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PERSEVERANÇA, EXPERIÊNCIA E ESPERANÇA

“Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos”. Deuteronômio 8.2 (ARA)

 

 

 

 

Quando nossos sonhos mais acalentados deixam de se cumprir com um não de Deus, muitas vezes não compreendemos por que Ele nos colocou num deserto de frustrações, desapontamentos e provações. Se porventura hoje estivermos em tal condição, lembremos que Deus sempre tem um propósito bom em tudo o que permite que passemos, e que toda provação objetiva revelar a verdade que reside em nosso coração, testando nossa obediência e fidelidade a Ele, ao mesmo tempo em que, como lemos em Romanos 5.3-4, “… a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança”.

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ESTREITANDO NOSSA RELAÇÃO

“… que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”. Efésios 4.14 (ARA)

 

 

 

 

 

Há na Igreja membros que se comportam infantilmente em relação às novidades religiosas que não cessam de surgir e ficam à mercê dos modismos, deixando de se concentrar no essencial da fé. De outro lado, sempre existirão também os que tentam seduzir os crentes de ânimo dobre, afastando-os da fé, em especial os jovens, mais suscetíveis aos argumentos engenhosos dos que agem contra Deus e a Igreja. Tenhamos hoje bem claro que só há uma forma de evitar a sedução destes agentes do diabo: manter o crescimento contínuo da fé em Cristo, estreitando cada vez mais – dia a dia – nossa relação com Ele!

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O BOSQUE

A Criação de Deus é a manifestação visível, palpável, tangível, da Sua glória, do Seu poder, da Sua misericórdia, do Seu amor para conosco, mas também nos traz exemplos e lições fundamentais. Em Gênesis 1.27, Deus, já no sexto dia de Seu trabalho de Criação do mundo, “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”, e ainda no mesmo dia, no versículo 29, “Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.”

 

Mas Ele ordenou que o paraíso que Ele havia concebido para o homem devia ser por ele não apenas cultivado, como também cuidado, guardado, à semelhança do que o agricultor com a terra que possui e da qual retira a renda e o alimento para si e para os seus, em atendimento à divina prescrição que está em Gênesis 2.15: Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.”

 

No entanto, embora criados pelo Pai concomitantemente, para que vivessem em harmonia e complementaridade, natureza e homem não têm coexistido de maneira harmônica e integrada, como era o projeto de Deus. O homem tem demonstrado, ao longo da história, grande desrespeito à natureza, como se ela fosse mero objeto de uso indiscriminado, predatório e irresponsável, um bem de consumo inesgotável, esquecendo-se de que Deus a confiou a ele para que por ela zelasse. Claramente falta-nos enxergar a natureza como ela é, com o mesmo amor com que Deus a criou, vê e cuida.

 

Ao contrário do que Deus planejou, o que vemos são florestas dizimadas, mares, lagos e rios poluídos, ar irrespirável nas cidades, terras erodidas no campo, tudo isto produzido pelo nosso humano agir inconsequente, nefasto, deletério e egoísta que visa apenas o lucro financeiro no mais curto prazo de tempo possível, muitas vezes sem considerar o futuro, seu, de sua família, da cidade onde vive, do planeta cada vez mais maltratado que reage produzindo catástrofes ambientais cada vez mais frequentes, mais destruidoras e mais disseminadas.

 

É preciso que nos detenhamos a observar com admiração, respeito, temor e tremor a maravilhosa Criação de Deus que nos cerca. Por exemplo, será que temos nos detido a como a contemplar cuidadosamente como sabedoria divina compôs a vegetação de um bosque, como os de Mata Atlântica que costumamos ver na região de nossa cidade de Curitiba, em seus parques e arredores? Será que um bosque resume-se somente a um amontoado aleatório de árvores e vegetação rasteira? Se nos detivermos a olhar com mais atenção, descobriremos que há uma maravilhosa organização por trás daquela massa vegetal aparentemente desconexa.

 

Veremos que o bosque compõe-se de alguns níveis de vegetação, chamados extratos: o superior é chamado de dossel, e é composto pelas árvores mais altas, adultas, que recebem toda a intensidade da luz solar que chega à superfície do planeta. As copas destas árvores formam uma espécie de mosaico, devido à diversidade de espécies. Aí estão as araucárias altaneiras, que se sobressaem sobre todas as outras, as aroeiras, as canelas, os angicos, os jacarandás, os ipês, entre tantas. O nível imediatamente inferior é formado por espécies arbóreas que vivem toda a sua vida sombreadas, protegidas pelas árvores do dossel. Entre elas estão as jabuticabeiras, as pitangueiras, o palmito Jussara e as begônias, por exemplo. Abaixo deste patamar está o extrato herbáceo, composto por plantas de pequeno porte que vivem próximas ao solo, como é o caso de arbustos, ervas, gramíneas, musgos, e plantas jovens que irão compor os extratos mais elevados quando atingirem a fase adulta.

 

E todas vivem na mais perfeita harmonia, crescendo e enfrentando as intempéries juntas, produzindo sombra, frutos para os animais e para o homem, fertilizando e protegendo o solo com suas folhas que caem, com isto tornando possível a vida de inúmeros insetos e vermes, produzindo o limo que alimenta diversas espécies, e oxigênio que dá a vida para todo o ser que respira, absorvendo o nefasto gás carbônico…

 

Ah, se os homens imitassem este exemplo magnífico da Criação de Deus! Se buscassem, irmanados, juntos uns dos outros, cada um utilizando os dons que o Todo-Poderoso lhes concedeu para beneficiar aos demais, crescer rumo ao alto, buscando a luz divina, sem vãs competições, sem egocentrismos, protegendo-se uns aos outros das tempestades do mal!

 

O bosque é uma metáfora divina que nos remete àquilo que o primeiro dia de cada ano pretende comemorar por decreto, mas que deveria ser natural, espontâneo, usual: a confraternização universal, que na realidade não bastaria ser lembrada e praticada um único dia (quando muito), mas sim em todos os momentos e circunstâncias das nossas vidas.

 

É certo, porém, que o tempo em que isto se dará virá com Cristo em Sua volta tão aguardada – e que maravilhoso tempo será – quando estaremos todos confraternizados, buscando amorosamente, como se fôssemos árvores de um maravilhoso bosque – a luz que vem do alto, para que todos cresçamos em estatura e graça para a glória de Deus!

 

Então, naquele tempo, amparar uns aos outros, viver em harmonia e paz, será o desejo máximo de nossos corações completamente tomados pelo Seu amor. Não será este um sonho de Deus para nós, um plano Seu, que portanto não poderá falhar? Porque sabemos, como Jó afirmou dirigindo-se ao Criador em seu livro em 42.2: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.”

 

Senhor, enquanto aguardamos pelos novos céus e nova terra que Tu prometeste, ajuda-nos para que saibamos dar valor à Tua obra perfeita, por ela zelando amorosamente como Tu esperas que façamos, e dela extraiamos as lições de amor de que tanto precisamos, que Tu insistes em nos ensinar, mas que tantas vezes nossos olhos míopes, nossos ouvidos surdos e nossos corações endurecidos impedem que enxerguemos, ouçamos e sintamos no âmago do nosso ser. Assim, certos de que nos ouves e cuidas de nós apesar de sermos como somos, oramos agradecidos sempre no nome santo, justo e precioso do Senhor Jesus. Amém.

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