Testemunhos

Testemunhos

Jesus ressurreto disse aos discípulos reunidos, em Atos 1.8: “… sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” Mais tarde, Pedro e João, ao serem chamados perante as autoridades judaicas, os anciãos e os escribas, para serem arguidos sobre a cura milagrosa de um coxo realizada em nome de Jesus, afirmaram em Atos 4.20: “… não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido”.

Tal como eles, nós também não podemos calar a respeito das coisas que Deus tem feito e que temos visto com nossos próprios olhos ou que temos ouvido de outrem – seja em nossas vidas, seja nas vidas de outras pessoas.

Por isso este espaço destina-se a registrar o  testemunho do agir poderoso de Deus, relatado por cristãos que reconhecem humildemente que Sua graça infinda foi derramada sobre eles de forma maravilhosa em determinados momentos de suas vidas, e que estes fatos devem ser divulgados para louvor da Sua glória.

 

Clique aqui para enviar o seu testemunho

 

Testemunhos:

 

UMA EXPERIÊNCIA DE METANOIA – Winston – 15/02/2013

Meu nome é Winston Ramalho e receio ser um espécime mais ou menos raro: um legítimo curitibano – aquele ser que fala “leitttee quentttee”, e que alguns dizem até que está extinto – nascido e morando nesta cidade de tantos paulistas, cariocas, mineiros, catarinenses, gaúchos, e outros, todos muito bem vindos com seus sotaques variados, contribuindo para que a fala curitibana, muito influenciada pelos eslavos, receba uma certa amenização sonora, um “retoque” para melhor.

Aqui nasci e me tornei arquiteto, o que desde bem pequeno queria ser. Sempre amei minha profissão, que para mim era mais que trabalho: era também um hobby, e muito prazeroso. Amava fazer arquitetura: acordava pensando em arquitetura, passava a manhã criando arquitetura, almoçava arquitetura, depois voltava a trabalhar nos projetos, jantava arquitetura, dormia pensando em arquitetura, e durante a noite sonhava com arquitetura. Tinha sempre sobre o criado-mudo uma pranchetinha onde, muitas madrugadas acordava com uma ideia na cabeça, com uma solução para um problema de projeto ou de obra, e ali desenhava o que havia sonhado. E assim foi por muitos anos, e quando me perguntavam sobre aposentadoria, dizia convicto que iria morrer fazendo arquitetura. Nestes muitos anos projetei mais de 1 milhão de metros quadrados de obras em várias cidades e estados do país, tendo ganho também prêmios nacionais de arquitetura e reconhecimento profissional através de vários títulos, publicações e distinções públicas.

Logo que me formei comecei a lecionar nas disciplinas de Projeto no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR.  Após vários concursos públicos na Universidade, fui galgando os degraus da carreira docente, e quando me aposentei, após quase 30 anos ininterruptos de trabalho como professor e tendo passado por mim mais de 1.000 alunos, havia atingido o último nível, que é o de Professor Titular.

Como desde a adolescência sentia no coração a necessidade de Deus, ao longo de todos esses anos buscava-O – às vezes por períodos contínuos, em outras fases quase esquecendo-me que Ele existia – porém sempre de forma canhestra. Assim é que transitei pelo catolicismo, espiritismo, controle mental, budismo e ioga, sempre insatisfeito, lendo muito, praticando, até que o conhecimento adquirido me demonstrava que aquilo não era para mim. Prosseguia então na minha procura, até que um dia, timidamente, com um pouco de desconfiança até, decidi conhecer consistentemente a Palavra de Deus, e então as dúvidas definitivamente se dissiparam: finalmente tinha encontrado a verdade, e a verdade me libertou de toda a angústia produzida pela busca infrutífera, pelas falsas doutrinas, pelos desapontamentos causados por falsos mestres, por mentirosos aproveitadores, por pessoas que, depois descobri, estavam a serviço do maligno. Pude então ser engolfado, envolvido, permeado pela maravilhosa bênção prometida por Jesus em João 8.32: “…e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”

Minha conversão a Cristo foi um primeiro passo dado com profunda convicção. Mas tratava-se apenas do começo de uma longa jornada de caráter espiritual rumo ao alto. Ainda não compreendia que Cristo estava colocando-me num caminho não apenas de vida nova, mas também de vida abundante, maravilhosa promessa contida em João 10.10. Mas como eu, até mesmo Seus primeiros discípulos de início não compreenderam o tipo de abundância que o Messias estava trazendo, pois aqueles que estão engatinhando no conhecimento da Palavra de Deus, têm ainda expectativas meramente terreais, pessoais, materiais, que obscurecem a visão do caráter superior da abundância que Jesus promete. Mas Jesus jamais prometeu algo parecido com sucesso profissional ou mundano de qualquer tipo, segurança financeira ou conforto pessoal, e disse em Lucas 9.23-25: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?” É duro, mas é real. Como disse alguém: “na vida não há lanche grátis”. É ruim? Não, é maravilhoso, porque sabemos que esta curta vida na terra não é a verdadeira vida, que a esperança da Vida Eterna é somente para aqueles que se negam a si mesmos e seguem a Cristo.

Jesus nunca foi contra a riqueza material, no entanto Ele queria mostrar que a preocupação com ela não pode ser uma prioridade para um discípulo Seu, porque não tem qualquer relação com o Reino de Deus. A riqueza material – vista sob a lente da eternidade – torna-se insignificante, enquanto que as coisas do espírito, os relacionamentos e a vida abundante, agigantam-se.

Durante alguns anos fui tentando o que parecia o mais lógico e sensato: conciliar a vida profissional de arquiteto com minha vida espiritual, e a partir de um certo tempo passei a crer que Deus me dera a profissão de arquiteto como um instrumento para servir às pessoas. Em outras palavras, acreditava que Ele tinha me concedido a missão de fazer o bem por meio da arquitetura: por exemplo, quando projetava uma residência, tinha primordialmente a missão de melhorar a qualidade de vida de uma família, quando planejava uma cidade, a de proporcionar boas condições de existência a milhares de famílias, e assim por diante. Por isso, quando projetava, nunca colocava em primeiro plano a questão do ganho financeiro, mas sim meu compromisso e responsabilidade para com o cliente, de fazer o meu melhor para ele.

Mas o tempo foi passando e, para surpresa minha, a concepção e realização das obras materiais – que por mais de 45 anos era o objetivo da minha vida – pouco a pouco foi ficando em segundo plano, dando lugar àquilo que descobri que era a maior obra que existia no universo: a do Reino de Deus. E desta forma fui me afastando da arquitetura, até que parei completamente, então encerrei minha empresa, tirei do ar meu blog profissional tão cuidadosamente construído, doei minha biblioteca de mais de 2.000 obras de arquitetura a meu filho arquiteto em São Paulo, e rompi com todo e qualquer vínculo com a profissão que por tanto tempo tinha sido o centro da minha existência. É claro que financeiramente tive que me adequar às limitações impostas pela aposentadoria com a qual vivemos Nanny e eu. Nossa vida é simples, nosso orçamento mensal é cuidadosamente planejado, respeitado, e não possibilita qualquer “escorregadela”. Mas o Senhor sempre tem nos provido de tudo o que necessitamos, e com o coração cheio de júbilo, posso afirmar que hoje tenho a certeza de estar fazendo a vontade dEle!

Pela graça de Deus, atualmente minha vida é totalmente dedicada à Sua obra, juntamente com a Nanny, a abençoada auxiliadora que Ele me deu, e vivemos numa felicidade e paz que sequer imaginávamos há um tempo atrás. Dedicado ao blog De Coração a Coração, às mensagens diárias Bom Dia De Coração a Coração, auxiliando a Nanny na coordenação do Núcleo Familiar Vivencial, ao Coral da Fraternidade, agora sei que o verdadeiro sucesso – que o mundo não conhece, por isso acha loucura – é seguir, sem se desviar, no caminho que leva a Cristo, a vida abundante real, infinita e eterna!

 

PREGANDO A PALAVRA – Welza Willers – 14/03/2013

Esses dias encontrei uma mulher passeando com seu cachorrinho enquanto eu passeava com a minha cachorra. Percebi que ela reconheceu a cachorra, que sempre passeia com minha mãe, e então puxou conversa.

Contou que esteve muito doente e que não gostava muito de conversar com evangélicos, até conhecer minha mãe, de quem imediatamente gostou pela sua forma de se comunicar, falando de Cristo.

Disse ter tido experiências com pastores envolvidos com o meio político, e que por isso não ficara com uma impressão muito favorável do povo evangélico.

Continuando a confidenciar, relatou que padeceu de várias doenças, sentindo muitas dores pelo corpo, e que por conta disto uma irmã que congregava na Igreja Batista frequentemente a convidava para ir a reuniões de oração de senhoras da sua igreja. Mas como ela não suportava evangélicos, nunca aceitou. Após conhecer minha mãe, no entanto, resolveu aceitar o convite da irmã batista e foi a uma reunião de oração.

Como tinha – segundo confessou – um histórico espírita e católico, ficou escandalizada com a forma do culto pentecostal, porém a uma certa altura, houve uma revelação de que ela estava sob poder de feitiçaria, e que as doenças que não eram detectadas  pelos médicos e pelos exames – mas que a faziam sofrer profundamente – eram na verdade fruto de trabalhos de macumba que haviam sido feitos contra ela.

As irmãs então oraram, e no mesmo dia ela notou grande melhora em seu estado de saúde. Mas depois disso teve uma recaída, quando nessa situação procurou um frei católico que a aconselhou a permanecer firme, a voltar às reuniões de oração, e que depois orou com ela, invocando o nome de Cristo em 12 línguas.

Esta mulher hoje está curada, e testemunha que agora sabe que Jesus é Senhor!

Então compreendemos claramente porque Paulo exorta em 2 Timóteo 4.2 (Bíblia Viva): “… pregue insistentemente a Palavra de Deus em todos os momentos, sempre que tiver a oportunidade, a tempo e fora de tempo, quando for conveniente e quando não for…”.

 

MATURIDADE NA PROVAÇÃO – Reinaldo Muchailh Junior – 24/04/2013

A Palavra de Deus nos diz em Hebreus 5.11-14: “A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.”

Buscando ser bons discípulos e discipuladores para Jesus, temos estudado na Bíblia que Deus nos consola em todas as circunstâncias, na solidão, no sofrimento, na destruição, na dor, no arrependimento. E o que temos aprendido com isso? Que Deus é longânime e benigno, que tem o controle de tudo e nos consola? Sim, mas podemos ir além. Ninguém procura o sofrimento, mas através dele, com fé, poderemos crescer espiritualmente conforme o alimento espiritual que estamos dispostos a receber. O texto santo acima nos incomoda a deixarmos de ser cristãos dos tipos mamadeira, fogo de palha, montanha russa, domingueiro, esquenta banco de igreja, para buscarmos ser cristãos mais maduros. Assim como aconteceu com o Rei Davi no Salmo 51.10, se buscarmos consolo no verdadeiro arrependimento de nossos pecados, alcançaremos crescimento espiritual.

