O Amigo de Deus
O surgimento de Abrão nas Escrituras dá início ao pacto que Deus firmou com ele – e por meio dele com toda a humanidade – e que perdurou por cerca de 2.000 anos, até o nascimento de Jesus.
A aliança com Abrão inicia-se com ele, passa a seu filho Isaque, vai a seu neto Jacó, depois a seu bisneto Judá, e segue até Jesus Cristo, ao longo de 42 gerações (Mateus 1.17).
“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!” (Gênesis 12.1-2).
E porque Abrão demonstrou virtudes como fé incomparável, obediência incondicional e grande temor a Deus, em Tiago 2.23 lemos: “…e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus .” Amigo de Deus! Que extraordinário privilégio!
Deus elegeu Abrão, escolhendo-o entre seus contemporâneos idólatras, pois tinha um plano magnífico, maravilhoso: reservar para Si próprio um povo para adorá-lO verdadeiramente até a vinda de Cristo.
Daí em diante, Abrão e sua semente se tornam quase que o único assunto tratado na Bíblia.
Assim como Abrão foi separado do mal por Deus para servir aos Seus propósitos, para termos parte com Deus e sermos servos úteis Seus, precisamos manter uma separação radical do mundo decaído de hoje, que acolhe e venera tantos “deuses” espúrios: o dinheiro, o poder, a fama, a posição social, o prazer.
A única maneira de ter verdadeira comunhão com o Senhor é fugindo das várias formas de idolatria e destes falsos deuses hodiernos.
Ter fé como Abrão teve, não significa simplesmente crer num conjunto de textos a respeito de Deus, mas ter efetivo Compromisso com Ele, e colocar em prática Suas ordenanças, confiando que se estamos com Ele e entregamos nossa vida a Ele, Ele cuidará de tudo: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará.” (Salmo 37.5). Porque fé é, antes de mais nada, “…a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.“ (Hebreus 11.1).
A ordem que Deus deu a Abrão repercute o mesmo chamado que o Evangelho nos dá: deixarmos de lado toda a forma de pecado e todas as oportunidades de praticá-lo, particularmente as más influências.
Deus também colocou para Abrão – como coloca igualmente para nós – a perspectiva de grandes e preciosas promessas, e em troca quer apenas que tenhamos fé n’Ele, que sejamos obedientes a Ele e que tenhamos temor, ou seja, respeito reverente a Ele.
Jesus Cristo é a grande bênção para o mundo, a maior bênção já recebida pelo mundo em qualquer tempo.
Toda a verdadeira bem-aventurança que o mundo possui agora – em meio a tanta desventura – é devida a Abrão – que mais tarde passou-se a chamar Abraão – e à sua posteridade.
Através dele temos a Bíblia, um Salvador, um Evangelho.
Vamos todos nós – como Abraão – ser em 2010 também uma bênção a todos que possamos alcançar: pais, filhos, irmãos, vizinhos, amigos, clientes, colegas, a conhecidos e a desconhecidos!
Que o Senhor, em Seu infinito poder e misericórdia, nos guie a cada dia deste novo ano, continuando a ser lâmpada para nossos pés aonde quer que andemos, para que não nos desviemos e em tudo façamos a Sua vontade. Em nome de Jesus. Amém.
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