Uma Igreja Atraente

Uma Igreja Atraente

Há um dito popular que diz: “Não há noiva feia; há apenas a mal produzida”. Por isso, no dia do casamento, a noiva produz-se ao máximo, passa o dia em um spa relaxando, fazendo tratamentos de pele, maquiagem, massagem, vestindo-se com o maior esmero, tudo para chegar  na hora do casamento linda, impecável, deslumbrante. Às vezes tão deslumbrante que o próprio noivo não a reconhece, chegando a emocionar-se tanto a ponto de trocar até a mão em que deve colocar a aliança. Realmente, a imagem da linda noiva adentrando pelo corredor central da igreja é impactante, impressionante sob o som da marcha nupcial, e só quem já passou por isso pode compreender a profundidade e a dimensão de tais sensações.

Esta é exatamente a metáfora que Deus criou, resgatando experiência tão profunda entre as vivências humanas para expressar Seu extraordinário amor por Sua Igreja. Ele deseja que a noiva de Seu Filho Jesus se apresente bela, pura, impecável, gloriosa. Qualquer outra forma mal produzida não será aprovada pelo Pai, que a verá como desconsideração, como infidelidade para com o Noivo Divino, que não poupou sacrifícios, sofrimentos e dores para lhe dar tão grandes demonstrações possíveis de amor.

É por isso que Paulo, em Efésios 5.25-27 escreveu: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.”

Estas são as características básicas da igreja atraente, a noiva de Cristo, que deleitarão o Senhor e que a farão agradável para todos. O que poderemos nós fazer para tornar nossa igreja mais atraente?

Para resgatarmos tais qualidades essenciais, precisaremos voltar ao exemplo da igreja primitiva, observando os resultados produzidos pelo dia de Pentecostes, quando Pedro proferiu seu grande sermão, ante a zombaria dos judeus e dos habitantes de Jerusalém, como é relatado em Atos 2.37-47: “³⁷ Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? ³⁸ Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. ³⁹ Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. ⁴⁰ Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. ⁴¹ Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. ⁴² E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. ⁴³ Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. ⁴⁴ Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. ⁴⁵ Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. ⁴⁶ Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, ⁴⁷ louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” Observemos que os verbos empregados neste trecho de Atos indica que são as nossas atitudes que fazem a diferença: fazer, arrepender-se, ser batizado, receber, salvar-se, aceitar a palavra, perseverar, orar, temer, crer, estar junto, ter tudo em comum, vender, distribuir, partir o pão e tomar as refeições, louvar. A descrição da igreja primitiva nos ensina como igreja atual, para ser mais atraente, deve ter como marcas distintivas:

– a humildade, no sentido de estar totalmente submissa à vontade de Deus (v. 37);

– a exortação, concitando ao arrependimento dos pecados, à aceitação de Cristo e ao conseqüente recebimento do Espírito Santo (v. 38,40);

– a esperança, mostrando as promessas de Deus firmadas nas Escrituras (v. 39);

– o testemunho das obras de Deus, exortando os fiéis para que afastem-se dos valores mundanos (v. 40);

– a evangelização e a promoção da salvação, que naquele dia foi estendida a quase três mil pessoas (v. 41);

– a perseverança no evangelho, na comunhão entre todos e com Deus, tudo partilhando (v. 42);

– a constância no temor a Deus, isto é, na reverência respeitosa ao Criador (v. 43);

– a união e a solidariedade, a abundância de piedade e de devoção, o verdadeiro amor de uns para com os outros irmãos, e o compartilhamento de alegrias e de tristezas, de fartura e de necessidade (v. 44-46);

– o louvor ao SENHOR em espírito e em verdade, e por isso a plenitude da graça de Deus, instrumento do SENHOR para a salvação de muitos perdidos (v. 47).

Deus Pai, ensina-nos a viver de modo que contribuamos para que a Tua igreja se torne mais atraente aos homens e mais conforme com Teus propósitos para ela. É em nome de Jesus, Teu Filho Amado, que oramos agradecidos. Amém.