setembro 2023

GUIAS DE CEGOS

“E dizem: ‘O SENHOR não está vendo; o Deus de Israel não vai ficar sabendo disso.’Procure entender, ó gente tola! Quando é que vocês vão criar juízo? Foi o SENHOR Deus quem fez os nossos ouvidos—será que ele não pode ouvir? Foi o SENHOR quem fez os nossos olhos—será que ele não pode ver?”. Salmos 94.7-9 (NTLH)

 

 

 

 

Dias tenebrosos estes que vivemos – como nos tempos que o salmista vivenciava – com as trevas do mal estendendo-se por nosso país e por toda a terra. E tal como ele, nestes dias nós também clamamos a Deus como Supremo Juiz, para que imponha a Sua Justiça aos malfeitores arrogantes, que considerando-se acima do bem e do mal – não  importa o credo, cor política, nacionalidade ou sexo – são cegos e surdos para a realidade de Deus, desprezam a vontade divina e desdenham a Sua presença. Guias de cegos, não sabem que suas próprias atitudes os condenam à morte eterna e que carregarão consigo seus prosélitos!

Share
0
0

INTEGRIDADE

Ao longo de aproximadamente dois milênios – tendo começado no ano 221 a.C. e sido concluída no século XV durante a Dinastia Ming – a Grande Muralha da China estende-se por 20.000 quilômetros, com sete metros de altura e pertence à lista do Patrimônio Mundial da UNESCO, sendo considerada como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. Tão alta que ninguém poderia escalá-la e tão espessa que nada poderia derrubá-la, por trás de seus muros os chineses sentiam-se perfeitamente seguros e protegidos. Mas durante os primeiros cem anos de existência da muralha, a China foi invadida três vezes, e em nenhuma delas as hostes bárbaras derrubaram-na ou galgaram-na; em todas as oportunidades eles subornaram um porteiro e entraram por um portão. Os chineses estavam tão tranquilos confiando nos gigantescos muros de pedra que não se preocuparam em ensinar integridade aos seus filhos!

 

Mas, o que é integridade? É um conceito que define a ética e a moral de uma pessoa, e em sentido figurado significa honradez, plenitude moral, incorruptibilidade e pureza de atitudes. Sir Thomas More foi um homem de absoluta integridade que se caracterizou como notável filósofo, escritor, advogado, embaixador e, por fim, primeiro ministro da Inglaterra. Mas como não apoiou o rei Henrique VIII que desejava divorciar-se de sua esposa Catarina de Aragão – o que era proibido pela Igreja Católica – para casar-se com Ana Bolena, foi preso na Torre de Londres, julgado e injustamente condenado à morte. Tiraram-lhe seu dinheiro, seu poder político, seus amigos e sua família — e iam tirar-lhe a vida — mas não podiam tirar dele sua integridade. Ela não estava à venda por preço algum. No momento da execução, suplicou aos presentes que orassem pelo monarca, dizendo que “morria como bom servidor do rei, mas de Deus primeiro”. Que magnífico e eterno exemplo de integridade!

 

C.S. Lewis, o notável apologista cristão, dizia que “Quando começamos uma soma da maneira errada, quanto antes admitirmos isso e voltarmos e recomeçarmos, mais rapidamente progrediremos”. De maneira análoga, somente conseguiremos adquirir as virtudes cristãs que almejamos se tivermos como fundamento inabalável da nossa vida a integridade.

 

Ser íntegro não é apenas fazer o que é legalmente correto, mas sim o que Deus aprova em Sua Palavra, é, portanto, tomar decisões com base em suas implicações eternas, é sempre que formos instados, não importa por quem, revelarmos toda a verdade e nada mais do que a verdade, é pensarmos antes no outro e no que faria Jesus se estivesse em nosso lugar do que em nós próprios, portanto amando ao próximo como a nós mesmo e a Deus acima de tudo.

 

Até que ponto Deus pode confiar em nossa integridade? Como tem sido o nosso testemunho em relação à corrupção reinante no mundo atual? Como os nossos irmãos da igreja veem nossas atitudes? E os nossos amigos incrédulos, que conclusão tiram de nossa vida espiritual? Somente uma vida de íntimo relacionamento com o nosso Senhor Jesus Cristo pode ser a fonte de todo o poder espiritual e da integridade que necessitamos, pois só assim poderemos demonstrar a todos os que nos conhecem que somos verdadeiros cristãos. É o que Paulo ensina a seu discípulo em Tito 2.7-8 (NVI): “Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras. Em seu ensino, mostre integridade e seriedade; use linguagem sadia, contra a qual nada se possa dizer, para que aqueles que se lhe opõem fiquem envergonhados por não terem nada de mal para dizer a nosso respeito.”

 

E é o mesmo apóstolo Paulo que em 2 Timóteo 3.1-9 (Bíblia Viva) adverte outro discípulo seu sobre o mundo nos últimos dias, e sua admoestação parece retratar fielmente os dias que vivemos: “É importante para você saber isto também, Timóteo, que nos últimos dias vai ser muito difícil ser cristão. Porque as pessoas só amarão a si mesmas e ao dinheiro; serão orgulhosas e fanfarronas, zombarão de Deus, desobedecendo aos pais, sendo ingratas com eles e completamente más. Serão duras de coração e nunca se submeterão aos outros; serão sempre mentirosas e desordeiras, e não se incomodarão com a imoralidade. Serão rudes e cruéis, e escarnecerão daqueles que procuram ser bons. Atraiçoarão seus amigos; serão irascíveis, inchadas de orgulho, e preferirão divertir-se a adorar a Deus. Irão à igreja, sim, porém não acreditarão realmente em nada do que ouvem. Não se deixe enganar por gente assim. Elas são da espécie dos que penetram manhosamente nas casas dos outros e fazem amizades com as mulheres ignorantes e carregadas de pecados, e lhes ensinam suas novas doutrinas. Mulheres assim estão continuamente seguindo novos mestres, porém nunca entendem a verdade. E os mestres delas combatem a verdade, tal como Janes e Jambres combateram contra Moisés. Eles têm uma mente suja, deformada e torcida, e se rebelaram contra a fé cristã. Mas eles não escaparão impunemente para sempre nisso tudo. Um dia a falsidade deles será notória a todos, como foi o pecado de Janes e Jambres.”

