi posto à morte por Pôncio Pilatos?” “É dele que eu falo”, respondeu Inácio. “Ele, que foi cravado na cruz, que aniquilou o meu pecado e o inventor do pecado, e que, pela sua morte, pôs sob os pés daqueles que devotamente o levam no coração, todo o poder e malícia dos demônios.” “Então carregas dentro de ti este Jesus crucificado?”, perguntou o imperador com um sorriso sarcástico. “Assim é”, afirmou Inácio.  “Porque Ele nos diz em sua santa Escritura: ‘Neles habitarei e andarei entre eles’” (2 Coríntios 6.16).

Por um momento, Trajano silenciou, pensamentos conflitantes passavam-lhe pela mente. Estava ansioso para ouvir mais sobre a religião dos cristãos, e tocado pela venerável aparência do servo de Cristo, esteve para mandá-lo de volta ao seu povo com uma leve reprimenda, mas o demônio do orgulho e da infidelidade levantou-se de um salto em seu coração, e recordou-lhe que qualquer parcialidade para com a seita odiada, seria um sinal de fraqueza, uma perda de popularidade, e uma falta de lealdade aos deuses. Ademais, a hesitação trairia o falso zelo de seu coração hipócrita, então, sentando-se no trono, pronunciou a sentença contra o bispo de Antioquia: “Ordenamos que Inácio, que afirma carregar consigo o Jesus crucificado, seja levado em cadeias à grande cidade de Roma, e em meio aos jogos do anfiteatro, como um prazeroso espetáculo ao povo romano, seja dado em alimento ás bestas-feras.”
Quando Inácio ouviu sua sentença, caiu de joelhos, e erguendo os braços ao céu, bradou num êxtase de alegria: “Oh. Senhor, agradeço-te haver-me honrado com o mais precioso sinal da tua caridade, e permitido que eu seja acorrentado por teu amor, como foi o apóstolo Paulo.”
Ele permaneceu na mesma posição, os braços levantados, os olhos fixos no céu. Parecia haver tido um vislumbre daquela inefável alegria que tão ardentemente desejava, e que logo desfrutaria. Foi arrancado de seu devaneio pelas garras de um soldado que agarrou-lhe a frágil mão, e a prendeu numa algema como a um criminoso. Ele não ofereceu resistência: cheio de alegria, e orando por seu pobre rebanho, foi com os guardas para uma das celas da prisão pública, onde aguardaria a partida para Roma.

Entretanto, a Divina Providência, que pode tirar o bem das más ações humanas, destinou essa jornada à edificação da Igreja e à salvação de inúmeras almas. A constância, a piedade, e a eloquência do mártir em seu caminho para a morte espalharam amplamente a sublime verdade da lei divina, e ele despejava de seu coração o fogo do amor que queimava dentro de si. Por onde passava, os cristãos eram animados a um novo fervor, e muitos infiéis reconheceram no respeitável prelado um reflexo da divindade do evangelho que ele pregava, e abjurando os falsos deuses do paganis­mo, tornavam-se filhos de Deus.
Não resta dúvida de que ele sofreu muito em sua longa e tediosa jornada a Roma, que deve ter levado mais de seis meses. Muitos dos cristãos ouviram falar da chegada de Inácio, e foram encontrá-lo num lugar próximo de onde agora se vê a imponente igreja de São Paulo. Saudado com uma mistura de alegria e tristeza, alguns estavam maravilhados de ver o venerável pastor e receber sua última bênção; outros choravam cm voz alta a tristeza de saber que aquele grande homem ser-lhes-ia tirado por uma morte ignominiosa. Ele os consolava com a alegria de seu próprio coração, e tornava a implorar-lhes que não lhe evitassem o sacrifício com suas orações.

