abril 2024

GRAÇAS E AMÉM

“Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel, desde a eternidade até a eternidade…”. 1 Crônicas 16.36 (ARA)

 

 

 

 

 

 

 

Davi havia preparado a celebração e os preparativos para o alojamento da Arca em Jerusalém, marcando um momento central da adoração israelita, cuja ênfase estava na comunhão com Deus através do culto, da música e da oração, reiterando a fundamental importância da presença divina entre o Seu povo. Assim como deve ser para nós nos dias de hoje, Deus era o alfa e o ômega dos louvores, e os cânticos eram uma declaração teológica profunda que ressaltava a soberania do Senhor dando graças a Ele ao iniciar a adoração e terminando-a com a manifestação de consentimento e concordância, o Amém!

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O CAMINHO

Após a ceia com os discípulos, Jesus, depois de revelar a traição de Judas, dedicou-Se a consolar os demais, profundamente tristes por Ele ter-lhes dito que iria deixá-los, dirigindo-lhes palavras de consolo e esperança, já a partir do primeiro versículo, que estabelece a linha geral da passagem que está no Evangelho de João, dos versos 1 a 14, que busca afastar a angústia, o temor, a dúvida e a perturbação que tomava conta de seus corações. Para isto eles deveriam crer no Senhor e levar em conta que o céu seria o destino eterno deles, que o próprio Cristo o caminho que deveriam trilhar, além do grande poder de que seriam dotados como resultado de suas orações. Assim diz a passagem:

 

1Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. 2Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. 3E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. 4 E vós sabeis o caminho para onde eu vou. 5Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? 6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. 7 Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto. 8 Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 10 Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras. 11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. 12 Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. 13 E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14 Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.

 

Jesus sabia quão árduos, desafiadores, desesperadores, tenebrosos, seriam os desafios que os discípulos teriam que em breve enfrentar: seu Mestre e Senhor cruel e injustamente dependurado naquela cruz para morrer cruel e lentamente, envolto em terríveis sofrimentos. Por isso preocupava-Se com eles, para que não se sentissem derrotados, esmagados pelo mundo, e procurava encorajá-los a que confiassem em Deus com todas as suas forças, porque há momentos na vida em que temos que crer nEle, pela fé, simplesmente aceitando aquilo que não compreendemos. Por isso exorta-os em João 14.1: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim”.

 

Mas Jesus não Se limita a encorajá-los para crerem em Deus, e diz para também crerem nEle, porque Ele mesmo é a maior prova de que o Pai está disposto a dar tudo o que tem, como Paulo assegura em Romanos 8.38: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?”. Portanto, se cremos que Deus é como Jesus declara, e então no Filho vemos a imagem do Pai, e discernimos um amor tão extraordinário, incompreensível, de dimensões infinitas, torna-se, se não fácil, porém possível, aceitar até o que não compreendemos, assim mantendo nossa fé inabalável e serena mesmo quando as tormentas da vida vêm sobre nós.

 

E Jesus continua, acrescentando : “Na casa de meu Pai há muitas moradas”, referindo-Se ao céu, e podemos imaginar que, segundo esta imagem, é possível comparar o céu a um imenso palácio que tem muitas habitações, assegurando que ali haverá não apenas lugar para Ele, mas também para todos os Seus discípulos. Contudo, pode ser que o sentido destas palavras seja mais simples e significativo de que no céu haverá lugar para todos os Seus, para todos os salvos, aqueles que entregaram suas vidas a Ele.

 

Mas Jesus vai ainda além, assegurando: “Se assim não fora, eu vo-lo teria dito.” E aí reside outra grande verdade sobre Jesus, a respeito de quem jamais alguém poderia imputar qualquer inverdade, pois Ele sempre foi absolutamente autêntico, franco, sincero sobre o adeus que o cristão deve dar à comodidade e o custo de segui-Lo, em Lucas 9.57-58: “Indo eles caminho fora, alguém lhe disse: Seguir-te-ei para onde quer que fores. Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Falou-lhes também sobre o ódio, as perseguições, as afrontas e injustiças de que seriam alvos, afirmando em Mateus 16.24: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á”. Mas também lhes falou sobre a glória final do caminho cristão, da jornada ao Seu lado, assegurando no versículo 27: “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras”.

