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DEUS NOS FEZ

Por que Deus nos fez, qual a razão de nos ter criado? Paulo, em Efésios 1.4-5 (NVI) responde: Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade…”. 

 

Além disso, Deus nos criou para a Sua glória eterna, como deixa claro ao ordenar em Isaías 43.6-7: “Trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das extremidades da terra, a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória, e que formei, e fiz”. O Senhor então criou-nos assemelhados a Ele, – obviamente não exatamente como Ele, porque Deus não está limitado a um corpo físico e às insuficiências humanas, – mas fez-nos com todo o nosso ser refletindo Sua imagem e caráter, como decide segundo Gênesis 1.26: “… Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…”.

 

Tudo foi criado por Deus, como Paulo ensinou aos atenienses em Atos 17.24-26, revelando-lhes a grandeza incomparável do Seu poder que torna compreensível a qualquer um a importância fundamental de depositar toda a nossa fé nEle: O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação…”.

 

E é o mesmo apóstolo que em Colossenses 1.15-16 fala aos fiéis de Colossos sobre a divina proeminência de Cristo, mostrando-lhes que Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.

 

Fomos, portanto, criados por Ele e para Ele, com o Senhor do universo mantendo um relacionamento de amor, respeito e confiança conosco que deveria durar para sempre, não fora a desobediência humana, a verdadeira e injustificada traição praticada contra o Criador, o primeiro e fatal pecado que provocou o rompimento da maravilhosa comunhão que existia.

 

Então Deus percebeu que, a depender do homem, o perfeito relacionamento divino que havia planejado jamais seria retomado, pois tudo na Sua criatura estava pervertido, como Paulo em Romanos 3.10-12 lamenta, milênios depois:  Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.

 

Por isso o Senhor enviou Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, para vir ao mundo como Salvador e Redentor da humanidade caída e ser sacrificado na cruz, o único justo em lugar dos injustos, o único sem pecado ao invés dos pecadores, para que estes voltassem a glorificá-Lo como Deus, pois “… tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato, como Romanos 1.21 registra.

 

E como devemos glorificá-Lo?  Servi-Lo de todo o nosso coração está no cerne da glorificação do Senhor, atendendo ao que Deuteronômio 13.4 prescreve para os que são Seus: “Andareis após o Senhor, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis”.

 

E como fazê-lo? O salmista no Salmo 100.2 ensina: “Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico”. Glorificar a Deus é, portanto, servi-Lo, reconhecer quem Ele é, e louvá-Lo e adorá-Lo para todo o sempre.

 

Para isto é forçoso rogarmos ao Senhor como o salmista o faz no Salmo 119.135: “Faze resplandecer o rosto sobre o teu servo e ensina-me os teus decretos”.

 

Então o outro salmista no Salmo 135.14 traz uma graciosa esperança para os que Lhe são servos fiéis: “Pois o Senhor julga ao seu povo  e se compadece dos seus servos”.

 

Jesus Cristo é o nosso modelo de servo e no Seu Reino grandeza é manifesta pelo serviço, por isso ensina aos Seus discípulos em Mateus 20.26-28: “… quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

 

Eu revelei no mundo a tua natureza gloriosa, terminando assim o trabalho que me deste para fazer, disse Jesus em João 17.4, porque ele havia glorificado o Pai por meio de Sua vida impecável, dos milagres que realizou, pelo terrível sofrimento que padeceu na cruz, mas, acima de tudo por Sua ressurreição.

 

E ainda é o Senhor Jesus que faz esta promessa abençoadora em João 12.26: “E, se alguém me servir, o Pai o honrará”. A única forma de servir a Cristo é segui-Lo, obedecendo aos Seus ensinos e sendo moralmente assemelhados a Ele, e o serviço que ora executamos por Sua graça e misericórdia, num dia futuro receberá a aprovação de Deus, glória incomparável destinada àqueles que neste mundo sofrem por Ele.

 

A conversão mudou radicalmente a nossa maneira de ser, a nossa condição perante o Pai, e Paulo em Romanos 6.22 traça este caminho maravilhoso para nós: “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna”, e em Romanos 14.18 complementa afirmando que “Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens”.

 

E, por fim Apocalipse 11.18 relata que finalmente é chegada a hora da manifestação da ira de Deus contra as nações incrédulas, mas também é então que o Senhor recompensará Seus servos, os profetas e o Seu povo: “Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas,  aos santos e aos que temem o teu nome,  tanto aos pequenos como aos grandes,  e para destruíres os que destroem a terra”.

 

Por isso tudo podemos com profunda gratidão afirmar que,

 

“Deus nos fez com corações para amar e não para odiar,

Com braços para envolver e não para sufocar,

Com mãos para acarinhar e não para agredir,

Com voz para bendizer e não para praguejar,

Com mentes para planejar o bem e não o mal,

Com pés para caminhar nas sendas da paz e não da guerra,

Com almas para louvar e não para amaldiçoar,

Com espíritos para nos aproximarmos dEle e não do maligno,

Com todo o nosso ser prostrado aos Seus pés, servindo-O,

Em perpétua contrição rogando pelo Seu perdão, graça e misericórdia,

Glorificando-O incessantemente nesta vida e por toda a eternidade!

Amém!”

 

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