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É IMPORTANTE ORAR?

“Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer…”. Lucas 18.1 (ARA)

 

 

 

 

 

Os descrentes costumam pôr em dúvida a utilidade da oração, afirmando que se Deus é onisciente, se sabe de antemão tudo o que vai acontecer, de que serve orar? Talvez até nós mesmos, quando nossas orações parecem não estar sendo respondidas, questionemos: serão elas importantes? Deus está nos ouvindo? Por que não age? Como resposta cabal, definitiva, incontestável, lembremos hoje que Jesus orava sempre, e Ele, melhor do que nós, conhecia a sabedoria e o poder do Pai, por isso nos assegurou em Mateus 21.22 (ARA): “…e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis”.

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PRIMEIROS E ÚLTIMOS

A vida eterna é uma dádiva que independe de nossos esforços ou merecimentos, é graça de Deus. Embora todos os crentes estejam aptos a recebê-la, nem todos a desfrutarão da mesma maneira, porque cada um tem a sua própria trajetória cristã caracterizada por maior ou menor obediência a Deus e comprometimento com o Reino. Todo serviço prestado a Jesus terá a sua recompensa, mas é preciso tomar cuidado com um eventual “espírito de barganha” em nossas atitudes, que nos leve a fazer as coisas por egoísmo e interesse próprio, esquecendo que o Senhor perscruta os corações e sabe exatamente o que nos motiva a agir em cada circunstância. Por isso, ao responder a Pedro sobre o que os discípulos, que haviam deixado tudo para segui-Lo, receberiam, Ele afirma em Mateus 19.30 que “… muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros”.

 

Essa declaração de Jesus também nos adverte para o fato de que não basta apenas começar bem a vida cristã, como muitos o fazem, de início manifestando entusiasmo, dedicação, amor e perseverança que gradativamente vão esmaecendo; o mais importante é como chegamos ao final da nossa jornada, atentando para o que Hebreus 12.1-3 nos exorta: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que  nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma”.

 

Nosso Salvador nos previne para que não cometamos o erro de imaginar que maior glória na vida eterna estará relacionada com a precedência no tempo ou dependa de qualquer outro critério ou valor humano, porque no regime da dispensação da graça há paradoxos incompreensíveis para o mundo: ricos na terra poderão ser pobres no céu e pobres na terra poderão ser ricos no céu; as crianças herdarão o Reino de Deus, enquanto muitos adultos serão impedidos de lá adentrar, em suma, aqueles que pela avaliação terreal são relegados às posições mais baixas da sociedade humana poderão, diante do Senhor, ocupar as posições de maior relevo e vice-versa.

 

A Parábola dos Trabalhadores na Vinha, proferida por Jesus em Mateus 20.1-16, onde os últimos que foram chamados receberam o mesmo que os primeiros assalariados assim configurando uma aparente injustiça, objetiva demonstrar esta verdade eterna: Deus, o dono da vinha, recompensará Seus verdadeiros discípulos de acordo com Sua soberana vontade, que é sempre perfeita, justa e legítima, pois Ele distribui Sua dádivas da maneira que bem Lhe aprouver. Afinal Ele é o Criador e dono de tudo o que existe, como lembrou em Mateus 20.15 aos trabalhadores que murmuravam questionando Sua decisão ao serem pagos: “Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu?”. E ainda acrescentando: “Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?”, expondo a forma egoísta e competitiva como a natureza humana se manifesta quando nos sentimos prejudicados, injustiçados, ao sermos julgados inferiores a outras pessoas, incluindo irmãos de fé.

 

A justiça divina estabelece que posições de relevo assumidas e exercidas nesta vida não garantem a seus ocupantes a assunção de postos igualmente elevados no céu, pois é o contrário que eventualmente acontecerá, como o Cristo ensina em Marcos 9.35: “… Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos”, e complementa em Mateus 20.16, ponderando que “Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”.

 

E é Paulo em Romanos 9.20-21 quem coloca sua posição irretorquível a respeito da soberania de Deus, questionando: “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?”.

