Estudos Bíblicos

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Santos

Todos os que fomos eleitos por Deus para sermos separados do mundo, para adorá-lo e servi-lo, que aceitamos a Cristo como nosso único e suficiente Salvador, fomos declarados santos, e este é um grande privilégio , ao mesmo tempo que representa uma enorme responsabilidade perante o Criador.

Desde antes da criação, Deus quis para si um povo santo. O apóstolo Paulo a isto se refere em Efésios 1.4: “assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; Ele desejou uma comunhão especial com os homens que fossem capazes de andar com Ele numa união especial. Mas a própria natureza de Deus estabelece limites para tal comunhão. Seu caráter santo não pode permitir ser contaminado pelo pecado e pela corrupção. Adão e Eva andavam no Jardim do Éden em perfeita comunhão com Deus. Mas logo pecaram e perderam este privilégio, sendo expulsos e ­separados de Deus­, o que significa a morte espiritual que Deus havia prometido como conseqüência do pecado (Gênesis 2.17; 3.23-24). Sem santidade é impossível permanecer na presença do Deus Santo.

Depois de muitas gerações corrompidas pelo pecado, Deus escolheu Abraão e sua descendência para ser o povo santo que ele desejava, prescrevendo-lhes em Levítico 11.44-45 a lei que lhes garantiria a santidade necessária: “Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo. . . Eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo”. Contudo, o povo que Deus havia selecionado e resgatado, não permaneceu santo, mais uma vez corrompeu-se e depravou-se em flagrante desobediência a Ele.

Mas Deus, que tanto nos ama apesar de tudo, ainda quer um povo santo, e providenciou, através de Cristo, o meio de purificar os pecadores para O servirem. Os cristãos são o povo santo de Deus, portanto aqueles que dizem ser seguidores de Jesus deverão conduzir-se como um povo santificado e purificado da imundície do mundo, como Paulo nos exorta em Colossenses 1.22, “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.” E Pedro reitera em sua primeira carta, capítulo 1, versos 15 e 16:  “pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.”

E apesar de toda a nossa pecaminosidade e desobediência, o desejo básico de Deus permanece inalterado: Ele quer ter íntima comunhão com seu povo santo. Paulo em 2 Coríntios 6.17,18 nos lembra do grande privilégio que temos: “Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” Irmãos, nós cristãos temos o incomparável privilégio de sermos chamados filhos e filhas do próprio Deus! Por causa disto, e de podermos ter comunhão com Ele, temos que nos purificar de toda impureza; não apenas parcialmente, mas de toda a imundície, claramente registrada na Bíblia. Isto inclui todas as formas de imoralidade e mundanismo. Pecados sexuais, embriaguez, desonestidade e todas as outras características da carne precisam ser abandonadas; a impureza espiritual também tem que ser removida de nossas vidas. Os cristãos em Corinto estavam rodeados pela idolatria, por isso Paulo usou este exemplo específico. Na era em que vivemos, estamos cercados por uma variedade de doutrinas humanas e filosofias, práticas de espiritismo, adoração de santos e de imagens, que são frontalmente condenadas por Deus. O verdadeiro cristão não pode participar de tais práticas impuras. Temos que limpar-nos de qualquer mal deste tipo (1 Coríntios 10.14), adorando somente a Deus (Mateus 4.10). Nossa adoração a Deus tem que ser em espírito e em verdade (João 4.24). Sem nos santificar, não podemos pretender ter comunhão com o Senhor que morreu por nós, exatamente por causa de nossos pecados.

Uma vez chamados para ser santos, precisamos perseverar no caminho em que Deus nos colocou, como única alternativa que temos como cristãos. Alguns têm talentos para exercer ministérios, porém não foram selados, como Paulo escreve em Efésios 1.13: “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa;Estes facilmente se desviam pelos descaminhos do mundo, e porque não têm raízes na verdade, secam, como Jesus cita na parábola do semeador: “e porque não tinha raiz, secou-se” (Mateus 13.6). Mas as sementes do verdadeiro cristão sempre dão frutos, porque caem em boa terra.

