Caminho para a Vida
Cada vez que nos detemos a pensar na extraordinária dimensão, complexidade, perfeição e abrangência dos planos de Deus, ficamos atônitos, maravilhados, estupefatos, e somos obrigados a reconhecer humildemente nossa pequenez e absolutas insignificância e incompetência.
O dr. Joseph M. Stowell III, presidente da Cornerstone University e autor cristão renomado, relata uma história marcante de discipulado: Edward Kimball era um professor de escola dominical em Boston, quando decidiu visitar um rapaz que era de sua classe, e teve a oportunidade de começar a discipular Dwight L. Moody, que viria a se tornar um dos maiores evangelistas do século 19. Moody influenciou profundamente Wilbur Chapman, que por sua vez foi um evangelista proeminente, que certo dia convocou Billy Sunday para suas campanhas nacionais de evangelização. Sunday então convidou o evangelista Mordecai Ham, que pregou em diversas reuniões, em uma das quais o jovem Billy Graham foi convertido e mais tarde tornou-se o evangelista mais destacado de nossos tempos, um líder espiritual reverenciado e influente, conselheiro de presidentes norte-americanos e de chefes de estado pelo mundo todo, mas, acima de tudo, um pescador de homens. Ele é um exemplo do que Deus é capaz de realizar através de quem dedica a vida ao cumprimento de Sua soberana vontade.
E assim – sem que muitas vezes consigamos nos dar conta – os perfeitos planos de Deus vão se cumprindo inexoravelmente, no Seu tempo, da Sua forma, para o Seu propósito e glória: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaias 55.8,9)
Jesus, nosso exemplo maior, tomou a iniciativa de fazer discípulos (Lucas 6.12-16), atraiu-os para si (Marcos 3.14), desenvolveu vínculos de amizade (João 15.15), pelo exemplo transferiu vida aos discípulos (João 13.15), comprometeu-se com eles (João 13.1), capacitou e delegou autoridade (Marcos 6.7), e motivou-os com a visão do Reino (Mateus 4.19; João 4.35). Este é o caminho para a vida que devemos seguir.
Paradoxalmente, na contramão do modelo de Jesus, vemos às vezes alguns crentes leviana e egoisticamente afirmar: “Agora que me converti estou salvo. Posso então ficar tranquilo, pois alcancei o que queria, e não preciso fazer mais nada para o Reino de Deus.”
Contrariando esta postura equivocada, observa-se diferenças importantes entre o crente não discipulado, apenas convertido, e o crente discipulado: enquanto o primeiro só se interessa em receber os benefícios da conversão, em ser alimentado da Palavra, é individualista – pois só busca o próprio crescimento – o crente discipulado é um pescador, sabe dar, é um ganhador de almas, pensa primeiramente nos outros, por isso se empenha em fazer novos discípulos, está sempre pronto a servir e a sacrificar-se. O crente não discipulado vive sua vida cristã com restrições ao priorizar sua vida secular, estabelece uma rotina apenas dominical de comunhão com Deus, está sempre desanimado e insatisfeito – por isso frequentemente troca de igreja – e procura assumir cargos que o façam sentir-se importante e ter visibilidade. O crente discipulado entrega sua vida a Cristo, está sempre procurando crescer na verdade, é uma pessoa entusiástica, e mostra-se permanentemente pronto a servir. Há alguma dúvida de que o crente discipulado é aquele que Jesus Cristo espera que sejamos?
Billy Graham certa vez disse que “custa 10% de esforço ganhar uma pessoa para Cristo, mas 90% fazer com que permaneça na fé.” Em outra ocasião afirmou: “a salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos. A decisão representa 5% do nosso esforço; o discipulado decidido, 95%.”
