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BÊNÇÃOS

O que é uma bênção? Bênção, basicamente, é uma manifestação verbal que expressa o desejo de algo bom para uma pessoa, para um conjunto de pessoas ou até mesmo para uma instituição, mas, acima de tudo, é uma graça de Deus, um favor imerecido concedido pelo Senhor aos Seus filhos. Quem pode conceder e receber bênçãos? Somente Deus e quem é verdadeiramente cristão, agindo como instrumento dEle.

Sobre isso o apóstolo Paulo proferiu o conhecido e magnífico louvor a Deus em sua carta aos Efésios 1.3-6: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado”, ensinando-nos que devemos louvar, bendizer e agradecer a Deus Pai pelas bênçãos espirituais de que desfrutamos, obtidas por Cristo para nós por meio de Sua obra sacrificial na cruz.

E esta é, acima de tudo, uma maravilhosa, deslumbrante, grandiosa revelação do magnífico plano de Deus para nós! Plano perfeito, eterno, prodigiosamente estruturado para a nossa salvação, onde Cristo é o cabeça, e a Igreja é o corpo que tem a missão de proclamá-lo ao mundo.

Deus, portanto, é a fonte primeira, original, divina e eterna de bênçãos, como Tiago 1.17 afirma, dizendo que “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança”, e é o Senhor que provê as condições necessárias para que também nós possamos ser canais de bênçãos para os outros.

O mundo, no entanto, testemunha diariamente através dos meios de comunicação como o cultivo do oposto da bênção, ou seja, a maldição, a tragédia, a maldade e a violência predominam, atraindo a maioria das pessoas. Isso acaba promovendo uma espécie de “poluição cerebral” que impede que levem em conta acima de tudo o bem supremo, as bênçãos incontáveis e incessantes que Deus tem derramado sobre elas ao longo de toda a vida. Tratando-se de cristãos, então, isso é mais grave ainda, é triste, deplorável, inaceitável, e pode comprometer sua vida com Cristo ao afastá-los da verdade do Evangelho.

Por isso, como discípulos de Cristo, nossa forma de ver e sentir o mundo deve ser radicalmente abençoada e abençoadora, em conformidade com aquele conhecido hino cristão que nos exorta: “Conta as bênçãos, conta quantas são / Recebidas da divina mão / Vem dizê-las todas de uma vez / E verás surpreso quanto Deus já fez!”

Quantas vezes temos nos lembrado, por exemplo, de dar graças a Deus pelas bênçãos do ar que respiramos? Pela luz e o calor do sol, sem o que não poderíamos viver? Por olhos para ver o azul do céu, o verde da vegetação, o brilho das estrelas, e por tantas outras coisas que o Pai criou para o nosso deleite? E que dizer dos ouvidos que nos permitem ouvir o riso alegre e inocente da criança, o sussurrar do vento nas árvores, a serenata das cigarras num belo dia de verão, o mavioso canto dos pássaros, o melodioso cricrilar dos grilos em uma noite quente e enluarada?

E como agradecer pela suprema bênção da salvação em Cristo Jesus que nos franqueia a prometida e tão ansiada Vida Eterna ao Seu lado, quando Deus nos “… enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor…”, como promete Apocalipse 21.4?

Se contarmos as bênçãos que o Senhor tem derramado sobre nós ao longo de nossa trajetória terreal, a lista seguramente não teria fim… E é preciso lembrar que se no mundo existem tristezas, também há muitas alegrias, e que levar em conta e administrar estes dois extremos, significa ter uma vida equilibrada e assim percorrer uma caminhada existencial serena, tranquila e abençoada.

Vamos nos lembrar – sempre que estivermos tentados a valorizar prioritariamente as dores, as tristezas e os fracassos quando nos sobrevêm – que existe, no entanto, muito mais valor nas bênçãos que Deus nos proporciona a cada dia, e mais ainda, na maravilhosa promessa das bênçãos eternas que se cumprirão na vida por vir!

Teo, pai extremoso e amoroso de muitos filhos, costumava expressar seu cuidado e afeto por eles não só oferecendo o conforto de uma confortável habitação, mas também dando-lhes muito amor, proteção, provisão de suas necessidades básicas, formação educacional adequada, assistência à saúde, cursos de línguas, de informática, profissionalizantes, formação musical e em artes plásticas, atividades de lazer e de esportes, mas acima de tudo, sólida formação espiritual.

Enfim, concedia-lhes tudo aquilo que sabia ser importante para o crescimento espiritual, intelectual, emocional e físico de cada um. Com o passar do tempo, porém – observando as reações que manifestavam, – percebeu que as expressões iniciais de alegria, entusiasmo e gratidão, pouco a pouco iam se transformando em aceitação indiferente, como se Teo não estivesse fazendo nada mais que a sua obrigação, e eles tudo recebiam como se fosse um mero favor concedido ao pai!

