Ao Único
Por Rev. Juarez Marcondes
“Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” (I Timóteo 1.17; 6.16).
Quem é o nosso Deus? Podemos conhecê-lo? Podemos esgotar o conhecimento a seu respeito?
Quando estudamos teologia, a pressuposição básica é que existe um Deus. E quando a teologia em questão é cristã e evangélica, assumimos que é possível conhecer a este Deus, porque Ele se revela por meio da Sua Palavra.
Deus é incompreensível, porém é cognoscível, ou seja, possível de ser conhecido. Não podemos esgotar o conhecimento a respeito de Deus, como assinala a Escritura Sagrada: “Porventura, desvenderás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-poderoso” (Jó 11.7).
Como parte do aprendizado se dá por meio de comparações, no tocante a Deus, faltam-nos elementos de comparação, como declara o profeta: “Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com Ele?” (Isaías 40.18).
Nada obstante, o verdadeiro sentido da existência humana está em perseverar no conhecimento de Deus, uma vez que o próprio de Deus se dá a conhecer. Jesus afirmou: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3). Portanto, a eternidade da vida não se estabelece por um prolongamento do tempo e fora dele, mas, sim, pelo conhecimento do verdadeiro Deus.
Tal conhecimento ganha expressão máxima na revelação suprema de Deus por meio do Seu Filho, nosso eterno Salvador, Jesus Cristo. “O Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em Seu Filho, Jesus Cristo” (I João 5.20). Quanto mais estreitados forem os nossos laços com Cristo, maior será o nosso conhecimento do Deus Altíssimo.
Por outro lado, é impossível esgotar o conhecimento de Deus. Ele é muito maior do que a nossa capacidade de compreendê-lo. “Finitum non possit capere infinitum” (o finito não pode compreender o infinito).
O Culto que prestamos a Deus é marcado pelo reconhecimento da infinitude de Seu Ser. Deus é caracterizado por profundidade, plenitude, variedade, e uma glória que excede a nossa compreensão, revelado de maneira gloriosa e harmoniosa sem qualquer contradição.
Prestar reverência e louvor ao único que é digno de tal honra é o dever de todo o que confessa o nome de Cristo, tributando glória ao Deus vivo e verdadeiro, agora e pelos séculos do séculos.
Karina
13 de abril de 2012 at 16:04Que maravilha ter um Deus assim em nossas vidas sempre…