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SEMEADURA

“… O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece”.  Marcos 4.26-27 (NTLH)

 

 

 

 

Tal como acontece na natureza com a semeadura, assim é no Reino de Deus: a Palavra é lançada e, quer durmamos, quer estejamos acordados, a semente brota e cresce pela ação do Espírito Santo, e ninguém pode deter seu desenvolvimento. E continua crescendo, quer observemos, quer não, sem que possamos contribuir para esse processo oculto, que foge ao controle humano. Não nos abstenhamos neste dia de exercer nossa sublime responsabilidade de semeadores da divina Palavra, sabedores, no entanto, que a obra é do Espírito e não nossa, mas que o território é grande e os semeadores são poucos!

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PREOCUPAÇÃO

A preocupação é uma “droga” no mais amplo sentido que esse vocábulo possa ter; é também um vício que um dia adquirimos, não sabemos quando, e que passamos a cultivar via de regra quando as coisas não vão bem para nós ou para alguém próximo, quando precisamos enfrentar um desafio difícil e estamos inseguros, quando nós ou alguém que amamos é acometido de algum tipo de mal, quando nos sentimos ameaçados por uma conjuntura adversa, ou até mesmo quando nada disso acontece mas sentimos algo no peito, um desconforto, uma opressão e uma apreensão que não tem causa definida e não passa.

 

É assim que a preocupação vai gradativamente tomando conta de nós, tornando-se uma forma de viver, uma característica comportamental que nos domina e age independentemente da nossa vontade, porque é mais forte que o nosso querer. Porém, a característica mais marcante da preocupação é que ela é absolutamente inútil: preocupar-se significa ocupar-se de algo antes do tempo, é como atirar num alvo antes que ele esteja colocado na posição, mergulhar em uma piscina antes que tenha água, é declarar guerra sem ter um inimigo, é viver um futuro cinzento no presente.

 

A preocupação é um desperdício de tempo a respeito do que William Shakespeare assim ponderou: “Perde-se a vida quando a pretendemos resgatar à custa de demasiadas preocupações”; sobre ela Winston Churchill aconselhava: “Deixemos que as nossas preocupações antecipadas se transformem em pensamento e planeamento antecipados”, e Corrie ten Boom desta forma a qualificou: “A preocupação não esvazia o amanhã de sua tristeza; ela esvazia o hoje de sua força”.

 

Preocupação é o apelido do medo, é a vã tentativa de nos defendermos contra o desconhecido que nos atemoriza, é qualquer coisa que impede a nossa alegria, é uma manifestação categórica de falta de fé em Deus; é algo que só pode ser combatido com a oração, por isso, quando ela bate à porta do nosso coração e toma conta da nossa mente, devemos entregá-la a Deus, como Paulo em Filipenses 4.6 exorta: Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E o apóstolo prossegue no verso 7 discorrendo sobre a bênção que então virá sobre nós: E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.

 

Mas precisamos também melhorar nossas atitudes para enfrentarmos a preocupação, e ainda é Paulo em Filipenses 4.4 que, mais que nos ensinar, ordena: Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Devemos trocar nossa maneira de pensar que habituamos a focar na preocupação, por pensamentos sobre coisas positivas, construtivas, alegres, rindo com despreocupação a todo tempo, assistindo menos a programas de violência, maldade, miséria e sofrimento da TV, lendo mais livros edificantes, escutando e assistindo mais a boa música, tendo mais contato com a natureza, visando o que Provérbios 15.15 sabiamente pondera: Todos os dias do aflito são maus, mas a alegria do coração é banquete contínuo.

 

Depois, é preciso relaxar, atendendo ao que Paulo ordena em Filipenses 4.5: Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. A palavra grega aqui traduzida por moderação é sinônimo de um espírito magnânimo, generoso, bondoso que supera ofensas e contrariedades, um espírito paciente que tem Jesus como supremo exemplo. Somente pessoas com esse tipo de atitude conseguem aprender o segredo da alegria verdadeira que a proximidade com o Senhor possibilita, lembrando ainda que a maior parte daquilo que nos causa preocupação jamais se concretiza.

 

A essa altura é útil verificarmos a versão Bíblia Viva da passagem de Filipenses 4.6-7 para ampliar a nossa perspectiva do conteúdo que encerra: “Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-Lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranquilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus”.

