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SANTIFICAÇÃO

A santificação é o processo pelo qual aqueles que são chamados e regenerados, e que, portanto, aceitaram a Jesus como seu único e suficiente Salvador e Senhor, passam a dedicar-se a Deus com um novo coração e um novo espírito. Porém esta santificação é ainda imperfeita na vida terreal, gerando então uma contínua e irreconciliável batalha entre a carne e o espírito, e embora persistam sombras de corrupção, pelo incessante amparo do Espírito Santo o lado regenerado vence e a santificação se aperfeiçoa.

 

Portanto, no momento em que aceitamos Jesus como nosso único e suficiente Salvador, já se dá uma primeira fase de santificação, com a nossa vida dedicada a Deus e não mais ao pecado, como Paulo ensina em 1 Coríntios 6.11: “… mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”.

 

Então o processo de santificação prossegue, transformando o nosso caráter, apesar de pecaminoso, para que mais e mais se assemelhe ao de Jesus, apesar de que jamais deixará de estar à uma distância infinita do nosso maravilhoso modelo e alvo eterno, num processo magnífico descrito por Paulo em 2 Coríntios 3.1: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”.

 

Mas somente quando Jesus voltar para nos buscar é que seremos plenamente santificados, libertos, limpos de todo pecado para que, finalmente possamos viver eternamente com Ele, como Paulo exorta em Tessalonicenses 5.23: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.

 

Deus requer de nós santificação para podermos servi-lo da maneira que Ele deseja. É uma ordenança do Senhor, registrada em 1 Pedro 1.13-21: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.”

 

No verso 16 exorta o Senhor: “Sede Santos porque Eu sou santo”. Quando Deus nos estimula a sermos santos, está pedindo para vivermos uma vida separada deste mundo pecaminoso, e Jesus ora ao Pai em João 17.15,16: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou.”

 

Porém ser santo, na nossa condição terrena, não significa viver totalmente sem pecado, pois a própria Bíblia afirma que se alguém disser que não tem pecado é mentiroso, como vemos em 1 João 1.8:  “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.”

 

Muito do que se pensa ser santidade, na verdade não é. Santidade não é um princípio de caráter religioso, quem sabe herança do medievalismo que deixou marcas na filosofia, no pensamento, na arte sacra, no modus vivendi da época. Uma dessas marcas do medievalismo foi a de escolher homens e mulheres para receber um título de santo, sem considerar que só Deus pode nos escolher, eleger, separar para Ele. Na verdade, se cremos em Cristo como nosso único e suficiente salvador, e passamos a caminhar com Ele, somos santos, isto é, separados para a Sua obra. Todo discípulo de Jesus é santo, embora nenhum seja suficientemente santificado. Precisamos ser mais santos hoje do que ontem e menos do que amanhã. É fundamental que avancemos no nível pessoal de santidade.

 

Observemos que já no livro de Levítico, escrito por Moisés cerca de 1.400 anos antes de Cristo, Deus conclama insistentemente seu povo à santidade em várias passagens, como por exemplo esta, contida no capítulo 11, verso 44: “Eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo”.

 

Assim, a santidade é desejo de Deus para todos aqueles que O servem, e para alcançá-la precisamos basicamente cumprir três etapas. A primeira é imediata, acontece no momento em que recebemos a Cristo como nosso Salvador; a segunda é progressiva, acontece na medida em que vamos progredindo na vida cristã; a terceira, final, total e completa, só acontecerá quando formos para a eternidade com Jesus.

 

Precisamos abolir a ideia de que santidade é simplesmente uma impressão piedosa que algumas pessoas passam às outras. Santidade não tem nada a ver com uma personalidade emblemática, ou com a expressão fisionômica de alguém, e o ser santo não é uma espécie de titulação. O estereótipo do santo é o de um tipo de pessoa que tem uma formatação especial, como que se estivesse um nível acima dos outros. E então chegam a dizer: “Como aquele fulano é santo, ele é tão espiritual!”. Mas isto corresponde exclusivamente  ao imaginário popular, e não às atitudes que Deus espera que sejam reveladas por nós. Se pretendemos ser espirituais, não necessitamos ter todos o mesmo tipo, o mesmo jeito, ter todos o mesmo “formato”.

 

Ninguém é santo por mérito pessoal, por esforço próprio, é Graça de Deus; santidade não é consequência de muito ler a Bíblia, de ir a todos os cultos, de fazer obras na igreja, de cantar no coral: é a posição relativa que nos encontramos em Cristo Jesus. E a santificação é um processo contínuo, presidido por Deus, por meio do Espírito Santo.

 

Para compreendermos o que é santidade, voltemos nossos olhos para as epístolas que Paulo escreveu. Observemos que são sempre dirigidas aos santos, portanto aos crentes em Cristo, aos fiéis, como, por exemplo, em Efésios 1.1: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus…”.

