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PEQUENOS COMEÇOS

“… quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á…”. Zacarias 4.10 (ARA)

 

 

 

 

 

 

A cultura ocidental valoriza sempre o grandioso, o monumental, e quanto maior melhor. Mas para Deus o tamanho não conta, e sim a substância, o conteúdo. Jesus proclamou o Evangelho a muitos e jamais se importou com a quantidade de ouvintes, preferindo cuidar de cada pessoa como um ser único e importante. A sabedoria da Bíblia nos diz hoje para não desprezarmos os pequenos começos, e o ministério de Jesus na terra é um exemplo vivo disso: chamou alguns poucos e simples pescadores, primeiro Pedro e André, depois Tiago e João, e com eles iniciou a maior transformação pela qual o mundo já passou!

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FANTASIAS

O famoso poeta e escritor francês do século 19, Charles Beaudelaire, em sua obra “Pequenos Poemas em Prosa”, fala sobre o papel da ilusão, da fantasia em nossa vida, dizendo: “As ilusões talvez sejam em tão grande número quanto as relações dos homens entre si ou entre os homens e as coisas. E, quando a ilusão desaparece, ou seja, quando vemos o ser ou o fato tal como existe fora de nós, experimentamos um sentimento estranho, metade dele tristeza pela fantasia desaparecida, metade surpresa agradável diante da novidade, diante do fato real.”

 

A fantasia sempre ocupou um espaço importante na vida do ser humano ao longo da história, e a Bíblia dá um testemunho claro disto, mas atualmente vivemos tempos estranhos, em que parece que tudo o que é mau se exacerba, e os vazios existenciais no coração das pessoas são preenchidos como nunca por fantasias, por ilusões, por quimeras, por coisas que Asafe aponta no Salmo 73.2-7 fazendo uma veemente crítica e, ao mesmo tempo, uma sincera mea culpa“Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos. Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio. Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens. Daí, a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto. Os olhos saltam-lhes da gordura; do coração brotam-lhes fantasias”. O salmista descreve a busca vã dos perdidos para encontrar algo mágico que produza nos corações a satisfação que a vida que levam não lhes traz, numa procura inútil para tentar conhecer um futuro que os atemoriza por ser desconhecido, é a tola pretensão de achar Deus onde certamente Ele não está.

 

Basta observar a proliferação de videntes e cartomantes que penduram a cada poste da cidade seus banners oferecendo sortilégios nos campos financeiro, afetivo e de saúde, e ainda acenando com garantias enganosas de sucesso, uma sabedoria que Salomão condena em Provérbios 1.22: Até quando, ó néscios (ignorantes), amareis a necedade (a ignorância)? E vós, escarnecedores (zombadores), desejareis o escárnio (a zombaria)? E vós, loucos, aborrecereis (abominareis) o conhecimento?

 

Prósperas lojas de fantasias espalham-se pelas cidades oferecendo trajes e acessórios para quem deseja por momentos ser o que não é, revelando uma futilidade que Paulo condenava nos pretensos “sábios” da cidade de Corinto, em 1 Coríntios 3.18-20: “Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto (estúpido) para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos”.

 

Casas lotéricas vivem cheias, com filas imensas em dias que precedem sorteios de somas vultuosas. Estas multidões são compostas de pessoas que não atentam para o fato de que suas chances de ganhar a fortuna que comprovadamente não lhes trará a felicidade que esperam, às vezes são de 1 para 1.000.000, deixando completamente de lado qualquer resquício de sensatez, mas Salomão ensina em Provérbios 8.11: “Porque melhor é a sabedoria do que joias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela”.

 

Aumenta tristemente o já imenso contingente de viciados em álcool e drogas as mais diversas, que se suicidam a cada dia um pouco mais, para obter um prazer efêmero e a fuga de sua miséria moral e espiritual da qual só Deus pode salvar, e que Provérbios 20.1 (Bíblia Viva) critica de forma tão acerba: “Como são loucos os homens que se entregam à bebida e acabam dominados por ela!”

