Mentirosos

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Mentirosos

Alguém certa vez disse que o só é possível ser um cristão autêntico quando se conhece as verdades de Deus que possibilitam discernir as mentiras que satanás coloca no coração de alguns, como os daqueles líderes religiosos judeus que Jesus desmascarou em João 8.44 (ARA), repelindo-os com veemência: Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”

Tal como as atitudes e as ações daqueles judeus os condenava e identificava como seguidores do diabo, todo aquele que mente é da mesma forma igualmente marcado. Talvez eles nem tivessem clara consciência de sua condição, porém o claro desdém pela verdade que manifestavam, as mentiras que proferiam e as intenções homicidas de que eram tomados, indicavam a que ponto estavam dominados pelo maligno, que costuma usar as pessoas que se encontram afastadas do Senhor – e portanto suscetíveis às suas influências maléficas – para obstaculizar a Obra de Deus.

Por isso o Deus da Verdade abomina a mentira e não suporta a presença dos mentirosos, Ele quer que Seu povo viva na verdade e pela verdade, como Provérbios 12.22 (ARA) ensina: Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente são o seu prazer.

O Pai deseja que os crentes, como Seus filhos amados, tenham permanente comunhão com Ele, como o apóstolo João, testemunha do ministério de Jesus, em sua primeira epístola, no capítulo 1, verso 3, ensina dizendo que “… a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.

Mas essa abençoada comunhão com o Deus de luz só pode ser almejada por aqueles de nós que se mantiverem igualmente na luz, fiéis à verdade, santificados e obedientes à Sua vontade perfeita, do contrário, admoesta o evangelista em 1 João, verso 6 (ARA), ao afirmar que Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade”. E essa afirmativa, expandida no verso 8, quando diz que Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós, é finalmente completada no verso 10: Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo ( a Jesus) mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

Paulo enfatiza a voz de João em Efésios 5.8-10 (ARA) exortando e explicando o dramático contraste entre as trevas em que vive o mundo e a luz de Cristo: Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz ( porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade ), provando sempre o que é agradável ao Senhor.

Ou seja, a condição estabelecida por Deus é objetiva, clara e direta: se formos mentirosos de maneira alguma poderemos pretender ter comunhão com Ele!

Há ainda muitas pessoas que dizem acreditar em Deus e conhecer a Jesus, mas não obedecem a Ele, e a estes também não é facultada a comunhão, porque Jesus ensina em João 14.21 (ARA) que quem O ama Lhe obedece, e nesse sentido João, no capítulo 2, verso 4 é peremptório: “Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade”.

Existem também as pessoas que imaginam andar na luz e, no entanto, nutrem ódio pelos irmãos, por razões que variam de questões pessoais, de natureza racial, denominacional, até as de origem, as culturais e outras, assim demonstrando não conhecer verdadeiramente a Cristo e por isso sendo impedidos de ter comunhão com Ele, como 1 João nas passagens de 2.9 e 4.20 assevera: “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas.(…) Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”.

Outra questão crucial em que muitos crentes pecam é ao dizer que amam a Deus, quando na realidade amam o mundo, e 1 João 2.15 adverte gravemente para que “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele…”, pois o próprio Jesus em Mateus 6.24 coloca de forma definitiva que não é possível servir a Deus e às riquezas.

Mas a maior mentira, a que sobrepuja todas as outras é proferida por aquelas pessoas que negam que Jesus é o Cristo, o Messias, o Filho de Deus que encarnou para realizar Sua missão de salvar seres como nós, desprovidos de qualquer mérito ou virtude, que caminhávamos céleres para a morte eterna, por isso João pergunta e em seguida responde em 2.22: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho”.

Por tudo isso, um cristão verdadeiro, que pretende ser um autêntico discípulo de Jesus, jamais poderá aceitar a comunhão com mentirosos que, como daninhos agentes de satanás, são usados para influenciar os que são dEle e dessa maneira pôr a perder o serviço a Deus prestado por aqueles de nós que seguem o reto caminho que o Mestre traçou, e do qual não podemos nos desviar nem para a direita nem para a esquerda, pois esse é o caminho que nos levará à Nova Jerusalém de Apocalipse 21.27 (ARA), onde “… nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro”.

É oportuno então que recordemos o que Paulo nos ensina através da segunda carta a Timóteo 3.1-5 (NTLH), e acolhamos com zelo, temor e tremor suas palavras proféticas que estão se cumprindo nos dias trevosos que vivemos: “Lembre disto: nos últimos dias haverá tempos difíceis. Pois muitos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e não terão respeito pela religião. Não terão amor pelos outros e serão duros, caluniadores, incapazes de se controlarem, violentos e inimigos do bem. Serão traidores, atrevidos e cheios de orgulho. Amarão mais os prazeres do que a Deus; parecerão ser seguidores da nossa religião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder dela. Fique longe dessa gente!”.

Pai amado, ajuda-nos a perseverar na Tua verdade, plenificados e guiados pelo Espírito da verdade que procede de Ti, para que nunca desviemos nossos passos pelos escorregadios, trevosos e deletérios caminhos da mentira. Ao contrário, Senhor, faz-nos cada vez mais autênticos e verdadeiros cristãos, separando-nos para Ti e para Teus propósitos santos. Recebe Pai, assim, nossa oração de profunda reverência e gratidão em nome de Teu Filho amado Jesus. Amém.

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