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SÊ TU UMA BÊNÇÃO!

“… Sê tu uma bênção”!, ordenou o Senhor a Abrão em Gênesis 12.2 após abençoá-lo, como se dissesse ao patriarca: “agora que te abençoei, vá pelo mundo abençoando também a outras pessoas, contagiando-as com as bênçãos do meu amor, da minha graça e da minha misericórdia!”

 

Em Cristo todos nós somos chamados para sermos bênção na vida do nosso próximo, pois não há maior prova de amor que esta. Mas, o que é ser bênção? Deus não pede, sugere ou recomenda que sejamos bênção, Ele nos ordena como fez a Abrão, e como 1 Pedro 2.9 ressalta, dizendo que “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz…”.

 

Ser uma bênção é amar a Deus acima de todas as coisas, como Jesus nos ordenou em Marcos 12.30, dizendo que “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força”, para a seguir podermos amar ao nosso próximo como a nós mesmos, obedecendo às Suas palavras no verso 31 que complementam a primeira ordenança: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Então o Senhor conclui de forma definitiva, categórica e cabal: “Não há outro mandamento maior do que estes”.

 

Ser uma bênção é o nosso chamado cristão para que peregrinemos no mundo fitando com um olhar misericordioso os nossos semelhantes, agindo com bondade, amor, compreensão, longanimidade e tolerância, e orando, intercedendo sem cessar por todos, procurando fazer o que Jesus faria, Ele que foi e será para sempre a maior bênção para a humanidade em toda a sua história. Com Sua vida e morte Cristo derrama sem cessar bênçãos eternas, indiscriminadamente sobre todas as pessoas, povos e nações no passado, no presente e no futuro, em todos os lugares, não importam as condições e as circunstâncias de cada um.

 

Ser uma bênção é ver no próximo a imagem de Deus, é sentir compaixão pelos problemas alheios e buscar fazer algo para auxiliar, é perdoar as ofensas recebidas e orar pelo ofensor, é pôr em prática o segundo mandamento que Jesus ensinou, amando o próximo com a nós mesmos e agindo da maneira como Ele nos exorta em Lucas 6.27-36: “… amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda. Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles. Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam. Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso. E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto. Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai”.

 

Ser uma bênção é refletir a luz de Cristo onde quer que estejamos, atendendo ao que determinou Jesus em Mateus 5.16: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”; e em João 8.12 Ele nos convida a segui-Lo, dizendo que “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida”.

 

Ser uma bênção é também agir como sacerdotes de Deus e de Cristo ao construirmos pontes entre Deus e os homens, e então fazermos parte do rol daqueles que reinarão com Cristo, citados em Apocalipse 20.6 como sendo “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”.

 

Ser uma bênção é servir a Deus e ao próximo de todo o nosso coração e de toda a nossa alma, para que um dia ouçamos dEle, imersos em indescritível alegria, profunda gratidão e puro deleite: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. E o Senhor Jesus, em Lucas 22.26-27 dá uma demonstração cabal de como devemos servir com humildade, ensinando: “… o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve”.

 

Ser uma bênção é agir sempre com mansidão, humildade, afabilidade e doçura para com o nosso semelhante revelando o Espírito Santo em nós, sentindo então o agradável retorno empático da nossa atitude ao imitarmos a Jesus que nos convida em Mateus 11.29: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”. E obedecendo a Paulo que em Colossenses 3.12 exorta seus discípulos da cidade de Colossos orando por seu crescimento na fé: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão…”.

 

Ser uma bênção é agir com relação aos membros do corpo de Cristo como Paulo ensina em Romanos 12.3, dizendo que “… não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação…”; é também ter uma atitude afetuosa para com todos com quem tivermos contato pela vida afora, como ele aconselha no verso 10: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”.

 

Para sermos verdadeiramente uma bênção na vida dos outros precisamos, enfim, proceder da forma como o apóstolo instrui nos versos 12-21: “… regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.

 

Agora convido-os, minhas irmãs e meus irmãos na fé, a que oremos compungidos e contritos ao Pai rogando que derrame da Sua misericordiosa, maravilhosa e incomparável bênção sobre cada um de nós, suplicando que ela possa, a partir de nós, abençoar abundantemente ao nosso próximo:

 

Amado Pai,

que hoje e a cada dia da minha vida o Teu Amor inunde o meu coração e transborde para os corações de todos aqueles que eu encontrar;

que a Tua Graça se manifeste em todas as minhas atitudes e ações, tocando e alentando almas;

que a Tua Paz permeie todos os meus pensamentos e as palavras que brotarem dos meus lábios;

que Tua Luz reflita em mim, iluminando a todos aqueles que de mim se acercarem;

que enfim, Senhor, eu seja a Bênção que desejas que eu seja, por onde quer que me conduzas!

Em nome de Jesus. Amém.