Onde quer que estejamos, nunca estaremos livres de tribulações. Vivemos num país livre, com liberdade religiosa, um país abençoado por Deus, geografia maravilhosa, clima ameno, um país em crescente desenvolvimento, um povo generoso e alegre. Mas nunca estaremos isentos de tribulações – violência por todo lado, tentações de todas as formas, drogas cada vez mais poderosas e devastadoras, corrupção que parece não ter fim nem endereço fixo. Mesmo num país que esbanja alegria, as doenças emocionais, a solidão, a tristeza e o pânico não poupam ninguém. Enfim não estamos isentos de aflições, como Jesus já nos alertava em João 16.33.

Todo ano comemoramos a Páscoa, relembramos os terríveis sofrimentos que Jesus encarnado vivenciou antes da grande vitória sobre a morte, ressuscitando com as chaves da morte e do céu, nos proporcionando de graça a possibilidade da vida eterna em glória (João 3.16). Além deste fato, em diversos momentos Jesus sofreu na terra com provações, tentações, dor, tristeza, e em João 11.35 lemos que Jesus chorou. Apesar de tudo, Jesus jamais cedeu às tentações, e suportou todas as aflições que Lhe foram destinadas.

Numa devocional em família, minha filha de 12 anos questionou sobre a obediência de Jesus no Getsêmani (Mateus 26.39) e na cruz (Mateus 27.46), pedindo que o Pai O poupasse daquele sofrimento. Minha resposta não foi convincente o suficiente sobre a obediência de Jesus e o que somente Ele tinha de passar. Nesta mesma noite, uma boa parte dela, passei gemendo com terríveis dores, que pareciam em certos momentos que iriam me tirar a razão. Havia sofrido um acidente há quase dois anos, minha sobrevivência foi um milagre de Deus, mas quebrei a perna esquerda em diversos pedaços. Ainda estou em processo de recuperação, por isso em certos momentos as dores dilacerantes me consomem. Então, durante nosso almoço no dia seguinte, Deus me permitiu explicar melhor o enorme, terrível sofrimento de Jesus como perfeito homem, e assim falar com mais propriedade à minha filha sobre o Seu enorme amor por nós.Mas por que Deus permite que soframos?

Recebi um livro de um amigo e irmão na fé, a quem eu havia confidenciado não entender os motivos de Deus sobre meus terríveis dias posteriores ao acidente, quando clamava dia e noite pela Sua resposta e pela compreensão dos motivos de tais sofrimentos, que atingiram a mim e aqueles ao meu redor. Deus simplesmente ficou mudo, me deixou no deserto, sem resposta. Para amenizar então, comecei a ler o livro que havia ganho, Jó, um homem de tolerância heroica. E percorri 420 páginas de sofrimento! O autor, Charles R. Swindoll, detalha os 42 capítulos do livro de Jó na Bíblia: Jó, um homem íntegro diante de Deus passou pelas piores provações imagináveis, pela permissão de Deus. Seus amigos duvidaram desta integridade e de sua inocência, acusando-o de ocultar algum pecado terrível, afirmando que a justiça divina simplesmente estava sendo feita na vida de Jó. Aliás, é bastante comum que aqueles que sofrem provações normalmente sofram também com o julgamento humano que somente vê parte, mas não o todo da obra de Deus (Isaías 55.8-9). Ao final desta história, vemos que Deus usou Jó para derrotar e humilhar o diabo mais uma vez, para repreender seus amigos, e para mostrar a Jó  – que já estava quase se “achando conhecedor das obras divinas” – Sua sabedoria e soberania sobre todas as coisas. Finalmente, Deus responde no tempo dEle, ensina e consola Jó após suas perdas, destruições, dores, sofrimentos, injustiças, humilhações e abandono. Jó então se arrepende de querer entender todos os propósitos de Deus, que novamente o abençoa grandemente, devolvendo-lhe tudo o que havia perdido em dobro e de sobra, agregando-lhe ainda maturidade espiritual.

Faz alguma diferença acharmos injustiça nos atos divinos? Não. Mesmo não entendendo, devemos aceitar que o Deus que é amor e justiça, sabe o que faz. Ele tem o controle de todas as coisas e nos ama de uma forma constrangedora (Romanos 8.31-39).  Podemos escolher sermos amargos e revoltados com Deus ou nos entregarmos para sermos polidos, moldados, lapidados e trabalhados para o próprio Senhor, para melhor refletirmos a Luz de Jesus, exclusivamente para a Sua glória. Na verdade, sofrer deve ser motivo de alegria, conforme Tiago nos afirma: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.” (Tiago 1.2-4). E como recompensa, ganhamos maturidade no caráter cristão (Romanos 5.3), que pode resultar na coroa da vida, se formos aprovados (Tiago 1.12). E mais, a maturidade nos proporciona sermos frutíferos, se ligados a videira que é Jesus (João. 15.5), sendo então, “cristãos sementeiras”.

Não existe uma fórmula para alcançar a perfeição espiritual, e devemos ser sabedores de que nunca atingiremos a maturidade completa aqui na terra, mas Deus nos deixou um paradigma, um exemplo, um foco, um alvo: Cristo Jesus, nosso Senhor. Paulo mesmo tinha plena consciência da condição humana comum a todos nós, quando escreveu em Filipenses 3.12-14: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Finalmente, diante de nossas provações diárias, ao passar por esta vida terrena na procura do consolo divino que nos trará maturidade cristã, com fé, podemos afirmar, assim como o apóstolo em Romanos 8.18: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” Amém. Aleluia!

 

NO ÚLTIMO MINUTO – Rev. Lúcio Pinheiro – 23/05/2013

Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. Salmos 37:5.

Faltava menos de uma semana para a data marcada para a grande programação do ano na ONG e Missão na qual eu trabalhava. Eram 8 anos de sucesso daqueles que vieram antes de mim, era a hora de mostrar que eu tinha capacidade e poderia fazer um programa tão bom quanto o que sempre havia sido feito.

Quase tudo planejado e pensado com antecedência, mas faltava o principal: o grande preletor, que ficaria ali na Missão por 5 dias junto com mais de 100 crianças, entregando a mensagem do Evangelho de Jesus.

Mas já havia esgotado toda a minha lista de contatos sem conseguir ninguém, por isso estava muito ansioso, e não podia compartilhar com a direção da entidade a minha intranquilidade, porque eles esperavam justamente que eu resolvesse esse problema. E os dias iam passando, e meu tempo se exaurindo.

Lembro muito bem de cada detalhe – era a noite anterior à apresentação do trabalho para a direção, e eu não tinha ninguém – e sozinho no meu quarto, com todas as minhas forças, em verdade e espírito, entreguei a situação totalmente nas mãos de Deus. Orei, e naquela hora senti a presença do Senhor me dando paz de espírito, então li a Bíblia, orei novamente e me permiti por alguns minutos ouvir a voz do Senhor dentro do meu coração. Foi nesse momento que ouvi-O dizendo que estava tudo resolvido, que no dia seguinte Ele me abriria as portas e mostraria quem seria a pessoa responsável por trazer a Sua mensagem.

Dormi tranquilo, nas nuvens, e acordei “procurando” a tal pessoa, tentando imaginar a forma como Deus iria me apresentar a tal pessoa antes da reunião.

Fui para o local do encontro meio desanimado, porque já se haviam passado algumas horas daquela manhã, e nada tinha acontecido. Encontrei com a direção, e “no último minuto do segundo tempo”, pouco antes de ser dado o início da reunião, a campainha toca, e vemos pela janela um Fiat Uno branco, com duas pessoas dentro. Nunca havíamos visto tal carro, e por achar que eram vendedores, minha vontade era que logo fossem dispensados. Fiquei aguardando os diretores atenderem o tal casal para podermos dar continuidade ao evento quando, para minha surpresa, fui chamado para ir até o encontro deles para conhecer aqueles dois que estavam agora dentro da ONG. Não precisei de um minuto na presença deles para perceber que Deus havia mandado aquele casal bater na minha porta. Ele era o tão esperado preletor, e ambos iriam trabalhar conosco por uma semana como voluntários, atendendo de forma missional aquelas crianças. Depois descobri que Deus havia planejado muito além do que esperávamos: eles ainda ensinaram e incentivaram as crianças e adolescentes para o trabalho de reciclagem e plantação de hortas orgânicas para ajudar o mundo e prover o sustento das famílias carentes com as quais trabalhávamos.

FOI IMPRESSIONANTE: PARTICIPEI DO MELHOR PROGRAMA E VIVI A MELHOR SEMANA DE TODOS OS TEMPOS! Nunca me esquecerei.

Desejo que você possa experimentar viver na dependência do Senhor todos os dias da sua vida. Ele é real e está vivo, e por isso pode te ajudar. Ore, confie, tenha esperança no Senhor, que tudo pode. Deus te abençoe.

 

FÉ E ESPERANÇA SOBRE RODASLeandro Marques – 11/07/2013

“Deus, se eu não posso morrer, então mostra-me como devo viver.” A oração, em tom de desespero, foi feita em 1967 por Joni Eareckson Tada, uma jovem americana então com 17 anos. Crente daquelas nominais, que achava fazer um favor a Deus por acreditar nEle, a garota acabara de ver interrompidos todos os sonhos e expectativas típicos da adolescência. Um mergulho mal calculado em águas rasas provocou uma dramática guinada em sua trajetória de vida. O clamor, feito depois que ela recebeu a dura notícia de que seu corpo estava definitivamente paralisado do pescoço para baixo, foi plenamente respondido – Joni não apenas aprendeu a viver com sua deficiência como fez dela a motivação para uma intensa atividade espiritual e social. Passados mais de 40 anos, ela está à frente da organização Joni and Friends (Joni e Amigos), que tem levado esperança e inspiração a pessoas com necessidades especiais em todo o mundo. Ao todo, a organização já distribuiu, gratuitamente, quase 50 mil cadeiras de rodas, além de aparelhos ortopédicos, próteses e medicamentos em dezenas de países – inclusive no Brasil, que a entidade visitará em setembro próximo.

