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NÃO IMPORTA A CONJUNTURA

“… aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Filipenses 4.11 (ARA)

 

 

 

O contentamento é muito superior à riqueza porque, apesar de não produzir a riqueza, atinge o mesmo objetivo, ao mesmo tempo que livra-nos do deletério desejo por ela. Como Paulo, nós também podemos enfrentar bem qualquer situação que se nos apresente na vida, mesmo que tenhamos carência de tudo, porque se estivermos em Cristo, caminhando com Ele, possuiremos tudo. Que nesse dia, amparados nas promessas de Deus e no poder de Jesus, sintamos a suficiência necessária para mantermo-nos contentes e concentrados no eterno, e não no transitório, não importa a conjuntura pela qual estejamos passando!

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CONSTRUÇÃO DO REINO ETERNO

Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Ezequiel 11.19-20 (ARA)

 

 

 

 

Deus nos abençoa com a doce promessa de que nos está preparando para o céu dando-nos um coração inteiramente consagrado a Ele, substituindo o velho coração de pedra por um novo coração terno, sensível e totalmente obediente à Sua vontade; colocando em nós um novo espírito que nos fará agir sempre segundo os novos princípios e objetivos por Ele determinados, corroborando a assertiva de Paulo em 2 Coríntios 5.17: “… se alguém está em Cristo, é nova criatura…”. Louvemos hoje, pois, e por toda a eternidade, o nosso Deus que pela Sua graça nos faz Seu povo, servos úteis e fiéis na construção do Reino Eterno!

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Reflexões Sobre a Existência Humana – A Morte

A morte é um mistério, uma incógnita, uma ameaça que paira permanentemente sobre o ser humano e que – dependendo do seu grau de maturidade espiritual – apresenta-se de formas diferenciadas. Por exemplo, um enfoque especial foi dado por duas crianças que estavam brincando no pátio da igreja no intervalo da escola dominical após terem aprendido sobre Adão e Eva, e uma delas perguntou: “Como foi mesmo que eles morreram?”, ao que a outra respondeu inocentemente: “Ora, comeram maçã estragada!”.

 

Já um intelectual ateu como Woody Allen, afirmou de forma galhofeira: “Não é que eu tenha medo de morrer. Só não quero estar lá quando isso acontecer”.

 

Mas um homem de Deus como Charles Haddon Spurgeon, exortou certa vez com propriedade: “Que vivamos aqui como peregrinos e não façamos do mundo um lar, mas uma hospedaria, na qual nos alimentamos e moramos, esperando estar de partida amanhã”.

 

E Billy Graham, o grande evangelista, com a seriedade que o assunto merece, afirmou um dia uma verdade insofismável: “É estranho que os homens se preparem para tudo, exceto para a morte. Nós nos preparamos para a instrução, preparamo-nos para o trabalho, preparamo-nos para nossa carreira, preparamo-nos para o casamento, preparamo-nos para a velhice, preparamo-nos para tudo, exceto para o momento em que vamos morrer. E, no entanto, a Bíblia diz que estamos todos destinados a morrer um dia.”

 

Em outra ocasião pronunciou estas palavras de alento, fazendo uma paráfrase de 2 Coríntios 5.1-8: “Para o cristão, a morte é a mudança de um casebre para uma boa moradia. Aqui na terra somos peregrinos ou ciganos, vivendo num lar pobre e frágil, sujeitos a doenças, dor e perigo. Na morte, porém, trocamos este casebre que se esmigalha e se desintegra por uma casa feita não por mãos humanas, mas eternas nos céus. O errante viajor adquire seu direito na morte e recebe o título de uma mansão que jamais se deteriorará ou ruirá. Você acha que se Deus tomou todas as providências para a vida não pensou também na morte? A Bíblia diz que somos estrangeiros numa terra estranha. Este mundo não é nosso lar; nossa pátria é no céu. Quando um cristão morre, ele entra na presença de Cristo. Ele vai para o céu passar a eternidade com Deus.”

 

Paulo, na Carta aos Romanos 1.18-19, 3.9,19 e 5.17,21, ensina que toda a humanidade, após a Queda, está sob o poder e a culpa do pecado, sob o domínio da morte e sujeito à ira de Deus da qual nem um culpado pode livrar-se. A morte, assim, é o resultado final da existência em um mundo desviado do curso original que o Criador havia no princípio estabelecido com sublime perfeição.

 

Mas o magistral e soberano plano de Deus prevê que os benefícios da obra redentora de Cristo sejam aplicados gradualmente sobre a humanidade, e o último inimigo a ser derrotado, quando da Sua volta gloriosa – como Paulo em 1 Coríntios 15.24-26 instrui – é a morte: E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.  Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte.”

 

E de Apocalipse 21.3-4 procede o cabal conforto do Céu aos crentes, prometendo que “…Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

 

Entretanto, a Queda ocorrida no Jardim do Éden não nos tornou herdeiros apenas da morte, mas também de males que nos afligem e muitas vezes a ela conduzem, como as enfermidades do corpo e da alma, as catástrofes naturais, o envelhecimento e os acidentes de inúmeros tipos.

 

De acordo com 1 Tessalonicenses 5.23, Deus nos criou compostos de espírito – a parte inteligente de nosso ser que tem consciência dEle, alma – a sede das emoções, dos apetites e dos desejos, e corpo – a porção física: espírito e alma são imperecíveis, porém o corpo não o é. As Escrituras nos falam de pelo menos três tipos de morte: física, espiritual e eterna.

