Escolhendo Nossos Representantes
A época pré-eleitoral que vivemos – marcada pelo bombardeio que vem de todos os lados, apresentando informações de candidatos e de partidos – coloca diante de nós o grande desafio e a responsabilidade de escolher nossos representantes no dia das eleições.
No Livro de 1 Crônicas 11.1-3, há um texto que chama a atenção pela oportunidade: “Então todo o Israel se ajuntou a Davi, em Hebrom, dizendo: somos do mesmo povo de que tu és. Outrora, sendo Saul ainda rei, eras tu que fazias saídas e entradas militares com Israel; também o Senhor, teu Deus, te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel, serás chefe sobre o meu povo de Israel. Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ter com o rei em Hebrom; e Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o Senhor. Ungiram Davi rei sobre Israel, segundo a palavra do Senhor por intermédio de Samuel.”
Deus usou o profeta Samuel, “homem de Deus”, para revelar que Davi, “homem segundo o coração de Deus”, o Seu escolhido, fosse eleito rei pelo povo de Israel. Todos nós sabemos como este reinado foi próspero e vitorioso, porque a obediência ao Senhor foi observada. Deuteronômio 17. 15 ensina: “estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o Senhor, teu Deus, escolher; homem estranho, que não seja dentre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti, e sim um dentre eles.”
Nós cristãos, colocamos diante de Deus nossas necessidades particulares, mas será que investimos tempo suficiente para colocar nossos governantes no altar do Senhor? Além de orarmos por quem já está no poder, e diante do momento que vivemos, é fundamental refletirmos com responsabilidade cristã: como poderemos influenciar positivamente, num contexto tão cheio de descrédito pelos políticos atuais, e a frustração das escolhas que temos feito? Davi nos ensina: dependência total de Deus.
Alguns afirmam ser incompatível colocar Deus em alguns assuntos como sexo, finanças e política. Deus é o Criador de tudo e de todos, Ele é onipotente, onisciente e onipresente. Ele nos ama e Se agrada de nossa dependência. Sem Ele nós fatalmente erramos. Dependendo dEle, vencemos em todos os assuntos de acordo com Sua vontade.
Com temor a Deus devemos influenciar o maior número de pessoas, não a votar em quem nós achamos ser o melhor, mas incentivando-os a procurar em Deus a direção para cada voto. Podemos nos valer de todas as informações disponíveis, mas sempre filtrando-as com discernimento e orando.
Deus é soberano, mas nos dá o direito de escolher. Ele não é responsável pelas nossas escolhas erradas. Uma escolha democrática é feita pela maioria. Será que a maioria teme a Deus e depende da Sua orientação? Será que nós mesmos escolhemos segundo a orientação divina? Ou escolhemos aquele por quem simpatizamos, ou com quem temos interesses comuns, ou alguém que nos faz nutrir a esperança de levar alguma vantagem?
Se deixarmos de lado a verdade, o entendimento e a sabedoria de Deus para nós e acharmos que sabemos o que é melhor para nós, colheremos as conseqüências de nossas decisões. Provérbios 1.29-33 exemplifica: “Porquanto odiaram o conhecimento; e não preferiram o temor do SENHOR: Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.” Provérbios 2 .10-15 reitera: “Pois quando a sabedoria entrar no teu coração, e o conhecimento for agradável à tua alma, o bom siso te guardará e a inteligência te conservará; para te afastar do mau caminho, e do homem que fala coisas perversas; dos que deixam as veredas da retidão, para andarem pelos caminhos escusos; que se alegram de fazer mal, e folgam com as perversidades dos maus; cujas veredas são tortuosas e que se desviam nos seus caminhos”.
Para os cristãos, portanto, não deve pairar dúvida de que devemos buscar em Deus a superior sabedoria espiritual, que é oferecida a quem Lhe pede com sinceridade de coração, como podemos ler em Provérbios 2.1-7, e não de homens, para tomar nossas decisões. Que cada um, assim procedendo, atenda à exortação de Provérbios 3.5 -6: “Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”
Que em Cristo possamos todos ser instrumentos de Deus com responsabilidade e serenidade, para benefício da nossa cidade e da nossa nação.
Ieda Egg Silveira
3 de outubro de 2012 at 17:35Parabéns ao Diácono Reinaldo por palavras tão inspiradas e inspiradoras!
Nos nossos dias, como as coisas andam, com a classe política tão desacreditada, somente com muita oração poderemos escolher os honestos e bem intencionados.
Que bom se a gente tivesse um Profeta Samuel para nos dar as “dicas”!…
Reinaldo Muchailh Junior
4 de outubro de 2012 at 16:54Querida Ieda,
Agradeço o incentivo, mas pudera eu ser um melhor instrumento do Senhor a ponto de melhor orientar nosso povo a quem nos representar no poder; elegendo governantes e legisladores com temor e tremor diante do nosso Deus, assim como demonstrava Davi nas escrituras, arrependendo-se profundamente de seus erros humanos, se humilhando diante de Deus para que a justiça Divina não recaísse sobre seu povo, mas somente sobre ele que pecou. Assim Deus era com ele. Não temos um profeta Samuel, mas temos a Igreja de Cristo, que se unida e dobrada em oração, certamente Deus agirá nos dando orientação.
Bj. Fraterno.
Natalino T. Alves
4 de outubro de 2012 at 20:04Querido amigo e irmão em Cristo:
Foi muito gratificante o que você escreveu neste momento em que nos encontramos, muitas vezes indecisos para escolher nossos representantes nestas eleições. O que devemos e podemos fazer e pedir ao nosso Deus que tenha misericordia da nossa nação. Sabemos porém; (Deus está no comando e certamente vai nos abençoar).
Abraços. Natalino.
Reinaldo Muchailh Junior
5 de outubro de 2012 at 20:13Querido Natalino,
Gratificante é ver sua participação.
Realmente, Deus nunca perde o controle das coisas, não é?
Nós é que perdemos quando em certos assuntos deixamos de procurar Sua amorosa orientação.
Grande abraço.