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TRÁGICO EQUÍVOCO

“Nenhuma outra nação trocou os seus deuses por outros que nem eram deuses de verdade. Mas o meu povo me trocou, trocou a mim, o seu Deus glorioso, por deuses que não podem ajudá-los”. Jeremias 2.11 (NTLH)

 

 

 

 

Até as nações pagãs eram leais a seus falsos deuses, mas Judá abandonou o Deus verdadeiro porque não teve o bom senso, o zelo e a gratidão necessários para manter-se fiel, preferindo o falso, o inerte, o impotente, em lugar do verdadeiro, glorioso e Todo-Poderoso Soberano do universo. Nos dias atuais vemos ainda consternados o mesmo trágico equívoco suceder quando as pessoas – ao invés de se apegarem a Deus em Cristo, o manancial de água viva – confiam em cisternas rotas, instáveis, de águas turvas, como poder, dinheiro, bens, falsos profetas e sistemas religiosos heréticos que, iludidos, colocam em Seu lugar.

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ANSIEDADE

A ansiedade é um problema de saúde que afeta o mundo de forma cada vez mais extensa e intensa, sendo que apenas nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 58 milhões de pessoas sofrem de transtornos de ansiedade. O Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada em 2017 pela Organização Mundial da Saúde, era o líder mundial em prevalência de transtornos de ansiedade, sendo que dados de recentes pesquisas nacionais revelaram que 26,8% dos brasileiros já haviam recebido diagnóstico médico de ansiedade. E embora a ansiedade controlada seja um fator de estímulo para que a pessoa desempenhe suas atividades, quando em excesso pode provocar um efeito contrário paralisante que bloqueia a sua vida plena.

 

E refletindo a preocupação com a questão, em seu livro Ansiedade, a autora Thalía Magalhães, como parte da sinopse, apresenta um relato de sua própria experiência: “O aperto no peito, as noites de insônia, a angústia e o choro preso na garganta em momentos aleatórios do dia, o medo que domina. Esses sintomas que chegam devagar e, de repente, te impedem de seguir com a rotina normalmente até chegar a um ponto de achar que está tendo um infarto por causa da taquicardia e da falta de ar. São os sintomas mais comuns do transtorno de ansiedade.” 

 

Para a humanidade em geral estar ansioso muitas vezes é uma atitude quase obrigatória que indica que a pessoa está no domínio de algum problema que enfrenta, que está na luta, como dizem, que está atento e ativo para enfrentar um suposto desafio, que não se encontra omisso e passivo diante da dificuldade, contrariando o que Paulo adverte em Filipenses 4.6-7: Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”.

 

Jesus, no Sermão do Monte, iniciando no capítulo 6, versículo 25, fala-nos sobre a prática da vida no Reino maneira de andar e viver do crente no mundo com relação à ansiedade, chamando a nossa atenção para o fato indiscutível de que por nós mesmos nada podemos, e nos alerta para o perigo do mundanismo, pelo atrativo das riquezas, para o risco de sermos derrotados e cooptados pela mentalidade, perspectiva e estilo de vida do mundo. E no centro de tudo muitas vezes está a nossa preocupação com a acumulação de bens materiais, mostrando-nos ansiosos a respeito deles, concentrando neles toda a atenção, a ponto de ficarmos obcecados e sufocados pelo que é visível, pelo que pertence exclusivamente ao tempo e ao mundo atual.

 

Então devemos ser lembrados da terrível sutileza de satanás, para quem não importa muito a forma como pecamos, contanto que ele seja bem-sucedido em seus intentos malignos que são fundamentalmente que estejamos preocupados, ansiosos e concentrados no que é material, e não em Deus. Entretanto, mercê da graça divina, estamos sendo protegidos pelo nosso Criador que conhece o maligno e seus métodos sorrateiros e nefastos, então como Paulo em 2 Coríntios 2.11 podemos dizer que “… não lhe ignoramos os desígnios”, pois é o próprio Cristo que nos instrui por meio de Sua Palavra somada à experiência de tê-lo vencido na tentação do deserto, como registra Mateus 4.3-4.

