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OFERENDA PERFEITA

“… e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade…”. Efésios 1.4-5 (ARA)

 

 

 

 

 

 

Tudo vem de Deus, e Jesus nos ensina em João 15.16: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros…”, embora muita gente ache que crer em Deus é uma decisão pessoal, quando, na realidade, Ele é quem nos chama. E a eleição de Deus revela uma generosidade que só Ele possui, voltada – apesar de nossa total falta de méritos – a nos cumular com as bênçãos que só se encontram nos céus. Ele nos escolhe para que sejamos santos, ou seja, separados, e sem mácula, isto é, perfeitos, porque a nossa vida – hoje e sempre – deve ser uma oferenda perfeita a Ele!

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DUPLAMENTE SEUS

Aquele menino adorava aeromodelos, em especial os planadores, que voavam silenciosos, livres e caprichosos ao sabor do vento. Um dia – na verdade após várias negativas justificadas pelo limitado poder aquisitivo da família – sua mãe entra em casa com uma caixa nos braços, contendo o kit do planador tão sonhado pelo filho. Radiante, mais que depressa o garoto corre para abrir a caixa, retira daí as peças, lê o manual e inicia a montagem. E assim passou semanas – dia após dia depois das aulas – imerso naquela tarefa para ele tão prazerosa de construir o objeto de seus sonhos.

Cortava, encaixava, colava, pintava, com uma alegria tão grande que sua mãe, ao vê-lo, acabava também sorrindo feliz. Até que chegou o grande dia de fazer o avião voar. Foi ao campo onde costumava empinar papagaios e fazer voar aeromodelos – nenhum tão grande e belo como aquele – posicionou-se e fez a decolagem.

Maravilha! A linda ave artificial, esbelta e colorida cortava os ares veloz e graciosa, e o coração do menino enchia-se de júbilo. Subitamente, algo inesperado acontece: uma rajada de vento mais forte se fez sentir, e a pequena aeronave subiu mais alto, carregada para longe, até que sumiu finalmente de sua vista, sem que ele nada pudesse fazer. Correu atrás do planador até quando pode, mas por fim desistiu cansado, desapontado, muito triste.

Os dias seguintes foram os priores que ele já havia vivido. Mas um dia, passando pela loja de aeromodelos, surpreso viu o seu avião na vitrine. Foi falar com o lojista, e ele informou que alguém o havia oferecido para venda e, por se tratar um exemplar tão bonito, tinha resolvido comprá-lo para revender, dizendo-lhe o preço. O menino correu para casa, pegou seu porquinho, quebrou-o com o martelo – felizmente sua poupança era suficiente – e voltou correndo à loja resgatar aquele objeto tão amado. A noite passou insone, dormindo com o planador nos braços, acarinhando-o, e dizendo: “Você é meu duas vezes, eu te fiz, você se afastou de mim, mas eu te resgatei!”

 

Da mesma forma que o aeromodelo tão querido pelo menino, porém em uma dimensão incalculavelmente maior, nós também somos muito amados por Deus, que primeiro nos criou e depois nos resgatou com o sangue de Cristo. Somos, igualmente, duplamente Seus. Um dia estávamos perdidos, apartados d’Ele, vivendo nas trevas da ignorância da Sua Palavra e Ele nos salvou para nos dar uma vida com abundância.

 

E se hoje estamos salvos, é somente por Sua infinita graça e misericórdia, por tudo o que nosso Salvador fez por nós. A obra de Cristo é suficiente e eficaz, demonstra o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 15.1-8, quando relembra que o Evangelho que fora por ele pregado, era o responsável pela salvação de muitos: Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo”.

 

Nos versículos 14 e 19, Paulo afirma que se a obra de Cristo foi uma mera invenção humana, se o Seu sacrifício na cruz não foi o suficiente para a salvação do pecador, se a Sua ressurreição não aconteceu, se a vida eterna é uma fábula piedosa, a nossa fé é vã, a nossa mensagem seria mentirosa, e nós seríamos de todos os homens os mais dignos de lástima: E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé…”, e portanto, “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”.

 

Mas graças à eficácia da obra de Cristo na cruz, o homem reconciliou-se com Deus (Colossenses 1.21,22), e tornou-se Seu filho, ao crer em Cristo como seu único e suficiente salvador (João 1.12).

 

A obra de Cristo é obra perfeita, que antes de regenerar o corpo regenera o espírito. Mesmo com um corpo mortal sujeito ao pecado, o ser humano regenerado pode viver, aqui e agora na terra, uma vida de santidade, como lemos em 2 Coríntios 7.1: Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.

 

 

O Senhor assim outorgou responsabilidades ao homem, que foi criado com a capacidade de se relacionar com Deus (Gênesis 3.8-13; Mateus 11.28; Hebreus 1.1, 6.13) e com o seus semelhantes (Isaias 58.7; Efésios 2.13-16, 4.1-2), podendo compreender a vontade de Deus (Mateus 6.10; Efésios 5.17), fazer-se entender e avaliar todas as coisas que Deus permita (Salmo 119.99; Daniel 10.12; Mateus 13.23; Efésios 3.18).

 

Por isso, como parte da obra de Cristo que a nós foi delegada, e que nos abençoa com vida em abundância, cabe-nos pregar o Evangelho que Ele deixou, proclamando-o a todos os homens perdidos. Sabendo que é Deus quem converte o pecador, usemos de todos os recursos que estejam de acordo com a Palavra, dando-a a conhecer a todos quantos possamos alcançar.

 

Senhor Deus e Pai Amado, dá-nos a capacidade de valorizar adequadamente a obra maravilhosa de Cristo em nosso favor, a vida abundante que Ele nos concede, compreendendo que o Teu Amor a fez e a tudo permeia, para que nós, servos Teus, possamos ser canais condutores destas bênçãos aos que nos cercam. No nome precioso e inigualável de Jesus oramos e agradecemos. Amém.

 

 

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REINO ETERNO

Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altíssimo. O reino dele será um reino eterno, e todos os governantes o adorarão e lhe obedecerão. Daniel 7.27 (NVI)

 

 

 

 

Atentemos hoje para esta extraordinária visão profética de Daniel: nós os santos, o povo do Altíssimo, governaremos através do Espírito que nos governa, fazendo com que todos os reinos deste mundo se tornem em verdade o reino de Cristo. Então o domínio espiritual que exerceremos sobre nossos próprios desejos e perversões, nossa vitória sobre satanás e as tentações, e o triunfo dos mártires sobre a morte, será cabal. O reino do Evangelho será estabelecido como um reino de graça, onde a coroa de glória que nos foi prometida jamais murchará, porque esse reino bendito será eterno!

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