 

O apóstolo também não deixa dúvidas de que somos chamados a participar da construção do Reino de Deus, ao afirmar em 1 Coríntios 3.9 que “… de Deus somos cooperadores…”, porém isto não significa que nos aplicando apenas a cumprir obrigações, ou a mirar tão somente as promessas de recompensas, estaremos tendo a atitude que o Senhor espera de nós. Não caiamos também na armadilha preparada por satanás – pelo fato de atuarmos há mais tempo em determinado ministério da igreja – de nos sentirmos superiores a outros irmãos que, apesar de recém-chegados, servem a Deus com fidelidade e amor, porque desta forma – ao exercermos um ativismo legalista, mundano e arrogante – correremos o risco de nos reposicionarmos de “primeiros” em “últimos” perante o juízo divino.

 

O tamanho da obra à qual nos dediquemos e a quantidade de esforço que coloquemos nela é igualmente irrelevante aos olhos do Senhor, e não nos projeta aos primeiros lugares; o que verdadeiramente vale na contabilidade celeste é o tamanho do amor empregado e a dimensão da obediência prestada a Ele.

 

Jesus assim nos mostra que no Seu Reino precisaremos adotar uma nova atitude isenta de competição, egoísmo e ganância, pensando e agindo como Ele sempre agiu. E é indispensável que a transformação deste comportamento mundano tão comum, revelador do amor egocêntrico dedicado aos nossos próprios interesses a despeito dos de outrem, seja buscada ainda nesta vida, quando ainda há tempo para isto.

 

Roguemos, pois, ao Espírito Santo que modifique o nosso caráter e o nosso temperamento, e nos dê a sabedoria que vem de Deus para nos convertermos realmente em novas criaturas, sem o que continuaremos atados às mazelas da existência terreal que nos puxam para baixo, impedindo que busquemos o alto, como Paulo exorta em Colossenses 3.1: Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.

 

Deus sempre nos concede aquilo que verdadeiramente necessitamos, e não o que achamos que merecemos ou carecemos, por isso não nos é lícito tentar negociar a respeito de nossa recompensa final, pois Ele tudo fará segundo as Suas extraordinárias sabedoria, benevolência e amor inalcançável.

 

Pai Amado, não desejamos, e muito menos postulamos, qualquer posição de destaque no Teu Reino, somente almejamos humildemente cooperar como humildes operários na Tua construção eternal e nela podermos ser encontrados dignos de adentrar.  Desta maneira entregamos em Tuas mãos soberanas e poderosas os nossos caminhos, e rogamos que faças conosco, Senhor, tudo segundo a Tua vontade perfeita. Não permitas por isso, ó Pai, que deixemos de aproveitar o tempo que graciosamente nos concedes nesta vida, mas outorga-nos fé, sabedoria e humildade para que franqueemos ao Teu Santo Espírito a liberdade de agir em nós e por nós, para que o nosso caráter e o nosso temperamento sejam corrigidos, e então transformados nas novas criaturas que desejas que sejamos, nos encontremos dignos de admissão no Teu Reino Eterno. É no nome de Cristo Jesus que assim oramos agradecidos. Amém.

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OBEDIÊNCIA

“E este respondeu: ‘Não quero!’ Mas depois mudou de ideia e foi”. Mateus 21.29 (NVI)

 

 

 

 

Na Parábola dos Dois Filhos, em Mateus 21.28-32, Jesus conta que um homem determinou a um deles que fosse trabalhar na vinha, este disse que ia mas não foi; o outro disse que não ia, mas foi. Então o Mestre pergunta: qual deles fez a vontade do Pai? É claro que aquele que obedeceu, embora de início tenha se recusado. Atentemos hoje para o fato de que Deus estabeleceu a obediência como um princípio inarredável, que nenhum filho Seu pode deixar de cumprir, sob pena de rebelião deliberada, com suas graves e nefastas consequências. Mas não ajamos como esses filhos: acatemos sem titubear o Seu mando!

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