outubro 2023

O GRANDE SALVADOR

“Como está escrito: Não há nenhum justo, nem um sequer…”.  Romanos 3.10 (NVI)

 

 

 

Paulo afirma que ninguém é inocente. Embora sejamos todos valiosos aos olhos do Pai que nos criou e nos ama, nosso pecado contumaz nos afasta dEle. No Salmo 14.1-3, Davi medita sobre a maldade humana, e conclui que o pecador é, antes de mais nada, um insensato que acha que Deus não existe ou que não vê o mal que ele pratica. Talvez hoje devêssemos refletir sobre o fato de que o mal, inerente à própria natureza humana, não deve ser visto como algo desesperador, mas sim como um desafio cheio de esperança na obra redentora de Cristo em nós, pois se somos grandes pecadores, Ele é o grande Salvador!

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CORREÇÃO

“Feliz é aquele a quem Deus corrige! Por isso, não despreze o castigo do Deus Todo-Poderoso”. Jó 5.17 (NTLH)

 

 

 

 

 

 

A tendência humana é receber mal toda repreensão, porém a pessoa que alcançou maturidade espiritual sabe que a correção que vem de Deus é invariavelmente uma bênção, pois Ele age sábia e amorosamente quando dela carecemos, e sempre para o bem dos que O amam. Considerando estas verdades inabaláveis, caso hoje estejamos sofrendo a merecida correção que vem do Pai, submetamo-nos agradecidos à Sua vontade perfeita, em obediência à Sua Palavra que nos ensina em Hebreus 12.5 (ARA): “… não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado…”.

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O CRISTÃO E A CRISE NACIONAL (2)

Paulo em 1 Tessalonicenses 5.17 nos exorta: “Orai sem cessar”. Sim, como verdadeiros cristãos temos que obedecer e nos manter em permanente e fervorosa oração, e desta forma exemplificar em tudo as atitudes e os ensinamentos de Cristo, porém não podemos deixar de fazer a nossa parte como cidadãos da pátria na qual temporariamente vivemos, exigindo das autoridades o aperfeiçoamento da legislação anticorrupção, o apoiamento à ação independente da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, e a punição imediata e exemplar dos culpados.

 

Onde habita o ser humano na terra, existe crise, desde que houve a Queda do homem no mundo criado por Deus, com todas as suas consequências funestas perpetuando-se até os nossos dias. Partindo do indivíduo e atingindo todas as escalas de aglomerações humanas, as crises pessoais são cada vez mais presentes, manifestando-se geralmente através de patologias psicossomáticas que, originadas em distúrbios emocionais, provocam repercussões no corpo; as crises familiares tornaram-se banais, o casamento cristão, desacreditado, caiu quase em desuso, e muitos casais se separam logo após o início do matrimônio; os condomínios de habitações horizontais e verticais são verdadeiros barris de pólvora, onde os moradores, ou ignoram-se mutuamente ou se odeiam, e estão sempre prontos a descarregar sua ira sobre o vizinho, com episódios que têm chegado até ao homicídio; as cidades tornaram-se lugares inseguros, insalubres, ameaçadores, onde sair à noite passou a ser uma aventura, com seus centros urbanos e periferias muitas vezes entregues à marginalidade, os bairros residenciais mais refinados ostentando moradias cercadas por muralhas equipadas com cercas eletrificadas, “ouriços”, câmeras, e com os indefectíveis seguranças particulares sempre presentes.

 

E se as cidades – que como polos de agregação humana surgiram para abrigar o homem com segurança, conforto e qualidade de vida, proporcionando que em paz sejam atendidas suas necessidades básicas de habitar, trabalhar, circular e recrear-se, sendo para isso dotadas da necessária e suficiente infraestrutura urbana – hoje se mostram degradadas e defasadas com respeito àquilo que suas populações almejam para ter uma vida digna. E tal estado de deterioração acaba refletindo-se diretamente na forma de relacionamento social vivido pelas pessoas nos estados, províncias, departamentos ou regiões em que é subdividido territorialmente o país, assim irradiando-se por toda a nação.

 

Conceitualmente, portanto, podemos dizer que a condição em que vive um país inicia-se no indivíduo, passa para a família, afeta o bairro, a cidade, o estado, e por fim tende a atingir o país inteiro. Trata-se de um contágio moral que acaba se propagando de geração a geração, de forma irrefreável, quando o centro da vida das pessoas não está em Deus, mas sim no próprio umbigo. As crises são maturadas, consolidadas, ao longo de gerações tendo como causa a má formação moral, educacional e religiosa do povo, produzindo uma herança perversa que se torna parte do DNA da nação. Como vivemos em um mundo dominado por satanás e seus demônios, se não estamos com Deus, sob a Sua proteção e direção, estaremos com o maligno, sujeitos, portanto, às ordens, artimanhas e influência do inimigo de Deus e nosso, por decorrência em permanente conflito pessoal e relacional com o próximo, egoisticamente voltados para nós mesmos.