Nascido em 1979, em Burbank, na Califórnia, o ministério Joni and Friends (JAF) tem a visão de promover e potencializar o trabalho cristão entre os portadores de deficiências físicas e seus familiares. O desafio consiste em empurrar as igrejas para além da apatia com a qual normalmente encaram tal responsabilidade, equipando-as para uma ação mais dinâmica e eficaz junto a um segmento historicamente negligenciado e cada vez mais numeroso. Estima-se que, só no Brasil, cerca de 18 milhões de pessoas convivem com alguma deficiência física, motora ou mental. “Nós queremos que a igreja de Jesus Cristo valorize as pessoas deficientes como membros mais fracos, merecedores de maior honra”, costuma dizer Joni, citando o texto de 1 Coríntios 12.22-23.

Buscando conscientizar as igrejas e simultaneamente atender às demandas espirituais e psicoafetivas deste segmento, JAF iniciou seu ministério promovendo pequenos retiros em parceria com igrejas que abraçaram a visão. Hoje, centenas de pessoas participam dos eventos promovidos pela entidade todos os anos. Os resultados destes encontros, testemunha Kim Shanower – há 17 anos com JAF e atual líder do ministério no Brasil – têm sido “a reinclusão dos deficientes e seus familiares na sociedade e a salvação de muitas, muitas almas”. A ponta de lança do ministério é o programa Wheels for the World (Rodas para o Mundo), que distribui gratuitamente cadeiras de rodas aos carentes. Boa parte delas são reformadas por detentos de 17 penitenciárias americanas, além de um batalhão de voluntários.

No Brasil, JAF já realizou duas distribuições em 2006 e 2007, contando sobretudo com a assistência de associações filantrópicas seculares, como o Rotary Club, uma vez que a maioria das igrejas ainda ignora a presença do ministério no Brasil. Kim Shanower, que juntamente com a missionária inglesa Gaynor Smith coordenou as duas distribuições ocorridas na sede do Clube Naval na cidade de Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, recorda o sucesso que foi a última edição do evento, em outubro do ano passado: “Nós pesquisamos as necessidades de vários centros de reabilitação nos arredores do Rio. E, com a ajuda do Rotary Club, distribuímos 200 cadeiras”, lembra. A próxima já está marcada para o dia 22 de setembro, no mesmo local.

Embora a participação evangélica nestas ocasiões ainda seja pouco expressiva, Kim acredita haver um crescente interesse pelo ministério de JAF. “Estamos começando a ver mais igrejas se unindo a nós e solicitando que realizemos workshops e seminários temáticos”, afirma. Além disso, diz ela, diversos grupos cristãos têm buscado treinamento e capacitação para trabalhar com pessoas portadoras de necessidades especiais.
Evidentemente, a história pessoal de Joni é a principal inspiração do ministério. Pouco depois do acidente, enfadada com as exaustivas sessões de fisioterapia, ela desenvolveu a notável habilidade de escrever e desenhar com o lápis entre os dentes. Logo começou a pintar quadros e uma de suas exposições, na cidade americana de Baltimore, foi mostrada pela TV local, A reportagem chamou a atenção dos produtores do programa The Today Show, da rede NBC. Joni foi convidada para uma entrevista com a célebre jornalista Barbara Walters. Transmitida ao vivo para todos os EUA, a conversa fez da moça uma celebridade.

Logo uma editora encomendou-lhe um livro. Assim nasceu Joni, an unforgettable story (Joni, uma história inesquecível), publicado em 1976 e que alcançou enorme sucesso editorial em todo o mundo, sendo lançado no Brasil pela Editora Vida. Pouco depois da publicação de sua autobiografia, a Associação Evangelística Billy Graham a convidou a participar da produção do longa-metragem Joni. Além de co-escrever o roteiro do filme, Joni atuou também como atriz no papel dela mesma. Dali para a frente, a americana, que parecia condenada a uma vida quase vegetativa, tornou-se uma artista, escritora, conferencista e radialista de sucesso. Seus livros, quadros e testemunho de fé inspirariam milhões de pessoas ao redor do globo e abriria portas inimagináveis para a comunicação do Evangelho.

O enorme crescimento de sua popularidade e as milhares de cartas que passou a receber de pessoas que encontraram no seu exemplo coragem para viver levaram Joni a finalmente compreender a passagem de Romanos 8.28: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”, como ela mesma declarou num artigo intitulado Rodas da Liberdade, publicado na revista Christianity Today: “Percebi que o conceito de ‘bem’ que Deus tinha para mim não incluía ficar em pé. As coisas que cooperavam para o meu bem diziam mais respeito a uma atitude de apreciação às pequenas coisas, como uma profunda gratidão pelas amizades, e um caráter que refletisse paciência, persistência e alegria que não dependem das circunstâncias. Minha cadeira de rodas é a prisão que Deus tem usado para libertar meu espírito”, escreveu. E, a julgar pelos resultados de seu ministério, para libertar também inúmeras outras vidas ao redor do mundo.

 

O DEUS EM QUEM CONFIO – Luiz A. de P. Lima Jr. – 12/08/2013

“Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o Senhor. “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos.” (Isaías 55:8-9)

 

O Deus da Bíblia

O Deus da Bíblia, aquele em quem confio, é infinito. Não é possível descobri-lo por minha própria intuição, dedução ou investigação. Só posso conhecê-lo porque ele tomou a iniciativa e voluntariamente se revelou a mim. Deus nunca é o objeto da revelação sem ser, ele próprio, o sujeito da revelação. Se seus pensamentos não tivessem sido revestidos de palavras, eles seriam absolutamente inacessíveis para mim. O que é maravilhoso é que, na revelação que Ele faz de si mesmo (pela Criação, pela sua Palavra e pelo Verbo), o Deus que não se pode possuir torna-se o meu maior tesouro, o Deus que não se pode domar, torna-se um servo para minha redenção, o Deus que está supremamente exaltado, faz de si mesmo, por amor, um “homem de dores e que sabe o que é padecer”. Porém, mesmo me amando com esta intensidade, Deus ainda permanece transcendente, incompreensível e oculto na sua essência. Ou seja, ainda permanecem mistérios que vão além da minha capacidade de compreender e que me colocam no meu lugar de criatura — pequeno e limitado. Os pensamentos de Deus são, de fato, infinitamente “mais altos” que os meus. É assim que sempre me sinto quando medito sobre a sua soberania e bondade.

O Deus da Bíblia é totalmente, absolutamente e radicalmente soberano. Não há nada que escape ao seu controle: dos eventos mais banais até os acontecimentos mais grandiosos. Nenhum pardal morre sem a sua permissão (Mt 10:29), é ele que faz brilhar o sol sobre todos, quem retém ou envia a chuva. É ele quem eleva e humilha, quem estabelece e depõe reis. Mas é ele também quem faz a contagem (regressiva!) de cada fio de cabelo da minha cabeça (Mt 10:30)! O Deus da Bíblia “está no céu e tudo faz como lhe agrada” (Sl 115:3), ele “opera todas as coisas conforme o conselho de sua vontade” (Ef 1:11). Ele é o Deu da formiga, assim como o Deus do sol, do elétron assim como o da Via Láctea.

Além disso, o Deus da Bíblia é totalmente, absolutamente e radicalmente bom. Ele não é nem minimamente cúmplice do mal, em nenhum nível, nem abriga em si a semente do mal. O louvor se deleita no fato de que “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” — esta é a afirmação clara e categórica do apóstolo João (1 Jo 1:5).

No entanto, ao passar pelo sofrimento (e todos nós, de tempos em tempos, somos chamados a isto), estas gloriosas verdades da soberania e bondade de Deus se tornam angustiantes e surge espontaneamente a pergunta no espírito humano: Será que o Deus soberano e bom realmente se importa comigo?

 

O Deus que Ouve

Tive a oportunidade de estudar na França durante alguns anos, e de fazer boas amizades por lá. Em particular, estive bastante envolvido com um grupo de estudantes universitários cristãos (ABU — Aliança Bíblica Universitária) na região de Paris e pude conviver com gente de diversos países.

Terminados meus estudos, ao retornar ao Brasil, tornei-me professor universitário e, retornei algumas vezes à França para ministrar cursos. Em uma destas idas, em janeiro de 2006, tive que fazer uma escala de várias horas em Paris antes de prosseguir viagem. Com aquela perspectiva de longas horas de espera, desembarquei pedindo a Deus que me desse a chance de me encontrar com algum dos meus antigos amigos no aeroporto para que o tempo passasse mais rápido e para ter notícias deles, afinal já fazia 8 anos que eu havia deixado aquele país. E disse ainda a Deus, que se eu pudesse escolher, gostaria de me encontrar com uma amiga em particular. Pois bem, aquele era um domingo chuvoso de inverno e o aeroporto de Paris estava lotado. Saí então andando pelos corredores e saguões atento para ver se via algum rosto familiar. Andei por volta de uma hora, mas como eu estava cansado e não encontrava ninguém, decidi comprar um livro e achar um canto qualquer para me assentar e esperar a hora do meu próximo voo. Na procura de um lugar, fiquei pensando na minha oração, e envergonhado dela, até pedi perdão a Deus dizendo: “Pai, o Senhor não precisa atender a este capricho meu. Há tantas coisas importantes para orar e eu aqui pedindo algo tão banal e egoísta…” Não foi fácil achar uma cadeira vaga, mas finalmente encontrei duas em um cantinho escondido do aeroporto. Sentei-me, coloquei minha mochila na cadeira vazia ao lado e comecei a ler meu livro. Depois de alguns minutos, notei que uma senhora vinha em minha direção e já fui tirando a mochila, pois sabia que ela devia também estar procurando um lugar para se sentar. Qual não foi minha surpresa ao perceber que atrás dela vinham a minha amiga, com a sua filhinha de colo e seu marido! A senhora que se assentou ao meu lado, era a sogra da minha amiga que estava de partida para o seu país de origem. Nos abraçamos, foram feitas as devidas apresentações e ficamos ali conversando por um bom tempo. Confesso que esta experiência me impactou muito. Não porque não cria em um Deus que ouve e responde afirmativamente as minhas orações, mas porque estava surpreso que ele me respondesse aquela oração.

2006 foi também o ano em que meu pai faleceu, alguns meses deste episódio no aeroporto, depois de alguns anos lutando contra uma doença degenerativa. Assim, aquele foi para mim um período difícil em que eu estava orando de forma insistente (e angustiada) pela sua recuperação e Deus me parecia frequentemente tão distante, tão indiferente. Onde estava aquele Deus soberano e bom em quem confio? O Deus que intervém por ser misericordioso?

