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JUSTIÇA DIVINA

“Pois é mediante o Espírito que nós aguardamos pela fé a justiça que é a nossa esperança.” Gálatas 5.5 (NVI)

 

 

A volta de Cristo é o nosso alento em um mundo tomado pelo câncer do mal em suas multiformes facetas aterradoras. Mas em meio às trevas dominantes, brilha a luz da esperança prometida em Apocalipse 22.11-12 (NVI): “Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se. Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez“. Por isso hoje, mediante a fé em Cristo Jesus, tenhamos a firme certeza da prevalência da justiça divina que virá para julgar o mundo!

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ALEGRIA E TRISTEZA

Era uma vez um rei de bom coração, bem intencionado e sensível, mas muito tolo, que decidiu abolir a tristeza em todo o território do seu reino por meio de um decreto que determinava que os que ficassem tristes receberiam o castigo de sofrer cócegas e ouvir piadas. Então mandou que seus ministros fizessem uma lista de todas as coisas que causam tristeza – e que seriam proibidas – como algumas músicas, poesias, quadros e fotografias, noticiários da TV, pores-do-sol, sabiás (!) e velórios. Em contrapartida outras coisas seriam obrigatórias, como festas, bebidas, churrascos, trios elétricos, danças, piadas, filmes cômicos, sacos de risada, presentes, e tudo o mais que provocasse alegria.

 

Quando as tristezas souberam do decreto do rei, ficaram mais tristes do que já eram por natureza. E como não eram bem-vindas naquele país em que estavam sendo escorraçadas, começaram a procurar por outros lugares onde as pessoas curtiam as tristezas, e então pudessem se mudar para lá.

 

Vivia naquele reino uma garotinha que costumava cultivar algumas tristezas de estimação, e ao saber da nova lei ficou muito contrariada, porque iria ser obrigada a ficar alegre mesmo quando não queria. Um dia, pensativa, imaginou como viriam a ser as futuras tardes do reino com os lindos pores-do-sol proibidos! E concluiu que o rei estava enganado ao achar que a tristeza não era bela, que não podia trazer paz, felicidade, enlevo, ternura e sensibilidade. Resolveu então procurar suas tristezas, que haviam fugido para longe, e então certa noite, enquanto seus pais dormiam, colocou na mochila roupa e comida e saiu de casa à procura das tristezas, confiante de que iria encontrá-las porque sabia que em nossa jornada na terra não é possível evitar a existência nem da tristeza nem da alegria!

 

Sim, a tristeza é mais do que natural, é indispensável à própria natureza humana, pois nos conduz à reflexão, a uma volta a nós mesmos nos interiorizando mais profundamente, assim possibilitando que nos conheçamos melhor, que saibamos do que gostamos, pois só com esse conhecimento poderemos buscar conscientemente aquilo que nos faz felizes, e que, paradoxalmente, nos traz alegria.

 

Não fora o papel fundamental da tristeza, muitas das obras-primas universais da música, da pintura, da poesia e da literatura talvez jamais tivessem sido criadas. É o caso de Beethoven, que concebeu a maior parte de suas magníficas criações musicais, em especial a famosíssima Nona Sinfonia, em meio a profunda tristeza, talvez provocada por sua precoce deficiência auditiva e pela fracassada vida amorosa. Especula-se que Franz Schubert compôs sua última sinfonia, a de número oito, – denominada Inacabada por não ter sido jamais concluída, – ao tomar conhecimento de que padecia da grave doença que o levaria à morte. O mesmo aconteceu com o poeta português Fernando Pessoa, que escreveu a maioria de seus textos tomado pela tristeza, assim como se deu com Goethe, Edgar Allan Poe, Álvaro de Azevedo e muitos outros escritores famosos, mas também com vários pintores geniais como Van Gogh, Salvador Dalí e Picasso.

 

Cabe-nos, portanto, refletir: no incomparável processo de aprendizado que a vida nos oferece, será que aprendemos mais com a alegria ou com a tristeza? Muitos estudiosos têm chegado à conclusão de que a tristeza nos proporciona mais conhecimento e maturidade do que a alegria. Como aconteceu com vários heróis da fé, entre eles Moisés, que nos 40 anos que passou no deserto, após ter deixado a corte egípcia com toda a sua ostentação, riqueza e ciência para ir humildemente pastorear as ovelhas de seu sogro. Em meio à desolação e tristeza daquele deserto, ele foi preparado por Deus para assumir a liderança do povo hebreu no Êxodo.

 

A tristeza com relação a algum fato nos induz a meditar sobre ele; inevitavelmente, então, somos levados a pensar muito em busca de soluções, desencadeando um processo psíquico que nos dá condições de reflexão sobre nós mesmos e até mesmo capacitando-nos a evitar a repetição do erro. Por isso, assim como a dor e o medo, a tristeza nos ajuda também a sobreviver.