 

Mas o ápice do ensinamento preciosíssimo de Jesus sobre a ansiedade é alcançado na passagem que está em Mateus 6.25-34 quando, – após nos alertar no versículo 24 que “… Não podeis servir a Deus e às riquezas, – complementa com sabedoria inexcedível, apontando sete inquestionáveis motivos para não ficarmos ansiosos:

 

No verso 25: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” Se Deus nos deu a vida, bem de preciosidade incalculável, por certo proverá todas as coisas menores que são necessárias para mantê-la, como o alimento; se nos deu corpos físicos, também proverá a roupa que os protege e os mantém protegidos e confortáveis;

 

No verso 26: Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” Jesus nos aponta as aves como exemplos de criaturas que vivem sem preocupação, que não plantam, não colhem nem precisam de celeiros para guardar o alimento vital, confiantes de que o Pai lhes concederá o sustento necessário. Jesus não pretende aqui valorizar o fato de que as aves não trabalham, mas sim a sua condição de permanente confiança de que Deus tudo proverá para que vivam;

 

No verso 27: Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” Prosseguindo na demonstração de que a ansiedade é absolutamente inútil, Jesus mostra que, por mais que nos preocupemos, não conseguiremos ampliar o tempo da nossa existência terreal um dia sequer!

 

Nos versos 28-30: “E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?” Ou seja, agora referindo-Se às flores, Jesus mostra que, se Aquele que tudo cria e sustenta, veste de tão fina roupagem os lírios do campo de vida tão curta, que viviam um só dia, com muito mais razão proverá roupas adequadas para os Seus próprios filhos criados para a imortalidade como coroa de toda a criação, para que se mantenham protegidos ao longo de toda a vida na terra;

 

Nos versos 31-33: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. O Senhor agora insiste que evitemos a ilógica preocupação exagerada com as coisas do mundo, o que é próprio dos incréus, que buscam obsessivamente as coisas terrenas porque não têm Deus no coração e, portanto, desconhecem a providência divina, o que é inadmissível ao cristão verdadeiro;

 

No verso 34: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. Agora Jesus conclui Seu maravilhoso ensinamento afirmando que a ansiedade pode ser derrotada quando aprendemos a arte de viver um dia de cada vez, enfrentando cada um segundo suas próprias exigências, cumprindo cada tarefa quando é o momento de fazê-lo sem nos preocuparmos excessivamente com um futuro que não podemos prever e por coisas que possivelmente nem sequer aconteçam. Então o conjunto dos nossos dias será inevitavelmente bom.

 

Importante antídoto contra a ansiedade Jesus nos oferece na oração que ensinou, em Mateus 6.10 propondo que façamos uma entrega total de todo o nosso ser e de todos os nossos problemas a Deus, aliviando-nos a nós mesmos da carga que indevida e presunçosamente muitas vezes tentamos carregar, assim orando: “… venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu…”. Sim, seja feita a Tua vontade perfeita que tem o foco na eternidade e que compreende tudo o que pode nos acontecer hoje e no futuro que só Ele conhece, pois quando o propósito do Senhor se torna dominante em nossa vida, toda a ansiedade desaparece!

 

A ansiedade expressa uma atitude de insensatez, de desequilíbrio emocional, portanto é desnecessária, inútil e nociva, pois não pode alterar o passado nem antecipar o futuro. O que não significa que devemos tentar apagar o tempo que passou, mas sim dele extrair os ensinamentos que Deus nos proporcionou para evitarmos os erros praticados, usando-os como exemplos para que no presente e no futuro evitemos cometer os mesmos equívocos. Da mesma forma, é inútil aplicar-se excessivamente pelo porvir, pois sabemos que o futuro que muitas vezes imaginamos nunca é tão desastroso quanto apontam os nossos temores. Por isso tudo a ansiedade é pior que inútil, é frequentemente danosa para o nosso ser como um todo, que é afetado por várias moléstias dela advindas, como doenças do aparelho digestivo e cardíacas, além das emocionais e mentais, comprometendo até mesmo a nossa vida espiritual.

