abril 2023

VIDA NOVA

“Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se”. Apocalipse 22.11 (ARA)

 

 

 

 

Em breve Cristo voltará, e como nos encontrará? Estará o nosso “… coração confirmado em santidade, isento de culpa, na presença de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus…”, como Paulo exorta em 1 Tessalonicenses 3.13? Que hoje, e em cada dia de nossa peregrinação, estejamos alertas porque haverá um momento inevitável para cada um de nós, em que será tarde demais para mudar. Cristo diz que cada homem pode agir de acordo com a sua própria vontade, pois Ele não obriga a ninguém a fazer o que não quer, porém, se decidir entregar-Lhe a própria vida, através do novo nascimento Ele a fará completamente nova!

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O CONHECIMENTO FUNDAMENTAL (parte 1)

Há um conhecido testemunho de um viajante nipo-brasileiro a Tóquio que estava andando numa grande avenida da cidade em meio à multidão, quando alguém se aproximou e disse: “Deus me mandou falar de Jesus para você”. Essas palavras foram pronunciadas em português por uma pessoa que não sabia que falava com um nipo-brasileiro, e este fato insólito foi um marco a partir do qual este homem entregou sua vida a Cristo. Como isto é possível? Para Deus não há impossíveis, e Ele usa o Espírito Santo para fazer-se conhecido dos homens.

 

Em 1 Coríntios 13.8-12, na versão bíblica NVI, aprendemos que nesta vida nosso conhecimento de Deus é, quando muito, parcial, porém um dia “… as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido.“

 

Paulo afirma nesta passagem que na vida terreal percebemos no mundo apenas os reflexos imprecisos do Criador, pois conhecendo-se a obra, pode-se conhecer um pouco sobre quem a criou. Embora em Jesus Cristo possamos ver o Pai, nossas mentes limitadas não conseguem discerni-Lo completamente, porque o finito não pode apreender o infinito, e assim nosso conhecimento assemelha-se ao de um menino, que tudo percebe na sua própria escala de dimensões e valores. Mas o amor do Deus que é todo amor, e o nosso amor por Ele e pelo nosso próximo, nos levarão um dia a conhecermos o Senhor verdadeiramente, tal como somos conhecidos.

 

Conhecer a Deus está no cerne do cristianismo e do entendimento da vida eterna, e Jesus em João 17.3 disse que conhecemos a Deus conhecendo a Ele, Seu Filho: ”E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”

 

As Escrituras Sagradas ensinam que uma das metas mais importantes do cristão é conhecer a Deus, é estabelecer com Ele uma comunhão que produz alegria, amor, paz, obediência e esperança. É preciso também compreender que o conhecimento de Deus é multidimensional, abrangendo os aspectos intelectual – a verdade a respeito dEle, volitivo – a confiança, a adoração e a obediência a Ele, e moral – a prática do amor e da justiça. Só a fé nos possibilita alcançar este conhecimento por meio de Jesus Cristo, o Filho, o Deus encarnado, o mediador entre nós e o Pai, e então o conhecimento proporcionado pela Aliança que Deus estabeleceu conosco tem duplo sentido: passamos a conhecer a Deus porque Ele nos conhece como Seus!

 

Agostinho de Hipona, costumava orar, “Senhor, permite-me conhecer a Ti, para que conhecendo a Ti eu conheça a mim, e isso é tudo”. Segundo ele, não há nenhuma possibilidade de alguém conhecer a Deus sem que essa pessoa também conheça a si próprio; da mesma forma não é concebível alguém amar a Deus sem que passe a amar ao próximo, assim como não há como experimentar o perdão de Deus sem que esse perdão torne a pessoa capaz de perdoar. Isto é transformação causada pelo conhecimento de Deus! Mas o conceituado teólogo e missionário Russell Shedd afirma algo surpreendente e chocante: “a maioria dos crentes não está interessada em conhecer a Palavra de Deus”.

 

Qual o propósito de conhecer a Deus? Será que não é suficiente ir ao culto, ler a Bíblia e orar? Se observarmos cuidadosamente a vontade do Senhor expressa nas Escrituras, não! A Sua Palavra reiteradamente nos exorta a mantermos relações estreitas com Ele, a nos aproximarmos cada vez mais dEle, a termos com Ele cada vez mais comunhão, afinal somos membros da Sua família, somos Seus filhos, somos Seus servos, somos dependentes dEle, e Ele nos ordena que prossigamos na busca progressiva de maior  semelhança com Cristo! A propósito disto, em João 10.14-15 Jesus assevera que “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.” No Salmo 25.4-5, Davi ora por auxílio divino e conhecimento dos caminhos do Senhor: “Faze-me, SENHOR, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia.” Porém em Oseias 4.1,6, Deus acusa os israelitas pela boca do profeta: “Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. (…) O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento…”.

 

Mas o que é conhecer a Deus? Nas Escrituras, o verbo conhecer encerra um significado muito mais amplo do que aquele a que estamos habituados, abrangendo o sentido de revelar-se, em Gênesis 45.1: “… José se deu a conhecer a seus irmãos; de manter relações sexuais, em Mateus 1.25: Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus”; de saber, em João 6.69: “… e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”; de reconhecer, em Mateus 12.33: “… porque pelo fruto se conhece a árvore.

 

Assim sendo, conhecer a Deus é muito mais que conscientizar-se de Sua excelsa existência: é admitir que Ele é o Criador de tudo o que existe, que tem também o controle de tudo, inclusive da nossa própria vida, que como cristãos somos Seus Filhos, o que estabelece a obrigatoriedade de obedecer-Lhe, como Moisés ordenou a nós, povo do Senhor, em Deuteronômio 27.10: “… obedecerás à voz do SENHOR, teu Deus, e lhe cumprirás os mandamentos e os estatutos que hoje te ordeno. E a desobediência e a falta de submissão absoluta a Ele, implicará em punição, Paulo ensina em 2 Coríntios 10.3-6 (versão NVI): Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. E estaremos prontos para punir todo ato de desobediência, uma vez completa a obediência de vocês.  

 

Porque todo aquele que desconhece a Jesus será também por Ele desconhecido, como Ele afirma e alerta explicitamente em Mateus 7.23 aos falsos profetas: Então eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!’”; em Mateus 25.12, às virgens néscias: “… Em verdade vos digo que não vos conheço; e em Lucas 13.25-27 na parábola da porta estreita: Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, ele vos responderá: Não sei donde sois. Então, direis: Comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas. Mas ele vos dirá: Não sei donde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais iniquidades.

 

Continua…

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DILEMA

“…deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Mateus 22.21 (NVI)

 

 

 

 

 

A incomparável sabedoria de Jesus aqui se manifesta mais uma vez, e ao resolver um dilema crítico colocado maliciosamente pelos judeus, estabeleceu um princípio de vida muito importante para o qual devemos hoje e sempre atentar: todo cristão verdadeiro é portador de dupla cidadania, obrigado a ser bom habitante do país onde vive e bom cidadão dos céus. Consideremos, no entanto que, se devemos respeito ao governo da nação, a nossa cidadania genuína é a dos céus, e por essa razão, caso enfrentemos um conflito entre ambas, não hesitemos: aquilo que Deus preceitua deve vir sempre em primeiro lugar!

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