julho 2023

VIDAS OPOSTAS

“O salário do justo lhe traz vida, mas a renda do ímpio lhe traz castigo”. Provérbios 10.16 (NVI)

 

 

 

 

 

 

O que o justo obtém por meios lícitos contrói vida e traz paz, enquanto o que é ganho através dos malfeitos do ímpio alimentam as trevas de pecado em que vive, levando fatalmente à morte física e espiritual. Por isso Provérbios 23.17 (ARA), exorta: “Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, no temor do Senhor perseverarás todo dia”. Hoje comparemos, como exemplo, a vida de um humilde artífice cristão e a de um rico corrupto: a renda do primeiro, – fruto de trabalho bom e produtivo, – se aplicada com propósitos benéficos, edifica, mas a do outro, que vem de fonte iníqua, só pode causar destruição progressiva.

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PEQUENA FÉ (2)

A Bíblia Viva pergunta e a seguir responde em Hebreus 11.1: “Que é a fé? É a convicção segura de que alguma coisa que nós queremos vai acontecer. É a certeza de que o que nós esperamos está nos aguardando, ainda que o não possamos ver adiante de nós.” É uma ocasião para nos questionarmos: será que temos verdadeiramente fé em Deus? E se temos, ela é uma grande fé? Ou trata-se apenas uma pequena fé?

 

O que é uma fé pequena? É a fé condicional, parcial, que só vai até uma extensão limitada do caminho que leva a Cristo, que acaba ao primeiro solavanco, ao primeiro obstáculo, à primeira contrariedade, ao primeiro desconforto, que confrontada com o primeiro interesse material, é vencida pelas circunstâncias. Em contrapartida, a grande fé tudo entrega nas mãos do Pai, incondicionalmente, cegamente, como a criancinha entrega-se sem pestanejar nas mãos de seu progenitor, sem questionar, sem duvidar, apenas crendo, confiando.

 

Até o dia de Pentecostes, no primeiro século de nossa era, apesar de terem vivido por mais de três anos com Jesus, vendo todos os sinais que fazia, Seus ainda discípulos tinham uma pequena fé, como o próprio Senhor lhes dizia; no entanto, a partir daquele dia tão marcante na história do cristianismo, a grande fé de que foram tomados até o fim de suas vidas terrenas produziu cristãos que enfrentaram destemidamente autoridades ímpias, fogueiras, apedrejamentos, decapitações, cruzes, torturas, injustiças, e todo o tipo de sofrimento imaginável, pela fé em Cristo.

 

E esta fé gigantesca foi gerada pelo Espírito Santo, que o Pai enviou para continuar a obra de Jesus. É Ele, pois, e só Ele, que tem o poder outorgado pelo Pai para nos conceder a grande fé de que necessitamos para sermos verdadeiras testemunhas de Cristo, para exercermos nossa função de servos fiéis com quem Ele pode contar, e assim desempenharmos nosso trabalho de cooperadores, chamados para auxiliar na obra do Reino.

 

Mas enquanto nossa fé for pequena, enquanto não nos dispusermos a confiar de forma plena em Deus, confiando antes em coisas materiais e mundanas, teremos muita dificuldade para adentrar no Reino de Deus, como Jesus adverte sobre o perigo de confiar nas riquezas em Marcos 10.23-25 (ARA): “Então, Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Os discípulos estranharam estas palavras; mas Jesus insistiu em dizer-lhes: Filhos, quão difícil é para os que confiam nas riquezas entrar no reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”.

 

Fé pequena significa confiança limitada no Pai, enquanto Ele requer de nós lealdade total, absoluta, irrestrita; fé pequena nos identifica com aqueles em quem Ele não pode contar plenamente; fé pequena caracteriza o cristão nominal, que está com um pé na rocha que é Cristo, e outro em um barquinho pronto a zarpar pelo rio do mundo, deixando tudo para trás. Como poderá Deus confiar em tais “cristãos” de ânimo dobre, de lealdade dividida?  É como Tiago 1.6-7 (NVI) alerta: “Porém peçam com fé e não duvidem de modo nenhum, pois quem duvida é como as ondas do mar, que o vento leva de um lado para o outro. Quem é assim não pense que vai receber alguma coisa do Senhor.”

 

Assemelhando-se a uma lamparina que tem pouco combustível em seu reservatório, a pequena fé não nos conseguirá levar a lugar nenhum, pois não possui a necessária e suficiente força e energia para conduzir-nos a salvo em meio às trevas do caminho que necessariamente percorreremos no mundo. Por isso, pouca serventia tem, enquanto que a grande fé gera todo o vigor e a luz necessária para fazer-nos romper o mar de trevas que nos cercam, para enfim alçar-nos até a luz incomparável de Cristo.

 

Ter uma pequena fé é fácil, confortável e bastante cômodo. Não exige grande ousadia, coragem, determinação ou atitude. Permite ainda a coexistência com o mundo de uma forma pacífica, conivente e muitas vezes dissimulada, sem conflitos com os padrões vigentes e aceitos na sociedade, pois amolda-se livremente às práticas terreais, em total discordância com o ensino da Palavra em 1 João 1.15 (NVI): “Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele …”.

 

Pequena fé é a que tinham aqueles pretensos discípulos de Jesus em Lucas 9.57-62 que, ao não serem aceitas pelo Mestre as condições que estabeleceram para irem após Ele, logo desistiram; também de pequena fé eram os setenta discípulos comissionados para O antecederem em cada cidade e lugar que estava para ir, em Lucas 10.1-24, pois muitos O abandonaram, como lemos em João 6.66, por descrerem nEle; igualmente Ananias e Safira, como nos revela Lucas em Atos 5.1-10, mentiram a Deus por ganância, revelando sua minúscula fé.

 

Para que serve então a pequena fé? Apenas como um primeiro estágio rumo à consecução de uma grande fé, como era a fé do oficial romano em Mateus 8.5-13 (NVI): “Entrando Jesus em Cafarnaum, dirigiu-se a ele um centurião, pedindo-lhe ajuda. E disse: ‘Senhor, meu servo está em casa, paralítico, em terrível sofrimento’. Jesus lhe disse: ‘Eu irei curá-lo’. Respondeu o centurião: ‘Senhor, não mereço receber-te debaixo do meu teto. Mas dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado. (…) Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: ‘Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. (…) Então Jesus disse ao centurião: ‘Vá! Como você creu, assim lhe acontecerá!’ Na mesma hora o seu servo foi curado.”

 

Continua…

 

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PEDRAS VIVAS

“…vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo”. 1 Pedro 2.5 (NVI)

 

 

 

 

 

 

Pedro nos ensina hoje que cada um de nós, como cristão, é uma pedra dotada de vida, a unidade construtiva básica e essencial do edifício vivente que é a Igreja de Cristo. É uma metáfora que mostra que o cristianismo só pode existir quando há firme comunhão entre seus componentes, ao formar um sólido arcabouço que sustêm o todo. Como sacerdote, o cristão tem acesso a Deus e a missão de, através de Cristo, levar outros a Ele; faz de si mesmo e de sua obra a única oferenda que satisfaz ao Senhor; e, por meio de seu exemplo, muito mais que por suas palavras, em Cristo testemunha as maravilhas que Deus tem feito em sua vida!

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