Pois aquela experiência no aeroporto me fez entender que, se Deus ouvia até as minhas orações mais banais, quanto mais ele estava ouvindo aquelas que de fato eram importantes para mim. Percebi que aquilo que me roubava verdadeiramente a paz nos momentos difíceis, não era a circunstância adversa em si, mas da sensação de que Deus não se importava. E agora, textos bíblicos como Hb 13:5 (“nunca te deixarei, nunca te abandonarei”), Rm 8:35 (“quem nos separará do amor de Cristo?”), 2 Co 1:3-4 (“Deus de toda consolação que nos consola em todas as nossas tribulações”) e tantos outros se tornaram tão claros para mim! Eu compreendi que Deus me ouvia, e se importava, e isto me bastava. Isto era suficiente mesmo se a sua resposta à minha oração fosse, como de fato foi, um dolorido “não”.

De repente, eu sentia que podia dizer como o profeta: “Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. O Senhor, o Soberano, é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; faz-me andar em lugares altos.” (Hc 3:17-19) O justo deve viver pela sua fé.

 

O Deus em quem Confio

Deus é soberano e bom. Não entendo muitas das coisas que ele permite que aconteçam. Seus pensamentos são mais altos que os meus. Mas uma coisa eu sei: ele não está indiferente à minha dor. Ele sabe o que é padecer. Ele me trata como filho. Não me dá pedra quando lhe peço pão. E só é possível conhecer o Deus de toda consolação ao passarmos pela dor. Assim, eu aprendo a confiar no seu amor vivendo com temor na sua presença. Aprendo que a vida não é um problema a ser resolvido, mas um mistério a ser vivido. Aprendo que a oração não oferece garantia de imunidade ao sofrimento, mas apenas a promessa certeira de que não preciso viver este mistério sozinho.

 

CAMINHOS DO SENHORDiná Daudt da Costa – 11/09/2013

Os caminhos do Senhor são surpreendentes: Por ocasião de meu batismo meus pais me consagraram ao serviço do Senhor através da música. Só vim a saber disto muito tempo depois, já adulta e casada!

Comecei a cantar no coral da minha igreja, em Londrina, quando tinha doze anos. Gostei muito disso. Quando tinha catorze anos, por ocasião do “dia da mães”, arrebanhei umas crianças da igreja e ensaiamos alguns hinos para homenagear nossas mães na Escola Dominical. Neste dia a regente do nosso coral foi para São Paulo visitar sua mãe e deixou-me a incumbência de regê-lo no culto da noite. Imagine a responsabilidade!

Gostei da experiência. A partir dai fui fazer curso de regência no J.M.C. em Jandira – S.P. Tive a oportunidade de fundar o Coral da Vila Nova (1959) e Vila Judite (1962) em Londrina e depois assumi o coral da Central até 1971 quando mudamos para Curitiba. Já se vão 54 anos de trabalho com a música a serviço do Mestre. Até quando Ele quiser eu respondo “eis-me aqui, usa-me conforme Tua vontade.”

 

ACASOS NÃO HAVERÁJoel Pugsley – 11/10/2013

Os assuntos do Reino de Deus sempre são surpreendentes. Narro uma experiência que nos  marcou profundamente. Trata-se de fato ocorrido em 1984.

A filha Maristela durante cerca de três anos morou nos USA onde estudou a língua e quando da sua volta ao Brasil, no referido ano, Ignez e eu fomos buscá-la e aproveitamos a oportunidade para conhecer um pouco daquele país do Norte.

Maristela morou em cidade na Califórnia, demos uma esticada até Nova York e outras.

O surpreendente aconteceu  na referida grande  cidade (“Topo do mundo”) expressão do falecido jornalista Paulo Francis.

Antes dessa viagem residimos na cidade de Umuarama-Pr onde trabalhamos e mantivemos excelentes relações e cooperação também com a Igreja Presbiteriana Independente (IPI) gozando de amizade fraterna com um dos pastores, dentre outros também muito queridos, daquela igreja irmã.

Porém no passar do tempo o pastor que exercia o ministério à época, mudou-se de Umuarama a São Paulo e nós a Curitiba.

Assim nos desligamos sem mais manter relacionamento pessoal. Notícias só por meio de terceiros ou pela imprensa evangélica durante perto de cinco anos. Aquele pastor assumiu a presidência do então Supremo Concílio da sua denominação.

Chegando a NY, como é comum, sem compromisso fomos dar um giro a pé por algumas vias mais próximas. Mas qual não foi nossa surpresa e espanto ao nos depararmos com o pastor conhecido, distante há anos e que como nós naquela ocasião caminhava. Dispensável dizer da alegria de tal surpresa em cidade tão grande e também pelo fato da ausência de contatos por alguns anos.

Seguiram-se os cumprimentos, abraços e as razões de estarmos todos em NY. O pastor informou- nos da situação embaraçosa por ele enfrentada, pois tinha por objetivo nos USA um encontro agendado para o dia seguinte com o Reitor da Universidade de Princeton em New Jersey, mas como não falasse em Inglês tratou com um intérprete do México, por onde havia estado, encontrarem-se em NY para a entrevista na referida Universidade. A pessoa, no entanto, por motivos desconhecidos deixou de comparecer.

Intencionava o pastor a serviço da IPI e seu ensino teológico, tratar da possibilidade de intercambio de professores de Princeton e do seminário no Brasil, porém naquela circunstância havia o obstáculo da comunicação, diante do imprevisto surgido.

A Maristela concluíra um curso de Inglês em San Anselmo na Califórnia e estava em condições de atendê-lo naquela emergência. Marcamos para a manhã do dia seguinte a ida até a Princeton University onde o pastor pode cumprir a agenda realizando a entrevista e nós, sem qualquer pretensão, tivemos o privilégio de servir em ocasião de imenso significado. Ainda em acréscimo conhecemos a famosa Universidade e foi-nos concedida a oportunidade de assistir ao encontro  entre pessoas qualificadas sob todos os aspectos, evento não programado no roteiro do passeio.

Depois do inesperado acontecimento, tivemos  outro contato pessoal em Curitiba com o presidente do Concílio da IPI, quando ainda surpresos recordamos a benção da providência divina em uma rua de NY cujo desfecho resultou em feliz solução.

Pergunta-se: Coincidência? Acaso? Entendemos tratar-se de evidente orientação de Deus. Vejamos alguns versos do Hino 163 – “Novo Cântico” Direção Divina:

As tuas mãos dirigem meu destino!

Ó Deus de amor, que seja sempre assim!

Teus são os meus poderes, minha vida;

Em tudo, eterno Pai, dispõe de mim …

As tuas mãos dirigem meu destino,

Acasos para mim não haverá …

 

O EXEMPLO DE VIDA DE JESSICA COX – Jackson Ângelo – 20/11/2013

Jessica Cox entrou para a História como a primeira pessoa sem braços que conseguiu permissão para pilotar avião. E com méritos. Nascida sem os braços por conta de um defeito genético, a americana Jessica Cox vem ganhando popularidade nos Estados Unidos como exemplo de superação ao se tornar a primeira pessoa a dirigir um avião somente com os pés e conseguir uma licença de piloto de avião esportivo.
Aos 25 anos e formada em psicologia, Jessica trabalha com palestras motivacionais, nas quais sua história é contada como forma de incentivar a superação de obstáculos. A aparente limitação física não a impede de levar uma vida normal.

Desde a infância, Jessica aprendeu a usar os pés para realizar tarefas do dia a dia como escovar o cabelo, usar o computador, colocar lentes de contato, preparar uma refeição ou falar ao telefone. Jessica também aprendeu a dirigir usando os pés e conseguiu uma carteira de motorista sem restrições, usando um carro comum, sem adaptações.

Desde a primeira infância suas pernas serviram-lhe de mãos. Como todas as crianças, ela passou por várias fases de desenvolvimento. Ela aprendeu a comer sozinha, escrever, tudo através das pernas. Ao longo da infância, ela participou de várias atividades como: natação, ginástica, dança. Jessica começou a praticar taekwon-do quando tinha 10 anos e aos 14 ela já receberia uma faixa preta.

Através das pernas ela imprime uma média de 25 palavras por minuto. Ela faz coisas que uma pessoa naturalmente “normal” não consegue fazer. Pessoas assim nos ajudam a tornar a refletir sobre nosso posicionamento diante dos problemas e limitações, de tal modo que possamos afastar os flagelos do derrotismo, das constantes lamentações e do negativismo e aprender a ter atitudes e pensamentos mais construtivos e positivos. Jessica usa lentes quando quer, ela mesmo coloca e retira.

Como vale a pena conhecer histórias assim e refletirmos sobre o poder de Deus agindo na vida das pessoas deficientes e de pessoas normais, e mesmo assim somos ingratos a tudo o que nosso Deus tem nos dado de maravilhoso.
Que saibamos agradecer os dons que temos e tudo o que de graça recebemos, pois o Senhor se alegra quando agradecemos. Porque não começar hoje?

Fonte: blog de Jackson Ângelo

 

ESPERANDO 20 ANOS PARA SER EVANGELIZADO – BP NEWS – 23/12/2013

Ray Aker não podia acreditar no que ouvia. Nativo do Estado de Oklahoma, nos EUA, ele passou dois anos compartilhando Jesus em uma área rural da China, sem ver uma única salvação. Então um dia Deus levou Aker e uma pequena equipe de voluntários a um homem chamado Salomão, que vivia com sua família em um barraco de chão batido, em uma aldeia isolada nas montanhas. Aker proclamou o Evangelho da salvação a ele, e Salomão creu imediatamente.

Mas foi o que Salomão disse depois foi inesquecível para Aker: “Há vinte anos senti no meu coração que havia um Deus acima de tudo, mas não sabia nada sobre Ele. Então orava todos os dias pedindo que Ele mandasse alguém para me dizer quem Ele era. E hoje Deus respondeu a minha oração”.

Aker afirma que essa foi a experiência mais marcante com Deus que já teve no campo missionário, e confessa: “Não fiz nada de especial, foi Deus quem determinou o momento certo”.

Imediatamente Salomão começou a falar aos outros habitantes da aldeia sobre um Deus único e verdadeiro, e rapidamente levou seis moradores a Cristo, incluindo sua esposa e as duas filhas.

O pajé local tomou conhecimento e ameaçou publicamente que, se não parassem de falar do amor de Deus, seriam amaldiçoados e morreriam em três dias. Salomão recusou-se a ficar em silêncio, e no quarto dia, quando os moradores viram que ele ainda estava vivo, ficaram atônitos!

Salomão então proclamou Jesus para toda a aldeia, e em um único dia, mais de 80 pessoas se renderam a Cristo. “Essas pessoas vivem com medo de espíritos malignos. Tudo o que eles fazem, seja a direção de sua própria vida, o momento certo para casar e o que comer, tudo é baseado na tentativa de acalmar os espíritos malignos, mas Salomão não teve medo de morrer porque confiou em Deus“, disse ele.