 

Imaginemos não estarmos preocupados com nada! Parece impossível porque todos temos nossos compromissos e responsabilidades no trabalho, no lar, no estudo. Mas Paulo nos aconselha a substituirmos essas preocupações por orações, por isso é importante iniciarmos uma nova forma de enfrentar as preocupações, porque a única forma de mudar um hábito é trocando-o por outro: no exato momento em que comecemos a nos preocupar, paremos um instante e oremos, permitindo que a paz de Deus guarde o nosso coração de toda ansiedade.

 

Não permitamos que esse exercício extenuante, desgastante e infrutífero da preocupação continue a comandar a nossa vida, fazendo-nos agir irracional e emocionalmente, deixando de nos concentrarmos no essencial para fixarmo-nos no secundário. Que sentido há em deixarmos de contar as infindas bênçãos que Deus nos concede todos os dias e que podemos identificar e mensurar, em troca da realização do exercício inútil, fútil e masoquista de tentar antecipar os acontecimentos duvidosos e desconhecidos do amanhã? Que enorme desperdício de tempo, energia e oportunidades, – que provavelmente não se repetirão, – estaremos cometendo!

 

Quando as preocupações da vida nos assaltam, deveríamos nos espelhar na atitude daquele garotinho que viajava sozinho, tranquilamente acomodado numa poltrona da primeira fila do avião, lendo seu livro de histórias. A aeronave decolou e ele continuava concentrado em seu livro, eventualmente sorrindo quando alguém falava com ele, até que de repente o avião entrou em uma tempestade e começou a balançar com violência. Vários passageiros se assustaram, contudo o menino mantinha-se totalmente despreocupado, então uma senhora sentada próxima a ele perguntou: Você não está com medo? Ao que o garoto respondeu com um sorriso confiante nos lábios: Não, senhora. Meu pai é o piloto! Sim, nosso Pai Eterno, o Deus Trino que nos criou, que nos ama e cuida de nós, é o piloto da aeronave da nossa vida, não importa o tempo lá fora!

 

O evangelista e missionário George Müller foi um homem extraordinário, cristão exemplar, verdadeiro, que se destacava por sua fé inabalável na providência divina, por isso jamais se preocupava com a realização e a manutenção de seu ministério junto às crianças desamparadas na Inglaterra do século XIX, tendo criado vários orfanatos para abrigá-las, alimentá-las e instrui-las.

Ele e sua esposa começaram em 1836 em sua própria casa um albergue, inicialmente para trinta meninas. O trabalho continuou a crescer, a ponto de ser necessário construir outro prédio, concluído em 1849, com capacidade para 300 crianças. Vinte e um anos depois, quase 2.000 crianças tinham sido alojadas em cerca de cinco desses lares.

O trabalho de Müller foi a prova da providência de Deus suprindo em todos os momentos. Muitas vezes, faltando comida para dar as crianças, recebia horas antes das refeições doações anônimas para eles. Nessas casas, as crianças recebiam uma boa educação, boa comida e boas roupas, levando consigo Bíblias quando as deixavam.

Certa manhã uma funcionária de um orfanato entrou em sua sala e informou-lhe: “A despensa está quase vazia. Quero também lembrar-lhe que o prazo para o pagamento do aluguel já venceu”. Será que George estava preocupado, o que aconteceria com a maioria de nós? Claramente não, porque então animadamente respondeu: “O Senhor proverá! Ele prometeu suprir todas as nossas necessidades e não vai falhar agora”, afirmou com segurança, apesar de dispor naquele momento de apenas 27 centavos para alimentar várias centenas de crianças.

Pouco depois a funcionária voltou com uma carta na mão, que ele abriu e leu: “Porventura estariam vocês com alguma necessidade urgente de dinheiro? Sei que decidiram pedir somente a Deus que lhes suprisse as necessidades. Mas haveria algum problema em informar de quanto dinheiro estão precisando?” George naquele momento pegou um papel e escreveu o seguinte: “Nada mencionarei sobre os nossos recursos. O principal objeto de meu trabalho é mostrar que Deus é real e que cumprirá Suas promessas. Até o momento não contamos a ninguém sobre nossas necessidades e não o faremos”.

Mas após enviar a resposta, George Müller caiu sobre os joelhos e rogou: “Senhor, estamos em situação desesperadora. Temos apenas 27 centavos. Por favor, toque o coração deste homem para que nos envie dinheiro”. Ao ler as palavras de George, aquele senhor sentiu-se muito tocado e imediatamente enviou cem libras de uma só vez! E quando o dinheiro chegou, já não havia um único centavo na instituição para comprar alimento para a refeição seguinte das crianças.