 

Salões de beleza estão sempre lotados de mulheres – e até de alguns homens – que, mais que o cuidado razoável com sua estética corporal, buscam com um corte de cabelo, com uma maquiagem mais requintada, com um tratamento estético “miraculoso”, sentirem-se melhor, mais jovens e mais valorizadas (os), ou atraírem com mais eficiência, sem se preocuparem com a verdadeira beleza que está na alma, como Provérbios 31.30 tanto enfatiza: “Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será louvada”.

 

Academias de ginástica fervilham de homens e mulheres que transpiram por todos os poros à cata do aperfeiçoamento do físico perecível, enquanto a alma criada para permanecer eternamente fenece à míngua por falta de Deus. Não estamos sugerindo que descuidemos de nosso corpo físico, pelo contrário, pois ele é santuário do Espírito Santo: nossa referência é ao culto egoístico do próprio corpo, que deveria estar sendo utilizado para glorificar ao Senhor, como Paulo ensina em 1 Coríntios 6.20 (Bíblia Viva): “Porque Deus comprou vocês por preço elevado. Portanto, usem todas as partes do seu corpo para render glória a Deus, porque o corpo Lhe pertence.”

 

Filmes fantasiosos sobre bruxarias, mortos-vivos, vampiros e assemelhados, frequentemente dirigidos ao público infanto-juvenil, são profusamente exibidos no cinema e na televisão, influenciando negativamente pessoas imaturas de todas as faixas etárias, desviando-as de Deus. Isto nos remete a Provérbios 11.11, onde o sábio alerta: “Pela bênção que os retos suscitam, a cidade se exalta, mas pela boca dos perversos é derribada”.

 

A televisão frequentemente oferece programas, filmes e seriados esdrúxulos que estimulam a competição entre as mais bizarras figuras humanas que praticam formas inusitadas de excentricidade para chamar a atenção do público televisivo sempre ávido pelo diferente, pelo inusitado, mesmo que ridículo e, apesar de destituídas de qualquer valor artístico ou cultural, tais “performances” fazem muito sucesso. Asneiras sem sentido e proveito nada de bom constroem, e Provérbios 15.7 (Bíblia Viva) ensina: “Por onde passa, o sábio espalha a sabedoria mas o homem sem juízo espalha a sua tolice por toda parte.”

 

A TV é pródiga também em programas sobre quem come mais, sobre quem precisa emagrecer, sobre mulheres vazias, porém endinheiradas, e explora à exaustão o filão das telenovelas que têm o objetivo de estimular, através de deslavado merchandising, o consumo de todo o tipo de produto – geralmente supérfluo – e que ainda ditam modismos deletérios, amorais e imorais, que vão transformar para pior o caráter, o comportamento e as atitudes principalmente de muitos jovens, mais sujeitos às fantasias que, por conta da falta de maturidade própria deste período da vida, consideram que tais coisas são sinais de “modernidade”, inovação, progresso e liberdade.  Mas a sabedoria de Provérbios 14.15 mostra que “Só mesmo uma pessoa muito tola acredita em tudo que ouve. A pessoa sensata examina com atenção cada passo que dá.”

 

Vemos sinais claros de uso da fantasia humana até em alguns templos religiosos, onde a estatuária herdada dos tempos babilônicos representando deuses pagãos intentam retratar as personagens a serem adoradas pelos fiéis, e há até denominações que fornecem – muitas vezes mediante remuneração – pós, óleos, areias e águas que pretensamente são sagradas, mágicas e poderosas. Mas o Senhor nosso Deus, em Isaías 41.29, é enfático: “Eis que todos são nada; as suas obras são coisa nenhuma; as suas imagens de fundição, vento e vácuo”.

 

Muitas pessoas fantasiam sobre o casamento, sonhando com o homem ou a mulher “ideal”, aquele (a) que o (a) fará feliz, quando, na verdade, o objetivo do matrimônio deve ser sempre fazer o outro (a) feliz e não o contrário. Então as uniões matrimoniais desmoronam, quando a fantasia explode como bolha de sabão, produzindo sofrimento profundo, frustração marcante e mágoas de difícil superação. Por isso Jesus disse em Marcos 10.6-9: “… desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe e unir-se-á a sua mulher, e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”.

