A Bíblia
Todos nós sabemos que o maior, melhor e mais confiável documento de todos os tempos é a Bíblia. Suas afirmações são continuamente confirmadas por meio de novos achados arqueológicos, de escritos antigos, de descobertas surpreendentes e dos avanços no conhecimento científico.
Cremos ser ela a verdadeira, inspirada, infalível e única Palavra de Deus, composta pelo Velho e Novo Testamentos, pelos quais devemos reger nossas vidas. É também a nossa única regra de fé e prática. Cremos de igual sorte na sua inerrância, em quaisquer áreas em que porventura venha a se expressar.
O profeta Oséias, em torno do ano 710 a.C., profetizando para Israel, afirmou:
“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento…visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecei de teus filhos.” (Oséias 4.6)
A falta do conhecimento pessoal de Deus através da Bíblia pode destruir, não porque tal conhecimento esteja fora do alcance de todos, mas porque as pessoas continuam ignorando a verdade revelada por Jesus, pelos apóstolos e pelos profetas. A verdade está disponível a todos nas Escrituras Sagradas. Infelizmente não são poucas aquelas pessoas que, por não conhecerem ou desprezarem a Palavra de Deus, estão sendo destruídas pelo poder do maligno que atua juntamente com o pecado. E o pecado é alimentado pelos costumes mundanos que são totalmente opostos à vontade de Deus, expressa por seus mandamentos e preceitos.
O salmista – que emprega ao longo do Salmo 119 nada menos que dez termos diferentes para designar a lei ou Palavra de Deus – declara:
“Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do Senhor. Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração; não praticam iniqüidade e andam nos seus caminhos. Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca.” (Salmo 119.1-4)
Na visão da doutrina reformada, a Bíblia ocupa o centro do culto, pois é através dela que Deus nos fala. Calvino afirmou: “… a função peculiar do Espírito Santo consiste em gravar a Lei de Deus em nossos corações, a Igreja é a escola de Deus, e o Espírito é o Mestre” . Para progredir nessa escola, “…devemos antes renunciar ao nosso próprio entendimento e à nossa própria vontade”.
A Bíblia existe para que possamos compreender, temer, respeitar e amar a Deus sobre todas as coisas. Assim ela a si mesma se denomina como a Sagrada Escritura, e em 2 Timóteo 3.15-17, o apóstolo Paulo escreve: “e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”
Quando lemos a Bíblia devemos orar ao Senhor Jesus para que Ele nos dê a revelação da palavra, como em Efésios 6.17-18 Paulo exorta: “Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”.
Devemos orar também para que sejamos capacitados pelo Espírito Santo a viver a palavra de Deus, e não simplesmente apenas conhecê-la em nossa mente, pois o simples fato de sermos conhecedores da Bíblia não nos faz necessariamente cristãos. Os doutores da lei judeus, por exemplo, conheciam as Escrituras mas não aceitavam a Cristo. Em João 5.39-40 Jesus declara: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida”.
E é a própria Bíblia que orienta sobre como o verdadeiro cristão deve se conduzir com relação às Escrituras:
estudar: “Bem aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo”; (Apocalipse 1.3)
pregar: “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”; (2 Timóteo 4.2)
meditar: “Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”; (Salmo 1.2)
ensinar: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; (Mateus 28.19)
e principalmente praticar: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. (Tiago 1.22)
Irmãos, por isso, nos pequenos grupos em especial, precisamos aplicar à Palavra de Deus tudo aquilo que a própria Palavra, sabiamente, nos orienta. Só assim poderemos almejar o crescimento espiritual que é possível alcançar só em Cristo, e nos tornarmos cada vez mais assemelhados a Ele, pois que está à nossa disposição todo o instrumental necessário, que é a SUA PALAVRA viva e eficaz. Depende de nós.
Pai Amado, concede-nos uma semana plena de bênçãos, paz e harmonia, imersos na Palavra de Deus. Em nome de Cristo Jesus. Amém.
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