 

No entanto, apesar das razões para a existência inevitável e relevante da tristeza em nossas vidas, é preciso que saibamos valorizar a alegria. Enquanto a tristeza quase sempre nos alcança mesmo contra a nossa vontade, a alegria verdadeira só se conquista quando empregamos nosso domínio próprio para vencer a própria tristeza com a amorosa direção e o amparo de Jesus, que nos consola e exorta em João 16.33: “No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

 

Na Bíblia, o termo alegria e seus derivados, aparece 408 vezes, enquanto a palavra tristeza é registrada apenas em 44 oportunidades, o que dá às Escrituras Sagradas um caráter eminentemente alegre. Só no Livro de Salmos a alegria é registrada 66 vezes, o que mostra o quanto Deus valoriza esse estado de ânimo.

 

Coisas, pessoas, circunstâncias, podem ou não produzir momentos de alegria ou de tristeza; depende de nós. Por exemplo, se perdemos alguém que amamos, ficamos naturalmente tristes, mas por confiarmos em Deus, nesses momentos lembramos que Ele tem o controle soberano de tudo, e sempre faz o melhor para nós, como Paulo ensina em Romanos 8.28 (NVI): “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”.

 

Por outro lado, pode haver maior alegria que sabermos que nossos pecados estão perdoados, apesar de sermos como somos, e que nos aguarda a vida eterna com Cristo Jesus? É sobre isso que Charles Spurgeon, o Príncipe dos Pregadores, em um sermão sob o título O Segredo da Alegria, proferido no dia 02/05/1872 em Londres, exortou: “Se é a obra de Cristo “dar fim aos pecados”, nós podemos estar bem certos de que Ele vai fazer isso e que existirá um fim dos pecados para todos aqueles que acreditam nEle! Portanto, deixemos nossos corações dançar de alegria assim que Seu gracioso Espírito nos dê certeza de que nossos pecados estão completamente aniquilados e atirados para longe como se eles nunca tivessem sido cometidos!”

 

E continua, mais adiante perguntando e confessando: “Não devemos cultivar essa abençoada flor de verdadeira alegria das Escrituras muito mais do que fazemos? Encontro-me frequentemente em depressão no espírito – talvez mais do que qualquer outra pessoa aqui – e não encontro melhor cura para esta depressão que acreditar no Senhor de todo meu coração e buscar perceber novamente o poder do pacificador sangue de Jesus e Seu Infinito Amor em morrer na cruz para jogar longe todas as minhas transgressões!”

 

Por fim, sua conclusão não poderia ser diferente: “Desejo que todos nós possamos ser tão calmos, tão confiantes em Deus, tão alegres em todas as circunstâncias, que todos ao nosso redor possam ser compelidos a perguntar “Qual é o segredo da felicidade desse povo? Eles não têm imunidade contra tribulação – eles têm tanta moléstia e incômodo quanto nós! O que é isto que os faz até gloriar em tribulação?” Desejo que eles frequentemente sejam obrigados a fazer esta pergunta, para que nós possamos dar esta resposta – “Aqueles cujos pecados foram perdoados devem sempre ser felizes – este é o segredo de nossa alegria contínua”.

 

Devemos estar sempre prontos a aprender com as experiências passageiras da vida, mas é fundamental cultivarmos em qualquer situação valores eternos como o amor, o perdão, a tolerância, a compreensão, a consolação, a sabedoria. Estar feliz e contente, assim como amar, é uma decisão que podemos tomar, mesmo que nos falte dinheiro, conforto, saúde ou o amor de alguém, se estivermos firmes no Senhor Jesus, que nos faz a promessa em João 16.20 (Bíblia Viva) de que, em Sua volta bendita, “… esta tristeza de vocês de repente se tornará em maravilhosa alegria”. Esta esperança sem igual, por si só justifica a exortação entusiástica do apóstolo Paulo em Filipenses 4.4 (ARA) quando diz, “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos”, que deve estar em nossos corações todos os dias, por toda a nossa vida!

 

Senhor Deus e Pai, que nosso aprendizado na vida inclua, em todos os momentos, a consciência de que – por tudo o que Tu criaste, por tudo o que fizeste e continuas a fazer, por Tuas promessas maravilhosas, por sermos Teus filhos amados – só temos razões para nos alegrar profundamente em Cristo. E que as passageiras tristezas que nos acometem sejam magníficas oportunidades de aprendizado e crescimento na fé. É no nome santo de nosso Senhor e Salvador que, agradecidos, oramos. Amém.

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MISTÉRIO DE AMOR

“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus (…) esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo (…). E (…) humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!”  Filipenses 2.5-8 (NVI)

 

 

Jesus Cristo deseja que Seus discípulos vivam em harmonia e comunhão, deixando de lado quaisquer divergências, todo o orgulho, toda a ambição e a busca de honra pessoal, mantendo os corações cheios de humildade, obediência e dedicados a servir, tentando reproduzir em suas vidas a vida exemplar que Ele viveu. Meditemos hoje sobre o indizível sacrifício voluntário que Jesus fez por nós, abdicando da paz, da serenidade e da glória inefáveis que tinha como divindade, tornando-se homem para nos salvar. Tão sublime mistério de amor jamais entenderemos, e toda a gratidão que manifestarmos será irrisória!

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