 

A morte física advém quando a alma e o espírito deixam o corpo, como lemos em Gênesis 35.18, Salmo 89.48, Eclesiastes 12.7, Lucas 23.46, Atos 7.59, 2 Coríntios 5.8 e Tiago 2.26. Ao contrário do que os incréus pensam – que a morte física significa o fim da existência, alguns até considerando o suicídio como alternativa para escapar dos efeitos de seus pecados – ela não é sinônimo de extinção do ser humano, pois o autor de Hebreus 9.27 declara que “… aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”.

 

A morte espiritual é o estado em que todos nós – separados de Deus por conta do pecado – nos encontrávamos antes de sermos salvos, como a Palavra registra em Lucas 15. 24, 32 e Efésios 2.1, e que, se tivéssemos continuado neste estado de contínua rejeição a Cristo, teria se tornado eterna, – chamada de a segunda morte pelo evangelista João em Apocalipse 20.6,14, – e constitui-se na separação eterna de Deus.

 

Desta forma, a Bíblia nos ensina que nos são possíveis duas maneira de morrer: no Senhor, ou seja, salvos, bem-aventurados como herdeiros de todas as promessas da vida eterna com Cristo, como aprendemos em João 8.51 e em Apocalipse 14.13, ou em nossos pecados, isto é, apartados do Senhor, portanto nas mãos de satanás, condenados à morte eterna, à separação de Deus para todo o sempre, como registrado em várias passagens e exemplificadas por Daniel 12.2, Mateus 25.41-46 e Apocalipse 20.11-15.

 

Mas se a morte do crente tem para o Senhor um alto valor, como o salmista manifesta no Salmo 116.15 ao afirmar que “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos”, nosso Deus não se compraz com a morte do ímpio, pois Seu desejo é que todos sejam salvos, “… não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”, como assegura o apóstolo em 2 Pedro 3.9.  E é neste sentido que Deus revela em Ezequiel 33.11: “… não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos…”.

 

Adicionalmente, reforçando a premissa da morte do corpo como apenas um estado transitório, as Escrituras empregam um eufemismo para referir-se à morte física do crente, que é denominada de adormecer ou dormir, como podemos constatar em João 11.11, Atos 7.60 e 13.36, 1 Coríntios 11.30, 15.6, 18, 20 e 51, 1 Tessalonicenses 4.14 e 5.10.

 

Mas, afinal, porquê o cristão morre? Embora a Palavra nos fale em Romanos 6.23 que “… o salário do pecado é a morte…”, em Romanos 8.1-2 Paulo acrescenta categoricamente que Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”.

 

Sabemos assim que todas as penalidades que merecíamos por causa de nossos pecados já foram pagas por Cristo, por isso não devemos ver a morte – nem a física nem a espiritual – como uma punição divina. Qual seria então a razão para a existência da morte para aquele que crê em Deus e é usado por Ele?

 

Em primeiro lugar, Deus permite a morte de um crente para a Sua glória, como mártir, como está registrado em João 11.4, 21.18-19 e Filipenses 1.20; em segundo lugar, quando seu serviço para Deus está concluído, como em Atos 13.36 e 2 Pedro 1.14; em terceiro lugar, como uma medida disciplinar, Deus pode chamá-lo para Ele, como em João 15.2, Atos 5.1-11 e 1 João 5.16.

 

No entanto, há situações em que Deus permite – incompreensivelmente para nós – a morte física por vezes violenta de pessoas queridas, de familiares, de bebês inocentes, de idosos indefesos, de justos que O servem. Nestas circunstâncias precisamos compreender que nosso Excelso Criador não nos deve nenhuma explicação de Seus atos, pois Seus planos estão além de nosso limitado entendimento, e Ele está sempre no total, absoluto e perfeito controle de tudo, como deixa claro o salmista no Salmo 115.3: No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada”.

 

Insistimos, contudo, perguntando desnorteados sobre o motivo de nosso sofrimento: “por que, Senhor?” E Ele responde de forma definitiva em Isaías 55.8-9: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”. E então somos obrigados a reconhecer como em Jó 2.10: “… temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?”.

 

Queremos ser Seus adoradores em espírito e em verdade? Sejamos então como aqueles crentes a quem se refere o pastor e escritor Charles Swindoll em seu livro Jó – Um Homem de Tolerância Heroica: “Como é magnífico encontrar os que confiam nEle até o fim deste vale de sofrimento, dizendo: ‘Que o Seu nome seja louvado. Não compreendo. Não sei explicar. Mesmo assim, que Seu nome seja louvado!’ Isso é adoração no mais alto nível.”

 

Conhecedores de tudo isto, resta-nos fazer nossas as palavras de Paulo em Filipenses 1.21-23: Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”.

 

Não nos é dado saber o que nos reserva o dia de amanhã, mas, se o passado serve de referência, ainda nos esperam em nossa jornada lutas e tormentas à frente. A certeza que temos é que o Senhor detém o controle absoluto da nossa existência, quer o nosso bem e deseja que confiemos nEle, apesar de que muitas vezes não compreendemos a razão de ter permitido determinadas aflições. Entretanto, continuamos firmes na fé sabendo que, quando Ele nos chamar, será este o momento adequado de Seu soberano plano para nós, quando alegremente estaremos iniciando a gloriosa vida eterna com Cristo! Aleluia!

 

Pai Eterno, Teu maravilhoso amor nos constrange por tudo o que tens feito por nós ao longo de nossa existência, por tanto amor, graça e misericórdia, e assim confiamos em Ti, na Tua soberania sobre nós, sobre todas as coisas, e no Teu perfeito plano para a nossa vida. Apenas ajuda-nos a navegar em paz através das dificuldades que enfrentamos, mirando a verdadeira vida ao Teu lado. Abraça-nos apertado. Aumenta-nos a fé. Transforma-nos. Em nome de Jesus. Amém.

 

 

(Continua na próxima semana com o tema Reflexões Sobre a Existência Humana: O Estado Intermediário).

 

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