janeiro 2021

JUSTOS AOS SEUS PRÓPRIOS OLHOS

“… Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento”. Lucas 5.31-32 (ARA)

Louvemos hoje a Deus Pai que enviou Seu Filho Jesus, o excelso médico, para curar-nos, porque somos todos doentes, contaminados pelo mal insidioso do pecado que persiste em nos acometer pela vida afora, como Paulo assevera em Romanos 3.23, ao dizer que “… todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Conscientes disso, não temos o direito de pensar e agir como os fariseus, que escondiam seus pecados sob o manto esfarrapado da falsa respeitabilidade. Nosso Senhor abominava a hipocrisia, por isso veio por nós, pecadores arrependidos, e não por aqueles que se julgavam justos aos seus próprios olhos!

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CONTRITOS E HUMILDES

“Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações”. Salmos 34.17 (NVI)

Jesus nos conforta em João 16.33 (NVI) afirmando que “… Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. Se hoje enfrentamos duro sofrimento, não esqueçamos que Jesus já pagou na cruz altíssimo preço para nos libertar e que, por Sua graça infinda, deseja continuar o processo do nosso livramento de satanás e de sua ordem maligna mundial que tenta de todas as formas separar-nos dEle. E o Salmo 37.5-7 nos diz em que condições de alma devemos, contritos e humildes, clamar ao Senhor: entregando nosso caminho a Ele, confiando, descansando e esperando nEle!

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A Esperança Infalível

Vemos atualmente pelo mundo muitas pessoas desesperançadas por conta da pandemia que a todos oprime indiscriminadamente, tanto por conta de problemas de ordem econômica, familiar, emocional, quanto como decorrência de problemas políticos que de certa forma também estão ligados às questões de saúde pública e a rasteiras e malfazejas disputas partidárias.

 

Parece que o planeta em pouco tempo se transformou em uma imensa Torre de Babel onde ninguém se entende, onde o desemprego é um fantasma assustador, os casos de transtornos emocionais, como depressão e ansiedade aumentaram exponencialmente, a saúde física tem se deteriorado de forma considerável, as crenças e os valores humanos se degradaram sensivelmente e as injustiças sociais se ampliaram e aprofundaram.

 

Que expectativa podemos acalentar a respeito dos tristes e desafiadores dias que vivemos e com os insondáveis tempos que virão pós-pandemia? Como lidar com a insegurança, com o distanciamento físico daqueles a quem amamos ou com a proximidade desafiadora de outros, com os medos e com a nossa tão grande fragilidade, dentre tantas circunstâncias inesperadas? Então vêm à nossa mente as palavras do salmista no Salmo 146.5: “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no Senhor, seu Deus…”.

 

Nas últimas décadas a esperança tem se tornado objeto de diversos estudos científicos que comprovam cabalmente os efeitos benéficos que produz nas pessoas que a cultivam. E os pesquisadores puderam então asseverar que, em primeiro lugar, ter esperança é uma questão de decisão e preferência pessoal que tem poder sobre a mente e o corpo, sendo potencialmente instrumento de cura e realização, como afirma Charles Snyder em seu livro “A psicologia da esperança”, concluindo que quem cultiva a esperança adquire a capacidade de desenvolver estratégias de vida e de sobrevivência mais eficientes, tendo maior motivação para aplicá-las.

 

No que se refere à saúde, a esperança, – concluem os cientistas, – exerce influência marcante sobre a aptidão para eliminar ou reduzir problemas físicos e psicológicos antes que se manifestem, na medida em que torna o sistema imunológico e hormonal mais eficaz, auxiliando também na reação positiva a doenças, lesões e dores, bem como na habilidade para resolver problemas, ao mesmo tempo que relacionam fortemente a depressão com a falta de esperança.

 

Além disso, há estudos científicos que comprovam, principalmente, que há uma poderosa dimensão espiritual e religiosa na esperança, que está ligada a virtudes que a Bíblia ensina, como paciência, amor, gratidão e fé, estabelecendo uma relação não apenas horizontal, com o próximo, mas acima de tudo vertical, com Deus, mostrando assim a clara distinção da esperança com o simples otimismo e o pensamento positivo.

