Igreja-Lar
Nos primórdios de sua existência o homem tinha nas cavernas seu abrigo contra o intemperismo e contra o ataque do mal – inimigos e animais ferozes. Posteriormente, para poder se deslocar à procura da caça indispensável à sua sobrevivência, passou a construir abrigos feitos de galhos e de folhas de árvores, à medida que se deslocava. Milênios se passaram, e o abrigo do ser humano foi se sofisticando pelo uso de outros materiais de construção, pelo agregar de novas funções habitacionais, de novas soluções para novas necessidades, pela delimitação do território que o abrigo passou a ocupar, e assim por diante. Relacionar todos os tipos de edificações existentes atualmente para abrigar as funções humanas seria tarefa para um catálogo alentado, basta lembrar as mais usuais que nos vêm à mente: casa, hotel, hospital, loja, edifício de escritórios, banco, restaurante, consultório, sede de empresa, fábrica, escola, igreja, teatro, shopping center…a lista é infindável. Nos dias de hoje, o abrigo do homem aperfeiçoou-se de uma forma que seria absolutamente inimaginável para o homem do século XIX, por exemplo, que dirá para aquele do século I de nossa era. Nesta época na Palestina, os dois tipos de abrigo de que todos dispunham eram a casa e o templo. Apesar da complexidade da vida atual, a casa continua a ser o mais importante abrigo do homem, porque é essencial para o ser humano ter o seu habitat para si e para a sua família, tanto que os programas governamentais populares de financiamento são de caráter habitacional. Mas ser proprietário de uma casa, como muitas vezes a propaganda do governo faz supor, não é tudo: uma casa não é necessariamente um lar, e anos atrás uma música de sucesso internacional chamada A House is not a Home (Uma Casa não é um Lar), dizia na primeira parte: Uma cadeira ainda é uma cadeira / Mesmo quando não há ninguém sentado lá / Mas uma cadeira não é uma casa / E uma casa não é um lar / Quando não há ninguém lá para te abraçar / E ninguém lá para você dar um beijo de boa noite.
Como cristãos nós sabemos que não é somente pela falta de alguém para abraçar que uma casa não é um lar. Uma casa não se transforma num lar se não tiver Cristo a presidir todos os momentos, todas as circunstâncias, todos os eventos, 24 horas por dia, 365 dias por ano! Como Salomão alerta no Salmo 127.1: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam…”
Só o ambiente que é formado pelo amor exercitado entre todos os componentes da família cria o que chamamos de lar. O lar tem suma importância na vida humana, pois é o berço de costumes, hábitos, caráter, crenças e valores morais de cada ser humano. Por isso podemos até afirmar que, da mesma maneira como vai o lar, vai o mundo, e que o que é bom para a família é bom para o mundo.
Na Bíblia, casa é frequentemente sinônimo de família, como são citadas por exemplo a casa de Noé, a casa de Abraão, a casa de José, a casa de Davi, e assim é que muitas vezes casa e família se confundem, pois toda a casa, na acepção da palavra, deve abrigar uma família, e quando abriga uma família verdadeiramente cristã, pode então receber o título de lar.
A Igreja Cristã tem passado os últimos 2.000 anos tentando diversos métodos de plantação de igrejas: cruzadas, catedrais, catequeses de indígenas, templos, programas de TV, novas teologias e outros, mas agora parece estar havendo um retorno ao modelo do primeiro século, quando os cristãos se reuniam em casas para – de forma singela e pura – adorarem, louvarem e estudarem a Palavra de Deus. Com este pressuposto, a Igreja de Cristo neste século está se transformando em um movimento mundial de igrejas nas casas, que adquire nomes variados: Célula, Núcleo Familiar, Pequeno Grupo, Igreja Doméstica, Igreja Simples, Igreja em sua Casa, e que aqui nós estamos denominando de Igreja–Lar.
Nestas “mini-igrejas” é possível ministrar de forma mais pessoal a cada participante, crente ou não, de acordo com as suas necessidades. Mas para que isto aconteça, é preciso que nós, como seguidores de Cristo, abramos as portas de nossos lares para que eles se transformem em templos onde a comunhão com Deus e com os irmãos se processa num acolhedor ambiente familiar, pleno de amor incondicional e de legítimo interesse pessoal.
