Textos Boas Novas

Escolhendo Nossos Representantes

Por Reinaldo Muchailh Junior

A época pré-eleitoral que vivemos – marcada pelo bombardeio que vem de todos os lados, apresentando informações de candidatos e de partidos – coloca diante de nós o grande desafio e a responsabilidade de escolher nossos representantes no dia das eleições.

No Livro de 1 Crônicas 11.1-3, há um texto que chama a atenção pela oportunidade: “Então todo o Israel se ajuntou a Davi, em Hebrom, dizendo: somos do mesmo povo de que tu és. Outrora, sendo Saul ainda rei, eras tu que fazias saídas e entradas militares com Israel; também o Senhor, teu Deus, te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel, serás chefe sobre o meu povo de Israel. Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ter com o rei em Hebrom; e Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o Senhor. Ungiram Davi rei sobre Israel, segundo a palavra do Senhor por intermédio de Samuel.”

Deus usou o profeta Samuel, “homem de Deus”, para revelar que Davi, “homem segundo o coração de Deus”, o Seu escolhido, fosse eleito rei pelo povo de Israel. Todos nós sabemos como este reinado foi próspero e vitorioso, porque a obediência ao Senhor foi observada. Deuteronômio 17. 15 ensina: “estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o Senhor, teu Deus, escolher; homem estranho, que não seja dentre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti, e sim um dentre eles.”

Nós cristãos, colocamos diante de Deus nossas necessidades particulares, mas será que investimos tempo suficiente para colocar nossos governantes no altar do Senhor? Além de orarmos por quem já está no poder, e diante do momento que vivemos, é fundamental refletirmos com responsabilidade cristã: como poderemos influenciar positivamente, num contexto tão cheio de descrédito pelos políticos atuais, e a frustração das escolhas que temos feito? Davi nos ensina: dependência total de Deus.

Alguns afirmam ser incompatível colocar Deus em alguns assuntos como sexo, finanças e política. Deus é o Criador de tudo e de todos, Ele é onipotente, onisciente e onipresente. Ele nos ama e Se agrada de nossa dependência. Sem Ele nós fatalmente erramos. Dependendo dEle, vencemos em todos os assuntos de acordo com Sua vontade.

Com temor a Deus devemos influenciar o maior número de pessoas, não a votar em quem nós achamos ser o melhor, mas incentivando-os a procurar em Deus a direção para cada voto. Podemos nos valer de todas as informações disponíveis, mas sempre filtrando-as com discernimento e orando.

Deus é soberano, mas nos dá o direito de escolher. Ele não é responsável pelas nossas escolhas erradas. Uma escolha democrática é feita pela maioria. Será que a maioria teme a Deus e depende da Sua orientação? Será que nós mesmos escolhemos segundo a orientação divina? Ou escolhemos aquele por quem simpatizamos, ou com quem temos interesses comuns, ou alguém que nos faz nutrir a esperança de levar alguma vantagem?

Se deixarmos de lado a verdade, o entendimento e a sabedoria de Deus para nós e acharmos que sabemos o que é melhor para nós, colheremos as conseqüências de nossas decisões. Provérbios 1.29-33 exemplifica: “Porquanto odiaram o conhecimento; e não preferiram o temor do SENHOR: Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.” Provérbios 2 .10-15 reitera: “Pois quando a sabedoria entrar no teu coração, e o conhecimento for agradável à tua alma, o bom siso te guardará e a inteligência te conservará; para te afastar do mau caminho, e do homem que fala coisas perversas; dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos escusos; que se alegram de fazer mal, e folgam com as perversidades dos maus; cujas veredas são tortuosas e que se desviam nos seus caminhos”.

Para os cristãos, portanto, não deve pairar dúvida de que devemos buscar em Deus a superior sabedoria espiritual, que é oferecida a quem Lhe pede com sinceridade de coração, como podemos ler em Provérbios 2.1-7, e não de homens, para tomar nossas decisões. Que cada um, assim procedendo, atenda à exortação de Provérbios 3.5 -6:  “Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”

Que em Cristo possamos todos ser instrumentos de Deus com responsabilidade e serenidade, para benefício da nossa cidade e da nossa nação.

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Deus Não Gosta de Você

Por Roland Körber e Miguel Herrera

Ainda bem! Porque se gostasse, provavelmente não gostaria de mim. Afinal, somos bastante diferentes, e ficaria difícil gostar de ambos.

Ainda bem! Porque só se gosta de quem é simpático, e se você um dia pisasse na bola ou – sei lá – ficasse feio, por exemplo, então…

Ainda bem! Porque você estaria o tempo todo sob cobrança.

Gostar de alguém é uma atitude seletiva – não é possível gostar de todo mundo – e gostar vive de receber. Posso até ter prazer em beneficiar alguém de quem eu goste, mas só enquanto a outra pessoa me agradar – não dou nada sem receber antes. Assim, se Deus tiver alguma importância para você, mas tudo depender de Ele gostar de você, isto será no mínimo inseguro e certamente penoso. Mas não se preocupe, definitivamente, Deus não gosta de você. Veja o que Ele diz em Isaias 57.17: “Por causa da sua cobiça perversa fiquei indignado e o feri; fiquei irado e escondi o meu rosto, mas ele continuou extraviado, seguindo os caminhos que escolheu.”