 

Deus nos ensina de forma definitiva em Isaías 55.9 que “… assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”Por isso a Bíblia mostra que, quando o Senhor está sendo obedecido, respeitado, adorado com temor e tremor, quando enfim Ele é o centro de tudo, não há espaço para crises e o mal não viceja.

 

A primeira crise registrada na história do universo deu-se no céu, quando Lúcifer, ambicionando tomar o lugar de Deus, teve a atitude pecaminosa, – sempre presente na raiz de todas as crises, – de afrontar e desobedecer ao Criador, e juntamente com outros anjos caídos, rebelou-se, foi derrotado e expulso, e embora Deus ainda conceda que tenha acesso à sala judicial de Seu trono, porque lhe foi conferido o papel de acusador dos irmãos (Jó 1 e 2) não lhe é mais permitida a comunhão com o Criador.

 

Depois da Criação Deus tem permitido que haja crises que – quando não têm origem natural – são sempre geradas pela desobediência, agora humana, porém continuamente insuflada por satanás. E isso Deus consente para que propósitos Seus se realizem, para que através delas Seus planos perfeitos se cumpram!

 

No Jardim do Éden, amorosa e perfeitamente concebido pelo Senhor para que Seus filhos estivessem providos de tudo o que necessitavam material e espiritualmente, ocorreu a primeira crise na terra, com trágica repercussão até os dias atuais, provocada pela traição do homem e da mulher que Ele havia criado, que preferiram dar ouvidos ao diabo, ao invés de curvarem-se à Sua vontade soberana.

 

Na época de Noé, após Deus ter comissionado o profeta para advertir em vão o povo para que cessasse de pecar e se voltasse a Ele, como última instância decidiu promover a extinção da humanidade corrompida, apóstata, idólatra e incorrigível de então por meio de um dilúvio, dando chance para que surgisse um novo conjunto de seres humanos livres de toda a depravação.

 

Mas isto não ocorreu, e séculos depois o povo continuava pecando e desobedecendo, tendo naquele tempo decidido edificar uma cidade e uma torre para evitar que a população se espalhasse, e assim fosse estabelecida uma unidade de língua e de liderança sob o controle do diabo, em franco desafio à ordem que Noé e seus filhos haviam recebido de Deus, que impediu a sociedade de então deste intento maligno confundindo a sua linguagem e dispersando-a pela terra.

 

Cada patriarca também enfrentou grandes crises, sempre por meio delas sendo impelido a realizar aquilo que o Senhor havia planejado, como José, que levado cativo ao Egito por ação dos próprios irmãos de sangue, tornou-se um líder de seu povo em terra estrangeira. Por meio dele os filhos de Jacó e suas famílias constituíram-se nos primeiros hebreus que ali se multiplicaram exponencialmente, foram escravizados e, por fim, liderados por Moisés, protagonizaram o Êxodo, tendo como meta conquistar Canaã.

 

Crises seguidas de outras crises, e após a conquista da terra prometida seguiu-se o período dos juízes, igualmente repleto de crises, o que suscitou a ascensão e a queda dos muitos reis de Israel e de Judá, a maioria iníqua, sempre produzindo novas crises nacionais ao longo de mais de 500 anos.

 

O advento de Jesus deu-se em meio às terríveis crises que a Palestina vivia sob o domínio romano e seus cruéis imperadores, que promoveram implacáveis perseguições aos cristãos, culminando com a destruição de Jerusalém e do Templo no ano 70 d.C. Mas Jesus Cristo trouxe uma nova, única e revolucionária espécie de regeneradora crise espiritual, social, religiosa e política na Palestina da época, que repercute até os dias de hoje por todo o mundo, ao proclamar o Reino de Deus, provocando todos a tomar uma decisão a favor ou contra Ele, o Deus encarnado, o Messias, o Kyrios, o Filho de Deus.

 

E a sucessão de crises que assolam o mundo só se encerrará com a Sua tão esperada volta, quando, junto aos santos, estaremos prostrados em louvor a Ele, clamando como em Apocalipse 19.1-2: “… Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus, porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos”E então virá o novo céu e a nova terra que nos aguarda e onde iremos habitar com Cristo, livres de toda a dor, corrupção e morte.

 

Continua…

 

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