Quatro anos depois Deus prosseguia em Sua obra salvífica, e continuava usando a influência de Salomão para trazer mais de 400 pessoas a Cristo em três aldeias vizinhas, chegando à quarta povoação. Três igrejas já foram plantadas, e Aker revela: “Eu e minha equipe jamais conseguiríamos evangelizar todas as 147 aldeias da região em cinco meses, que era o tempo de que dispúnhamos, por isso precisamos treinar os recém-convertidos para alcançar aqueles que vivem onde não pudemos chegar”.

 

DESENGANADO PELO HOMEM, MAS RESGATADO POR JESUSRogério Rodrigues 31/07/2014

A paz do Senhor a todos que tiverem a oportunidade de ler este testemunho , pois talvez entendam o propósito de Deus nas suas vidas, e se você não conhece a Palavra, quem sabe fique ao menos um pouquinho curioso.
O que contarei a seguir aconteceu comigo e me marcou para o resto desta vida aqui na terra. Eu me chamo Rogério, tenho 49 anos, sou casado e tenho dois filhos lindos e uma esposa maravilhosa, que me apoiou e me ajudou neste período de grande tribulação que envolveu toda a família.

Há sete anos atrás me vi diante de um problema de saúde tão sério que chegou a abalar a minha fé, e me colocou literalmente nas mãos de Deus. Trabalhava na Telefônica em São Paulo, quando comecei a perceber que estava ouvindo pouco pelo ouvido esquerdo, principalmente quando atendia ao telefone. Comentei com uma colega de serviço, que ligou para um especialista e agendou uma consulta, no entanto eu relutei em ir, pois odiava médicos e hospitais, mas acabei indo, muito a contragosto. O médico me examinou, e percebendo alguma coisa estranha no meu ouvido esquerdo, solicitou uma ressonância magnética, e com o resultado em mãos voltei com minha esposa ao consultório. Daquele dia em diante minha vida tomaria um rumo totalmente inesperado, pois até então era uma pessoa saudável que sonhava e fazia planos, mas naquele dia descobri que tinha três tumores na cabeça, e um deles já havia extinguido minha audição pelo ouvido esquerdo, e nada mais poderia ser feito para recuperá-la. E o pior é que outro tumor de bom tamanho, também do lado esquerdo, estava alojado abaixo do cerebelo, e o médico disse que o acesso para retirá-lo era praticamente impossível, e que por isso eu não teria muito tempo de vida.

Mas sentia que Deus ainda não havia determinado o fim dos meus dias aqui na terra, e com esta esperança no coração, procurei ouvir a opinião de outros especialistas, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, onde morava, e um deles, ao olhar os exames de imagem me disse: “Você sabe que tem câncer, que é impossível operar, e que por isso vai morrer?”. Saímos do consultório, eu e minha esposa, sentamos no meio-fio e choramos muito, pois parecia que minha morte já estava determinada pelo mundo. O que eles não sabiam é que nós servíamos ao Deus Vivo que tudo pode, e que tem a chave da vida e da morte. Mas confesso que houve momentos em que até duvidamos disso, e passei a me preparar para morte.

Certo dia contamos toda a historia a nosso pastor, que colocou outro pastor à nossa disposição para nos acompanhar à capital e consultar com outros médicos que, quem sabe mais capacitados, nos acenassem com uma solução. Fomos à capital consultar com o melhor especialista na área, e que atendia pelo meu plano de saúde, na época a Intermédica, mas quando ele viu os exames balançou a cabeça e disse que não tinha capacidade para uma cirurgia de tamanho risco. No entanto ele conhecia um médico especializado em cirurgia de cabeça e pescoço que seria o único médico em São Paulo capaz de realizar tamanha cirurgia, mas que não atendia por convênio médico, e que me adiantou que o valor da cirurgia estaria em torno de 100 mil reais! Ouvindo aquilo fiquei revoltado, e lhe disse que mesmo que vendesse tudo o que tinha, não conseguiria reunir a metade daquele valor. Então, tendo ao lado minha esposa e o pastor que haviam me acompanhado, pedi para voltar para casa, onde iria aguardar a morte chegar, pois via que nada mais poderia ser feito.

Mas quando esgotamos todas as nossas possibilidades humanas Deus opera, e naquele momento meu pastor teve a ideia de irmos à Central da Intermédica em São Paulo, pois eles teriam que dar uma solução para o problema, e mesmo sem acreditar que fosse possível, acabei aceitando, e lá fomos nós. Ao chegar na empresa, fomos falar com o Diretor Geral de Internação, que descobrimos ser a única pessoa que poderia fazer algo a meu favor, e ao sermos atendidos por ele, Deus começou a mudar minha história. Ao analisar os exames e constatar a gravidade do caso, o diretor nos surpreendeu dizendo que existem situações na vida da gente em que o homem é limitado, mas que existe alguém maior, que tudo pode, e que eu deveria ter fé, porque Deus não iria me desamparar!

Fiquei chocado, pois estava preparado para ouvir más noticias, que é o que normalmente acontece em circunstâncias como essas, mas aquele médico me falou de Jesus, e ali senti que não estava só.  Após alguns minutos de conversa com aquele médico que descobrimos ser também cristão, ouvi a promessa que daquele dia em diante ele se colocaria na frente da minha luta, usando todas as armas possíveis para que eu fosse curado! E assim aconteceu. Aquele irmão abençoado moveu céu s e terra em meu favor, o que possibilitou que eu fosse examinado por mais doze especialistas em São Paulo no período de mais de 14 meses, mas o diagnóstico era sempre o mesmo: nenhum deles me operaria, pois seria uma cirurgia de alto risco. O tempo se esgotava para mim, quando o médico-irmão me pediu para fazer uma avaliação no Hospital do Câncer, dizendo que o laudo seria determinante para o meu futuro , e assim foi feito.

Então, após quase dois anos de consultas e desenganos, finalmente uma junta médica do Hospital disse que o meu caso era operável, mas que apenas ali, com seu quadro de especialistas seria possível realizar a cirurgia, mas que a entidade não era conveniada com a Intermédica.  De posse do laudo, voltei ao irmão médico, que me disse que iria levá-lo à reunião da Diretoria da Intermédica, e ver o que poderia ser feito. De alguma forma eu sabia que Deus já estava agindo, e que em breve a luta cessaria. Após alguns dias fui chamado a me reunir com o médico, pois ele já tinha uma resposta definitiva. Convidei mais uma vez o pastor para nos acompanhar naquele encontro que seria, de uma forma ou de outra, o fim da minha peregrinação, e quando chegamos ao consultório fomos surpreendidos novamente : a direção da Intermédica não havia concordado que a cirurgia fosse feita no Hospital do Câncer, determinando que fosse feita no próprio hospital da rede da Intermédica, e que eles contratariam aquele médico que no começo havia me pedido 100 mil reais pela cirurgia; que daquele dia em diante custeariam tudo o que fosse necessário, bem como o acompanhamento pós-cirúrgico, ambulâncias UTI, qualquer exame que se fizesse necessário, e então eu, minha esposa e o pastor choramos de alegria, pois Deus havia nos abençoado. No entanto a jornada ainda levaria alguns meses até o dia da cirurgia, e foram tantos os exames que eu não saberia enumerá-los ou descrevê-los.

No primeiro contato com o cirurgião, ficou muito clara a gravidade da minha situação, pois ele descreveu o meu caso como se eu tivesse ganho sozinho na Mega Sena, mas ao contrário, tamanho o nível de dificuldade da cirurgia, me falando então dos riscos e das sequelas permanentes com que eu ficaria. Irmãos, como foi duro ouvir tudo aquilo! Mas eu estava nas mãos de Deus e do melhor especialista, numa cirurgia que contaria com uma equipe multidisciplinar se revezando ao longo de 22 horas, mas mesmo assim havia risco de morte. Ele dava como certa a paralisia facial do lado esquerdo , a surdez total do ouvido esquerdo, uma possível paralisia total do lado esquerdo do corpo e labirintite aguda pela falta do ouvido esquerdo. Isso se corresse tudo bem, e eu tive que assinar um termo de responsabilidade dizendo estar ciente. Perguntei então quanto tempo de vida eu teria se não fizesse a cirurgia, e a resposta foi  um ano e seis meses, pois embora os tumores não fossem malignos, estavam crescendo rapidamente e logo afetariam áreas do cérebro que controlam a visão, a fala e a coordenação motora.  Naquele momento orei a Deus e fiz um último pedido ao cirurgião: passar o Natal e Ano Novo com minha família, pois talvez nunca mais eu tivesse a chance de fazê-lo. Ele concordou e marcou a cirurgia para 6 de janeiro de 2008. Irmãos, imaginem como foi difícil esse período na vida da minha família: meu filho mais velho se casaria em março do ano seguinte e talvez eu não estivesse lá, mas Deus, em Sua infinita misericórdia, cuidou de mim e de toda a família.

Finalmente era chegada a hora mais difícil pela qual já havia passado, e ali estava com minha amada esposa , minutos antes da cirurgia começar. Oramos a Deus e nos despedimos, mas não era um adeus e sim um até breve, pois dias antes da cirurgia, na minha despedida na igreja onde congregava, Deus usou um pastor que não me conhecia e nem o meu problema, e ele saiu do púlpito e veio até mim no banco, dizendo que Deus fechava a porta da morte naquela noite. Então, irmãos, fui para a cirurgia sabendo que não iria morrer, pois Deus tinha falado e eu tomei posse da benção. Muitos podem questionar: não seria mais fácil ser poupado de tanto sofrimento, já que Deus não permitiria minha morte naquela situação? Eu apenas digo o que o meu pastor leu para mim: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam”.

Quem sou eu para questionar a Deus? Tudo na nossa vida tem um propósito, naquela época eu tinha apenas 42 anos, e só pela misericórdia de Deus ainda estou aqui. Tive medo, sim, como ainda tenho, quando lembro de tudo pelo que passei, mas muitos de nós somos teimosos, de corações duros, mesmo dentro da igreja, e às vezes necessitamos de uma chacoalhada, precisamos que um vento mais forte sopre nas nossas vidas, para entendermos o grande amor de Deus por nós.

A cirurgia demorou 23 horas, tive duas paradas cardíacas neste tempo, mas para glória de Deus, ainda estou aqui. Ficaram algumas sequelas: paralisia facial, surdez total do ouvido esquerdo, labirintite aguda; mas Deus me livrou de todas as outras consequências que o médico temia, e hoje eu ando, enxergo, falo, escuto com o ouvido que Deus me deu, e sou feliz, levando uma vida quase normal. Só sinto falta de trabalhar, mas Deus tem sido comigo e com minha família todos os dias, e espero que com este testemunho eu possa te ajudar meu irmão, você que é perfeito, mas acha que sempre falta alguma coisa para ser feliz. Seja feliz por estar respirando, pelo sol que nasce todos os dias e pela misericórdia de Deus na sua vida. E lembre-se:

Os homens podem nos desenganar, mas Deus jamais nos engana!