Quem é “ele”? Deus fala aqui do “seu povo”, Israel, que na ocasião era o único grupo bem informado sobre Deus. Hoje são todos aqueles que deveriam orientar-se por Deus e não o fazem: orientam-se pela sua vantagem e suas próprias ideias. Ou seja, “ele” somos nós – você e eu – ou não? Sinceramente, lá no fundo: não mesmo? Mas, sendo assim, já não deveria ter caído aquele famoso raio do céu, fulminando o bando todo? E não acontece nada…

Vai ver que é tudo mentira. Será? Um pouco antes do texto citado, no versículo 11, Deus já previne essa ideia: “De quem você teve tanto medo e tremor, ao ponto de agir com falsidade para comigo, não se lembrar de mim e não ponderar isso em seu coração? Não será porque há muito estou calado que você não me teme?” Deus não tem pressa com seus raios. Depois de dizer aquilo, ele deixou passar mais alguns séculos, mas então… já que não há como Deus gostar de nós do jeito como somos, Ele mostrou que, mesmo sem poder gostar de nós, Ele nos ama!

O primeiro texto que citei continua assim no verso18: “…eu vi os seus caminhos, (epa, será que é agora que vem o raio? … mas veja:) mas vou curá-lo, eu o guiarei e tornarei a dar-lhe consolo…” Para isso, Deus primeiro nos mostrou como deveríamos ser em Mateus 3.16-17 (extrato): “Assim que Jesus foi batizado … uma voz dos céus disse: ‘Este é o meu Filho amado, em quem me agrado.’”

Depois, esse Jesus de quem Deus o Pai tanto gostava, sujeitou-se a suportar todos os efeitos daquilo que faz com que Deus não goste de nós e, vivendo e sofrendo, solidarizou-se conosco, e é assim que Paulo escreveu em Filipenses 2.6-8 (extrato): “Cristo Jesus… embora sendo Deus… esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E… humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!”

Foi aí então que o raio despencou – sobre Jesus! E o autor de Hebreus 5.7-9 (extrato), ensina:“Jesus, … embora sendo Filho… aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu e, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a fonte de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.”

Quando nos apegamos a Jesus, Deus também passa a gostar de nós, porque nos vê através dEle, que nunca magoou o Pai, como Paulo diz em Efésios 1.5-6: “Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado.”

Você acha importante que Deus goste de você? Pois é via Jesus.

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Você é a Ovelha, o Pastor Quem é?

Por Rev. Lúcio Pinheiro

Você já alimentou uma ovelha? Eu já tentei e não consegui. Deve estar achando que você consegue, então faça o teste. Vá até um aprisco e se aproxime do rebanho. Mas já adianto você precisará ir todos os dias, num período maior do que você imagina para ganhar a confiança delas, para depois se deixarem ser alimentadas por você.

Eu vivi por cerca de três anos em um sítio dos meus pais. Certa manhã resolvi alimentar as ovelhas e carneiros… em vão, fugiram feito bicho do mato. Não sobrou uma próxima de mim. E olha que cheguei de manso, sem assustá-las, mas ouviram os meus passos e isso foi suficiente para debandarem.

À tarde nova tentativa, porém agora observando como o caseiro da propriedade, o tratador das ovelhas fazia. Ao contrário de mim, de longe elas ouviram o seu caminhar na pastagem e logo se aproximaram. Fiquei por longos dias intrigado. Por que isso aconteceu? O que fiz de errado?

A Bíblia tem a resposta. Aliás, existem 549 versos na Palavra de Deus que se referem a ovelhas e seus derivados e por isso nos deve chamar à atenção. No evangelho de João 10:27 está escrito: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;”

Jesus sabia que para uma pessoa acompanhá-lO, era preciso que ele pregasse, se manifestasse e mostrasse a bondade do Seu amor para com todos. Só assim poderiam conhecer a Sua voz e identificar quem era o pastor de suas vidas. Não é diferente com os animais do campo. O cuidador das ovelhas, todos os dias – eu disse todos os dias – está pela manhã bem cedo e todas as tardes junto ao aprisco, cuidando das suas ovelhas.

O trabalho é árduo para os pastores, e deve ser por isso que Jesus pediu que enviassem mais pastores  que exerçam a função de pastor conforme entendemos, e descrevemos aqui, pois só assim as ovelhas da igreja demonstrarão que podem confiar suas vidas na mão dos pastores. São eles que devem alimentar, vitalizar com água fresca, separar o melhor campo para pastarem e verificar a presença de perigos à frente, e ainda devem observar o quão longe estão indo para não caminharem por caminhos obscuros e traiçoeiros. E o mais importante: se for preciso, carregá-las no colo para tratar pessoalmente de cada uma delas.

Respondendo à pergunta que me fiz naqueles anos no sítio, identifico: as ovelhas não me conheciam, não identificaram o meu caminhar pelo campo, não reconheceram minha voz, não era de esperar outra coisa, se em 3 anos de convivio, fui cuidar delas apenas uma única vez… elas estão em pleno direito de ficar distantes, não sabendo se eu iria lhes causar algum mal. O caseiro, ao contrário, durante anos levou diariamente o cuidado e o amor para com todos os bichos, por isso merecia reciprocidade.

Você pode não ter alimentado nenhuma ovelha em sua vida, mas se considera-se uma delas precisando ser cuidada pelo pastor do rebanho, então deixe-se ser cuidada pelo por ele. Depois de conhecê-lo, permita que ele cuide e abasteça sua vida espiritualmente. Tenha certeza de que os pastores apenas querem o seu bem. Abra espaço em sua agenda para que o pastor o alimente todos os dias, sete dias por semana. Já disse um filósofo e pastor contemporâneo: “O teólogo só pode ser considerado pastor quando tiver ovelhas em seu aprisco”.

Seja parte do rebanho. Não seja uma ovelha rebelde que caminha pelos seus próprios caminhos, e quando menos vê está precisando de ajuda para sair dos percalços que a vida lhe impõe.

A graça do Senhor Jesus nos basta!

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