 

E assim completa o versículo 2: “Pois vou preparar-vos lugar”. Um dos princípios essenciais do Novo Testamento é que Jesus sempre vai à nossa frente para que O sigamos, abrindo-nos o caminho da vida eterna para que sigamos Seus passos. E como tudo o que Ele faz é perfeito, fica-nos a maravilhosa certeza de que o lugar que Ele preparou para cada um dos Seus é igualmente perfeito, porque o céu é maravilhoso, assegura 1 Pedro 1.4, prometendo-nos “… uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus…” que eternamente “… proclamam a glória de Deus…”, como Davi louva no Salmo 19.1, Porém, acima de tudo, Para muito além de qualquer de qualquer especulação que se faça sobre o céu, basta-nos saber que é onde estaremos para sempre com Jesus e nada nos poderá separar dEle.

 

No verso 3, Jesus fala sobre a Sua volta quando afirma categórico: “… voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”. Esta é uma referência clara à Sua segunda vinda, que não sabemos quando acontecerá, porque o próprio Jesus quando questionado a respeito pelos discípulos em Mateus 24.3, respondeu que nem Ele sabia, mas todos nós devemos estar sempre atentos, como Ele afirma no versículo 36: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai”.

 

Remanesce, no entanto, acima de tudo, a verdade inequívoca, inarredável e sublime: sim, Jesus é o único caminho para o Pai, e por várias vezes disse a Seus discípulos para onde ia, mas eles ainda não haviam compreendido, como afirmou em João 7.33: “Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto daquele que me enviou”.

 

Então Jesus faz a declaração mais clara, mais enfática a respeito de Sua divindade em João 10.30: ”Eu e o Pai somos um”; não são a mesma pessoa, mas em essência e natureza, compõem uma unidade perfeita. Agora, nesta passagem que é uma das mais básicas e importantes das Escrituras, e que está em João 14.4-6, declara para surpresa dos discípulos: “E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.

 

Eles não compreendiam esse conjunto de verdades assombrosas que Jesus ensinava, de que voltaria ao Pai que O havia enviado, que com Ele compunha uma unidade e que ninguém poderia ir ao Pai se não fosse através dEle, e menos ainda conseguiam entender o caminho pelo qual seu Mestre seguia, porque era o caminho da cruz. E havia um deles que, sempre que não discernia algo, imediatamente questionava: Tomé. Homem de caráter honesto e prático, manifestou suas dúvidas e sua incapacidade de discernir, levando Jesus a proferir uma das assertivas mais poderosas, definitivas e grandiosas de Seu ministério terreal: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida”.

 

O conceito de caminho permeia a Bíblia que, desde o Antigo Testamento, como, por exemplo, em Deuteronômio 5.32-33, quando Deus disse a Moisés: “Cuidareis em fazerdes como vos mandou o SENHOR, vosso Deus; não vos desviareis, nem para a direita, nem para a esquerda. Andareis em todo o caminho que vos manda o SENHOR, vosso Deus”; Moisés, por sua vez, alertou com desgosto ao povo em Deuteronômio 31.29: “Sei que, depois da minha morte, por certo, procedereis corruptamente e vos desviareis do caminho que vos tenho ordenado”; Deus por meio do profeta Isaías 30.21 alerta Seu povo: “Os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele”; o salmista orou no Salmo 27.11: “Ensina-me, SENHOR, o teu caminho”; mas Jesus proferiu esta afirmativa cabal: “Eu sou o caminho”!  

 

Jesus é o Mestre sublime, perfeito, celestial que não Se limita apenas a aconselhar e apontar a direção que devemos seguir em nossa jornada na terra: Ele toma-nos pela mão e nos guia, em especial nos trechos mais trevosos e acidentados; segue ao nosso lado o tempo todo, nunca nos abandona, e por mais que fraquejemos, dá-nos a força invencível que vem do alto; e fortalece-nos o corpo, a alma e o espírito para que sejamos sempre vencedores dos desafios que nos são propostos. Davi, mais de 900 anos a.C., no  Salmo 86.11 já fazia essa correlação sugestiva entre caminho e verdade, assim rogando a Deus: “Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, e andarei na tua verdade”. Muitos falaram sobre a verdade, no entanto, apenas um foi a própria encarnação da verdade: o Cristo de Deus! Nenhum mestre jamais foi a encarnação dos seus ensinamentos, somente Jesus. Muitos podem afirmar: “ensinei a verdade”, mas somente Jesus pode afirmar: “Eu sou a verdade”, porque toda a perfeição moral só pode ser encontrada nEle. Ele disse também: “Eu sou a vida”, porque só a vida com Jesus, a autêntica vida, merece ser vivida nesse planeta de dores e desesperança onde somente Jesus é a verdadeira esperança, pois somente Ele é aquele que nos assegura que só por meio dEle é possível chegar a Deus. Jesus é o único caminho que leva a Deus, só nEle podemos ver como é Deus, só por meio dEle temos acesso a Deus, e só Ele pode mostrar Deus aos homens.