Nosso Pai Celeste põe à nossa disposição muitíssimo mais que qualquer pai humano, por mais amoroso que seja, numa escala incomensuravelmente maior e de forma perfeita, abrangente e completa. Mas mesmo assim, muitas vezes nós nos assemelhamos aos filhos ingratos de Teo, nos esquecendo das muitas bênçãos recebidas de nosso Pai Celestial e, tal como eles, decidimos que podemos seguir vivendo sem a Sua amorosa, augusta, maravilhosa e sublime participação, e sem reconhecermos que por nós mesmos, sem Ele, não somos e não podemos nada de valor eterno!

As bênçãos de Deus – mormente se formos também computar as de ordem material – são infinitas, no entanto devemos ter em mente que, mais importante que as bênçãos de Deus é o Deus das bênçãos, a quem devemos adorar em espírito e em verdade, para todo o sempre.

Mas o que temos feito com as bênçãos espirituais que graciosamente recebemos? Que uso e valor temos dado, por exemplo, à bênção da reconciliação, que por meio de Cristo nos restituiu à graça do Pai, como Paulo em 2 Coríntios 5.18 anuncia dizendo que “… tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação? Temos anunciado esta mensagem da maravilhosa graça de Deus?

Como temos agido com relação à bênção da herança, pela qual fomos apontados como Seus herdeiros em Efésios 1.11, assegurando-nos que “… fomos também feitos herança? Temos sido sucessores confiáveis e dignos de tal riqueza?

E a bênção da eleição, através da qual Ele nos chamou para fazermos parte de Seu plano salvífico,  pois Efésios 1.4 revela que Deus “… nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele?  Temos usado este privilégio incomensurável para a Sua obra?

E quanto à bênção da predestinação através da qual “… nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo…”, como ensina Paulo em Efésios 1.5? Estamos sendo conformados “… à imagem de Seu Filho”, tal qual Paulo destaca em Romanos 8.29?

E a bênção da adoção, que nos faz “… filhos de Deus…” como nos instrui 1 João 3.1-2? Temos sido os “… luzeiros no mundo…” de Filipenses 2.15 que Ele espera que sejamos?

E poderíamos seguir nos questionando com relação a tantas outras bênçãos de Deus: a aceitação, que nos “… fez co-herdeiros com Cristo…” de Romanos 8.17? a plenitude do Espírito Santo, por quem fomos selados como membros do Corpo de Cristo em Atos 1.8? os dons espirituais, que nos instrumentam para servir no Corpo de Cristo em 1 Coríntios 12.4-11? a esperança da segunda vinda de Cristo, promessa inefável que acalenta nossos dias aqui na terra e que está em Romanos 8.18-25?

E assim sabedores que podemos continuar tendo a esperança das bênçãos de Deus que ainda virão, sempre confiados nas promessas preciosas de um Deus fiel, voltamos à pergunta inicial, projetando-a no futuro: que temos feito, e o que faremos com as bênçãos espirituais sem conta que o Senhor derrama sobre nós?

Amado Deus Pai, Senhor de todas as bênçãos, que a Tua luz ilumine nossas almas para que saibamos reconhecer Teus propósitos para nossas vidas, e que Teu plano maravilhoso para nós se cumpra de acordo com a Tua soberana vontade, tendo-nos como Teus servos fiéis em nossa jornada terreal. Senhor, no nome santo de Jesus Te louvamos e proclamamos que somente a Ti sejam dadas toda a honra, toda a glória e toda a exaltação para todo o sempre. Amém.

 

 

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MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA

E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra”.  2 Coríntios 9.8 (NVI)

 

 

 

 

A graça de Deus se manifesta de infinitas formas, e talvez a mais extraordinária seja o amor inexplicável que nutre por seres tão volúveis, ingratos, imperfeitos, inconstantes, egoístas, temperamentais e espiritualmente enfermos como nós. Regozijemo-nos hoje porque, apesar desse nosso acervo enorme de más qualidades, a Sua bondade infinda nos vê como essencialmente bons e nos ama a ponto de derramar da Sua Graça sobre nós de tal forma que não há nada que possamos realizar de bom para que Ele nos ame mais, e nada que façamos de mal pode levá-Lo a amar-nos menos!

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LUZ ETERNA

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos”. Salmos 119.105 (ARA)

 

 

 

 

Na eternidade pretérita, antes de haver o tempo, Jesus Cristo já existia ao lado de Deus, e lemos no evangelho de João 1.4-5 (ARA), que “A vida estava nele e a vida era a luz dos homens (…) e as trevas não prevaleceram contra ela”. A escuridão do mal jamais poderá sobrepor-se à luz de Cristo, o Criador da vida que veio trazer luz à humanidade engolfada no denso negrume do pecado e assim afastada de Deus. Louvemos nesse dia e para sempre ao Senhor Jesus, que veio arrancar-nos das garras da morte eterna, vindo a nós como a verdadeira luz que ilumina nosso andar e zela para que não tropecemos e caiamos!

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