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AQUIETAI-VOS…

Em meio ao frenético turbilhão de atividades em que vivemos nosso cotidiano, muitas vezes esquecemos aquilo que o Senhor nos sussurra, como um Pai zeloso faz para suave e gentilmente acalmar Seus filhos que se agitam de lá para cá, muitas vezes sem discernir para onde vão ou qual o objetivo real do que estão fazendo. “… Aquietai-vos…”, Ele murmura compassiva e amorosamente para nós que por vezes nos assemelhamos ao rebelde e mal agradecido povo de Israel em sua fuga do Egito.

 

Recordemos que os israelitas haviam partido do Egito para escapar do terrível cativeiro em que viviam e agora guiados e protegidos pelo Senhor, encontravam-se no deserto, perseguidos pelo faraó com seiscentos carros conduzidos cada um por experiente soldado. E o pavor tomava conta dos guiados por Moisés que então clamaram a Deus ao mesmo tempo que acusavam seu líder de não se importar que com eles e de tê-los tirado do Egito para que morressem naquele deserto inóspito. “Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver”, ordenou em Êxodo 14.13. E o resto da história todos conhecemos: Deus colocou-Se ao lado deles protegendo-os e orientou Moisés a levantar a sua vara e estender a mão sobre o mar para que se dividisse permitindo que os israelitas atravessassem a salvo.

 

Mas o que significa realmente aquietar-se? É voltar toda a atenção para Deus, sabendo que só Ele pode conduzir nossa vida em perfeita paz, perfeito equilíbrio e perfeita segurança, levando a perfeitas soluções para os nossos problemas; é ouvir Sua doce voz, acima dos ruídos dissonantes e perturbadores à nossa volta e das preocupações que indevidamente permitimos que nos assaltem; é confiar em Sua soberana provisão das nossas necessidades, no tempo e no espaço; é entregar-se totalmente em Suas mãos e descansar como o bebê recém-nascido que entrega-se, repousando tranquilo e feliz no regaço de sua mãe, é o que Davi, no Salmo 131.1-2 expressa, declarando-se livre da arrogância e da ambição excessiva, – e tal como a criança que passou a fase de desmame e agora se encontra plenamente satisfeita, – abandonou a busca pela autossatisfação e então pode encontrar cabal contentamento no Senhor, confessando: SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo.

 

Mas aquietar-se também é crer nas promessas infalíveis de um futuro radioso ao lado do Senhor; é reconhecer a Sua maravilhosa graça atuando sem cessar, dia após dia, ao longo de toda a nossa peregrinação; é lembrar que, se Ele é por nós, quem será contra nós? É crer, sem duvidar, em Seu amor incondicional por nós – que fugindo a qualquer parâmetro conhecido – é a suprema garantia de que Ele nunca nos deixará, jamais nos abandonará; é compreender que por nós mesmos nada somos e nada podemos, enquanto que Ele tudo É, tudo pode, e está graciosamente se oferecendo para carregar nosso fardo, como Jesus amorosamente convida em Mateus 11.28-30: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

 

O que falta então para nos rendermos a Ele quieta e mansamente? Falta-nos recalcar o próprio ego, falta-nos a humildade de reconhecer, tal como João Batista em João 3.30, que “Convém que ele cresça e que eu diminua”, é preciso que Jesus Cristo seja tudo em nós, até o ponto de termos a Sua bendita plenitude em nosso ser, preenchendo cada molécula, cada célula, cada órgão, enquanto nós vamos nos reduzindo, nos apequenando, nos encolhendo, nos minimizando, até a extinção completa da nossa imperfeita vontade, da nossa ridícula presunção, da nossa vã sabedoria, pois só então Cristo será verdadeiramente soberano em nós. Somente quando aprendermos a nos desapegar inteiramente de nós próprios, do que somos, do que temos, da importância que damos a nós mesmos, e tudo entregarmos a Cristo, é que poderemos nos aquietar e usufruir da verdadeira e inefável paz que só Ele proporciona.

