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EU SOU

A grande maioria das pessoas nos dias atuais, especialmente nos países ocidentais, se for perguntada se conhece a Jesus dirá que sim, que já ouviu falar dEle. E se insistirmos para que expressem por palavras o que acham que Ele é, provavelmente movidas pelo senso comum, dirão que é o Filho de Deus, no entanto, a resposta completa e verdadeira a esta pergunta só pode ser encontrada nas Escrituras Sagradas, como  na passagem que está em Mateus 16.13-17: “Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.

 

Junto à costa de Cesareia de Filipe, a mais distante fronteira ao norte de Israel, situada a cerca de 40 quilômetros do mar da Galileia, Jesus decidiu pregar a Seus discípulos, antes de mais nada perguntando-lhes o que diziam as pessoas sobre quem Ele era. Aparentemente nenhum deles tinha uma ideia firmada, relatando que o povo O identificavam com um ou outro grande profeta que teria ressuscitado, talvez lembrando do que Deus havia prometido em Deuteronômio 18.18: “Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar”. A exceção foi Pedro, que afirmou sem titubear que Ele era o Messias, o Filho de Deus.

 

Cada um dos três Evangelhos sinópticos apresenta sua própria versão da declaração de Pedro: Mateus 16.17 registra: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”; Marcos 8.19 é o mais breve: “Tu és o Cristo.” Lucas 9.20 é o mais claro: És o Cristo de Deus. O que importa é que agora Jesus sabia que pelo menos uma pessoa O tinha reconhecido como o Messias, o Ungido de Deus, o Filho do Deus vivo, atestando que a nossa revelação de Jesus Cristo deve ser uma descoberta pessoal, e não algo que venha por intermédio de outros!

 

Uma pessoa pode estudar muito e conhecer tudo a respeito de Jesus, pode ser um erudito que domina todas as teorias cristológicas, pode ser um mestre que ensina de forma competente sobre Ele, Sua vida e obra e, apesar disso, não ser cristão, apenas constituindo-se em um estudioso, um conhecedor teórico de Jesus, mas jamais um cristão. E isto porque, sem conhecer verdadeiramente a Jesus ninguém consegue ser um autêntico cristão.

 

E agora, depois de mais de 2.000 anos e de oportunidades sem conta para conhecê-Lo, quem nós dizemos que Jesus é? Cremos sem duvidar que Ele é o nosso Salvador e Redentor que nos dá a vida eterna? A resposta a esta pergunta determinará como será a nossa vida: ela será abençoada ou irá de mal a pior, dependendo daquilo que pensemos dEle. Se nossos conceitos sobre Ele forem corretos, justos e bons, nossa vida será coroada de bênçãos, se forem incorretos, injustos e maus, estaremos em situação bastante difícil; se crermos firmemente que Ele é a Terceira Pessoa da Trindade, o Filho de Deus, e a Ele entregarmos a nossa vida, estaremos salvos e viveremos com Ele na vida eterna, do contrário nosso destino é a morte eterna em meio às mais amargas agonias.

 

No Evangelho de João, em 6.35, encontramos uma fundamental passagem do Novo Testamento, quando “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”. Jesus é o alimento essencial do espírito que nos dá vida quando permitimos que Ele nos alimente por meio de Seu agir poderoso em nós e por nós, vivendo em nós, saciando toda a nossa fome e sede espiritual pelo estabelecimento de uma nova relação de amor, confiança, obediência, intimidade e paz com Deus, pois sem Ele não há vida, apenas existência carnal, humana, com começo meio e fim, enquanto que Ele nos concede a vida eterna ao Seu lado!

 

Por isso tudo Ele é o pão da vida porque na Sua ausência não há vida verdadeira, há um vegetar dia após dia em busca da mera sobrevivência do corpo físico, num caminhar perpétuo, vazio e sem futuro. Mas quando O conhecemos, e Ele passa a habitar em nós por meio de Seu Santo Espírito, desaparecem todos os desejos insatisfeitos do coração e da alma, todas as angústias terreais e todo o desalento com o porvir. E então a fome e a sede humanas são plenamente saciadas, nossa alma inquieta encontra a paz e a segurança de que tanto carecíamos, e através dEle conhecemos e nos ligamos a Deus.

 

E ainda no Evangelho de João, Jesus repetidamente ratifica a curta frase Eu sou o pão, como que desejando que Suas divinas afirmativas calassem fundo nos corações dos Seus, como em 6.41: “Eu sou o pão que desceu do céu”; em 6.48: “Eu sou o pão da vida”, e em 6.51: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne”.