 

A Palavra de Deus cita em suas páginas mais de 100 vezes o termo esperança, nunca proveniente do pensamento positivo, mas sempre ligada à dependência de Deus. Eis aí apenas alguns exemplos marcantes: Paulo, em 1 Coríntios 13.13 destaca a esperança como uma das virtudes essenciais do cristianismo: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor…”; Davi louva no Salmo 62.5, dizendo que “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança”, e no Salmo 39.5-7 relata humildemente que “Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade. Com efeito, passa o homem como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará. E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança”, e Jesus conforta os discípulos com estas palavras preciosas de João 14.1-3: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”.

 

Em Romanos 5.1-5 (NTLH) encontramos a bela e gloriosa revelação de Paulo de que já somos felizes pela graça prodigiosa da esperança realizada: “Agora que fomos aceitos por Deus pela nossa fé nele, temos paz com ele por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu.”

 

Fomos aceitos por Deus, ou seja, justificados, declarados justos diante de dEle, embora ainda sejamos santos pecadores, justos miseráveis, e Deus não nos absolve da nossa culpa por causa de nossas obras, porque não podemos contribuir em nada pela nossa salvação que é dom dEle, mas porque confiamos, como Paulo ensina em Romanos 4.5, “… naquele que justifica o ímpio”.

 

O primeiro grande benefício de que desfrutamos pela justificação, então, é a paz com Deus por meio de Cristo, pois a Sua obra bendita removeu todas as causas da inimizade entre a nossa alma e Deus, e pela graça, de opositores dEle nos tornamos Seus amigos.

 

Obtivemos também acesso a uma condição extraordinária de favor perante o Senhor: somos tão amados e próximos dEle quanto Seu próprio Filho Amado, e nos tornamos membros da Sua augusta família ao sermos adotados como filhos Seus.

 

Que magnífico privilégio! Razão não nos falta para grande regozijo na esperança da glória de Deus, pois podemos antever o futuro com imensa alegria, no aguardo do momento em que não apenas contemplaremos todo o esplendor de Deus, mas também seremos manifestados com Ele em glória!

 

Por isso nos gloriamos nas próprias tribulações, pequeno preço de desconforto a pagar por um porvir tão maravilhoso e grandioso que sequer conseguimos imaginar. E um dos paradoxos incríveis da fé cristã é a coexistência da alegria com a aflição, pois esta tem a faculdade de produzir a paciência em nossa alma. Consideremos também que o oposto da alegria é o pecado e não o sofrimento, e que uma das consequências da tribulação é a perseverança, somente obtida pelo enfrentamento confiante das dificuldades inevitáveis da vida.

 

A perseverança, por sua vez, desempenha papel essencial para que evoluamos para outro estágio que é o da aquisição de experiência. Quando o Senhor percebe que nos conservamos sem tremor ou vacilo durante as aflições e rogamos que Ele realize Seus propósitos por meio delas, recebemos Sua augusta aprovação, e a consciência deste divino reconhecimento nos inunda de esperança pela certeza de que Ele está operando poderosamente em nossa vida, aprimorando nosso caráter, assim complementando a boa obra que já havia iniciado em nós, como Paulo exorta em Filipenses 1.6.

 

E esta esperança infalível não nos desapontará. Se estivéssemos esperando por algo que mais tarde não se realizaria, nossa esperança seria vã, e nós nos sentiríamos frustrados, mas a esperança na salvação jamais nos decepcionará pela certeza de que Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que Ele nos deu, como Paulo detalha nos versos 6-20, descrevendo as provas claras do amor de Deus por nós.

 

Então, o Espírito Santo que nos foi concedido no momento em que cremos, inunda nosso coração com as mais puras expressões do amor de Deus, conferindo-nos a plena e profunda convicção de que seremos conduzidos em segurança até o céu para viver para sempre ao lado do Senhor, em glória, paz e regozijo eternais.

 

Senhor Deus, Amado pai, confiamos sem vacilar que, se colocasTe em nossos corações a esperança infalível com que nos acenas na Tua Palavra, podemos estar certos de que estamos incluidos entre aqueles a quem Jeremias 17.7 alude, ao afirmar que “Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR”. Estamos também certos de que se a nossa esperança é infalível porque está posta em Ti, não temos dúvida de que se está colocada em Teu amor nunca será uma ilusão, porque Tu nos amas com um amor eterno, respaldado por Teu poder eterno. Assim oramos agradecidos no nome santo de Cristo Jesus. Amém.

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