 

CIRURGIA ABENÇOADA Vilceia Targine Pinto 03/10/2014.

“Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio do nosso Senhor Jesus Cristo.“ 1 Coríntios 15.57

O primeiro sinal de que eu enfrentaria uma grande batalha pela minha saúde aconteceu em maio de 2014, quando fui acometida de uma hemorragia gástrica que me colocou três dias numa UTI. Mas apesar de surpresa e um pouco assustada, procurei manter a calma e a confiança nas pessoas que cuidavam de mim. Afinal, Deus estava no controle de tudo, porque se Ele me colocou ali, é porque tinha um plano para a minha vida, e Seus planos jamais são frustrados. Ali permaneci, confiante no Senhor, olhando sempre para o alto e ao meu redor, e assim pude observar todo a atividade da UTI, pensando o quanto aquela  equipe de saúde carecia das nossas orações. Foi por esta causa que me pus a orar, para que Deus operasse não somente nos pacientes, mas naquelas pessoas tão dedicadas, e como sempre levo comigo um caderno de pedidos de oração, passei a perguntar a cada um se gostaria de colocar sua petição ali.

No domingo de Páscoa, já no quarto, resolvi  oferecer um mimo às pessoas que naquele dia trabalhavam, então eu e minha irmã organizamos um cantinho com um bombom e uma mensagem para cada pessoa que ali adentrava, e todas saiam alegres e sorridentes por saberem que estavam orando por elas..

Após receber alta e realizar alguns exames complementares, ficou constado que eu precisaria passar por uma cirurgia de urgência, já que a tomografia apresentava  a existência de um tumor gastrointestinal que deveria ser retirado no máximo em duas semanas, devido ao tamanho e a difícil localização. Inacreditável, porque eu não sentia nenhuma dor, apenas cansaço.

Pude então comprovar como Deus é maravilhoso e jamais abandona os Seus! Recebi da minha família de sangue e da família da fé todo o apoio, carinho e amor durante todo esse período de preparação. Louvo aqui a Deus pela vida do Dr. Ronald Kool, médico cirurgião, servo de Deus dedicado, excelente profissional que estudou todos os exames com a equipe de cirurgiões do Hospital Erasto Gaertner de Curitiba, que é referência no Brasil no tratamento de câncer. Dr. Ronald foi o intermediário entre a equipe médica e a minha família, e como mais que um irmão, orientou e explicou todos os passos, dificuldades e riscos que eu correria na cirurgia. Foi igualmente fundamental o apoio recebido dos pastores da minha igreja, que me visitaram e convocaram toda a igreja a orar por mim. Também muitas pessoas de diferentes Igrejas, através dos pedidos de irmãos e de amigos de várias cidades, e até de outros países, passaram a orar por mim. Nunca teria imaginado ser tão querida por tantas pessoas, e isto me trouxe paz e me permitiu caminhar firme e confiante de todos os tipos de dificuldade seriam superados. E eu sentia a presença de Deus a cada instante, através das atitudes de carinho e de amor de muitas pessoas que preparavam caldos de carnes, frangos e quireras, trazendo frutas e verduras, bolachas, e doando suplementos alimentares para me fortalecer fisicamente. Outras ainda, colocando-se à minha disposição para me levar ao médico e ao  supermercado, ou mesmo se dispondo a me fazer companhia em casa, telefonando, trazendo um livro, enviando mensagens de conforto.

Tudo isso me fez pensar em como Deus é bom, e como é importante essa comunhão com os irmãos, sempre atentos às necessidades do próximo. Fui abençoada até pelo acolhimento dado aos meus familiares que vieram do Rio de Janeiro, que receberam o cobertores e um apartamento acomodá-los nos dias frios de Curitiba, o que me fez sentir abraçada e acalentada por todos!

Quando comentei  com um dos médicos da equipe que quem iria me operar era o médico dos médicos, JESUS, e que eles seriam apenas instrumentos nas mãos de Deus, ele sorriu e disse que era muito  importante saber  que a pessoa a ser operada estava com toda essa fé e confiança.

Hoje posso dizer que fui muito abençoada antes, durante e depois da minha cirurgia, pois com todo o clamor desse exército de intercessores  fiéis a meu favor, Deus  se agradou, respondendo a todas as orações, e esta por certo é a razão da minha recuperação, que me permitiu testemunhar sobre o Seu poder. Deus é o mesmo ontem, hoje e será eternamente, e foi através da leitura da Palavra em 2 Crônicas 20.15 que  Deus me falava: “Não temais  e nem vos assusteis (…) pois a peleja não é vossa, mas de Deus”.

Então eu podia afirmar confiante à minha família que estava preparada para o que desse e viesse, tendo entregue aquela cirurgia nas mãos dEle, e isso nos trouxe muita paz.  A cirurgia foi marcada para o dia 3 de junho, mas por falta de vaga na UTI foi adiada para a semana seguinte, e eu continuava confiando que “Há tempo para tudo debaixo do céu…”, pois o tempo de Deus, que sabe de todas as coisas, não é o nosso.

A cirurgia durou cinco horas, com a retirada do esôfago e de 1/3 do estômago para reconstruir o esôfago, além da extirpação de 24  linfonodos, apenas um maligno, mas sem metástase, e os demais  benignos. Glória a Deus por isso! Correu tudo bem, permaneci três dias na UTI, logo após fui para o quarto, e os médicos ficaram satisfeitos  com a minha recuperação, pois em momento algum eu senti dor, apenas um desconforto para dormir devido aos pontos que recebi na altura do estômago e no tórax .

Foram dez dias de permanência no hospital até receber alta. Hoje, três meses depois, estou completamente recuperada, me alimentando normalmente, e posso assim dizer que passei pelo vale da sombra da morte sem perceber a dimensão do risco de vida que corria, porque Deus estava sempre comigo, e isto é maravilhoso!

Para completar a benção, fui mais uma vez agraciada por Deus, agora recebendo gratuitamente o tratamento de quimioterapia. Toda a Honra e toda a Gloria sejam dadas a Ele!

 

O TESTEMUNHO DE FÉ DE GEORGE MÜLLER – Cesário C. N. Pinto – 12/04/2016

Deus frequentemente escolhe homens comuns, homens que costumavam zombar da fé ou homens que exigiram muita paciência por sua relutância em voltar-se para Deus e obedecer a Seu chamado. George Muller foi um destes.

Nascido em 1805 na Prússia (parte da Polônia atualmente), quando jovem costumava roubar e mentir, segundo ele mesmo quase não houve pecado no qual ele não tivesse caído.

Aos 20 anos de idade, tornou-se cristão depois de visitar uma pequena reunião em uma casa. Sua conversão foi dramática e ele abandonou de vez seus hábitos pecaminosos. Em 1829 foi a Londres para fazer um treinamento na Sociedade Londrina para a Promoção do Cristianismo entre os Judeus (hoje conhecida como Church Mission to the Jews).

Um dos muitos aspectos fascinantes da vida de George Muller é que ela ilustra com muita simplicidade o poder de Deus.

George Muller recebeu aproximadamente R$ 395.250.000,00 em resposta a orações sem jamais ter pedido ofertas. Se isto tivesse ocorrido há dois ou três mil anos, os céticos iriam sem dúvida questionar a autenticidade deste fato. Como ocorreu no final do século dezenove, com registros modernos e evidência factual, tais fatos não podem ser negados.

O aspecto mais significante dos 93 anos de vida de George Müller na terra foi sua obediência absoluta à vontade de Deus. O fato de o Espírito de Deus ter transformado um jovem rebelde e pecaminoso em tal homem de Deus certamente nos renova a esperança.

Em 1830 ele casou-se com Mary Grooves, que se tornou uma verdadeira companheira e sustentáculo nos anos seguintes.

Em 1834 ele fundou o Instituto de Conhecimentos das Escrituras, que existe até hoje, sempre respeitando o princípio que ele mesmo impôs de nunca depender de patrocínios, nunca fazer apelos por ofertas e nunca contrair dívidas. Deus sempre proveu os recursos para todas as necessidades conforme Ele mesmo promete em Filipenses 4.19.

Ele também orava diariamente pela conversão de pessoas; e orou durante cinqüenta anos por algumas pessoas, mostrando sua fé e confiança em Deus. Todas as suas orações eram registradas em livros, com a data do começo da petição, o pedido a Deus, a data da resposta e como Deus respondeu.

Existe o registro de cerca de 50 mil orações de George Müller respondidas por Deus.

Como a epidemia de cólera aumentou dramaticamente o número de órfãos naqueles dias, em 1835 Müller sentiu o chamamento de Deus para abrir um orfanato totalmente pela fé, pois não tinha recursos financeiros para isto.

Em 1870 já eram cinco orfanatos com mais de 2.000 crianças.

São muitas as histórias marcantes de respostas à oração. Uma delas sucedeu quando ao levantarem pela manhã, não haver nenhum pedaço de pão para as crianças, Müller ordenou que mesmo assim as crianças dessem graças a Deus pelo alimento e ficassem esperando.

Minutos depois um carroceiro bateu à porta, dizendo que sua carroça havia quebrado ali na frente e se queriam ficar com o carregamento de pães que estava levando para outros lugares. Assim as crianças e os demais irmãos glorificaram o Senhor por mais um de seus extraordinários feitos. Toda a vida e obra de Müller atestam a fidelidade e a graça provedora de Deus.

George Müller era um homem comum, mas sua fé inegável e confiança total em Deus e seu amor a Ele têm o mesmo impacto no mundo hoje do que quando ele morreu em 1898.

Sua vida continua sendo uma inspiração para todos aqueles que entregaram sua vida para Deus. E para todos nós continua sendo mais uma daquelas “vidas que marcaram…”.

Ele foi além da maioria deles em sua política quanto ao dinheiro. Por exemplo: ele não aceitava ofertas quando saia para pregar, temendo dar a impressão que pregava por dinheiro. Quando ele rejeitava as ofertas, as pessoas algumas vezes queriam pô-las a força dentro do seu bolso, então ele fugia. Um homem “lutou” com Müller até que ele aceitasse o dinheiro que o mesmo queria lhe dar!

Durante seus primeiros anos, Müller começou a desenvolver convicções sobre oração e fé, que proporcionaram a base para poderosas demonstrações da provisão de Deus. Além de pedir a Deus por comida e fundos pessoais, ele freqüentemente orava com crentes enfermos até ficarem curados. Um biógrafo observa que “quase sempre suas orações eram respondidas, mas em algumas ocasiões não eram”. Nesses casos, Müller continuava orando sobre estes assuntos ou pessoas, por anos.

