Estudos Bíblicos

Estudos Bíblicos

Share

Vida Cristã

“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”, ensina o apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios 5.15-17.

Nesta passagem ele nos mostra que uma das características da sabedoria cristã é a maneira responsável de viver. Devemos lidar com a vida com a sabedoria de quem conhece a Deus e a Sua verdade. Quem vive com sabedoria é prudente. Na nossa atitude como cristãos, significa consultar ao Senhor em oração antes de agir, de modo a ter a certeza de que aquilo que se pretende fazer glorificará o nome de Deus. Aquele que vive com sabedoria procura usar bem o tempo. O que significa remir o tempo? Significa tirar o maior proveito possível do tempo disponível, pois quatro coisas não voltam jamais: a pedra lançada; a palavra, bem ou mal proferida; a ocasião perdida; o tempo, bem ou mal empregado.

Por isso, um dos maiores cuidados que deveríamos ter na vida é com o tempo. Primeiro, porque a vida é curta; segundo, porque nunca mais viveremos esta vida; terceiro, porque o tempo é uma dádiva de Deus que nos coloca diante de inúmeras possibilidades; quarto, porque o tempo é irrecuperável.

John Stott no seu comentário sobre a carta aos Efésios diz o seguinte: “alguém colocou, um anúncio certa vez da seguinte forma: ‘perdidas, ontem, nalgum lugar entre o nascer e o por do sol, duas horas de ouro, cada uma cravejada com sessenta minutos de diamante. Nenhuma recompensa é oferecida, pois foram-se para sempre’.”
Paulo afirma que os dias são tão difíceis que precisamos ser sábios para aproveitar as oportunidades que Deus, pela sua graça, nos concede em meio ao caos que já predominava no primeiro século, e que na  presente era é incomparavelmente maior. E Deus costuma nos dar a cada dia inúmeras oportunidades: falarmos de Jesus, buscarmos reconciliação com alguém, crescermos espiritualmente, buscarmos a Sua face, serví-lO, são alguns exemplos. Mas alguém já disse que a oportunidade bate, mas você tem de abrir a porta.

Costuma-se dizer que Deus tem duas espécies de vontade para as nossas vidas.

A primeira é chamada de vontade geral, que diz respeito àquilo que Ele deseja que o Seu povo seja e faça. Esta vontade pode ser conhecida através da Bíblia, que é a Sua palavra. Faz parte desta vontade viver para a glória do Seu nome, amá-lO com todo o nosso ser, amar ao próximo como a nós mesmos.

A segunda é chamada de vontade específica, que tem a ver com o plano individual que Ele tem para cada um de nós. Esta vontade tem relação com a escolha da profissão, do cônjuge, do ministério na igreja, com a cidade onde vamos morar. Ela não é encontrada na Bíblia, mas a Palavra de Deus nos dá os parâmetros seguros, as direções certas para as nossas escolhas e decisões.

A vida normal do cristão é uma vida cheia do Espírito. Quando estamos cheios do Espírito Santo nos apegamos à Palavra e o Espírito é quem ilumina e a aplica em nossas vidas. E, ao contrário do que alguns pensam, não são necessárias regras litúrgicas, manifestações exteriores de êxtase ou de emoção para revelarmos estar cheios do Espírito. Ser cheio do Espírito Santo é ser cheio de Cristo e permanecer nele (João 15.1-17). Ser cheio do Espírito tem uma dupla significação: Cristo, que veio salvar o perdido pelo poder do Espírito, produzirá através de nós – como resultado – almas ganhas para o Senhor (João 15.16; Mateus 4.19), e à medida que o Espírito nos controla, amadurecemos em Cristo e o fruto do Espírito se tornará cada vez mais evidente em nossas vidas (Gálatas 5.22,23).

Concomitantemente, a Palavra de Deus se tornará mais significativa para nós, e ela é a base do nosso crescimento espiritual (Colossenses 3.16).

Em um lar que pretenda viver na plenitude do Espírito Santo, o que deve presidir a relação do casal é o amor de Deus através do Espírito, espargindo-se entre marido e esposa em terno clima de cumplicidade, parceria, mútua sujeição e amor, daí irradiando para todos os que os cercam.

Deus amado, que nunca nos falte o Teu amor e o agir do Teu Santo Espírito em nossas vidas. Cheios d’Ele, que saibamos a cada passo que damos, obedecer-Te, louvar-Te, adorar-Te, glorificar-Te. No nome do Teu Filho Jesus é que oramos e agradecemos. Amém.

Share
0
0

Quem Casa Quer Deus

“Quem casa quer casa”, ensina o dito popular. E aqueles que estão planejando casar, muitas vezes têm como preocupação prioritária a busca do seu cantinho, da casa ou apartamento onde irão viver aconchegados e felizes.

E qual é o lugar que Deus ocupa nesta união?

Jesus ordena em Marcos 10.9: “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” Ora, se Deus é quem une, como pode não ser Ele a prioridade um de um casamento?

