Cheios do Espírito
A Palavra de Deus em Efésios 5.18 nos ordena: “…enchei-vos do Espírito”.
O crente foi regenerado (João 16.7-15), foi batizado no corpo de Cristo pelo Espírito (João 1.33,34; 14.16,17; 1 Coríntios 12.12,13; Gálatas 3.27; Efésios 1.13), foi habitado pelo Espírito, foi selado pelo Espírito e o Espírito é o penhor de sua redenção, mas sem a plenitude do Espírito o crente ainda é fraco, carnal e derrotado, e a vida cristã fica relegada a um plano secundário.
Ter a plenitude do Espírito é estar sob o Seu controle, pela Sua presença e poder. No entanto, o Espírito não obriga, não força ninguém a ser cheio d’Ele; o crente precisa desejar a plenitude do Espírito para que ela seja possível e aconteça.
Em todos os outros ministérios do Espírito, Ele opera soberanamente: tudo faz sem a cooperação do crente, porém neste ministério é imprescindível o exercício da vontade do cristão. E a plenitude do Espírito faz toda a diferença entre um homem espiritual e um homem carnal.
Billy Graham escreveu: “Todos os cristãos devem ser cheios do Espírito. Qualquer coisa menos que isto é só parte do plano de Deus para nossa vida”.
Ser cheio do Espírito tem uma dupla implicação: Jesus, que em Mateus 18.11 afirmou, “Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido”, pelo poder do Espírito Santo produzirá através de nós o resultado de almas ganhas para o Senhor (João 15.16; Mateus 4.19).
À medida que o Espírito nos controla, amadurecemos em Cristo e o fruto do Espírito (Gálatas 5.22,23) se tornará cada vez mais evidente e presente em nossa vida. A Palavra de Deus se tornará mais significativa para nós, e ela é a base do nosso crescimento espiritual (Colossenses 3.16).
O Espírito Santo, no entanto, é quem ilumina e aplica a Palavra em nossas vidas.
Há um só batismo pelo Espírito Santo (1 Coríntios 12.13), que ocorre quando da conversão da pessoa, mas o enchimento do Espírito é indispensável para todos os crentes que pretendem viver a vida em abundância como Cristo prometeu. Por exemplo, os coríntios foram batizados e receberam o Espírito, mas Paulo considerava-os carnais (1 Coríntios 3.1-3); os gálatas também foram batizados em Cristo (Gálatas 3.27), mas Paulo repreendeu-os por que estavam “passando para outro evangelho (1.6) e se “aperfeiçoando na carne” (3.3). Assim, embora batizados em Cristo e tendo recebido o Espírito, a obra de Deus não poderia ser completada neles, pois lhes faltava a plenitude do Espírito.
Porém os primeiros discípulos eram cheios do Espírito, como podemos comprovar pela leitura do Livro de Atos com relação a Pedro (4.8), à Igreja (4.31), aos Diáconos (6.3), a Estêvão (6.5 e 7.55), a Paulo (9.17 e 13.9) e a Barnabé (11.24).
A Bíblia de Genebra acentua: “No momento em que nascem de novo, os crentes em Jesus recebem o Espírito… Todos os dons para a vida de serviço que aparecem subseqüentemente na vida dos cristãos fluem desse batismo inicial no Espírito, porque por meio desse batismo o pecador está unido ao Cristo ressurreto.”
Precisamos desejar ardentemente a plenitude do Espírito, porque sem ela seremos sempre crentes incompletos, e Deus está pronto a nos conceder esta bênção, como Jesus em Lucas 11.13 prometeu: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”
Será que temos sido vasos úteis que o Espírito Santo tem utilizado para continuar a obra iniciada por Cristo em nossas vidas? Irmãos, permitamos que o Espírito Santo nos encha com Seu poder!
Pai, queremos ser cheios de Teu Santo Espírito, como Tu nos ordenaste. Capacita-nos a fazer tudo o que for necessário para isto. Em nome de Jesus. Amém.
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