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BOA NOVA INAUDITA

“O anjo disse às mulheres: ‘Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia. Vão depressa e digam aos discípulos dele: Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão’”. Mateus 28.5-7 (NVI)

 

 

O mensageiro de Deus deu quatro determinações às mulheres que acorreram à sepultura de Jesus: não temam, disse, enfatizando que quando Deus está no controle, não há o que recear; ele não está aqui, mostrando que o Senhor havia vencido a morte, a tumba vazia era a prova, e isso era motivo de extraordinária alegria na terra e no céu; venham ver, ele pede, para que comprovassem que a ressurreição havia sido consumada; vão depressa avisar os discípulos dele, e esta era a ordem para que iniciassem a sublime proclamação dessa boa nova inaudita que hoje é também nossa responsabilidade anunciar ao mundo!

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PARA QUE SERVE O SOFRIMENTO (2)

A partir da Queda, boa parte do sofrimento e do mal no mundo pode ser explicada direta ou indiretamente pela maldade humana, por nossa rebelião contra Deus. Em Gênesis 3, a cooptação do homem pelo maligno tornou-nos cúmplices de todo o mal moral que há na terra. Quando – tentados por satanás – nos levantamos contra Deus, sua presença maligna invadiu todos os aspectos da personalidade humana – física, mental, emocional, espiritual e relacional – e com isto cada configuração da vida no planeta ficou comprometida, seja do ponto de vista social, ambiental ou cultural.

 

O mal moral frequentemente tem relação direta com o pecado de um lado, e com o sofrimento decorrente, de outro, quando as pessoas provocam dor umas às outras por meio da violência, da exploração, do abuso, da crueldade ou da omissão; outras vezes o sofrimento é causado pelas atitudes erradas da própria vítima, como as transgressões à lei de Deus e à dos  homens; mas há casos em que o sofrimento é provocado de forma indireta pela desumanidade do ser humano, como as guerras, a violência urbana, os acidentes de trânsito que ceifam tantas vidas – muitas delas inocentes – ou as várias formas de negligência profissional ou em serviços públicos, que geram mortes, incapacidades, deformidades físicas e sequelas físicas e emocionais de todo o tipo.

 

Entretanto, se possivelmente a maior parcela do sofrimento moral no mundo pode ser creditada ao pecado e à maldade do ser humano, precisamos lembrar que há também o chamado sofrimento natural, que inclui o sofrimento animal causado pelos predadores e o sofrimento humano gerado pelos desastres naturais, como terremotos, furacões, maremotos, tsunamis, inundações, vulcões e outros. Mas é claro que pode-se dizer também que parte destes desastres naturais têm como causa o pecado humano, mormente o materialismo, a ganância, a ambição desmedida, que estão na raiz do chamado efeito estufa, da poluição aérea e hídrica, da destruição das florestas, da erosão que provoca o assoreamento de rios e lagos, dos deslizamentos de encostas, e assim por diante. A tudo isto precisamos agregar o mal espiritual, isto é, a realidade inquestionável da ação das forças espirituais malignas, satânicas, que estão por todo o mundo, influenciando, explorando e acentuando a maldade inata do homem.

 

A Bíblia mostra que, depois da Queda, o pecado foi progressivamente tomando conta da humanidade, agravando cada vez mais o sofrimento do homem, que iniciando com a rejeição da autoridade de Deus, passou à desconfiança da Sua bondade, e chegou ao ponto crítico da desobediência à Sua Palavra e até da revolta contra Ele.

 

Porém o mal e o sofrimento não são intrínsecos à perfeita criação de Deus, são intrusos que um dia o Senhor expulsará para sempre, mas que por enquanto movem-se à vontade nas trevas, em um mundo corrompido que atualmente chega até a cultivá-los como ícones em filmes, na TV, em videogames, em shows de rock, em tatuagens, em grupos criminosos. E lembramos as Escrituras Sagradas quando afirmam categoricamente que o mal é mal, o Senhor é soberano, e Deus é bom. E o profeta, em Isaías 5.20 adverte, dizendo-nos que o mal precisa ser intolerantemente rejeitado, destruído e erradicado, pois trata-se da negação de tudo o que Deus é e quer para a humanidade, representando uma afronta à vida, e a negação de Suas bênçãos e de Sua bondade, assim advertindo: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!”

