Quem Casa Quer Deus

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Quem Casa Quer Deus

“Quem casa quer casa”, ensina o dito popular. E aqueles que estão planejando casar, muitas vezes têm como preocupação prioritária a busca do seu cantinho, da casa ou apartamento onde irão viver aconchegados e felizes.

E qual é o lugar que Deus ocupa nesta união?

Jesus ordena em Marcos 10.9: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” Ora, se Deus é quem une, como pode não ser Ele a prioridade um de um casamento?

É também comum a apropriação indevida das palavras do Senhor Jesus, e a aplicação delas a todos os casamentos indistinta e automaticamente: casou é porque Deus uniu! É preciso compreender o caráter profundamente espiritual daquela ordenança e a quem foi direcionada: o Senhor falava a seus escolhidos, e as verdades de Deus aplicam-se exclusivamente àqueles que procuram viver segundo os Seus princípios – e santidade, pureza, confiança, temor, amor, fruto do Espírito, são alguns deles.

O casamento para ser santo e duradouro, necessita  que Deus seja o seu centro, pois Ele estabeleceu a união homem-mulher com o objetivo único de receber toda a honra e toda a glória! É imprescindível, portanto, a obediência a todos os princípios e regras definidos na Bíblia para a união conjugal:  o lar consagrado a Deus; a leitura da Bíblia em conjunto; a devocional e a oração familiar; o sacrificar com jejuns de comum acordo; o culto familiar; o ensino bíblico aos filhos.

Mas, por melhores pessoas que sejam ambos, marido e mulher, sempre existirão imperfeições, afinal, somos humanos e  sujeitos ao pecado. Trata-se de duas pessoas com personalidades e formações diferentes, que estão unidas pelo Senhor e pelo amor que sentem um pelo outro, no entanto as divergências são naturais. Como contorná-las?  É nestes momentos que é necessária a auto-negação, o sentar e conversar como santos, abertamente e na unção do Espírito Santo. Em 1 Pedro 4.8, o apóstolo ensina: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.”.

E Paulo aconselha em Efésios 4.32: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.”

Os corações dos dois precisam ser humildes, compassivos, benignos e devem estar sempre prontos a perdoar, à semelhança do Senhor Jesus para conosco.  Assim agindo, sejam quais forem os desafios a enfrentar – quer venham de fora, quer se originem no interior do próprio lar – terão sempre o condão de serem motivadores do crescimento espiritual da família, e nunca de desagregadores.

E quanto às questões da família relacionadas com o que é material – especialmente relativo às financas – que são o grande problema nos dias de hoje? O Salmo 127.2 ensina: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem.”

E Jesus, em Mateus 6.33, nos ensina: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”

Por isso devemos priorizar o Reino de Deus, acima de quaisquer preocupações de ordem material.

No entanto, isto não significa que devamos abolir tais cuidados, uma vez que ainda somos matéria também, e responsáveis perante Deus por nossos corpos físicos, que Ele nos concedeu para que deles cuidássemos e bem usássemos para a Sua honra e para a Sua glória!

Pai Bendito, que as pessoas compreendam que casamento sem a Tua presença soberana, sem que Tu sejas o centro, tem poucas chances de prosperar; que união fora dos mandamentos que deixaste, é afronta a Ti. Assim, que haja humildade, e o reconhecimento pleno de que sem Ti, nada podemos. Agradecidos oramos no nome de Jesus. Amém.

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