Galardões (1)
Ester era uma bela jovem desconhecida, pobre órfã vivendo uma vida obscura e anônima, até que Deus a chamou para servi-Lo. E contrariando toda e qualquer lógica ou expectativa, veio a tornar-se a esposa preferida do poderoso rei da Pérsia e instrumento decisivo do Senhor para salvar seu povo, o povo hebreu, ameaçado de covarde massacre. Tudo isto ocorreu há quase 2.500 anos atrás, mas até hoje nos oferece preciosas lições. Apesar desta ascensão social meteórica e totalmente improvável, Ester não se acomodou, se omitiu ou se acovardou quando sentiu no coração que valia a pena expor-se à própria morte para dizer o que pensava e que sabia que era o certo perante Deus.
Charles Swindoll em seu livro “Ester – Uma Mulher de Sensibilidade e Coragem”, espelhando-se em sua bravura exemplar, aconselha: “Deixe de ser tão cauteloso, sempre protegendo as suas costas. Deixe de preocupar-se com o que os outros vão dizer. Você não tem de prestar contas a ninguém e, sim, a Deus. É Ele quem vai ajudar, quem lhe dará sabedoria e coragem. Você é apenas um, mas é um. Portanto, arrisque!”
O mundo sofre transformações importantes quando pessoas destemidas como Martinho Lutero, Madre Teresa de Calcutá e Ester tomam posição contra o que os céus condenam, e enfrentam tudo para defender o que Deus aprova. E o Senhor honrou a atitude e a coragem de Ester, que não pretendia receber aplausos nem do rei, seu esposo, nem de Mordecai, que a havia criado desde pequena, nem de seu povo, os hebreus. Ela buscava, isto sim, a aprovação do Pai, que lhe dera sabedoria e coragem para contrapor-se ao poderoso Hamã, que pretendia a extinção do seu povo. Ela não estava visando a conquista de prêmios, de galardões, de reconhecimento ou de recompensas; queria apenas e tão somente fazer o que Deus colocara em seu coração.
Mas Jesus Cristo é o exemplo supremo de alguém que não estava se importando com outro reconhecimento que não o do Pai, tendo se humilhado e sofrido a vexatória e terrível morte de cruz para salvar a nós, desprezíveis pecadores, carentes de todo e qualquer merecimento. E as Escrituras estão repletas de Seus exemplos de obediência, destemor, retidão, compaixão, amor a Deus, amor a nós e amor à verdade.
Deus, nosso Soberano Pai – que nos ama muito além de nossa limitada compreensão – não apenas nos concede a salvação e a vida eterna, mas também reserva para nós galardões, como Paulo ensina em 1 Coríntios 5.10-15: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.”
Em Apocalipse 22.12 Cristo faz uma promessa preciosa para nós cristãos: “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.” Isto significa que quando do estabelecimento do Tribunal de Cristo em Sua segunda vinda, caso nossa obra – isto é, tudo o que tivermos feito entre a nossa conversão e a morte física – tenha permanência, resistindo ao fogo do juízo divino, receberemos galardões eternos; no entanto, se nossas obras forem más, nossa recompensa será igualmente má (2 Samuel 3.39). Mas em Apocalipse 3.11 Cristo adverte para que cuidemos de não perder nosso galardão: “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”
Do mesmo modo que em nossos ofícios terreais devemos dar o melhor de nós, não com o objetivo de receber o salário, mas sim procurando executar nosso trabalho para a honra e a glória de Deus, não podemos ter como meta de vida eterna receber galardões. O que deve nos mover é o amor de Cristo, que nos constrange a fazermos por Ele tudo o que estiver ao nosso alcance – como Paulo tão bem esclarece em 2 Coríntios 5.14-15 – sem pensar em recompensa. No entanto, ao Senhor – em Sua maravilhosa graça e infindo amor – aprouve nos conceder coroas como incentivo e encorajamento face aos perigos e dificuldades que o mundo nos apresenta em nossa jornada. É preciso, no entanto, que tenhamos a compreensão de que galardão não se confunde com salvação, que é dom de Deus que recebemos por fé em Cristo, graças à Sua obra consumada na cruz. Galardão é recompensa por nossas obras na terra – desde que realizadas segundo o propósito divino – que devemos ter a consciência de que não realizamos por nós mesmos: Deus apenas nos usa como instrumentos Seus para efetuá-las. Que extraordinária bênção! Ele não precisa de nós para concretizar Sua vontade, mas por Seu Amor nos permite cooperar em Sua obra, e ainda nos recompensa profusamente quando correspondemos ao que Ele espera de nós!
Gracioso e maravilhoso Pai, somos incompetentes até para Te agradecer por tantas dádivas que nos concedes, como os galardões a nós prometidos. Ensina-nos a sermos mais gratos a Ti, não apenas de boca, mas sim de coração; não somente por palavras, mas sim por atitudes; não meramente nos templos, mas sim no nosso cotidiano. Que tudo sempre façamos com a consciência de que o fazemos exclusivamente para a Tua honra e a Tua glória, no nome santo de Jesus. Amém.
(CONTINUA NA PRÓXIMA SEMANA)
Élvia Campos de Alcantara
13 de fevereiro de 2012 at 19:08Queridos irmãos, NANNY & WINSTON
Temos na Palavra de Deus muitos exemplos, não é mesmo? Pessoas que foram persequidas e sofreram por causa do Evangelho. É claro que alguns vão ter um galardão maior do que outros. Vamos ter muitas surpresas. Eu espero que a minha vida aqui na terra esteja glorificando o nome de JESUS. Para mim já é um grande galardão ter o meu nome escrito no Livro da Vida.
Nanny & Winston
14 de fevereiro de 2012 at 19:53Querida Elvinha,
Que o senhor nos conceda a graça de podermos continuar todos juntos, servindo-O para sempre, no limite máximo das capacidades que Ele nos outorga, sem visarmos os galardões, mas sim o melhor serviço!
IEDA
14 de fevereiro de 2012 at 17:43Queridos:
A sua oração é a minha e digo: amém, amém.
Concordo plenamente com a Élvia.
Glória a Deus!
Nanny & Winston
14 de fevereiro de 2012 at 19:56Querida Ieda,
Louvado seja o Senhor, por tudo o que fez, continua fazendo e ainda fará em nossas vidas, agora e para sempre!