Solidão (2)

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Solidão (2)

Embora em muitas circunstâncias indesejável, a solidão, no entanto, tem uma função importante na nossa vida, e pode mesmo ser essencial para nós, quando é necessário que tenhamos silêncio e concentração, como no exercício de atividades criativas, e a respeito disto o gênio da pintura Pablo Picasso certa vez disse: “Nada pode ser criado sem a solidão. Criei em meu redor uma solidão que ninguém calcula. É muito difícil, hoje em dia, estar-se sozinho, pois existem relógios. Já viu alguma vez um santo com relógio? Não consegui encontrar nenhum, mesmo entre os santos que são considerados os santos padroeiros dos relojoeiros.” Outras atividades que exigem concentração, como estudar, ler, fazer música erudita, escrever, orar, meditar, realizar trabalhos muito minuciosos, e assim por diante, requerem geralmente uma solidão controlada, isto é, a solidão que podemos romper quando quisermos.

Assim, a solidão não pode ser vista sempre como uma inimiga, até porque as pessoas são diferentes em sua maneira de ser, havendo aquelas mais introspectivas que sentem necessidade de estar mais tempo a sós, mas também as que não conseguem nunca viver a sós, precisando permanentemente ter pessoas à sua volta, e entre estes extremos, uma gama muito variada de características pessoais, demandando maior ou menor solidão, com maior ou menor frequência.

Como cristãos, vivemos na terra em permanente batalha espiritual, lutando contra o mal exterior que nos cerca – o mundo e satanás – mas também contra o mal interior que reside em nós próprios, na nossa carne.

Por isso não podemos imaginar a vida cristã como um paraíso em que estaremos imunes aos dramas próprios da espécie humana. Longe disso, pois quanto mais aderimos a Cristo, mais entramos na alça de mira do maligno, que tenta de todas as formas nos atingir. E isto aconteceu até com as mais destacadas figuras do cristianismo, como o apóstolo Paulo, que até o fim de sua jornada terrena enfrentou os mais diversos tipos de tribulação, e morreu em absoluta solidão.

Mas, além de orar, de clamar a Deus, de confiar, de descansar e de esperar nEle, o que podemos fazer para colaborar no rompimento dos muros da solidão quando não a desejamos? Alguns procedimentos sugeridos:

1. Olhar para cima

Nosso foco ao longo da vida – e mormente quando enfrentamos as agruras da solidão – deve ser sempre o alto, de onde provém o auxílio superlativo que só o Pai, o Filho e o Espírito Santo podem oferecer, e Jesus posicionou isto com clareza aos judeus que não O conheciam, em João 8.23 (NTLH): “Vocês são daqui debaixo, e eu sou lá de cima. Vocês são deste mundo, mas eu não sou deste mundo.” Mas nós O conhecemos, por isso devemos então olhar para cima, buscando em oração o Senhor que graciosamente nos livra da solidão, nos ampara e sustenta em meio às tribulações da vida.

2. Mudar atitudes

Muitas vezes a solidão nos faz sentir perdidos e sem rumo, mas se orarmos entregando o controle da situação a Deus, e pedirmos a Ele que nos mostre o que devemos fazer para cooperar, Ele é fiel e justo para nos incluir no Seu propósito. Nossa cooperação incluirá sem dúvida uma mudança de atitude, que provavelmente nos dirigirá para uma maior interação social, e que pode representar nossa inserção mais profunda na obra de Deus. Comunhão verdadeira com Ele e, por consequência com nossos irmãos de fé, é inestimável nestas circunstâncias, pois assim estaremos em união com os outros filhos Seus debaixo da Sua luz incomparável que afasta toda a treva, como o apóstolo nos ensina em 1 João 1.6-7: “… se dizemos que estamos unidos com Deus e ao mesmo tempo vivemos na escuridão, então estamos mentindo com palavras e ações. Porém, se vivemos na luz, como Deus está na luz, então estamos unidos uns com os outros, e o sangue de Jesus, o seu Filho, nos limpa de todo pecado.”

3. Sair da caverna

Como Elias, quando nos sentimos tristes e deprimidos, tendemos a entrar em nossa caverna particular para bloquear todos os contatos que estão nos oprimindo, como o profeta Elias fez no Monte Horebe em 1 Reis 19.9a: Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?E em 19.11a veio a ordem: O Senhor Deus disse: Saia e vá ficar diante de mim no alto do monte.” E o Senhor tirou Elias para fora da caverna escura da tristeza, da autocomiseração, da desmotivação e trouxe-o para a Sua luz, porquê Ele tinha uma tarefa para o profeta na Sua obra, como tem para mim e para você.

Continua…

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1 Comment
  • ieda amaral egg silveira

    22 de janeiro de 2013 at 18:37

    Amigos queridos:
    Gostei do que foi dito, portanto, em 2013, nos esforcemos para estar mais juntos e mais unidos, servindo ao nosso Mestre e Senhor, sob a Luz de Deus e bem fora de nossas escuras cavernas! (Estou em oração)

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