 

Mas como podemos conhecer a Jesus? O primeiro passo é dado quando decidimos entregar-nos a Ele e O buscamos nas páginas do Novo Testamento, ou ouvimos sobre Ele pela proclamação da Palavra e até de formas inesperadas por nós, porém perfeitamente planejadas por Deus, quando O encontramos, dEle nos aproximamos e cremos nEle aceitando-O como autoridade suprema, e este processo nos concede vida, abundante e eterna, e assim  o pão da vida é nosso, e todas as nossas necessidades, anseios, fome e sede de Deus serão saciados por meio de Jesus. Sem Ele nada teria sido possível, pois fora dEle tudo é impossível, e nenhum empenho humano, por maior que seja será capaz de levar a Ele,  pois não existe mente, capacidade ou poder humanos capazes de encontrar a verdade de Deus, além de Jesus. E aqueles que se aproximam de Jesus são exatamente os mesmos que o Pai Lhe deu, e para esses há uma nova satisfação e alegria em suas vidas, o vazio nos corações desaparece, e a paz de Cristo inunda suas existências, que passam a ser frutíferas, abençoadoras e tudo se faz novo em nosso caminhar.

 

Então, como alguém apropriadamente declarou, “Cristo nos leva a um porto além do qual não existe nenhum perigo”, assim estaremos seguros até o último dia de nossa peregrinação terreal, sendo cuidados e acalentados para muito além desta vida cheia de tristeza, sofrimento e dor, pois Ele nos oferece a maravilhosa, deslumbrante, perfeita, vida eternal junto a Ele.

 

“De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”. Nesta passagem que está registrada em João 8.12, o Senhor faz esta afirmação fundamental, talvez na oportunidade da Festa dos Tabernáculos, onde havia uma cerimônia denominada Iluminação do Templo, quando ao anoitecer, no centro do pátio, eram acesos quatro grandes candelabros cuja luz resplendia por toda Jerusalém. Jesus parece dizer que Ele era uma luz incomparavelmente mais potente que aquela, e para aquele que O seguir existirá não apenas durante uma noite de festa, mas para toda a sua vida, porque Ele é a própria luz de Deus que chegou aos homens dando vida a eles.

 

Seguir a Cristo significa entregar corpo, alma e espírito ao Mestre, obedientemente avançando na luz, não mais sós, correndo o risco de tomarmos um caminho errado porque não conseguimos divisar claramente por onde ir, mas agora seguros porque vamos atrás do nosso Guia de confiabilidade única, que nos levará ao nosso destino sãos e salvos para depois entrarmos na Sua glória.

 

Em outro momento, em João 8.23-24, Jesus afrontou duramente os escribas e fariseus afirmando que “Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima; vós sois deste mundo, eu deste mundo não sou. Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que EU SOU, morrereis nos vossos pecados”, pois o homem que se nega a aceitá-Lo como Senhor e Salvador está errando o alvo de sua vida e morrerá frustrado, incompleto, fracassado, impedido de entrar na vida eterna com Deus. E, ao contrário, aquele que aceita a Cristo torna-se amigo de Deus, por isso não tem mais medo da morte e anseia pelo dia do encontro com Ele no céu. Todos percebemos que o mundo está doente, caminhando célere para o caos e a destruição, porém o remédio miraculoso está à mão, e consiste em que as pessoas reconheçam que o único meio de salvação é pela obediência à sabedoria perfeita de Jesus, e que a cura de cada alma humana somente pode ser obtida quando se aceita a Ele como Senhor e Salvador.

 

Jesus é também o bom pastor que cuida dos Seus com perfeito amor e desvelo, Ele é a porta que nos conduz para o encontro com Deus, ao afirmar em João 10.7,9,11,14: …  Em verdade, em verdade vos digo eu sou a porta das ovelhas. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.”

 

Em João 11.25, Jesus se refere à morte do pecado, prometendo ressuscitar a vida que morreu no pecado, mas também dando-nos a certeza de que a morte física não significa o fim, assegurando: “… Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá…”. Isto significa que quando cremos que Deus é como Jesus nos descreveu, adquirimos a certeza de que Deus é um Deus redentor, e então a morte não mais nos desperta temor porque ela possibilita que nos encontremos com Aquele que ama as almas dos homens mais do que ninguém no mundo.

