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O SUPREMO AMOR

Imaginemos um amor diferente de tudo o que conhecemos. Indescritível, imenso, total, inigualável, perfeito. Um amor que não se sente, mas que se vive, do qual se faz parte integral, que não admite racionalizações como o amor que vivenciamos no mundo, um amor sobre o qual não é possível tecer conceitos, definições ou avaliações, que vai muito além de qualquer sentimento ou compreensão humana. Não é algo que está fora de nós, mas também não está no nosso interior. É como se fôssemos um todo de amor, com cada poro do nosso corpo exalando este amor, mergulhados em uma espécie de atmosfera gloriosa que quase conseguimos tocar, e tudo à nossa volta é amor, em cima, embaixo, por todos os lados. Um amor imune a qualquer tentativa de expressão por meio de palavras, pois situa-se muito além de tudo o que possamos imaginar.

Estamos no Pai, e Ele é amor, o amor mais incrível, inexplicável e inflexível que se possa conceber, porque não está sujeito a variações, apesar das tantas transgressões que continuadamente cometemos. Quando estivermos com Cristo na vida eterna, com certeza teremos a oportunidade de vivenciar tal amor em toda a sua plenitude maravilhosa, de antemão esboçada por Paulo em 1 Coríntios 2.9 (ARA), ao afirmar que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”.

Por ora apenas idealizamos, mas enquanto o abençoado dia não chega, é sábio, viável e inteligente experimentar, aqui mesmo na terra, os pálidos reflexos desse amor obstinado que Deus nutre por nós, e que nos está prometido no porvir, em toda a sua glória deslumbrante!

Mas como podemos nos apropriar deste amor que está à nossa disposição, como fruto da maravilhosa graça divina? Sigamos o roteiro que o próprio Senhor nos legou em Sua Palavra bendita: o profeta Sofonias 3.17 (ARA) nos ensina que “O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo”.

É maravilhosamente reconfortante saber que Deus está entre nós, envolvendo-nos em Seus braços com um amor infindo, incomparável, que só Ele tem em Si, e cuja existência é ignorada por muitos, que só conhecem o amor limitado, egocêntrico e fugaz cantado em prosa e verso e vivido nas relações humanas.

Seu amor é tão inimaginavelmente imenso e gracioso que O faz desejar a salvação de seres tão desprezíveis como nós, e para isso enviou Seu único filho para nos salvar, mesmo conhecendo toda a nossa maldade e ignorância, e Sua presença é tudo o que precisamos para sermos banhados pela paz e a esperança inauditas que provém exclusivamente dEle. Apesar de sermos tão desprovidos de mérito, graça e qualquer outra virtude, Ele tem prazer em nossa companhia, alegrando-Se conosco quando nos voltamos para Ele em atitude de obediência, tal como um pai humano vê em seu pequeno e imaturo filho qualidades aprazíveis a serem exaltadas e valorizadas.

Mas isso não é tudo com o que persistentemente nos abençoa: imutável em Seu Ser Divino, ama nos amar e nunca cessa de amar, por isso Seu amor por nós permanece inalterado e inalterável para todo o sempre, o que Lhe proporciona inefável alegria no coração, porque Ele Se compraz com os que O temem, que são aqueles em quem Seu Filho será glorificado.

É um princípio da vida que a cada privilégio que recebemos corresponde uma responsabilidade de retribuição, e a cada bênção, a máxima gratidão que possamos manifestar, assim, que tudo o que pensemos, digamos ou façamos, hoje e sempre, seja exclusivamente para a glória, o louvor, a honra e a exultação do Pai, para que sintonizados em Seu amor bendito, possamos por ser por ele envolvidos, permeados e esse amor possa fluir por meio de nós para os que nos cercam!

O amor de Deus não é egoísta, limitado ou estático, e se estende em todas as direções, com o propósito de atrair todos a Si mesmo para manifestar Sua afeição inata, e esta é a característica essencial do amor divino, que desta forma estabelece o modelo para qualquer relação de verdadeiro amor. Por isso, quem ama alguém profunda e realmente, dispõe-se a pagar qualquer preço para lhe dar amor, e foi isso que Deus fez: entregou a vida de Seu único Filho para nos salvar, como João 3.16 (ARA) registrou para a eternidade: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Estas abençoadas palavras, que têm sido repetidas com reverência ímpar ao longo dos séculos, concentram a própria essência do Evangelho. Elas afirmam de maneira inequívoca que toda a fonte da salvação encontra-se em Deus, que enviou Seu filho para sacrificar-se por nós porque nos amava incondicionalmente. Mas o homem por vezes tem retratado a Deus injustamente, como se o Senhor tivesse que ser apaziguado e convencido a perdoar, pintando-O como um Deus implacável, inflexível, em nada inclinado à indulgência, como um ser legalista que não perdoa, enquanto Jesus é mostrado como expressão de bondade e perdão. E mais: alguns têm apresentado a mensagem cristã como se Jesus tivesse feito algo que teria alterado a atitude de Deus, induzindo-O da condenação ao perdão dos homens, o que, na verdade, contraria o conteúdo deste versículo, que torna patente que tudo começou com Deus, a origem de todas as coisas, que desde sempre foram geradas por Seu infinito amor.