 

E, entre tantas outras fantasias, propaga-se em moldes epidêmicos até nos meios cristãos, a pornografia, que tem infelicitado tantos lares, destruindo vidas e tornando-se um vício incontrolável que exige tratamento especial para as psiques doentes. E o apóstolo admoesta sobre esta e outras fantasias degradantes que derivam do amor humano à mundanidade em 1 João 2.15-16 alertando: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;  porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”.

 

Na verdade vivenciamos uma era de enorme superficialidade e futilidade, onde a fantasia das cirurgias plásticas, perseguida com sofreguidão por tantas e por tantos, iludidos com a falsa esperança de que mudando uma parte, um detalhe do corpo físico serão mais felizes, sentindo-se então mais seguros e mais atraentes para o sexo oposto, é uma grande falácia, que se comprova dia após dia. Há até quem sonhe em ter o nariz da artista x, ou o queixo do famoso y, ou os seios da modelo z, mas nós, cristãos, discípulos do Senhor, somente almejamos ter a semelhança com Cristo. E esta transformação permanente – na qual investimos para a eternidade, que é invisível aos olhos mas que se percebe com o coração – é a que realmente conta para aqueles são Seus Filhos, porque têm seu foco nas coisas do alto e não naquelas fugazes ilusões terreais, atendendo ao que Paulo ensina em Colossenses 3.1: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus”.

 

É dessa forma lastimável que um grande contingente de pessoas nos dias atuais vive vidas alienadas, em total dissonância com a realidade da verdadeira vida que Cristo ensina, e as fantasias que vivem e praticam tentam inutilmente preencher o vazio que somente Deus pode ocupar em seus corações; triste desconhecimento dos verdadeiros valores que deveriam balizar suas vidas, mas que a falta de conhecimento de Deus não permite, de forma análoga àquela ignorância que vigorava já 700 anos antes de Cristo, levando o Senhor a proferir esta acusação em Oseias 4.6: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento…”.

 

Precisamos ter em mente e solidamente firmado no coração que toda fantasia que conflita com aquilo que Deus prescreveu em Sua Palavra provém do maligno, que usa o tempo todo os desejos, a cobiça, o egoísmo, a irresponsabilidade, a imaturidade moral e espiritual das pessoas para afastá-las de Deus e trazê-las para o seu redil de perdidos, de inimigos do Senhor. Mas infelizmente as consciências costumam ser acalmadas com argumentos egocêntricos do tipo “isto não faz mal”“ninguém vai ser prejudicado se eu fizer”“sou livre para fazer o que quero”, “não sou careta”“todo o mundo faz”, “o corpo é meu”, “é meu direito”. E usando o “espírito de manada” que é muito comum principalmente entre os jovens, o inimigo consegue arrebanhar para a sua causa maléfica quantidades enormes de seres humanos iludidos, que acham que tudo sabem, que fora deles mesmos e de suas vontades, prazeres e deleites nada existe, tem valor ou vale a pena.

 

Grandioso Deus, nada se compara à realidade que Tu nos ensinas na Tua Palavra, na dádiva da Criação e no Teu agir Poderoso e Soberano em nossas vidas. Ó Senhor, que Teu Santo Espírito esteja tocando corações que não Te conhecem, almas desviadas e imaturas que desperdiçam suas existências ignorando a Tua vontade e os Teus preceitos, e traze-as para Ti. E se for de Tua vontade, Pai, que possamos ser instrumentos Teus na consecução de Teus propósitos sublimes. Em nome de Jesus oramos e agradecemos. Amém.

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SUJEIÇÃO ABSOLUTA E PERMANENTE

“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. João 15.5 (ARA)

 

 

Desde crianças somos estimulados a ser independentes e cultivamos essa necessidade de autonomia pelo resto das nossas vidas. Por vezes até esquecemos que fazemos parte de uma espécie de “rede de dependências”, em que ora dependemos, ora subordinamos, mas cujo centro é sempre Deus, a fonte única da existência e da subsistência de tudo o que existe. Dessa forma, que nossas orações nesse dia sejam uma declaração de total dependência dEle, e roguemos que sejamos conscientizados, a cada passo que dermos, que essa sujeição deve ser absoluta e permanente, porque sem Cristo Jesus nada podemos!

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