Enquanto Inácio absorvia-se em oração, uma breve curva na estrada trouxe-os para dentro da visão do poderoso Coliseu, do deslumbrante vestígio do palácio dourado de Nero, que coroava o Palatino, e à distância, dos templos imponentes do Capitólio. Ao mesmo tempo, ouviram o troar de alguns milhares de vozes, misturadas aos rugidos dos leões e das outras feras. Percorrera a multidão o rumor de que um dos líderes dos cristãos havia sido trazido da Síria, e condenado, por ordens do imperador, a ser exposto às feras. Um frenesi selvagem vai passando de banco para banco, o anfiteatro inteiro levanta-se e solta o grito coletivo, pedindo que os cristãos sejam lançados aos leões. Repentinamente, a calma reina sobre as massas vivas, e todos os olhos fixam-se num dos portões de onde vêm os soldados conduzindo à arena um homem idoso e fraco, que é colocado então de joelhos, braços cruzados sobre o peito, olhos erguidos ao céu, esperando calma e resignadamente o momento que deveria libertá-lo desta vida, lançando-lhe a alma em seu voo para a eternidade. Mais um momento, e os pequenos portões das passagens subterrâneas se abrem, e dois leões saltam para a arena.
Um silêncio palpável reina no anfiteatro. As feras avançam… Basta. Deixemos que a imagina­ção complete os detalhes angustiantes. A noite caiu sobre a cidade, e o Coliseu está silencioso como uma tumba. À fraca luz do luar, três homens caminham rápida e silenciosamente à sombra das arcadas. Na arena, próximo a um dos lados da arquibancada do imperador, abaixam-se e desdobram um pano, onde recolhem alguns ossos e uma porção de areia empapada de sangue. São os cristãos Carus, Philom, e Agathopus, que acompanharam Inácio desde a Antioquia. Próximo dali, há uma casa frequentada pelos cristãos. É a casa de Clemente, discípulo de Pedro, para onde os três amigos levam os restos mortais do querido pastor, e prestam-lhe as homenagens fúnebres.

Extraído de texto de autoria do pastor Josemar Bessa.

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Benditos de Meu Pai

Giovanni di Pietro di Bernardone nasceu em uma cidadezinha do centro da Itália, em 5 de julho de 1182, era filho de um rico comerciante italiano, e quando jovem levou uma vida mundana e irresponsável, de muita paixão pelas aventuras, pelas roupas da moda e pela bebida, esbanjando muito dinheiro, sendo por isso muito popular entre seus amigos. Durante uma das muitas farras de que participava, foi tocado pela presença divina, e começou a perder o gosto por aquele estilo de vida devasso, passando então a se sensibilizar pelas pessoasREAD MORE

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O Céu é Aqui se Eu me Ajoelho para Orar

Por Rev. Lúcio Pinheiro

Este tema é o refrão de uma música em que eu me deleitava ao ouvir quando criança. Não havia preocupações quanto à teologia ou a denominação dos Arautos do Rei, era apenas uma bela melodia e uma letra que me faziam descansar, e principalmente acreditar com esperança e fé que dias melhores viriam quando me ajoelhasse para orar.

Você já visitou o céu, morada de Deus? Eu não tive a mesma experiência que o “homem que em Cristo, foi arrebatado até ao terceiro céu” conforme descrito no II Livro aos Coríntios, mas eu posso me lembrar dos seguintes versos citado pelo Homem que veio contar como seria o reino dos céus.

Este Homem sentado na colina com seus amigos de caminhada descreveu o céu da seguinte maneira:

“Muito Felizes vocês serão se forem humildes de espírito;

Muito Felizes vocês serão quando chorarem, porque acharão consolo;

Muito Felizes vocês serão quando se acharem brandos, porque a terra herdarão;

Muito Felizes vocês serão quando se acharem com fome e sede, porque serão cuidados;

Muito Felizes vocês serão se tiverem compaixão pela miséria de outrem;

Muito Felizes vocês serão se tiverem coração puro, porque verão a Deus;

Muito Felizes vocês serão se promoverem a paz, porque serão considerados filhos de   Deus;

Sintam-se Muito Felizes quando, por serem justos, vocês forem perseguidos, porque o novo céu que ainda há de vir será a moradia eterna de vocês.”

Você pode experimentar o céu quando convidar Jesus Cristo para habitar em sua vida, e suas ações forem semelhantes às dAquele que veio mostrar ao mundo como deveríamos viver, buscando e promovendo a paz e o amor entre todas as pessoas.

Da mesma forma como termina a música, digamos também: “o céu é Jesus, e onde Ele estiver, o céu será ali.”

Convide Jesus para morar em sua vida, e experimentará um pedaço do céu ainda nesses dias maus.

Em amor, nEle que nos prepara novo Lar!

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