Assim como João 3.16 é a essência do Evangelho, a essência de Deus é o amor. E é este amor que O faz agir, não em Seu próprio favor, mas para beneficiar-nos; não para atender a algum anelo de poder, mas para compartir o Seu poder conosco; Ele é o Pai Amoroso que almeja que Seus filhos perdidos regressem ao lar, desejando ardentemente tê-Los consigo, e para isto os conquista por meio de um amor apaixonado.

Deus não ama o pecado humano, nem o sistema maligno que domina o mundo, mas ama cada criatura Sua e não quer que nenhuma se perca, por isso Seu tão grande, inclusivo, incondicional e incompreensível amor é dedicado a toda a humanidade, aos que O ignoram e aos que descansam nEle; aos justos e aos injustos; aos mansos e aos pecadores rebeldes; aos bons e aos maus. Nas palavras de Agostinho de Hipona, “Deus ama tanto a cada um, como se não existisse ninguém mais a quem pudesse dedicar Seu amor”.

Amados e justificados por Deus, nada nem ninguém será capaz de separar-nos do amor de Cristo. Ao contrário, as provações, as lutas, as perseguições, angústias e tribulações, têm o poder de aproximar-nos ainda mais dEle, como Paulo em Romanos 8.37-39 (NVI) assegura: “Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Nossas lutas nesta vida são constantes, mas a vitória completa e gloriosa para quem está em Cristo é certa, por conta do Seu amor igualmente incessante com que sempre nos amou e sempre nos amará, como ficou cabalmente demonstrado na cruz do Calvário. Mesmo que tudo – seja na vida com todos os seus encantos, seja na morte com todo o seu pavor – tente nos distanciar de Deus, nada poderá atingir este desiderato! Ainda que os próprios anjos ou os poderes malignos, ou qualquer dimensão de tempo ou de espaço, ou não importa qual outra coisa ou ser no universo, intentem apartar-nos da graça divina, serão frustrados, porque Aquele que começou boa obra em nós dará continuidade a ela ao longo de toda a nossa vida, e a concluirá até o momento de nos encontrarmos face a face com Cristo Jesus, através de quem finalmente entraremos no pleno gozo do supremo amor!

Pai de Amor, nós Te louvamos e agradecemos pelo tão grande amor que nos devotas, que atingiu o ápice quando levou-Te a sacrificar Teu único e precioso Filho por criaturas desprezíveis como nós. Agora queremos responder a este maravilhoso amor, aprendendo a amar-Te verdadeiramente, entregando nossa vida completamente a Ti, e servindo-Te em tudo o que desejares que humildemente sejamos usados para a Tua glória eterna e para a honra de Teu nome. Ajuda-nos, Pai. Assim oramos em nome de Jesus. Amém.

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ÚNICA EVIDÊNCIA

“… amor quer dizer isto: viver uma vida de obediência aos mandamentos de Deus”. 2 João 1.6 (NVI)

 

É preciso hoje termos consciência de que não basta simplesmente dizer que amamos a Deus: a única evidência que pode comprovar esse fato é o permanente amor dedicado ao nosso próximo, porque só aí, então, estaremos em perfeita obediência aos dois principais mandamentos que Jesus nos deixou e, como consequência aos demais. Atendamos, pois, diligentemente, ao que o apóstolo João ensina em sua primeira epístola, capítulo 2, verso 5 (ARA): “Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele!”.

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O FAVOR DE DEUS

“Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante o Senhor, quando ouviste o que falei contra este lugar e contra os seus moradores, que seriam para assolação e para maldição, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o Senhor”. 2 Reis 22.19 (ARA)

Quando o jovem rei Josias soube da sentença que Deus havia pronunciado contra o seu povo, o coração se lhe abriu, ele se humilhou e chorou diante do Senhor, que então prometeu que só aplicaria o castigo após a morte do rei, que estaria em paz com Ele. Nesse dia consideremos que Deus se agrada sobremaneira do coração contrito suplicando pela Sua misericórdia. Esta é uma atitude que poderá até fazer com que algo que está determinado a acontecer seja adiado ou cancelado, pois quem confessa a sua transgressão, se arrepende e abandona seus maus caminhos, encontra sempre o favor de Deus!

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