Inquiridos sobre a questão “que requisito principal o faz contratar um aprendiz”, a maioria dos empresários que faziam parte de um grupo de estudos respondeu: “vontade de aprender”. Na Bíblia, Josué é um exemplo típico de bom aprendiz. Moisés, o grande líder hebreu, designou-o para responsabilidades importantes como guerreiro (Êxodo 17.10), e depois como espia (Números 13.16), mas em sua fase de discipulado, ele esteve sempre à sombra de Moisés. Josué serviu como assistente, ajudante e discípulo de Moisés (Êxodo 24.13) durante 40 anos no deserto, o que para nós pode parecer muito, mas Deus tem o Seu próprio tempo para preparar Seus filhos para o serviço. Muitas vezes esse período de preparação e espera é tão valioso quanto o aprendizado de todas as estratégias e metas necessárias. Josué observou em Moisés a sua fé em Deus, aprendeu a ser manso e humilde (Números 12.3), a aceitar instrução (Êxodo 17.10) e a ser obediente a Deus (Josué 1.1-9). Ao passar tempo com Moisés, Josué aprendeu coisas que não poderia ter aprendido num livro, num curso ou numa escola, e foi esta a forma que Deus usou para prepará-lo para liderar em lugar de Moisés, com uma promessa: “Como fui com Moisés, assim serei contigo: não te deixarei nem te desampararei” (Josué 1.5).
Jesus em Mateus 10.1-42, ao anunciar o Seu programa aos doze discípulos e enviá-los às cidades e povoados –“…como ovelhas para o meio de lobos…” – a fim de colocarem em prática o que lhes ministrara, instruiu-os a serem “…símplices como as pombas.” (verso 16). E deu-lhes uma orientação bem específica: “Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo como o seu senhor…” (verso 25).
Um discípulo de Cristo, um discipulador, precisam exibir e aplicar em seus ministérios a simplicidade tão maravilhosa que o Mestre exemplificou. Foi o que fez Paulo, discípulo e apóstolo de Cristo, imitador confesso do Senhor, como todos nós deveríamos ser. Em 2 Timóteo 2.2, em carta a seu filho na fé, deu-lhe esta orientação: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”, e em Filipenses 4.9, “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco”.
O discipulado verdadeiro, ministério intrínseco a todos os santos – que é o cuidar de vidas, o ensinar a andar no caminho, o trabalhar os valores do Reino no caráter do convertido – não é uma alternativa, um movimento, uma visão, um método ou o mero cumprimento de um programa de estudos, mas sim a forma como Jesus agiu e ensinou a Seus discípulos, por isso representa o modelo perfeito que devemos empregar.
Senhor, nosso Deus e Pai, ajuda-nos a sermos instrumentos fiéis de Cristo, indo após Ele, negando-nos a nós mesmos, tomando cada um a sua cruz e seguindo-O em todos os caminhos em que Ele desejar que andemos. E é no Seu nome santo que pedimos, agradecidos. Amém.
Noemy
22 de março de 2011 at 0:11Queridos irmãos,
É verdade tudo que está neste estudo. Temos que estar sempre atentos para fazer a vontade do Senhor. Precisamos negar-nos a nós mesmos, tomarmos a nossa cruz e seguirmos a Jesus. Precisamos todos os dias orar pedindo ao Pai a sua ajuda na nossa caminhada.
Que o Pai nos abençôe.
Nanny & Winston
22 de março de 2011 at 16:00Amada amiga,
Este é um desafio que se impõe em nossa vida. E só conseguiremos seguir a Cristo, se Ele, por Sua graça nos guiar, nos fortalecer, iluminar nossos caminhos e nos amparar quando tropeçarmos. Sem Ele não somos nada e nada podemos. Com Ele, entretanto, tudo podemos, pois a Sua graça nos basta.
DENIRIA GARCIA DE LIMA
22 de março de 2011 at 12:24Praticar e colocar em prática o que temos visto e aprendido, este é o nosso desafio.
Grande abraço
Nanny & Winston
22 de março de 2011 at 15:48É verdade, querida Deniria!