É também comum a apropriação indevida das palavras do Senhor Jesus, e a aplicação delas a todos os casamentos indistinta e automaticamente: casou é porque Deus uniu! É preciso compreender o caráter profundamente espiritual daquela ordenança e a quem foi direcionada: o Senhor falava a seus escolhidos, e as verdades de Deus aplicam-se exclusivamente àqueles que procuram viver segundo os Seus princípios – e santidade, pureza, confiança, temor, amor, fruto do Espírito, são alguns deles.

O casamento para ser santo e duradouro, necessita  que Deus seja o seu centro, pois Ele estabeleceu a união homem-mulher com o objetivo único de receber toda a honra e toda a glória! É imprescindível, portanto, a obediência a todos os princípios e regras definidos na Bíblia para a união conjugal:  o lar consagrado a Deus; a leitura da Bíblia em conjunto; a devocional e a oração familiar; o sacrificar com jejuns de comum acordo; o culto familiar; o ensino bíblico aos filhos.

Mas, por melhores pessoas que sejam ambos, marido e mulher, sempre existirão imperfeições, afinal, somos humanos e  sujeitos ao pecado. Trata-se de duas pessoas com personalidades e formações diferentes, que estão unidas pelo Senhor e pelo amor que sentem um pelo outro, no entanto as divergências são naturais. Como contorná-las?  É nestes momentos que é necessária a auto-negação, o sentar e conversar como santos, abertamente e na unção do Espírito Santo. Em 1 Pedro 4.8, o apóstolo ensina: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.”.

E Paulo aconselha em Efésios 4.32: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.”

Os corações dos dois precisam ser humildes, compassivos, benignos e devem estar sempre prontos a perdoar, à semelhança do Senhor Jesus para conosco.  Assim agindo, sejam quais forem os desafios a enfrentar – quer venham de fora, quer se originem no interior do próprio lar – terão sempre o condão de serem motivadores do crescimento espiritual da família, e nunca de desagregadores.

E quanto às questões da família relacionadas com o que é material – especialmente relativo às financas – que são o grande problema nos dias de hoje? O Salmo 127.2 ensina: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem.”

E Jesus, em Mateus 6.33, nos ensina: “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”

Por isso devemos priorizar o Reino de Deus, acima de quaisquer preocupações de ordem material.

No entanto, isto não significa que devamos abolir tais cuidados, uma vez que ainda somos matéria também, e responsáveis perante Deus por nossos corpos físicos, que Ele nos concedeu para que deles cuidássemos e bem usássemos para a Sua honra e para a Sua glória!

Pai Bendito, que as pessoas compreendam que casamento sem a Tua presença soberana, sem que Tu sejas o centro, tem poucas chances de prosperar; que união fora dos mandamentos que deixaste, é afronta a Ti. Assim, que haja humildade, e o reconhecimento pleno de que sem Ti, nada podemos. Agradecidos oramos no nome de Jesus. Amém.

Share
0
0

Povo de Deus

O povo de Deus não é meramente constituído daqueles que assumem o epíteto de cristãos e colocam um nome de apelo cristão em suas igrejas; ou por aqueles que têm uma aparência de piedade; e muito menos por uma congregação de pecadores. O povo de Deus é efetivamente a nação santa.

Sermos santos não por sermos extraordinários ou perfeitos. Sermos santos significa sermos separados por Deus para vivermos para Ele e crescermos nessa separação, até que estejamos inteiramente separados no corpo, na alma e no espírito, como Paulo ora em I Tessalonicenses 5.23-24: O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.

Já na antiguidade remota Deus não queria apenas indivíduos santos, mas uma nação que fosse santa. Para isso chamou a nação de Israel quando disse em Êxodo 19.5,6: Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa.”

Agora, como Sua igreja, somos a Sua nação santa, povo totalmente separado para Ele, para que O adoremos e anunciemos as grandezas Daquele que nos tirou das trevas para a Sua maravilhosa luz: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.” (1 Pedro 2.9-10).

Por isso é impossível conciliar nosso novo status, nossa nova condição de salvos, de santificados em pleno processo de crescimento espiritual, de seres que trilham o Caminho de Cristo que gradativamente recebe mais e mais luz, com a vida anterior de imersão nas trevas, envolvida com as práticas próprias daquele império da escuridão. O apóstolo pontifica claramente em 2 Coríntios 6.14: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?

Podemos, sim – e devemos, apenas para alcançá-las para Cristo – ter comunhão com as pessoas do mundo, mas não podemos comungar com seus hábitos, com seus pensamentos, com seus ideais, com seus valores e com suas alianças mundanas. Em 1 João 1.5-7, podemos ler: “Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

Todos os crentes foram escolhidos por Deus, esta é a garantia expressa em Isaias 64.8: “Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.”

A missão, portanto, é de todos nós, e não apenas de alguns líderes especiais: pregar o Evangelho da Salvação ao mundo todo, sermos sal e luz onde quer que estejamos!

Grande Deus, fomos escolhidos por Ti para fazermos parte do Teu povo. Santifica-nos para sermos fiéis servos Teus, para assumirmos a missão de proclamarmos Teu Reino por toda a terra, para fazermos Cristo conhecido de todos os que andam nas trevas. Em nome de Jesus agradecidos oramos. Amém.

Share
0
0