 

Como exemplo de medo ansioso, mórbido, desnecessário, há o caso de uma carta escrita em um papiro que arqueólogos encontraram onde uma esposa diz a seu marido que está em viagem: “Não posso dormir nem de noite nem de dia, ansiosa (merimnan) como estou por seu bem-estar”. Em outra carta, a mãe, ao inteirar-se da boa saúde e prosperidade de seu filho, responde-lhe: “Tal é minha oração e ansiedade (merimnan) todo o tempo.” E o que significa merimnan em grego? Exatamente preocupar-se ansiosamente, mostrando como essa atitude deletéria é antiga, e que, portanto, a lição de Jesus, ensinando que se deve ter uma conduta que combina prudência, previsão, serenidade e firme confiança em Deus deve ser a nossa atitude permanente ao longo da vida.

 

É preciso que compreendamos o que nosso Mestre aqui ordena o que não se faça e aquilo que aprova: Ele não proíbe a nossa prudência com relação ao futuro, quando planejamos adequada e sensatamente nossas disponibilidades para o enfrentamento de dias difíceis, de escassez e falta de recursos materiais. O que não permite é que nos angustiemos pelo amanhã sem sabermos o que nos trará, mas não aconselha uma atitude displicente que desdenha fazer alguma provisão para o futuro incerto; o que Ele proíbe veementemente é o temor ansioso, doentio, inaceitável de alguém que transforma a sua vida em um vale de angústia e egocentrismo que impossibilita qualquer alegria. Essa é a preocupação proibida por Jesus.

 

A ansiedade é também uma atitude fundamentalmente ímpia que muito pouco tem a ver com as circunstâncias reais vividas pela pessoa, por isso em situações análogas alguém pode reagir com serenidade, enquanto outro afunda-se em preocupação e desespero, porque a ansiedade tem como centro o coração, a insegurança pessoal e a falta de fé, e não a confiança e a entrega a Deus a que Davi nos exorta no Salmo 37.5-7,39: “Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia. Descansa no SENHOR e espera nele (…). Vem do SENHOR a salvação dos justos; ele é a sua fortaleza no dia da tribulação”.

 

Amado Senhor, Tu conheces a cada um de nós de forma inigualável e sabemos que, se mantivermos conTigo uma relação pessoal baseada na fé, como faziam os heróis citados no livro de Hebreus, embora muitas vezes não compreendamos o porquê daquilo que nos acontece, como eles teremos a plena confiança de que Tu, que nos trouxeste à vida, tens o controle de tudo, sempre com um bom propósito para conosco, por isso jamais nos abandonará. Ao longo da nossa jornada terreal Tu tens nos dado fundadas razões para crermos firmemente que, por Teu amor infindo, nos conduzirás em meio aos desafios da existência sustentando-nos, guiando-nos ao longo de toda a jornada até que Teu desígnio para nós se cumpra e então nos acolhas em Teus braços para vivermos a eternidade em Tua gloriosa presença. É assim que, em nome de Jesus oramos com profunda gratidão por Tua graça maravilhosa. Amém.

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AGENTE SUBLIME

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (…) Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. João 1.1,3 (ARA)

 

 

 

 

Cristo é o Verbo, pois por meio dEle Deus nos fala na atual dispensação do Evangelho, situada entre a Sua primeira vinda e a segunda, e Hebreus 1.2 confirma que “… nestes últimos dias, nos falou pelo Filho…”. Jesus sempre esteve com Deus em uma relação de total intimidade, de tal sorte que só o Filho pode nos revelar como é o Pai, ao mesmo tempo que “… o Verbo era Deus…”, atesta que Jesus é Deus e que nEle vemos Deus (João 14.9). Adoremos hoje com profunda gratidão e reverência a Jesus Cristo, suprema fonte de excelência e poder, autor e fundador do mundo, agente sublime de nossa existência e felicidade eternas!

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