Deus está preparando a Sua igreja por toda América do Sul e do Norte, África e Ásia para receber o que acredita-se será a maior colheita de almas de toda a história da humanidade. Estudos têm mostrado que a multiplicação de novas igrejas é a forma mais eficaz para evangelizar e conservar as populações que vivem nas grandes cidades e as pessoas espalhadas pelo interior dos países, constituindo-se em um dos modelos mais efetivos e comprovados para fazer crescer o cristianismo. E isto atualmente acontece pelo mundo todo: na China, por exemplo, existem poucos templos, mas as Igreja Domésticas se contam aos milhares, congregando os crentes chineses em casas, apesar de toda a cruel perseguição promovida pelas autoridades governamentais comunistas.
No ensino bíblico, igreja não é prédio nem instituição: Paulo ensina que a igreja é o Corpo de Cristo, que cada crente é parte integrante deste Corpo, e em suas cartas ele faz diversas referências sobre o conceito da Igreja-Lar: em 1 Coríntios 16.19, lemos: “…Áquila e Prisca, com a igreja que está em sua casa.”; em Colossenses 4.15: “Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia, e a Ninfas e a igreja que está em sua casa”; em Romanos 16.5: “Saudai a Prisca e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus (…) Saudai também a igreja que está na casa deles”.
Lar é lugar de comunhão entre a família na fé e Deus, mas para haver verdadeira comunhão com o Pai é preciso haver amor verdadeiro, expresso pela oração contrita que brota do nosso coração e não da nossa mente. Oração que expressa toda a nossa gratidão, alegria, adoração, louvor, dependência, e que busca socorro quando necessário. Assim, se o lar é local de comunhão, não pode deixar de ser também o de oração, como Deus convida em Isaias 55.6 : “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”, e em Isaias 56.7 promete: “porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.”
Deus, Amado Pai, ajuda-nos a que, de lar em lar, nós possamos ter mais comunhão conTigo, que possamos Te servir mais e melhor, que o Teu rebanho cresça quantitativa e qualitativamente, que estejamos verdadeiramente Te obedecendo. É em nome de Cristo Jesus que agradecidos oramos, pedindo que confirmes as obras de nossas mãos. Amém.
Noemy
6 de junho de 2011 at 21:03WINSTON E NANNY
MUITO BEM EXPLICADO O QUE DEUS ESPERA DE NÓS E DE NOSSOS LARES.
FELIZ A FAMÍLIA QUE ABRE AS PORTAS DE SEU LAR PARA ESTUDOS BÍBLICOS,LOUVORES E ORAÇÕES DO POVO DE DEUS.
NÓS, FELIZES TODA SEMANA ESTAMOS JUNTOS E COM MUITO AMOR E RESPEITO ESTAMOS CUMPRINDO O QUE A PALAVRA NOS DIZ.
UM GRANDE ABRAÇO NOEMY
Nanny & Winston
7 de junho de 2011 at 19:46Querida Noemy,
Você usa com propriedade o adjetivo feliz. Realmente nós somos bem aventurados por termos sido comissionados pelo Pai para servi-lo, adorá-lo, louvá-lo, e para podermos conhecê-lo mais e mais.
DENIRIA GARCIA DE LIMA
7 de junho de 2011 at 10:07Bom dia Winston e Nanny,
Gostei muito do coração a coração desta semana, muito edificante e esclarecedor.
Me lembro com saudades dos nossos encontros, que Deus continue a nos guardar e nos encorajar a permanecer em seus caminhos.
Grande abraço a vocês.
Deniria
Nanny & Winston
7 de junho de 2011 at 20:00Querida Deniria,
Nós também temos sentido saudade de você, saiba que sua participação nas reuniões do Poty sempre foi muito importante. Sabemos que você tem sido impedida de estar conosco, mas ficamos com a esperança de que de repente você possa nos dar o prazer da sua companhia.
ieda
7 de junho de 2011 at 18:12QUERIDOS NANNY E WINSTON:
Cada vez mais abençoadas e abençoadoras as suas palavras!
Quando a gente se estarrece com o mundo conturbado à nossa volta, é reconfortante pensar que Deus está fortalecendo Sua Igreja, através desses pequenos grupos nos lares e em todos os continentes!
Um abraço,
Ieda.
Nanny & Winston
7 de junho de 2011 at 19:55Querida Ieda,
Você sabe que as palavras o Espírito coloca em nosso coração, e que nós somos apenas “escribas” imperfeitos, falhos, porém ansiosos por nos aperfeiçoarmos para poder servir melhor.