 

Única e exclusivamente Deus pode prover proteção real, eficiente e completa contra todo o mal que impera na terra. Mas o homem, em sua pecaminosidade pertinaz e falta de fé recorrente, repete sem cessar ao longo das eras o que fizeram os israelitas em Êxodo 32.8 (NVI), afrontando o Criador: “Muito depressa se desviaram daquilo que lhes ordenei e fizeram um ídolo em forma de bezerro, curvaram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: ‘Eis aí, ó Israel, os seus deuses que tiraram vocês do Egito’“. E Ele se entristece quando desobedecemos às Suas leis e ordenanças e seguimos os caminhos enganosos de nossos próprios corações, com isto muitas vezes dando gerando situações de corrupção.

 

Muitas nações em períodos pré-eleitorais – em especial, mas não com exclusividade aquelas ditas em desenvolvimento, com suas democracias ainda imaturas – costumam depositar periodicamente esperanças irreais em determinados candidatos, confiando nas promessas que fazem, para depois verem ruir por terra suas expectativas, quando os eleitos não cumprem os compromissos assumidos em campanha.

 

É a triste confirmação das palavras do escritor português Eça de Queiroz, que certa vez afirmou em tom de galhofa: “Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.” E ainda com relação aos políticos, Rui Barbosa, em discurso proferido no Senado Federal em 1914, pronunciou a famosa frase: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

 

E assim, em escala mundial, gestão após gestão, o povo tem se desiludido de seus líderes nacionais e locais – com a exceção óbvia dos poucos indivíduos ou grupos que de alguma forma se beneficiaram com aquele desgoverno – ao verificar que a corrupção, a injustiça, a pobreza, a violência, e tantos outros problemas sociais para os quais o político tinha todas as soluções prontas e prometidas, continuam, e até em maior escala e em progressão constante.

 

Verifica-se então uma crescente frustração nacional, por não ser encontrado o homem ou a mulher certos, desconhecendo que a história da humanidade – apesar de alguns períodos de prosperidade – há muito está repleta de exemplos que demonstram que nenhum sistema político, plano mirabolante ou homem especial conseguiu jamais dar resposta adequada aos incontáveis problemas de uma nação.

 

Porém há um nome que está acima de todo nome, um sistema acima de todo sistema, um plano que está acima de todo plano: o nome é Jesus Cristo, o sistema é o cristianismo, o plano é aquele que Ele veio trazer, e por causa do qual foi morto. Ele é o único líder incorrupto e incorrutível que tem total credibilidade comprovada há mais de 2.000 anos, e seu plano é também o único que pode resgatar milhões e milhões de pessoas de suas vidas inumanas e miseráveis, não apenas no âmbito material, mas em especial na esfera espiritual, não somente nesta vida terreal, mas tendo o foco na vida eterna, o que é incomparavelmente mais importante.

 

O mundo vive de ilusão em ilusão, confiando em homens, exaltando-os insensatamente, desconhecendo que Cristo é o único governante, o único líder que acena para o verdadeiro progresso do homem ao afirmar em João 10.10 (ARA) que “… eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”; só nEle podemos ter a absoluta e plena confiança de podermos seguir de forma irrestrita, pois cremos em João 14.6 (ARA) quando Ele diz que é “…o caminho, e a verdade, e a vida”; só Ele faz este convite irrecusável em Mateus 11.28-30 (ARA): “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”; só Ele ensina em Mateus 20.26 (Bíblia Viva) que “… Todo aquele que quiser ser um líder, deve ser servo”; e só Ele alerta a todos os líderes em Mateus 18.7 (Bíblia Viva): “Ai do mundo por causa de todas as suas maldades. A tentação para fazer o mal é inevitável, mas ai do homem que provoca a tentação.”

 

Pai amado, vivemos em um mundo assolado por corrupção, violência e maldade de toda espécie, que se acentua à medida que o tempo passa. Mas somos Teus, e queremos testificar de Ti onde quer que estejamos, por nossas atitudes e palavras íntegras. Por isso Te pedimos que continues a controlar nossas vidas, que Teu Santo Espírito esteja permanentemente conosco a nos fortalecer, guiar e proteger. Em nome de Cristo Jesus, nosso modelo de integridade absoluta. Amém.

Share
0
0

JULGAR, SALVAR E DESTRUIR

“Deus é o único que faz as leis e o único juiz. Só ele pode salvar ou destruir. Quem você pensa que é, para julgar os outros?”.  Tiago 4.12 (NTLH)

 

 

 

 

A murmuração é um dos grandes males que afetam a Igreja, e constitui-se no pecado cometido por aqueles que, geralmente reunidos em pequenos grupos, falam mal de irmãos que não estão presentes, muitas vezes provocando graves danos para a reputação e o bom nome dos ausentes, que não podem defender-se. É, portanto, uma atitude covarde e ímpia. Hoje observemos que murmurar é uma infração à Lei de Deus, porque ninguém consegue amar o próximo e, simultaneamente, falar mal dele. Mas, pior que isso, é uma violação à prerrogativa de Deus, o único que tem o direito de julgar, salvar e destruir!

Share
0
0