 

Jamais a autossuficiência de alguém – e a história está aí para provar – durou para sempre, ou produziu frutos eternos. Nossa verdadeira suficiência – é necessário nos conscientizarmos profundamente disso – está em Cristo, quando depositamos confiantes nossa vida a Seus pés, pois Ele asseverou em João 15.5  que “… sem mim nada podeis fazer”.

 

De que vale, pois, andarmos inquietos, ansiosos, preocupados, inseguros, quando nosso Senhor e Salvador nos exorta em Mateus 6.25,33: “… não andeis ansiosos pela vossa vida… (…) buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas (materiais) vos serão acrescentadas.”

 

Assim, só nos cabe obedecer, com sensatez e maturidade, à ordenança do Senhor, que nos tranquiliza no Salmo 46.10, dizendo: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus…”. E então, com a mesma confiança e a profunda reverência que Davi manifestou no Salmo 23, parafraseado a seguir em forma de singela e contrita oração, possamos afirmar:

 

Pai de amor, graça, bondade, poder e misericórdia inigualáveis, quero ser sempre uma humilde, pacífica e obediente ovelha do Teu rebanho, para nunca deixar de ter a Tua maravilhosa provisão de tudo o que necessito: quando tenho fome, Tu me concedes o alimento; quando tenho sede, a água para beber; quando sinto-me extenuado, Tu me outorgas força e refrigério; se estou aflito, Tu inundas o meu coração com a Tua paz inexplicável; caso sinta-me perdido, Tu me guias na direção certa, que é o Teu caminho perfeito. Por isso, mesmo que me veja percorrendo um tenebroso vale de sombras, onde a morte me espreita a cada passo, sei que nada devo temer, porque Tu me proteges e me guardas de todo o mal. Meus inimigos nada podem contra mim, pois Tu estás ao meu lado, e me preparas um banquete espiritual na presença deles, onde eu sou o convidado de honra, por Ti ungido e abençoado. Meu coração se alegra com a certeza de que o Teu amor incomparável continuará comigo ao longo de toda a minha existência, e assim viverei na Tua Santa Presença por toda a eternidade! No nome santo e incomparável de Jesus assim oro. Amém.

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O ELO DA ORAÇÃO

“Mas quando terminou o nosso tempo ali, partimos e continuamos nossa viagem. Todos os discípulos, com suas mulheres e filhos, nos acompanharam até fora da cidade, e ali na praia nos ajoelhamos e oramos”. Atos 21.5 (NVI)

 

 

 

 

Em suas viagens missionárias, Paulo sempre encontrava uma pequena comunidade cristã a recepcioná-lo, e atualmente este fato é ainda mais usual, demonstrando um dos mais apreciáveis privilégios daqueles que fazem parte do Corpo de Cristo: onde quer que estejamos pelo mundo, a condição de cristãos nos identifica e aproxima como família de Deus. E a oração é o nosso instrumento mais importante, porque é o nosso elo com o Senhor e une a todos os que são Seus filhos, por isso, que neste dia nos mantenhamos em oração por todos os nossos familiares de sangue e na fé, onde quer que nos encontremos!

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ÚNICO MEDIADOR

Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”. 1 João 2.1-2 (ARA)

 

 

 

 

Somos instados a não pecar, pois embora Deus nos perdoe se nos arrependermos, nossa comunhão com Ele será abalada. Mas nós temos em nossa defesa o maior e melhor advogado que existe: Jesus Cristo, o Filho do Juiz, que já sofreu o castigo que nos era destinado, e é o nosso único mediador junto ao Pai. Reflitamos hoje sobre a maravilhosa graça de Deus: Ele nos perdoa, não importa o nosso pecado, desde que não tenha sido contra o Espírito Santo. Será que estaríamos dispostos a oferecer perdão a todos os que nos ofenderam, seja qual tenha sido a gravidade da ofensa, como Deus age conosco?

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