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CERTEZAS EM TEMPOS DE ANGÚSTIA

A sensação de angústia é tão pessoal que, se perguntássemos a 10 pessoas que estivessem se sentindo angustiadas, provavelmente ouviríamos 10 respostas diferentes. Contudo, talvez em comum as pessoas inquiridas mencionariam uma percepção de penoso aperto no peito, um mal-estar profundo, um medo indistinto e vago de algo indefinido.

 

Alguns estudiosos do assunto acreditam que a primeira sensação de angústia que sentimos é ao nascer, quando se processa a dolorosa separação de nossa mãe ao nos vermos expulsos do perfeito conforto e proteção do útero e somos forçados a mergulhar abruptamente em um novo meio ambiente hostil, desconfortável e ameaçador.  E esta sensação se reproduz ao longo de toda a nossa vida como uma reação incontrolável e paralisante do corpo e da mente a ameaças, traumas, insatisfações, carências afetivas, culpas, decepções, frustrações e um sem número de condições, fatos, ações, gestos ou palavras que nos intimidam e atemorizam.

 

Porém, a causa mais grave e de consequências mais destruidoras reside em nossa separação de Deus, assim a angústia surgiu quando o homem e a mulher desobedeceram ao seu Criador no Jardim do Éden e passaram a sofrer as funestas repercussões do pecado. Foi então que, terrivelmente angustiados pela culpa, Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim(Gênesis 3.8).

 

Somente em Deus poderemos encontrar a solução para as nossas angústias existenciais, aqueles sentimentos de frustração pela não realização de uma série de possibilidades vitais, pelo tédio e as dúvidas perante a própria vida. É por este motivo que Moisés, obedecendo ao que o Senhor lhe havia ordenado dizer ao povo de Israel, assegurou-lhes em Deuteronômio 4.29-31: “… buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma. Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te sobrevierem nos últimos dias, e te voltares para o SENHOR, teu Deus, e lhe atenderes a voz, então, o SENHOR, teu Deus, não te desamparará, porquanto é Deus misericordioso…”.

 

No Salmo 119.143, Davi nos ensina que a palavra de Deus sempre é mais forte que a angústia: “Sobre mim vieram tribulação e angústia, todavia os teus mandamentos são o meu prazer”, ou seja, a angústia pode estar presente, mas a alegria na Palavra de Deus é maior mais poderosa. É ainda Davi que no Salmo 138.7 louva o poder de Deus que supera toda a angústia: “Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida; estendes a mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salva”. O profeta Isaías igualmente louva ao Senhor em inúmeros momentos de seu livro, como em 25.4, proclamando: “Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor…”.

 

Depois de escrever sua primeira carta aos coríntios orientando-os para a solução dos vários problemas que ocorriam entre eles, e como estes não foram resolvidos, escreveu outra carta que se perdeu, desta vez triste e severa, após o que fez uma rápida e pouco agradável visita à rebelde igreja de Corinto e posteriormente escreveu 2 Coríntios onde menciona no capítulo 2, verso 4 que “… no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida.

 

Até mesmo Jesus Se angustiava. Após a celebração da Páscoa, em Mateus 26.36-38, “… foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.

 

Portanto, a angústia está sempre presente na vida humana, e pode levar a duas situações diametralmente opostas: a depressão que se segue à total impotência para lidar com um problema, ou a decisão de render-se a Cristo, entregando tudo em Suas poderosíssimas mãos de amor infindo, pois, como Paulo afirma em Romanos 8.31: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”. E nos versos 35-39 o apóstolo nos assegura: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

 

Neste mundo é inevitável vivenciarmos angústia, sofrimento, aflição, e Deus os permite porque sempre tem um bom, amoroso, abençoado propósito para nós, embora no momento em que estamos sendo afligidos pareça difícil discernir o bem em meio a todo o mal que nos envolve. Contudo, devemos ter confiança irrestrita no Senhor, que declarou os motivos que devemos acalentar para isso em Isaías 55.8-9: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”.