A vida de santificação é aquela que em tudo procura agradar a Deus, como Paulo esclarece em 1 Tessalonicenses 4.1: Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais; . A santificação começa por uma mudança de caráter, para nos alinharmos com a vontade geral de Deus expressa em 1 Pedro 1.15: “Como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”. A santificação não é apenas uma doutrina, mas uma necessidade espiritual, porque sem ela ninguém verá o Senhor, como está firmado em Hebreus 12.14: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,

Jesus, em Mateus 5.13, afirma: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” Nós temos que ser o sal da terra onde quer que estejamos neste mundo. O sal precisa ser diferente do meio onde está, do contrário perde a função, pois ficará com o mesmo sabor do local onde se inseriu, e não fará ali qualquer diferença. Esta é uma responsabilidade que o Senhor nos conferiu, e trata-se de uma grande responsabilidade, da qual não podemos fugir. Por isso precisamos nos santificar para resistir aos laços do maligno e não perdermos o sabor precioso que Ele nos deu.

Vivemos num mundo que tem sido manchado, ao longo de milhares de anos, pelo pecado. Estamos rodeados por violência, pornografia, desonestidade e falsa religião. Deus não pretende que nos isolemos deste mundo (João 17.15), mas sim que fujamos dos seus pecados (1 Timóteo 6.11) e brilhemos como luzes num mundo de trevas (Mateus 5.14-16). Nunca foi fácil viver como povo santificado num mundo de corrupção e injustiça, no entanto Jesus provou que é possível, em Sua vida de pureza sem pecado, e é nossa responsabilidade seguir seus passos. À medida em que nos separamos do mundo e nos consagramos a Deus, Ele haverá de aperfeiçoar a santidade em nós.

Irmãos, o apóstolo João no livro de Apocalipse 22.11-12, nos faz uma exortação que acreditamos deve ocupar permanentemente nossas mentes e corações: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.”

Pai Santo, Tu sabes que a nossa trajetória neste mundo perdido não é fácil. Por isso clamamos pela Tua força e pela tua misericórdia, para que nos mantenhamos sempre focados em Cristo, resistindo a todas as investidas do inimigo de nossas almas, que de todas as maneiras tenta nos desviar do caminho. Assim oramos agradecidos no nome de Jesus. Amém.

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Santificação

Deus requer de nós santificação para podermos servi-lo da maneira que Ele deseja. É uma ordenança do Senhor, registrada em 1 Pedro, 1.13-21: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.”

No verso 16 diz o Senhor: “Sede Santos porque Eu sou santo”. Quando Deus nos pede para sermos santos, pede para vivermos uma vida separada deste mundo pecaminoso. Cristo ora ao Pai em João 17.15,16: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou.”

Porém ser santo, na nossa condição terrena, não significa viver totalmente sem pecado, pois a própria Bíblia afirma que se alguém disser que não tem pecado é mentiroso, como vemos em 1 João 1.8: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.”

Muita coisa do que se pensa ser santidade, na verdade não é. Santidade não é princípio de caráter religioso, quem sabe herança do medievalismo que deixou marcas na filosofia, no pensamento, na arte sacra e no modus vivendi da época. Uma das marcas do medievalismo foi a de escolher homens e mulheres para receber um título de santo, sem considerar que só Deus pode nos escolher, eleger, separar para Ele. Na verdade, se cremos em Cristo como nosso único e suficiente salvador, e passamos a caminhar com Ele, somos santos, isto é, separados para a Sua obra. Todo discípulo de Jesus é santo, embora nenhum seja suficientemente santificado. Precisamos ser mais santos hoje do que ontem e menos do que amanhã. É fundamental que avancemos no nível pessoal de santidade.

Já no livro de Levítico, escrito por Moisés cerca de 1.400 anos antes de Cristo, Deus conclama insistentemente seu povo à santidade em várias passagens, como esta, contida no capítulo 11, verso 44: “Eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo;” Assim, a santidade é desejo de Deus para todos aqueles que O servem, e para alcançá-la precisamos basicamente cumprir três etapas.

A primeira é imediata, acontece no momento em que recebemos a Cristo como nosso Salvador; a segunda é progressiva, acontece na medida em que vamos progredindo na vida cristã; a terceira, final, total e completa, só acontecerá quando formos para a eternidade com Jesus.