 

Grandes Sonhos, Grandes Resultados

Além de trabalhar com Henry Graik na capela Bethesda, uma moderna igreja situada no coração de Bristol, Müller começou a sentir preocupação pelas massas de crianças órfãs, abandonadas, que estavam em toda parte, na Inglaterra do século 19. Em 1834, com Craik, ele fundou a “Scriptural Knowledge Institution for Home and Abroad” – SKI (“Instituição do Conhecimento Bíblico para a Pátria e Estrangeiro”), que continua até hoje. Seus objetivos eram: 1) estabelecer Escolas diárias, Escolas dominicais e Escolas para adultos onde as Escrituras fossem ensinadas; 2) distribuir Bíblias; 3) ajudar o serviço missionário.

Durante a vida de Muller, o SKI proporcionou educação para muitos milhares de crianças e adultos, que de outro modo não poderiam ter ido à escola. Distribuiu milhares de Novos Testamentos, Bíblias e folhetos evangelísticos a preços reduzidos, em muitas línguas. Enviou o equivalente moderno de muitos milhões de dólares para missionários nacionais e estrangeiros. Durante um período de dois anos, Müller quase sustentou sozinho Hudson Taylor e 30 de seus colegas missionários na China.

 

Cuidado com Crianças

As maiores obras pelas quais Müller é lembrado – e deve ser guardado na memória que ele foi também um líder de igreja por excelência – são os orfanatos. Nestes, e em todo o seu trabalho, Mary Groves Müller manteve-se firme ao seu lado.

Milhares de pais morreram na epidemia de cólera de 1834. Os poucos medicamentos e conhecimentos médicos precários, condições sociais ruins e leis trabalhistas infames multiplicavam os órfãos. Essas crianças infelizes tentavam sobreviver nas ruas, ou eram obrigadas a submeter-se às péssimas condições das oficinas de trabalho. Charles Dickens disse que os órfãos eram “desprezados por todos e ninguém se compadecia deles”. As casas para órfãos do Estado eram poucas e quase não existiam as particulares. Todas elas serviam apenas às crianças das famílias de classes mais altas. Pobreza, crime e prostituição aguardavam o resto.

Muitos fatores convergentes levaram Müller a começar um orfanato: 1) ele estava genuinamente preocupado com os órfãos de Bristol; 2) ele estava cansado de ouvir homens de negócios e operários dizerem que a necessidade financeira e a competição os proibiam de colocar Deus e Seus assuntos em primeiro lugar em suas vidas; 3) ele queria provar que Deus responde às orações e colocar “diante do mundo uma prova de que Deus de modo nenhum mudou. Isto me parecia feito melhor pelo estabelecimento de um orfanato. Devia ser algo que pudesse ser visto ainda que pelos olhos naturais “.

Em 1835, Müller colocou o seu plano diante da igreja de Bethesda. Imediatamente a congregação se uniu para sustentar o empreendimento. Móveis, utensílios, roupas e fundos chegaram. Dali em diante, Bethesda e seu círculo crescente de igrejas permaneceram inteiramente com Müller no cuidado dos órfãos. No começo, eles costumavam alugar casas para as crianças. Muitos crentes de Bethesda trabalhavam por tempo parcial ou integral nos orfanatos. Conheciam os detalhes particulares e as necessidades diárias ligadas a um tão grande projeto.

Eles também compreendiam a convicção de Müller em não solicitar fundos – ele queria provar que Deus responderia às orações dos crentes. Müller escreveu: “eu não digo que estaria agindo contra os preceitos do Senhor se procurasse ajuda em Sua obra através de pedido pessoal e individual [apelos] aos crentes, mas eu faço assim para o benefício da igreja em geral”. Ele era totalmente contrário, todavia, à possibilidade de que algum cristão fizesse apelos financeiros aos descrentes.

 

Desenvolvimento do Orfanato

Em 1836, Müller abriu a primeira casa, quando ainda não tinha 30 anos de idade. A comida para os órfãos chegava muitas vezes minutos antes da hora de ser servida, embora as crianças nunca soubessem disso. Mais e mais crianças suplicavam a Müller para recebê-las e ele alugava mais casas. Mas essas logo abarrotavam, por isso, em oração e conversa com os cristãos de Bristol, ele decidiu construir um grande e moderno edifício para os órfãos. Este projeto começou em 1845, exatamente quando a tempestade da divisão entre os Irmãos estava se formando em Plymouth. Em 1848, mesmo enquanto Darby estava atacando Müller, o primeiro dos imensos orfanatos estava quase completo. E enquanto a carta de Darby excomungando toda assembléia de Bethesda estava circulando pela Inglaterra e ao redor do mundo, o telhado foi estendido. Enquanto a divisão progredia e os antigos amigos se voltavam contra ele, Müller continuava esperando em Deus por fundos e provisões.

Em 1870, depois de profundas e repetidas provas de fé, a última das cinco magníficas casas de pedra, para 2.000 órfãos, foi levantada exatamente fora de Bristol, em Ashley Down. Müller maravilhou-se com o que Deus tinha feito naqueles 34 anos, em resposta à fé e à oração. Além de providenciar comida e roupas para muitos milhares de órfãos, ele tinha a responsabilidade de levantar o “ordenado” mensal [salário] para mais de 100 empregados.

As garotas órfãs eram treinadas como empregadas e costureiras, enquanto os rapazes aprendiam vários ofícios. A cada órfão era assegurado um emprego antes de deixar as casas, ou Müller pagava o salário de aprendiz deles ao patrão que os ensinaria uma profissão. Cada órfão saía com um jogo completo de roupas.

Um homem que vivia próximo dos orfanatos disse que “sempre que ele sentia dúvidas sobre o Deus Vivo, vindo a sua mente, ele se levantava e olhava através da noite para as muitas janelas acesas em Ashley Down, brilhando na escuridão como estrelas no céu”. Havia um imposto sobre janelas grandes quando Müller construiu os orfanatos, mas ele disse: “nós confiaremos em Deus para o dinheiro do imposto – deixem as crianças ter luz e ar!”

Pessoas por todo o oeste da Inglaterra e ao redor do mundo ficavam sabendo sobre os orfanatos. Também reconheciam o poder e a provisão de Deus que, se tornavam acessíveis em resposta às orações fiéis de Müller e seus amigos.

Tarde na vida, Müller, que falava sete línguas, viajou para 42 países em “viagens missionárias” e pregou o Evangelho para multidões de milhares. Seu alvo nessas viagens era, de acordo com o propósito de A. N. Groves, e dos Irmãos do início, quebrar as barreiras denominacionais e promover o amor fraternal entre os verdadeiros cristãos. Em três ocasiões visitou os Estados Unidos e Canadá, pregando centenas de vezes e, em quase todas, pessoas vieram a Cristo.

Em 1878, Müller foi convidado para ir à Casa Branca, a fim de falar sobre os orfanatos ao presidente Rutherford B. Hayes. Provavelmente não contou ao presidente Hayes que foi enquanto J. N. Darby estava tentando virar pessoas contra ele que Deus proveu os fundos para as grandes casas de órfãos.

 

Müller e o Dinheiro

Müller criou um regulamento fixo em que nem ele nem seus auxiliares jamais deveriam pedir a qualquer indivíduo qualquer coisa em particular, para “que a mão do Senhor pudesse ser claramente vista”. Mas ele pedia ao Senhor que movesse pessoas para ofertar. Uma vez, quando um homem fez um grande donativo, Müller, muito satisfeito, visitou-o para agradecer; então mostrou ao homem a anotação em seu diário quando, meses antes, começou a rogar a Deus que aquele homem pudesse dar aquela quantia específica!

O historiador Roy Coad observa, todavia, que “a lenda popular” tem escondido um tanto da natureza prática de Müller. “A lenda enfatiza um lado da moeda: a intensidade da confiança de Müller. Muitas vezes o outro lado tem sido esquecido – que os fundos para suprir a necessidade vieram de homens e mulheres que eram co-participantes com Müller de sua fé em Deus”.

Müller havia atraído a igreja de Bethesda para dentro dos seus planos do orfanato desde o início. Ele usava vários sistemas de relatórios para mantê-la informada, e os outros também, do que acontecia:

1) Todo mês de dezembro, por três noites, Müller presidia reuniões públicas para informar as igrejas de Bristol e o público a respeito do ano que se havia passado.

2) Todos os anos, ele escrevia e publicava um “Relatório Anual” com detalhes financeiros e notas sobre eventos importantes do ano se havia passado e alguma idéia do que esperava dos anos vindouros. Estes eram dados ou vendidos a pessoas interessadas e circulavam ao redor do mundo.

3) Em 1837, Müller soltou a primeira edição de A Narrative of Some of the Lord’s Dealings with George Müller (Uma Narrativa de alguns dos procedimentos do Senhor para com George Müller), um livro consideravelmente grande, de seleções de seu diário que graficamente descrevia como o Senhor repetidamente providenciava ajuda para os órfãos através de diferentes pessoas. Esta narrativa era regularmente atualizada e aparecia em intervalos de cinco anos, até tornar-se uma coleção de quatro volumes. Muitas pessoas enviavam donativos anexos a suas cartas nas quais diziam a Müller que sabiam de sua necessidade pela leitura dos “Relatórios Anuais da Narrativa”.

4) Depois que Müller contou aos amigos seu plano de construir as grandes casas para órfãos, em Ashey Down, eles espalharam a notícia através da Inglaterra. Müller notou isso. Mas não parecia preocupado com o fato de que muitos milhares de pessoas soubessem do que ele estava pedindo a Deus para fazer. Ele acreditava que qualquer que fosse o meio é Deus quem motiva as pessoas para ofertar. (De 1882 em diante, o rendimento de Müller diminuiu e ele teve que reduzir muito a SKI e os programas do orfanato. Durante o mesmo período, todavia, o governo Inglês começou a providenciar um melhor cuidado para os órfãos).

Uma vez, Charles Dickens apareceu em Ashley Down para “investigar” o que Müller estava fazendo a estes órfãos. Müller deu as chaves para Dickens e mandou um assistente mostrar-lhe qualquer coisa que quisesse ver. Depois da investigação, Dickens disse a Müller que acreditava que os órfãos estavam sendo muito bem cuidados.

 

Sua Ida ao Lar

George Müller morreu na manhã de 10 de março de 1898, aos 92 anos. Ele participou ativamente, enquanto viveu, em Bethesda e nos orfanatos até o dia anterior da sua morte. Milhares de pessoas lotavam as ruas para ver o cortejo funeral do imigrante alemão que, segundo o jornal The Bristol Mercury, foi “a maior personalidade que Bristol conheceu como cidadão nesta geração”. Sete mil pessoas lotaram o cemitério para ver o sepultamento.

