Boas Novas

Boas Novas

Nesta seção você poderá ler textos de autores cristãos, especialmente escritos para este blog, trazendo notícias alvissareiras para o povo de Deus dos dias de hoje, ecoando Isaias 52.7: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” A cada mês um artigo será publicado e você poderá comentá-lo, trazendo sua contribuição para a questão apresentada.

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Pizza

Por Miguel Herrera

Quem me conhece sabe que gosto muito de pizza (e se você não me conhecia, agora também sabe). Assim, não deve ser por acaso esta mania que tenho de comparar a vida com uma pizza: é necessário decidir de forma equilibrada o tamanho de cada pedaço. Se eu cortar um deles muito grande, os demais serão obrigatoriamente menores, e dependendo da falta de planejamento, alguém ficará sem comer.  Com isto quero dizer que é fundamental saber balancear bem o quanto investir em determinadas atividades que, embora relevantes, não devem roubar o espaço de outras que são, possivelmente, mais relevantes para que consiga obter uma vida verdadeiramente bem sucedida.

Mas esta “Teoria da Pizza Vital” (desculpe, não resisti) tem um defeito: embora seja verdadeira com relação ao estabelecimento de prioridades, pode dar a impressão de que a vida se divide em setores, como acontece na TV, em que posso zapear entre notícias, esportes, novela, religião, documentário, filme – cada canal completamente separado, sem nada a ver com os demais. Neste sentido, por muito tempo procurei cuidar de minha “vida espiritual”, mas também da “vida profissional”. Ah sim, não podia também esquecer-me de cuidar da “vida familiar”. Agora, pensando bem, quantas vidas tenho eu, afinal?

Muita gente (muita mesmo) tem uma espécie de “modo religião”. Quando o sujeito está nesse modo comporta-se bem, faz pose de honesto, vai à igreja, assume cargos, fala coisas bonitas, canta, manifesta amor e gratidão a Deus, muda até a entonação da voz. Mas logo a seguir volta para o modo “vida normal” e… você sabe.

O apóstolo Paulo escreveu: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10.31)

Até que Jesus entregasse sua vida na cruz, havia uma separação entre o divino e o humano; particularmente, havia um lugar no Templo ao qual só o Sumo Sacerdote podia ter acesso, e mesmo assim só em condições especialíssimas. Este lugar era separado por um pesado véu. “Mas, quando Jesus entregou o espírito, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo.” (Mateus 27.51)

A separação foi rompida – e de alto a baixo! Agora não apenas temos livre acesso à presença do Deus Santo, mas a santidade transbordou para o secular. Agora a presença de Deus não mais está em um lugar restrito, só alcançável por rituais religiosos, mas em todo lugar, aqui e agora, em todas as circunstâncias.

O trabalho não é menos santo do que o momento da adoração, assim como o tempo de oração não é mais santo do que a reunião com amigos. Note bem que não estou, de forma alguma, desmerecendo a adoração ou a oração, antes dizendo que, por causa de Jesus, todas coisas agora são santas. Todo lugar é o lugar da presença de Deus e toda atividade, seja qual for, é realizada na presença dele. Portanto, o que eu não faria no “modo religião” também não posso fazer no “modo vida normal”.

Fazer tudo para a glória de Deus é cortar a cada dia tal da “pizza vital” com sabedoria e equilíbrio, sabendo que cada um dos pedacinhos é santo.

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Os Caras Entravam de Sola!

Por Luca Martini

Sinceramente, tô cansado de ver textos e mais textos sobre o que o cristão pode ou não pode fazer, o que é pecado ou não é, se eu posso ou não posso ir, posso ou não posso me vestir desse jeito ou daquele, faço ou não faço!
Cara, essa não é a grande questão da vida, e não é sobre isso que quero falar.

Não que não seja importante, mas não é o mais importante para mim. Mas sobre isso quero falar em um outro post.
Será mesmo que o cristianismo é só sobre isso, poder ou não alguma coisa? Será que essa era a conversa da galera do fundão lá na Galileia?

Olhando pra trás, lá bem para o passado, o que era que impulsionava aqueles caras?

Tá, você me fala : O Espírito, né Luca!
Tá bom, sim, o Espírito. Mas o mesmo Espírito está hoje aqui, e só se liga na diferença!

Certeza que não era o sonho da casa própria nem do carro do ano, no máximo “neguim” pedia um camelo para não cansar tanto as pernas. Existia algo muito maior que uma promessa terrena que motivava aquele pessoal, não poderia ser desse mundo e nem para esse mundo!

Brother Paulo já mandava a letra “Ora, se a nossa esperança em Cristo se restringe apenas a esta vida, somos os mais miseráveis de todos os seres humanos” (1 Coríntios 15.19).

Ninguém parava para se importar com o próprio umbigo.
E se passarmos fome? E se morrermos? E se eu ficar dodói? Vou fazer biquinho? Chamar mamãe?
Noops, olhavam para o Alvo e deixavam o pau quebrar! O que vier é sempre lucro se for por Jesus.

Os caras entravam de sola : “Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24).

Você consegue ver? Tinha uma gasosa aditivada correndo na veia dessas caras! Não olhavam pra direita e nem pra esquerda, só tinham uma direção, coração disparava com a promessa do Grande Dia!

Tá, tá certo, ainda não tomei pedrada e nem umas chicotadas, tá bom, só foi um xingo ou outro que recebi por Jesus! Mas meu coração tá gritando: VEM “NIMIM”

Só uma coisa movia aqueles homens, só uma coisa faria a vida ter sentido, e isso era o reencontro com seu melhor Amigo, o Grande Dia brilhava nos olhos dos Apóstolos! E é por isso que falamos sobre esses caras até os dias de hoje!

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Comemoração da Páscoa

Por Diná Raquel Daudt da Costa

Páscoa, passagem
Para que?
Para onde?
Para a libertação
Liberdade para os oprimidos
Liberdade da escravidão.

O caminho longo,
Os pés cansados,
E a interrogação
Até quando?
Quarenta anos de peregrinação.

Mas, Páscoa também é ressurreição!
Passagem da morte para a vida
Da ignorância para o saber
Do negativo para o positivo
Da infância para a vida adulta.

É abertura para o novo,
O diferente…
É a quebra dos preconceitos
Que nos amarram, escravizam!
Enfim, Páscoa é quebrar as couraças
Sair da casca,
É abrir o peito
Acolher o outro.

Nesta Páscoa abra os braços
Dê um abraço.
Humanize o coração!

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