Precisamos abolir a idéia de que santidade é simplesmente uma impressão piedosa que algumas pessoas passam às outras. Santidade não tem nada a ver com uma personalidade emblemática, ou com a expressão fisionômica de alguém, e o ser santo não é uma espécie de titulação. O estereótipo do santo é o de um tipo de pessoa que tem uma formatação especial, como que se estivesse um nível acima dos outros. E então chegam a dizer: “Como aquele fulano é santo, ele é tão espiritual!”. Mas isto corresponde exclusivamente ao imaginário popular, e não às atitudes que Deus espera que sejam reveladas por nós. Se pretendemos ser espirituais, não necessitamos ter todos o mesmo tipo, o mesmo jeito, ter todos o mesmo “formato”.

Ninguém é santo por mérito pessoal, por esforço próprio, é Graça de Deus; santidade não é conseqüência de muito ler a Bíblia, de ir a todos os cultos, de fazer obras na igreja, de cantar no coral, de fazer caridade: é a posição relativa que nos encontramos em Cristo Jesus, e que se estabelece no processo de crescimento espiritual: na adoração, no louvor, na meditação da Palavra, na vida de oração, no serviço para Deus. Desta forma, o processo de santificação depende também da ação pessoal, após termos sido separados para Deus. Não é possível imaginar que aquele que está acomodado, orando pouco, que não lê a Bíblia, que não tem ministério no Reino, possa estar num processo acelerado de santificação. Os resultados da santificação virão como resultado do nível de atividade, de empenho, de dedicação de cada um. E a santificação é um processo contínuo, presidido por Deus, por meio do Espírito Santo.

Para compreendermos o que é santidade, voltemos nossos olhos para as epístolas que Paulo escreveu. Observemos que são sempre dirigidas aos santos, portanto aos crentes em Cristo, aos fiéis, como por exemplo em Efésios 1.1: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus”. Paulo se dirige aos santos e fiéis em Cristo Jesus. Se abrirmos o coração para receber Cristo como Salvador, somos separados para Ele. Somos santos porque Ele nos colocou numa condição de santidade. A santidade está relacionada às nossas atitudes, às nossa obras, às nossas tarefas no Reino. Santidade na Bíblia significa crer em Cristo com inteireza moral, que é uma qualidade positiva que na verdade inclui a bondade, a misericórdia, a pureza, a irrepreensibilidade moral e a piedade.

É preciso considerar que a santificação integra a ordem da salvação, e que não existe santidade sem santificação. O crente é salvo, porque foi eleito por Deus, como podemos ler em 1 Pedro 2.9: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”. Paradoxalmente, no entanto, o crente salvo pode não estar santificado. Lutero disse que somos justos e pecadores. Somos santos e pecadores, por isso precisamos da santificação, instrumento indispensável para nosso aperfeiçoamento, caso pretendamos nos assemelhar mais a Cristo.

O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos coríntios, capítulo 1, verso 2, escreve “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:” Ele, portanto, se dirige aos santificados, aos chamados para ser santos. Deus é santo, porque é totalmente separado para a Sua obra, e Ele nos chama para assumirmos a mesma condição. “Sede santos porque Eu sou santo”, diz o Senhor, que opera em nós para nos santificar por meio do Espírito Santo, sem cuja assistência não pode haver santificação.

A santidade é a marca distintiva do verdadeiro cristão: ela nos diferencia do homem natural no procedimento, na peregrinação e na pureza, como vemos em 1 Pedro 1.15-18. Nesta epístola, Pedro fala na peregrinação, isto é, da caminhada ao longo da vida terrena. Deus não nos fez para vivermos reclusos em mosteiros. Ele nos elegeu, nos escolheu como santos, para estarmos no mundo e falarmos do amor de Deus aos homens. Somos embaixadores de Cristo e como tal, precisamos ser santos na escola, no escritório, no lazer, no lar, na rua e em todos os lugares em que estivermos.

Senhor nosso Deus e Pai, que Teu Santo Espírito continue agindo em nós para que, como santos que Tu elegeste um dia, vivamos em santidade, e sejamos cada vez mais santificados, aperfeiçoando-nos sempre mais segundo a imagem de Cristo, em cujo nome santo oramos agradecidos. Amém.

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A Graça de Deus

A Graça de Deus, uma das doutrinas fundamentais da fé cristã, é amplamente apresentada e tratada nas Escrituras Sagradas, desde o Antigo Testamento. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo fez dela um dos temas principais de suas pregações e escritos, pois a conheceu na salvação de sua alma e por ela foi sustentado no dia-a-dia de sua vida e de seu ministério.

Em 1 Coríntios 15.10, ele escreve: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.”