 

Paulo se dirige aos santos e fiéis em Cristo Jesus. Se abrirmos o coração para receber Cristo como Salvador, somos separados para Ele. Somos santos porque Ele nos colocou numa condição de santidade. A santidade está relacionada às nossas atitudes, às nossas obras, às nossas tarefas no Reino. Santidade na Bíblia significa crer em Cristo com inteireza moral, que é uma qualidade positiva que na verdade inclui a bondade, a misericórdia, a pureza, a irrepreensibilidade moral e a piedade.

 

A santificação é um processo dinâmico, contínuo, presidido por Deus. Não existe santidade sem santificação. A santificação é a posição em que estamos, no caminho trilhado para nos assemelharmos a Cristo, e que se estabelece no processo de crescimento espiritual: na adoração, no louvor, na meditação da Palavra, na vida de oração, no serviço para Deus. Desta forma, o processo de santificação depende também da ação pessoal, após termos sido separados para Deus. Não é possível imaginar que aquele que está acomodado, orando pouco, que não lê a Bíblia, que não tem ministério no Reino, possa estar num processo acelerado de santificação. Os resultados da santificação virão como resultado do nível de atividade, de empenho, de dedicação de cada um.

 

É preciso considerar que a santificação integra a ordem da salvação. O crente é salvo porque foi eleito por Deus, como podemos ler em 1 Pedro 2.9: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz…”. Paradoxalmente, no entanto, o crente salvo pode não estar santificado. Lutero disse que somos justos e pecadores. Somos santos e pecadores, por isso precisamos da santificação, instrumento indispensável para nosso aperfeiçoamento, caso  realmente pretendamos nos assemelhar mais a Cristo.

 

O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos coríntios, capítulo 1, verso 2, escreve “… à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso…”. Ele, portanto, se dirige aos santificados, aos chamados para serem santos.

 

Deus é santo, porque é totalmente separado para a Sua obra, e Ele nos chama para assumirmos a mesma condição: “Sede santos porque Eu sou santo”, diz o Senhor, que opera em nós para nos santificar por meio do Espírito Santo, sem cuja assistência não pode haver santificação.

 

A santidade é a marca distintiva do verdadeiro cristão: ela nos diferencia do homem natural no procedimento, na peregrinação e na pureza, como vemos em 1 Pedro 1.15-18. Nesta epístola, Pedro fala na peregrinação, isto é, da caminhada ao longo da vida terrena. Deus não nos fez para vivermos reclusos em mosteiros, Ele nos elegeu, nos escolheu, como santos, para estarmos no mundo e falarmos do amor de Deus aos homens. Somos embaixadores de Cristo, e como tal precisamos ser santos na escola, no escritório, no lazer, no lar, na rua e em todos os lugares em que estivermos.

 

Pai Amado de santidade inalcançável, única, infinita, Tu jamais deixaste e jamais deixarás de cumprir tudo aquilo que prometes, por isso cremos naquilo que afirmaste em Levítico 20.7-8: “…  santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus. Guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR, que vos santifico”. Sim, Pai, nós desejamos ardentemente a santidade que desejas que alcancemos, por isso rogamos que Tu nos conduzas pelos caminhos da vida totalmente imbuídos deste propósito que é para a Tua honra e a Tua glória eterna. No nome santo de Cristo Jesus é que oramos com profunda gratidão. Amém.

 

 

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AMOR INCONDICIONAL

“Em verdade vos digo que, em todo o mundo, onde quer que for pregado o evangelho, também o que ela fez será contado para memória sua”. Marcos 14.9 (ARA)

 

 

 

 

 

 

 

Alguém certa vez afirmou que o amor não faz apenas coisas boas: faz também coisas lindas. E foi motivada por um amor verdadeiro, extravagante, que aquela mulher teve esta linda atitude: sentiu que estava diante de uma ocasião única, em que muitas vezes nós, movidos a praticar algo bom em favor de alguém, por timidez, prudência ou vergonha hesitamos, deixamos de fazê-lo, e mais tarde lamentamos profundamente. O mundo seria incomparavelmente mais belo se houvesse mais pessoas como ela, agindo por amor incondicional ao próximo, sem duvidar, como Jesus sempre agiu e continua a agir!

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DESTINO FATAL

“Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso”. João 12.31 (ARA)

 

 

 

 

O mundo dominado pelo diabo odeia a Deus e tratou Seu Filho sem pecado como um vil criminoso, submetendo-O à vergonha, à tortura e ao extremo sofrimento da cruz, mas ao consumar essa terrível injustiça, sem saber condenava a si próprio. O maligno imaginou ter sido vitorioso ao induzir a morte de Jesus, mas o Senhor proveu um meio de salvação para os homens, derrotando-o completamente no Calvário. O castigo ainda não foi aplicado, porém é inexorável: por um tempo é permitido que o anjo rebelde continue exercendo sua malignidade no mundo, mas o destino fatal que o aguarda é a expulsão e o lago de fogo.

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