 

Outra afirmativa profunda e tremenda encontra-se em João 14.6, quando Jesus diz que “… Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Se estamos em um lugar estranho e ao buscarmos orientação nos é dito para seguirmos pela primeira rua à direita depois pela segunda à esquerda, então atravessarmos uma praça, passarmos defronte a uma igreja, dobrarmos a terceira quadra à direita, e o caminho que buscamos é o quarto à esquerda, é provável que ao tentarmos seguir orientações nos percamos já na segunda quadra. Porém, se pessoa a quem recorremos nos disser: eu o levarei até lá, ela é o próprio caminho e nós não corremos qualquer risco de nos perder, e é isso que Jesus faz por nós, pegando-nos pela mão e nos guiando, caminhando conosco, fortalecendo-nos e dirigindo-nos todos os dias de nossa vida, se nEle confiarmos. Mas Jesus é também a verdade, que Ele nos transmite por meio de Seu exemplo perfeito; acima de tudo, porém, Jesus é a vida, a verdadeira vida que merece ser vivida, porque é a vida abundante e eterna que Ele nos prometeu.

 

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”, disse também Jesus em João 15.1,5, empregando ideias e imagens que eram parte da herança religiosa do povo judeu. Mas Ele Se refere a Si mesmo como a videira verdadeira, autêntica, real, e os Seus seguidores são como os ramos da videira.  Alguns são viçosos e produtivos como Ele; outros, porém, são inúteis porque não produzem frutos, como os cristãos cujo cristianismo consiste em profissão de fé sem prática, em palavras sem atitudes, em ser agentes secretos de Cristo, em apóstatas que traíram seu Mestre que haviam prometido servir. Mas também podemos nos negar a ouvi-Lo, ou ouvi-Lo e servi-Lo apenas da boca para fora, sem internalizar nossas atitudes; ou aceitá-Lo como Senhor e Salvador e logo sucumbirmos frente aos desafios do caminho, ou decidirmos fazer a nossa vontade e não a dEle, assim abandonando-O,  porém não esqueçamos de ter sempre presente em nossas mentes e corações que o ramo sem fruto está condenado à destruição!

 

Senhor Deus, Amado Pai, capacita-nos a proclamar o Cristo onde quer que estejamos, não importam as circunstâncias, a nos alimentarmos da Sua verdade, pois Jesus é o alimento essencial do espírito que nos dá vida, a seguirmos a Ele, entregando-Lhe nossos corpos, almas e espíritos e avançando obedientemente debaixo da Sua luz bendita; a auxiliarmos as pessoas para que compreendam que a única forma de serem salvas é pela obediência irrestrita e completa a Ele, que só por meio dEle é possível chegar a Ti, que só Jesus pode nos assegurar a ressurreição e a vida eterna, que só Ele é o caminho, a verdade, a vida e a videira verdadeira de quem almejamos tanto ser ramos frutíferos. É no Seu santo nome que está acima de todo nome que assim oramos agradecidos. Amém.

 

 

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DÍVIDA

“Não fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que vocês devem ter é a de amar uns aos outros…”. Romanos 13.8 (NTLH)

 

 

 

 

Paulo neste dia não está proibindo-nos a que, como cristãos verdadeiros, contraiamos qualquer tipo de dívida, o que seria impensável atualmente, mas dizendo-nos para pautar nossa conduta por princípios de equilíbrio e responsabilidade financeira: sempre pagando as contas em dia, nunca fazendo dívidas para adquirir coisas supérfluas, jamais nos endividando se não temos perspectiva de pagar e evitando assumir compromissos com juros exorbitantes. A única divida permanente que somos obrigados a contrair e manter é a de compartilhar o Evangelho com os não convertidos e de amar os irmãos!

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DÁDIVA SOBERANA

“… e a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo”. Efésios 4.7 (ARA)

 

 

 

 

Cada membro do Corpo de Cristo – a Sua Igreja – é capacitado para uma função especial que compõe a unidade do todo em sua multiforme diversidade, onde não há dois membros iguais, nem com o mesmo papel a cumprir, e tudo que cada um possui é dom da graça de Cristo, concedido por intermédio do Espírito Santo. Que hoje tenhamos consciência de que, por esse fato, nunca podemos nos gloriar por algo que Deus faz através de nós, como se tivéssemos algum mérito, porque toda manifestação genuína do Espírito é dádiva soberana da graça de Deus, a quem cabe, exclusivamente, toda a honra e toda a glória!

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