Graça significa favor imerecido de Deus, dádiva que o Senhor nos concede apesar de nós.

O Dicionário Bíblico Strong – Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong, afirma que Graça diz respeito “à bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo Sua santa influência sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresçam na fé cristã, conhecimento, afeição, e desperta-as ao exercício das virtudes cristãs”.

Graça é o amor de Deus que salva as pessoas e as conserva unidas a ele; representa a soma das bênçãos que uma pessoa, sem merecer, recebe de Deus; Graça é a influência sustentadora de Deus, que permite que a pessoa salva continue fiel e firme na fé; é Louvor, é Gratidão ao Eterno Deus e Criador.

É pela Graça de Deus que eu e você existimos.

Pela Graça respiramos, ouvimos, enxergamos, sentimos, cheiramos, pensamos, amamos; pela Graça acordamos toda manhã, abrimos os olhos e iniciamos o dia que o Senhor fez; pela Graça tomamos nosso café da manhã junto à família que Ele nos concedeu, e vamos trabalhar, fazendo aquilo que a Graça de Deus nos destinou fazer, superando desafios, resolvendo problemas, tudo pela Graça; pela Graça voltamos à nossa casa no fim do dia para reencontrar nossa família, e finalmente descansamos à noite, preparando-nos para um novo dia;  pela Graça é que a salvação é recebida. É um dom de Deus. A Bíblia diz em Efésios 2.8-9: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.”

Irmãos, por isso tudo e por muito mais, não somos merecedores de nada. Se Deus nos desse apenas em retribuição ao nosso parco merecimento, que miserável nossa vida seria!

É também mercê da Graça que nossos pecados são perdoados, como Paulo observa em Efésios 1.7: “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”, ou como a Nova Tradução na Linguagem de Hoje pontua, “Pois, pela morte de Cristo na cruz, nós somos libertados, isto é, os nossos pecados são perdoados. Como é maravilhosa a graça de Deus,”

Da mesma forma em Marcos 3.28,29, Jesus diz aos escribas que haviam descido de Jerusalém: “Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.” O perdão divino está continuamente disponível a qualquer um de nós, sem que seja necessária a participação de intermediários ou o cumprimento de penitências. Não existe um pecado tão grave – com exceção do pecado contra o Espírito Santo – nem um número tão absurdo de erros que Ele não possa perdoar.

O Evangelho nos revela que basta o arrependimento sincero do homem e a sua vida voltada ao Senhor para que todos os seus pecados sejam apagados do Livro da Vida, pelo menos enquanto persistir o arrependimento real, que requer uma nova vida de justo diante do Senhor, como lemos em Atos 3.19: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam cancelados os vossos pecados”. E em Isaias 43.25: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro.”

Quando o Espírito Santo nos leva a compreender que sou o que sou pela graça de Deus, então uma nova realidade se apresenta. A humildade destrona o orgulho, o Evangelho liberta-nos das ilusões pretensiosas de que somos o máximo, e Jesus concede-nos vida nova, abundante e eterna.

Você e eu somos – cada um de nós – um milagre de Deus. Para viver a vida de maneira plena, com um profundo senso de gratidão, é necessário em tudo submetermo-nos inteiramente a Jesus. A graça de Deus nos liberta da tirania de que as coisas precisam ser como queremos. Aprendemos a não querer controlar nossas vidas e muito menos controlar a vida de outras pessoas. Deus nos liberta de querer tomar o lugar d’Ele, e nos chama a viver na confiança de que Ele tem em Suas mãos a nossa vida e a da outra pessoa.

Deus perdoa nossos pecados mediante a Sua Graça, mas é preciso orar pedindo perdão com o coração contrito, reconhecendo nossa condição humana, humilhando-nos e esvaziando-nos inteiramente de nosso eu; confessar humilde e explicitamente nossos pecados é fundamental; e confiar sempre na misericórdia de nosso Pai Celestial é imprescindível.

Ó Pai de amor e de misericórdia, ajuda-nos a sempre reconhecer em nossa vida a Tua Graça e Poder, em todos os momentos, situações e circunstâncias. Não permita, Senhor, que nossa humanidade assuma o controle que é Teu, levando-nos à cegueira de não reconhecer o Teu maravilhoso agir em nosso favor. Oramos assim no nome excelso de Jesus Cristo. Amém.

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