ENCONTRO NO CÉU
A Bíblia em vários momentos se refere à questão do reconhecimento das nossas pessoas queridas no céu depois de morrermos. Por exemplo, quando a criança recém-nascida, filha de Davi, morreu, ele declarou em 2 Samuel 12.23 que “… Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim”, expressando a suposição de que seria capaz de reconhecê-la no céu apesar de ter morrido ainda bebê. No episódio da transfiguração de Jesus, em Mateus 17.3-4, Moisés e Elias foram identificados, e estes são apenas alguns exemplos por meio dos quais a Bíblia indica que depois da morte seremos reconhecidos e reencontraremos nossos entes queridos.
A Palavra de Deus declara sobre Jesus em 1 João 3:2 que no céu, “… quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”, pois assim como nossos corpos terrenos são como o do primeiro homem, Adão, nossos corpos ressurretos serão como o de Jesus, como Paulo ensina em 1 Coríntios 15:47-49: “O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial”.
Muitas pessoas reconheceram Jesus depois da ressurreição, como constatamos em João 20.16,20; 21.12, e em 1 Coríntios 15.4-7. Se Jesus era identificável em Seu corpo glorificado, nós também por certo seremos reconhecíveis em nossos corpos glorificados. Sermos capazes de ver os nossos entes queridos é um aspecto glorioso do céu, mas o céu é muito mais sobre Deus e muito menos sobre nós. Será um prazer indescritível nos reunirmos com nossos entes queridos e adorarmos a Deus com eles por toda a eternidade!
Ao apóstolo João em Apocalipse 1.5 foi revelado que, sendo Cristo o primogênito dos mortos, isto é, o primeiro a receber um corpo ressurreto imortal, Sua ressurreição é o modelo para a ressurreição de todos os justos. E assim como Cristo subiu ao Céu com um corpo glorificado, nós igualmente teremos um corpo glorificado, assegura Paulo em Filipenses 3.20-21, o que possibilitará que possamos tocar as pessoas que amamos e até mesmo nos alimentarmos. Em Mateus 26.29, durante a refeição pascal com os discípulos, Cristo assegura a eles “… que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai”, mostrando claramente que no céu seremos pessoas “reais”, com corpos transformados à imagem do corpo glorioso de Jesus.
Em Mateus 8.11, Jesus afirma que “… muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus”. Se iremos conhecer no céu Abraão, Isaque e Jacó, é mais do que óbvio que reconheceremos nossos queridos! O Senhor também ensina que no céu iremos nos alimentar, evidência clara de que seremos seres reais e não “espíritos”.
Dessa forma, como nosso caráter será purificado, mas nossa individualidade preservada, não nos esqueceremos de quem somos e de quem são nossos familiares queridos. Além disso, a morte de um crente, antes da vinda de Cristo, não implicará na perda de qualquer esperança de participar do reino glorioso do Messias, como Paulo esclarece em 1Tessalonicenses 4.13-18: “13Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança”. Paulo chama a atenção de seus leitores para o importante anúncio que faz quanto aos crentes que já morreram. A Bíblia não diz que a alma adormece na hora da morte, como indica a parábola que Jesus contou na passagem de Lucas 16.19-31, sobre o homem rico e Lázaro, pois ambos estavam conscientes depois de morrer. Em Filipenses 1.23, Paulo afirma que morrer é estar com Cristo, o que não poderia ser verdade se a alma estivesse dormindo, e estes são apenas dois exemplos de várias passagens bíblicas do Novo Testamento que mostram que não devemos nos entristecer pelos santos que morrem:
“14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem”. A ressurreição de Cristo é o fundamento de toda esperança do crente. Assim como cremos que Jesus morreu e ressuscitou, devemos também crer que todos os que morrem em Cristo da mesma maneira ressuscitarão.
“15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem”. Paulo recebeu por revelação direta do Senhor, não se sabe por qual meio, mas fica claro que, quando Cristo voltar, os crentes que ainda vivem não antecederão ou terão qualquer vantagem sobre aqueles que morreram. Apenas devemos estar permanentemente à espera da vinda do Senhor, ao mesmo tempo considerando que nossa chamada ao céu pode ser por meio da morte.
“16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;” mostrando a ordem precisa dos primeiros eventos relativos à segunda vinda de Cristo, complementados pelo verso seguinte: “17depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. Que promessas abençoadas, com extraordinários acontecimentos a serem vistos, milagres de tirar o fôlego se sucedendo, nesta jornada maravilhosa dos crentes para o céu, rumo à sua morada eterna ao lado do amoroso Criador de tudo! Tanta alegria e felicidade são impossíveis de descrever e mensurar!
“18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”. Por isso tudo, para os que creem, a volta do Senhor, longe de provocar desassossego, medo e inquietação, só produz magnífica esperança, extremo conforto e imenso júbilo!
Muitas pessoas dizem que a primeira coisa que desejam fazer quando chegarem ao céu é encontrar todos os seus amigos e entes queridos que faleceram antes delas. Na eternidade, haverá tempo para ver, conhecer e estar na companhia dos nossos amigos e familiares, contudo, esse não será o nosso foco principal porque estaremos muito mais ocupados em adorar a Deus e em desfrutar das maravilhas celestiais. Nossos encontros com os entes queridos provavelmente estarão focados em rememorar a graça, a misericórdia, a bondade, o cuidado, o maravilhoso amor e os milagres de Deus em nossas vidas. E nós nos alegraremos ainda mais porque poderemos louvar e adorar ao Senhor na companhia de outros crentes, especialmente aqueles que tanto amamos na vida terreal.
Pai Bendito, por favor não Te demores a enviar Teu Amado Filho de volta a nós! Ansiamos muito por esse dia pelo qual tanto esperamos e que perece se delongar tanto! Todos os dias oramos contritos rogando que Jesus volte logo trazendo novos céus e nova terra onde habita a justiça, para que se cumpra a profecia que encarregaste Teu profeta Isaías de proclamar em seu livro no capítulo 65, verso 17, ao assegurares que “… eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas”. Por isso, Senhor Amado, permita-nos proferir esse clamor que brota do mais profundo de nossas almas: Maranata, Senhor Jesus! Volta logo! Amém.
25 de março de 2023
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