 

Na antiguidade, para os gregos Deus era, por definição, invisível, e para os judeus até o advento de Jesus, uma crença fundamental era que ninguém jamais tinha visto a Deus.  As pessoas sentiam-se esmagadas pela transcendência de Deus, pela ideia da infinita diferença entre Deus e o homem, pela impossibilidade de ver a Deus. Mas agora, depois de Tomé, que desconhecia o caminho para onde Ele ia, é a vez de Filipe pedir ao Mestre que lhes mostrasse o Pai, e todos os discípulos então ouvem dEle a afirmativa mais surpreendente de suas vidas: “Quem me vê a mim vê o Pai…”! As palavras de Jesus eram a voz de Deus que falava com os homens, e suas ações eram o poder do Pai que fluía através do Filho como um divino canal, trazendo-lhes o amor, a graça, a bondade e a misericórdia que inundam o coração do Pai, fluindo para os corações daqueles que nEle creem. E eles já haviam tido a oportunidade de constatar em diversas oportunidades o extraordinário poder de Jesus, e ainda assim não O compreendiam e tinham os corações repletos de dúvidas!

 

A seguir Jesus passa a fazer promessas tremendas, dizendo em João 14.12 “… que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará…”. Primeiramente Jesus afirma que se cressem nEle também fariam as obras que Ele mesmo fazia, e  até mesmo outras maiores do que aquelas. Em Atos lemos sobre os apóstolos realizando milagres de cura física semelhantes aos que o Salvador fazia, e até maiores, como a conversão de três mil pessoas no dia de Pentecostes. Mas o Senhor por certo também se referia à proclamação mundial do Evangelho, à salvação de incontáveis almas ao longo dos séculos e à formação da Igreja de Cristo, pois salvar almas é um milagre maior que curar corpos.  Lembremos também que, quando Jesus voltou ao céu o Espírito Santo foi enviado à terra, e foi por meio do poder do Espírito Santo que grandes milagres se realizaram.

 

E agora Jesus profere o maravilhoso, sublime, extraordinário coroamento final da passagem: E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho…”. Por certo o conforto dos discípulos deve ter sido inenarrável, indescritível, ao ouvirem de Jesus que, embora com os corações tão contristados com a Sua partida, havia agora o indestrutível elo da oração no Seu nome como poderoso meio de contato com Ele para levarem as suas petições e receberem dEle Seus ensinamentos, ordens e bênçãos. Contudo, isso não significa que um cristão pode receber qualquer coisa que deseje da parte de Deus. A chave para entender essa promessa de Jesus está nas palavras “… tudo quanto pedirdes em meu nome…”, porque pedir no nome de Jesus não é simplesmente pronunciar o Seu nome ao final da oração; é pedir aquilo que glorificará a Deus, que abençoará ao próximo e beneficiará a nós mesmos espiritualmente e, portanto, tudo o que estiver em conformidade com a Sua mente e a Sua vontade expressas nas Escrituras Sagradas. E, além disso, só nos capacitamos a pedir em nome de Jesus se vivemos em plena comunhão com Ele para que então nossos desejos sejam os mesmos que os dEle, e então vivamos no centro da Sua vontade perfeita e soberana.

 

Senhor Deus e Pai Eterno, nosso maior desejo é sermos servos bons e fiéis Teus, vivendo em conformidade com o Teu querer, e sempre obedientes à vontade de Jesus, Teu Filho Amado que nos alenta em Mateus 11.28-30 com este chamado celeste: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. É assim, no precioso nome de Jesus, que está acima de todo nome que oramos profundamente agradecidos. Amém.

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OBEDIÊNCIA

Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo. Apocalipse 1.3 (ARA)

 

 

 

 

 

Esta bênção apostólica é pronunciada sobre todos os que derem a devida honra a essa revelação de Deus, pois é um privilégio inigualável desfrutar dos oráculos divinos. Da mesma forma, é uma ação abençoada estudar as Escrituras e ouvi-las sendo lidas por outros que pregam a Palavra. Mas não basta que leiamos e escutemos sobre ela, é indispensável que a guardemos na memória de tal forma que impregnem os nossos atos, e possamos então aplicá-la permanentemente. E hoje, quando o dia do Senhor se aproxima, torna-se premente e imprescindível agirmos decididamente em obediência à vontade de Deus.

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