 

Com a confiança inabalável no amor, na graça, na bondade e na misericórdia do nosso Deus, é possível então alimentar algumas certezas inabaláveis em tempos de angústia, individualizando a cada uma delas para a circunstância que cada qual vive, com a firme convicção de que:

 

Deus está permitindo isso pela Sua vontade perfeita, por isso obedientemente ajo como Jesus ensina na oração do Pai Nosso, “… faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu…”. E embora eu não consiga compreender, quero confiar e descansar nEle, pois assim Davi exorta no Salmo 37.5-6: Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia;

 

Ele me guardará em Seu amor, como Sofonias 3.17 se refere àquele que é Seu: “O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo”. Então Ele me cobrirá com a Sua graça nesta provação, como disse a Paulo em 2 Coríntios 12.9, dando-lhe a certeza de que “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”. E tudo isso Ele faz para que eu me conduza como Seu filho em todas as circunstâncias, mesmo nas mais penosas;

 

Ele fará dessa aflição uma bênção, por isso, como Davi no Salmo 31.7-8, Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois tens visto a minha aflição, conheceste as angústias de minha alma e não me entregaste nas mãos do inimigo…”. Sei que desta forma meu Pai de amor infinito estará ensinando-me o que deseja que eu aprenda com a provação que permitiu que eu sofresse, assim operando em mim a graça que Ele quer me conceder, e eu possa então fazer eco às palavras do salmista no Salmo 84.11: Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente”;

 

E que, por fim, no Seu tempo perfeito Ele me restaurará, e então eu estarei mais forte espiritualmente, fazendo minhas as palavras de Paulo em 2 Coríntios 12.10 quando declarou que “… sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. Assim estarei mais próximo dEle e mais apto a ajudar a outros que passam por provações semelhantes, porque agora me incluo entre aqueles que enfrentam as tentações e os desafios da vida da forma que Deus aprova, e a quem Tiago 1.12 promete alegria aqui e no mais além, dizendo: Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.

 

Pai de amor, graça, misericórdia e bondade infinitos, Te louvamos pela grandeza com que tratas aqueles que são Teus e que Te obedecem a todo tempo e em qualquer circunstância que a vida na terra proponha. E queremos agir como verdadeiros cristãos, enfrentando as muitas provações da existência com a firme e indeclinável perseverança que só Tu podes nos conceder para que a nossa vida transcorra da maneira esplêndida que Tu planejaste para cada um de nós.  E com a certeza de que, apesar de estarmos vivendo tempos de angústia, as nossas lutas pavimentam o nosso caminho para a glória, e que a própria luta já é uma glória, oramos no nome precioso de Jesus que está acima de todo nome. Amém.

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QUE AMOR É ESSE?

”Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar…”. Gálatas 3.13 (ARA)

 

 

 

 

Que amor é esse que Deus devota a nós? Deuteronômio 27.26 dizia que se não observássemos a Lei seríamos malditos, mas Deus em Cristo nos resgatou da maldição por Seu sacrifício de amor inaudito na cruz, e assim Paulo em Romanos 1.17 pôde afirmar que  “… o justo viverá por fé”, apontando que o único modo de apresentar-nos irrepreensíveis perante Deus é por meio da fé. Vivamos, pois, este dia em alegria e gratidão ao Senhor por essa demonstração excepcional, incompreensível e reveladora do Seu amor por nós, que permite que, ao confiarmos nEle, obtenhamos salvação e vida abundante agora e para sempre!

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RESSURREIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO

“Irmãos, eu lhes declaro que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que é perecível pode herdar o imperecível”.  1 Coríntios 15.50 (NVI)

 

 

 

 

Engana-se quem imagina que a vida eterna é uma simples continuidade da vida terreal para sempre. Nosso ser atual marcadamente egocêntrico não poderá ser admitido junto a um Deus de amor, santo e perfeito, e este antagonismo impede que na condição presente herdemos o Seu Reino. Alegremo-nos, porém, nesse dia: Paulo no verso 52 dessa carta diz que “… ao som da última trombeta (…) os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados”, e por isso exorta no verso 58 que sejamos “… sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil”.

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