O Bristol Evening News escreveu que “na era do agnosticismo e materialismo, ele pôs em prática teorias sobre as quais muitos homens estavam contentes em sustentar uma controvérsia inútil”.

O Liverpool Mercury maravilhou-se por causa da provisão para milhares de crianças e perguntou como isto aconteceu. “Müller disse ao mundo que foi o resultado de Oração. O racionalismo de hoje zombará desta declaração. Mas os fatos permanecem, e permanecem para serem explicados. Não seria científico desdenhar das ocorrências históricas quando elas são difíceis de esclarecer. E seria necessário muito truque para fazer os orfanatos em Ashley Down sumir da vista”.

De sua parte, Müller já havia escrito: “eu sei que belo, gracioso e generoso ser Deus é pela revelação que Ele se agradou em fazer de Si mesmo na Sua santa Palavra. Eu acredito nesta revelação. Também sei por minha própria experiência da veracidade disso. Portanto, eu estava satisfeito com Deus. Me regozijava em Deus. E o resultado é que Ele realizou o desejo do meu coração”.

George Müller acreditava que Deus faz o mesmo por qualquer um que O busque.

 

George Müller e a Bíblia – Entrega Absoluta

Certa vez, ao compartilhar com os ministros e obreiros, por ocasião do seu aniversário de noventa anos, George Müller falou da seguinte forma a respeito de si mesmo: “… Eu lembro da minha entrega absoluta ao Senhor. Fui convertido em novembro de 1825, mas somente quatro anos mais tarde, em julho de 1829, entreguei meu coração ao Senhor de forma absoluta. Somente então abandonei o amor ao dinheiro, à paz, à posição, aos prazeres e aos compromissos mundanos. Deus, Deus somente tornou-se a minha porção. Encontrei nele o meu tudo. Não desejava nada mais e, pela graça de Deus, assim permaneço até hoje. Isso me fez um homem feliz, um homem profundamente feliz e levou-me a ocupar-me somente com as coisas de Deus. Amado irmão, eu lhe pergunto com muito amor: Você já entregou seu coração a Deus de forma absoluta? Ou há algo que você está retendo e não quer entregar a Deus? Anteriormente eu lia um pouco as Escrituras, mas preferia outros livros; todavia, desde o dia em que entreguei-me totalmente ao Senhor, a revelação que Ele fez de Si mesmo tornou-se uma bênção incomparavelmente mais preciosa para mim. Posso afirmar de coração que, “Deus é um Ser infinitamente amoroso.”Oh, não fiquemos satisfeitos até que, do mais profundo de nossa alma, possamos dizer:, “Deus é um Ser infinitamente amoroso.”

George Müller fala em sua revista acerca dessa mudança ocorrida em sua vida. Há muitos anos atrás ele fora para uma cidade chamada Teignmouth a fim de tratar sua saúde física. Lá ele ouviu um pregador cuja mensagem ele jamais esqueceu. Ele relata o significado dessa mensagem nas seguintes palavras: “Embora eu não tenha gostado do que ele falou, eu vi nele uma seriedade e solenidade diferente dos demais. Através do ministrar desse irmão, o Senhor concedeu-me uma grande bênção e a Ele serei grato ao longo de toda a eternidade. Deus começou a mostrar-me que unicamente a Sua Palavra deve ser nosso padrão para o julgamento em coisas espirituais, que a Palavra de Deus somente pode ser explicada pelo Espírito Santo e que, em nossos dias, assim como nos tempos passados, Ele é o Mestre de Seu povo. Antes dessa ocasião em minha vida, eu não havia, em minha experiência, entendido a função do Espírito Santo. Anteriormente eu não havia enxergado que somente o Espírito Santo pode ensinar-nos acerca de nossa condição natural, mostrar-nos nossa necessidade de um Salvador, capacitar-nos a crer em Cristo, explicar-nos as Escrituras, ajudar-nos a pregar, etc…”

“Foi a compreensão dessa verdade em especial que exerceu uma grande influência em minha vida, pois o Senhor capacitou-me a experimentar sua validade quando eu coloquei de lado comentários e quase todos os outros livros e comecei simplesmente a ler e estudar a Palavra de Deus. Como resultado, na primeira noite em que entrei em meu quarto, fechei a porta a fim de orar e meditar nas Escrituras, eu aprendi mais em algumas poucas horas do que havia aprendido durante um período de vários meses. A maior diferença, no entanto, foi o poder real que experimentei em minha alma através disso.”

“Além disso, aprouve ao Senhor fazer-me ver um padrão mais elevado de dedicação do que o que eu havia visto anteriormente. Ele levou-me, numa medida, a ver o que é minha glória neste mundo: ser desprezado, ser pobre e pequeno com Cristo. Ao retornar para Londres, minha saúde física estava muito melhor e, no que diz respeito a minha alma, a mudança fora tão grande que parecia uma segunda conversão.”

 

Estudar a Bíblia é Mais Importante do que Ler Livros

“Eu caíra na armadilha que muitos cristãos caem: preferir ler livros religiosos ao invés da Bíblia. Na verdade, de acordo com as Escrituras, nós deveríamos pensar da seguinte maneira: O próprio Deus dignou-se a tornar-se autor de um livro, e eu sou ignorante acerca deste precioso livro que o Seu Espírito inspirou; por causa disso, eu devo ler novamente este Livro dos livros mais cuidadosamente, com mais oração, com muito mais meditação. Mas essa não foi minha atitude. É verdade que minha ignorância sobre a Palavra levou-me a desejar estudá-la, todavia, por causa da minha dificuldade em entendê-la, nos primeiros quatro anos de minha vida cristã, eu negligenciei na sua leitura. Assim como muitos cristãos fazem, eu praticamente preferia ler as obras de homens não inspirados ao invés de ler os oráculos do Deus vivo. Como conseqüência disso, eu permaneci um bebê tanto no conhecimento quanto na graça. No conhecimento, porque todo verdadeiro conhecimento deve ser obtido da Palavra de Deus por meio de Seu Espírito. Como triste conseqüência, esta falta de conhecimento me impediu de caminhar nos caminhos de Deus com firmeza e constância. Pois é a verdade que nos liberta, livrando-nos do cativeiro dos desejos da carne, da concupiscência dos olhos e da soberba da vida. A Palavra prova isto. Também a experiência dos santos e minha própria experiência provam, de modo incontestável, a veracidade deste princípio, pois quando aprouve ao Senhor, em agosto de 1829, ensinar-me a confiar nas Escrituras, minha vida e meu caminhar tornaram-se muito diferentes”.

“Se alguém me perguntasse como é possível ler as Escrituras de modo mais proveitoso, eu responderia da seguinte maneira:

Acima de tudo, devemos ter a Palavra armazenada em nossa mente, de modo que Deus apenas por meio do Espírito Santo possa ensinar-nos. Desta forma, é de Deus que vamos esperar todas as bênçãos e vamos buscar a bênção de Deus tanto antes quanto durante a leitura da Palavra.

Deveríamos compreender claramente que o Espírito Santo não é apenas o melhor Mestre, mas também é suficiente. Nem sempre Ele nos ensina imediatamente aquilo que desejamos saber. É possível, portanto, que algumas vezes necessitemos suplicar-lhe várias vezes a fim de receber explicação para algumas passagens; mas no final Ele certamente irá nos ensinar se nós buscarmos luz com oração, com paciência e para a glória de Deus”.

 

O Segredo da Bênção e da Alegria

Apenas mais uma palavra proferida por ocasião do seu aniversário de noventa anos: Por sessenta e nove anos e dez meses George Müller fora um homem muito feliz. Isso ele atribuía a duas coisas: ele havia mantido uma boa consciência, não seguindo deliberadamente um caminho que ele soubesse ser contrário à vontade de Deus; isso não quer dizer que ele era perfeito; ele era pobre, fraco e pecador. Em segundo lugar, ele atribuía sua felicidade ao seu amor pelas Escrituras. Nos seus últimos anos, ele costumava ler toda a Bíblia quatro vezes por ano, aplicando-a ao seu próprio coração e sobre ela meditando. Ele amava a Palavra de Deus muito mais agora do que há sessenta e seis anos atrás. Foi seu amor à Palavra, bem como o manter de uma boa consciência que lhe proporcionaram todos aqueles anos de paz e alegria no Espírito Santo. (R. A. Torrey)

 

Confiando nas Promessas de Deus

Quem fez a promessa é fiel… (Hebreus 10:23).

A despensa está quase vazia – informou uma funcionária. – É preciso lembrar-lhe que já venceu o prazo para o pagamento do aluguel?

O Senhor proverá – disse George Muller animadamente. Ele prometeu suprir todas as nossas necessidades. Não vai falhar agora. Naquele momento, ele tinha apenas 27 centavos para alimentar várias centenas de crianças do orfanato.

Então chegou uma carta. George abriu-a e leu o seguinte: Porventura estariam vocês com alguma necessidade urgente de dinheiro? Sei que decidiram pedir somente a Deus que lhes suprisse as necessidades. Mas haveria algum problema em informar de quanto dinheiro estão precisando? George Müller balançou a cabeça e passou a escrever o seguinte bilhete: “Nada mencionarei sobre os nossos recursos. O principal objeto de meu trabalho é mostrar que Deus é real e que cumprirá Suas promessas. Até o momento não contamos a ninguém sobre nossas necessidades e não o faremos”.

Tendo despachado a carta, George Müller caiu sobre os joelhos em seu escritório: “Senhor, estamos em situação desesperadora. Temos apenas 27 centavos. Por favor, dirijas este homem para que nos envie dinheiro”.

Ao receber a carta de George Müller, referido homem, sentiu-se impressionado a enviar cem libras de uma só vez.

Quando o dinheiro chegou, não havia um único centavo na instituição de Müller para comprar alimento para a refeição seguinte. Certa vez um amigo perguntou a George: “O que você faria, caso Deus não enviasse ajuda no momento certo?” “Certamente isso jamais aconteceria” – respondeu George – “Deus prometeu suprir todas as nossas necessidades. Deus não mente. É completamente confiável”.

George Müller cuidou de mais de 10.000 órfãos durantes os 63 anos em que decidiu confiar inteiramente em Deus para o atendimento das necessidades. Nem uma única vez deixou Deus de cumprir Sua promessa.

Deus é o Amigo em que podemos confiar. Apresenta-nos mais de 3.000 promessas na Bíblia. Podemos acreditar no cumprimento de Sua palavra.

Share