Mais tarde um amigo perguntou a George: “O que você faria caso Deus não enviasse ajuda no momento certo?” Ao que George redarguiu: “Certamente isso jamais aconteceria. Deus prometeu suprir todas as nossas necessidades. Deus não mente. Ele é completamente confiável”.

George Müller cuidou de mais de 10.000 órfãos durante os 63 anos em que decidiu confiar inteiramente em Deus para o atendimento das necessidades do seu ministério e assim jamais se preocupar a respeito. E nem uma única vez Deus deixou de cumprir Suas promessas!

 

George Müller assim agia sem qualquer preocupação porque acreditava e obedecia ao que Jesus afirmou em Mateus 6.25-34 (NVI): “Portanto eu lhes digo: não se preocupem com suas próprias vidas, quanto ao que comer ou beber; nem com seus próprios corpos, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante do que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida? Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé? Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer? ’ ou ‘que vamos beber? ’ ou ‘que vamos vestir? ’ Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal”.

 

Que lições podemos tirar dessa majestosa orientação de Jesus que ensina que a nossa preocupação com as coisas que Deus promete suprir é totalmente insensata? Antes de mais nada, que preocupar-se é um desrespeito, uma manifestação de desobediência, uma demonstração explícita de falta de fé que desagrada profundamente ao Senhor; adicionalmente também é uma atitude que pode afetar a nossa saúde física, mental e espiritual; depois, tende a ocupar tanto a nossa mente que não sobra espaço para pensamentos construtivos; além disso, diminui nossa produtividade e altera para pior a maneira como tratamos os outros; por fim, ninguém consegue que  a preocupação auxilie na solução de um problema, muito pelo contrário, ela só dificulta, bloqueia, paralisa.

 

Buscar em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça quer dizer procurar prioritariamente o Seu divino auxílio, tendo em mente aquilo que Ele deseja e ensina porque seguramente é o melhor para nós, tendo o Seu caráter como modelo de nossas atitudes e servindo-Lhe sempre e obedecendo-Lhe em tudo. Entretanto, é preciso considerar que a vida na carne muitas vezes estabelece que muitas vezes pessoas, objetos, situações e outros desejos irão competir pela prioridade em nossa jornada terreal, representando o sério risco de usurpar a primazia absoluta que Deus deve ocupar. E esse impasse só pode ser resolvido se decidirmos com firme determinação dar a Ele o lugar de honra em todos os aspectos da nossa vida.

 

Planejar cuidadosamente o amanhã, estabelecendo metas, etapas e prazos é sensato, mas trabalhar em excesso pelo amanhã é um tempo perdido se excluímos o Senhor, desacreditando do Seu infinito poder atemporal. Nossa responsabilidade dia após dia deve ser a de viver para Deus, confiando de forma inabalável que o nosso futuro está guardado em Suas mãos e que Ele suprirá todas as nossas necessidades, como tem feito fielmente desde que viemos ao mundo.

 

Pai amado e bendito, ajuda-nos na nossa falta de fé, na nossa carnalidade e fraqueza para que deixemos de lado as preocupações que teimam em nos assediar mas que, sabemos, só nos prejudicam e nos afastam de Ti. Que consigamos, Senhor, obedecer fielmente a Jesus que deseja que não mais nos preocupemos com as coisas materiais e entreguemos toda a nossa vida em Tuas preciosas, amorosas e poderosas mãos, e então confiemos e descansemos em Ti, esperando com a certeza de Teu agir perfeito. Ó Pai, cura-nos e transforma-nos em seres mais assemelhados a Cristo Jesus, em nome de quem oramos de antemão profundamente agradecidos. Amém.

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PLENITUDE DE DEUS

“Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”. Colossenses 2.8 (ARA)

 

 

 

Ao longo de toda a história do Cristianismo, chegando até nossos dias, têm surgido muitos falsos mestres prontos a enganar, mentir e cooptar a doutrinas que contrariam a verdade de Cristo. São mensageiros do diabo com a missão de confundir e capturar para as hostes infernais as almas suscetíveis às filosofias e religiões criadas e transmitidas por tradição humana, e às supostas influências de espíritos elementares e dos astros. Mas hoje nós que cremos em Cristo, sabemos que nada necessitamos fora dEle, porque nEle encontra-se toda a plenitude de Deus, todo o poder e toda a autoridade, pois Ele os criou!

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