 

Mas se Deus permite que o sofrimento e o mal existam, e que Seus filhos sejam afligidos, tanto quanto Seus inimigos, significa que forçosamente há um lado bom neste propósito divino, como em tudo o que o Senhor faz. O que a Sua Palavra nos diz a respeito? Acima de tudo, que o sofrimento faz-nos aproximar mais dEle. Quando nossa jornada terreal transcorre por mares calmos e tranquilos, tendemos a quase nos esquecer de Deus, absorvidos e encantados com nossa própria glória; no entanto, quando a tempestade cai impiedosa, todo o nosso ser clama em desespero por Ele, então buscamos sofregamente Seus caminhos, Sua força, Seu poder, Sua graça, para então podermos louvar como Davi no Salmo 34.17-19: “Clamam os justos, e o Senhor os escuta e os livra de todas as suas tribulações. Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido. Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra.”

 

Mas o sofrimento é também o melhor antídoto contra o veneno da soberba, mantendo-nos humildes e dependentes dEle, como Paulo revela que aconteceu com ele próprio, em 2 Coríntios 12.7: “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.”

 

O sofrimento igualmente fortalece a nossa fé, apesar de que as circunstâncias do momento possam se apresentar muito desfavoráveis, mas o apóstolo em 1 Pedro 1.6-7 nos ensina e conforta:  “… embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;”

 

Mas ele também desnuda o nosso próprio coração, revela os aspectos negativos de nosso caráter, nossas falhas e defeitos, possibilitando que por amor a Cristo e mercê da Sua graça, avancemos em nossa busca de nos assemelharmos mais a Ele, atendendo à Sua ordenança em Mateus 5.48: “… sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.”

 

Sim, podemos confiar que Ele sempre estará conosco, por piores que sejam os passageiros desafios e as recorrentes batalhas da vida, como prometeu pela boca do profeta Isaías 43.1-3: “… eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o Senhor, teu Deus…”.

 

Confiemos, pois, irrestritamente nos Seus soberanos propósitos, pois que não nos foi dado discernir aquilo que não é necessário que compreendamos nesta vida, como o Senhor afirmou em Isaías 55.8-9: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.”

 

Pai Santo, apesar de nossa perplexidade em certos momentos doridos da vida, quando questionamos “por quê?”, estamos certos de que Tu sempre tens o melhor para nós. Por isso aceitamos nosso passageiro sofrimento dando graças, seguros de que há um propósito nele, de que ele nunca estará além de nossas forças, pois Tu sempre estás nos sustentando, e que acima das nuvens carregadas que pairam sobre nossas cabeças, brilha o sol maravilhoso da Tua graça que dissipa toda a treva e mitiga toda a dor. Assim, no nome precioso de Jesus Cristo oramos agradecidos. Amém.

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MARAVILHOSO PRIVILÉGIO

“Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”. Romanos 10.14-15 (ARA)

 

 

 

Há uma relação inextricável entre a invocação a Deus e a fé: a oração e a pregação que Ele aprova são as que brotam de corações em que todas as fibras vibram com a certeza inequívoca das bênçãos que estão reservadas a Seus filhos; porém somos mudos, até que o Senhor, pela Sua graça, abra nossa boca para orarmos e testemunharmos de Cristo aos outros. Que neste dia compreendamos – em toda a sua dimensão – a bênção de termos sido comissionados para proclamar a Sua verdade a tantos que dela carecem, e que devemos obedecer-Lhe fielmente, louvá-Lo e prestar-Lhe ações de graças por tão maravilhoso privilégio!

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